Broken - Season 1 escrita por Stéfane Franco


Capítulo 5
Capítulo 4 - The Unexpected Happens


Notas iniciais do capítulo

Os flashbacks são escritos em itálico, e a partir desse capítulo, estarão mais presentes.



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Capítulo 4 - The Unexpected Happens

"O Inesperado Acontece"

– Rumple -

Ela estava na cozinha, seu segundo lugar favorito na casa. Belle adorava inventar receitas, e quase sempre o resultado era esplêndido. Nesta noite o cheiro estava muito bom, era algo com...cebola, o que me surpreendeu, pois Belle não gostava de cebola, segundo ela: “Cebola não é agradável, pois além de ser ‘azeda’, me faz chorar” .

– Hey Belle

– Ah, oi Rumple, chegou cedo... O jantar vai demorar um pouquinho, estou experimentando uma nova receita.

Algo estava errado. Estava diferente, permanendo de costas. Normalmente me recebia com um sorriso ou algo mais, mas naquela noite, apenas concentrava-se nas cebolas que estava cortando. O que eu mais temia acabou por tornar-se realidade: Emma Swan estava certa, afinal. Algo tinha acontecido, e, seja lá o que for, mexeu com Belle, e eu não a deixaria sofrer, não mais.

– Belle, o que aconteceu?

– Como assim? Não aconteceu nada...

– Belle, por favor, eu sei que algo aconteceu, caso contrário, não ficaria assim... Querida, me diga, o que a aflige?

Belle parou por um momento, como se pensasse nas palavras certas, e isso me deixou apreensivo.

– Rumple...

– Belle, chega de esconder, por favor, eu já imagino o que é, só gostaria que fosse você a me contar.

– ...o quê? Como... – uma breve pausa – Ah, claro, era de se esperar que o senhor das trevas e dono da cidade ficasse sabendo, com certeza alguém comentou... Muito bem, se você quer saber...

– Sim, por favor.

Virou-se abruptamente, seus olhos azuis eram hipnotizantes, por um momento quis me aproximar e beijá-la, mas sabia que se fizesse isso, nunca me contaria. Então esperei. Novamente, hesitou um pouco, e falou tudo de uma vez, como se estivesse engasgando.

– Desde que nós começamos a sair juntos, seja ao Granny’s para uma refeição ou simplesmente caminhar, as pessoas da cidade estão com medo de mim, e meu comportamento há dois anos trás não ajudou em nada. Todos conhecem sua... “reputação”, e ninguém quer arriscar me ter por perto e, consequentemente, arriscar um encontro com você. Ninguém fala comigo mais do que o necessário, já não há interesse na biblioteca, e todos me evitam. Até mesmo Ruby, que sempre pensei que estaria ao meu lado, sem me julgar, me apoiando. Por isso que cheguei em casa chorando aquela noite, me desentendi com a Ruby. E hoje novamente.

Aquelas palavras me atingiram de tal forma que já não conseguia formular uma palavra. Desta vez, vendo-a chorar, percebi o quão era prejudicial minha presença. Belle, minha frágil e delicada Belle, sofria por minha causa, era perseguida e temida por todos por causa de sua “associação” com o Senhor das Trevas. Eu realmente nunca seria feliz. Perdi meu filho por causa da magia, e agora perderia Belle pelo mesmo motivo. Como costumava dizer, “Magia sempre vem com um preço”, porém, o meu era muito alto. Nunca soube se Bae estava vivo, mas Belle não precisaria ter o mesmo destino. Estava decidido: eu a libertaria. Por mais que isso significasse nunca mais poder tocar seus sedosos cabelos, falar ou me aproximar dela, tinha que fazer isso, era o certo. Precisava mantê-la segura e assegurar-lhe uma felicidade que nunca poderia ter ao meu lado.

– Belle, não se preocupe, eles nunca mais farão mal a você, nunca mais. Eu prometo que as coisas vão melhorar.

– Espere, você não vai fazer nada com eles, vai?

– Bem que eu gostaria, mas sei que se fizer isso, não irá consertar as coisas, e convenhamos, matar a cidade toda não é um bom plano. – Belle finalmente sorriu e se aproximou.

– Obrigada Rumple, por isso que eu te amo cada vez mais, está sempre pensando no melhor para mim, você realmente mudou.

Nossa conversa foi selada com um beijo, e não comentamos sobre o assunto durante o jantar. Entre uma conversa e outra, procurei observar cada detalhe de seu rosto, de seu corpo.

As madeixas voltaram ao tom natural: castanho claro. Sua pele era macia e perfumada, as bochechas em um tom rosado davam vida ao seu rosto, e seus lábios...eram extremamente convidativos, não precisava usar batom, eram naturalmente avermelhados. Por fim, seus olhos. Eram grandes e receptivos, não perdiam qualquer movimento, e o tom era hipnotizante. Podia observá-la por horas, queria guardar todos os detalhes possíveis, queria me lembrar dela feliz, sorrindo, com os olhos cheios de curiosidade, que brilhavam a cada descoberta.

Suas curvas perfeitas se encondiam debaixo de vestidos delicados e suaves, que caiam com perfeição em seu corpo. Há dois anos, costumava vestir roupas justas e sensuais. Lembro-me com clareza do dia em que a conheci em Storybrooke.

– flashback on -

Meu trabalho na loja já tinha acabado, e embora tivesse um relatório para entregar à prefeita, não me importei. Estava me divertindo enfrentando-a, por qual motivo, não sei, mas tínhamos uma competição de poder, e algo me dizia que ela não era confiável.

Absorto em pensamentos, andava tranquilamente pelas ruas de Storybrooke quando percebi que Regina se aproximava, e não estava sozinha. Uma moça exepcionalmente bela a acompanhava, prendendo minha atenção.

– Sr. Gold, que bom vê-lo por aqui tão cedo. Cobrando aluguéis, suponho – o tom de sua voz era provocativo, diferente do usual, como se estivesse me puxando para uma armadilha.

– Sra. Mills, é bom vê-la também. Como disse, estou cobrando aluguéis atrasados, as pessoas parecem não ter noção de com quem estão lidando.

Em seu rosto surgiu um sorriso diabólico. Com certeza estava armando alguma coisa.

– Oh, me desculpe, esqueci de lhes apresentar. Sr. Gold, esta é Catherine Mills, minha irmã.

Não me desviei da moça um momento sequer, mas agora sua visão me preenchia. Embora estivesse em uma cidade pequena e simples como Storybrooke, trajava um vestido estremamente provocante preto com transparência, deixando grande parte de sua pele exposta.

A garota era dona de madeixas douradas e cachos reluzentes ao sol. Sua pele era clara, com bochechas rosadas e lábios perfeitamente moldados. Seu olhar profundo sustentava o meu, hipnotizando-me com um tom lindo e puro de azul topázio, inebriando-me com tamanha perfeição. Algo dentro de mim dizia conhecê-los.

Minha “inspeção” deixou-a nervosa e finalmente me dei conta de que a examinava dos pés à cabeça, nada elegante para quem acabou de se conhecer.

– É um prazer conhecê-la, Srta. Mills, gostaria de dizer que Regina tenha falado apenas coisas boas ao meu respeito, mas acho que não posso.

– O prazer é meu Sr. Gold...

Quando sua mão tocou a minha, minha mente clareou-se, como uma luz em um emanharado de sombras. Belle. Belle estava viva! Todo esse tempo imaginando-a chorando de desespero perante a morte e agora estava alí, bem à minha frente!

– ... e está certo, ela fez exatamente o contrário. Devo admitir que, assistindo-o me examinar dessa maneira nada cortês, concluo que ela não mediu palavras para descrevê-lo.

Sua voz era fria, e suas palavras rancorosas.

"Então essa é a armadilha de Regina, trazer Belle como sua irmã, tendo assim controle sobre ela e, consequentemente, sobre mim."

Os olhos dessa nova Belle eram sólidos e não demonstravam sentimento algum. Por um momento senti uma incontrolável vontade de pegá-la em meus braços e tirá-la daquele lugar, mas me detive, pois nessa nova terra, me odiava.

– Vejo que o humor é de família. E me desculpe pelo que acabei de fazer, não foi nada cortês de minha parte, peço perdão. Oportunidades não faltarão para mudar sua opinião ao meu respeito.

– Me desculpe Sr. Gold, mas acho que uma primeira impressão não é facilmente esquecida, até porque não pretendo ter “outras oportunidades” para mudar meu pensamento. Uma coisa que devo deixar bem clara a meu respeito, Sr. Gold, é que tenho opinião forte. E normalmente, nada me faz mudá-la. Regina, importa-se em me mostrar o resto da cidade? Gostaria de conhecer Henry no almoço, e sair daqui o mais rápido possível. – sua voz era arrogante, exatamente como a da prefeita.

Regina me dirigiu um olhar radiante, de vitória. Agora tinha em suas mãos a única pessoa capaz de me deixar fraco, tinha uma arma com a qual me manipular.

– É claro Catherine. Sr. Gold, foi um prazer vê-lo. Aproveitando a oportunidade, no final da semana vou oferecer uma festa com trajes a rigor em minha casa, espero vê-lo.

– Igualmente Regina, e pode ter certeza que estarei lá. Srta. Mills, devo alertá-la: também tenho opinião forte. Foi um prazer conhecê-la.

Catherine segurou o braço de Regina e ambas se foram.

– Então você quer brincar não é Regina? Bem, acabou de encontrar um oponente á altura, vou fazê-la pagar pelo que fez. Hora de trazer a Srta. Swan. O garoto merece saber que a mãe é a salvadora não é?

– Falando sozinho Sr. Gold?

– Dr Hooper! Não, vim cobrar o aluguel.

Absorvi o mais que pude de sua bondade e inteligência genuínas, pois a partir do dia seguinte, tudo mudaria.





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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Como será q a Belle vai reagir com a notícia?
E a festa à caráter? O será q acontecerá??

Obs.: O Rumple ainda estava sob os efeitos da Maldição, porém, quando tocou na mão da Belle foi como se o amor que eles sentiram um dia voltasse e dissipasse aos poucos a maldição de sua mente... Ele criou a maldição, por isso sua memória voltou tão facilmente...

Não deixem de comentar!!! :D