Death & Life escrita por Milena Lawliet


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Olá....
Não posso falar nada a respeito de minha demora.
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Perdoem-me.



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L POV’S ON

Ichiro entrou apressado na sala de controle, e arrumando sua gravata, dizia:

-Bom dia, bom dia. Desculpem-me o atraso. – levantei-me e fui em sua direção.

-O que fez tanto tempo no apartamento de Mitsuko a sós com Haruka? – disse. Ele levou um pequeno susto por eu estar a parte de tudo. Mas respondeu logo após:

-Por quê quer saber? Deveria parar de dar uma de stalker e cuidar de quem realmente precisa de você. – Mitsuko foi descendo as escadas lentamente, devido seus machucados. Ela nos direcionou um sorriso dolorido e enquanto vinha ao nosso encontro, Ichiro disse –Como por exemplo... Ela. – e foi para sua cadeira.

-Ryuuzaki? – Mitsuko chamou-me.

-Oh, o que foi Mitsuko? – perguntei, fugindo de meus devaneios.

-Vamos trabalhar? Preciso muito voltar à ativa. Não gosto de ficar parada. – tentei ser contra, alegando que isso poderia prejudicar em sua reabilitação. Mas ela ignorou, dizendo que estava tudo bem consigo, e que iria se sentir inútil se não fosse de nenhuma utilidade. Acabei cedendo e indo de acordo com suas vontades.

-Vamos. Os pertences que estavam com Higuchi no momento que ele faleceu, já chegaram até aqui? Ou ainda estão nas mãos dos policiais? – perguntei para Watari, que estava logo atrás de mim.

-Estão a caminho Ryuuzaki. Já saíram da delegacia quando liguei, e a estimativa é de vinte à trinta minutos para a chegada.

-Certo. Iremos nos preparar para quando os objetos chegarem. Me acompanha Mitsuko? Sei que está tão interessada quanto eu. – falei e sem querer, um singelo sorriso de canto transpareceu em minha face. Seus olhos brilharam, como uma criança que acaba de ganhar um doce, e isso foi uma das cenas que nunca quero esquecer-me em toda a minha vida. Ela pegou minha mão e disse animadamente:

-Vamos! – e nós fomos para a sala designada para analisarmos os objetos. Preparamos tudo juntos, o que de alguma forma me fez muito bem. Não sei explicar... Só me senti bem com sua companhia. Com ela ao meu lado novamente.

-Ryuuzaki? Você se desligou de repente... Está cansado demais? – ela disse. Voltei a me concentrar e saí de “meu mundo particular”.

-Não foi nada. Só estava pensando. – respondi.

-Pensando em quê? – fiquei um pouco em silêncio. Ela, vendo que não ia falar o porquê, continuou –Enfim, os objetos chegaram. Estão em uma caixa lacrada lá no andar de baixo.

-Peça para Matsuda ir buscar. Por gentileza.

-Já pedi. Ele está a caminho. – ela se apoiou na mesa de ferro. –O que será que está naquela caixa? Espero que tenham coisas de algum proveito. – um lado de seu casaco caiu um pouco de seus ombros, revelando alguns machucados presentes em torno de seu braço. Aquilo me fez sentir-me de alguma forma, culpado. Se eu tivesse tomado mais cuidado, se eu a tivesse impedido de ter ido... Ou se eu tivesse colocado um rastreador escondido...

Aproximei-me dela, a fim de levantar a parte caída de seu casaco. Ela ficou olhando para mim de forma calma, seus olhos tranquilos de alguma forma chamavam-me. Levantei seu casaco, e, ao invés de solta-lo e me afastar, aproximei-me mais, o que a fez ficar presa entre mim e a mesa de ferro logo atrás dela.

-Mitsuko, será que um dia você me perdoará pelo que a fiz passar? – disse enquanto acariciava seu rosto com minha mão. Ela fechou os olhos, aproveitando a sensação. Quando ia afastar minha mão, ela abriu os olhos e disse:

-Perdoar? A culpa não foi sua Ryuuzaki. Eu tenho de me responsabilizar pelo ocorrido. Não jogue a culpa em si.

-Mas...Mitsuko... se eu não... – ela pôs a mão sobre minha boca

-Você não tem culpa de nada, não estou com raiva.

-Mas...mesmo assim... - sua mão foi descendo de minha boca, passando por meu peito onde ela segurou com força minha blusa branca, fechou seus olhos e disse com um pouco de dificuldade:

-Se sente-se culpado... Só há um jeito de se redimir comigo. – dito isso, meio que inconscientemente acabei por completar o já iniciado.

Seus lábios rosados foram de encontro aos meus, e, como estava com saudades daquele toque, daquele beijo... Eles sempre são diferentes e únicos, eles são os que mais desejo. Sim, desejo. Isso poderia descrever com sinceridade nosso beijo, o desejo que acabo por sentir... Não sei como parar, não consigo. Simplesmente ignoro tudo o que seria de mais racional, e continuo.

Ao ouvir alguns passos, afasto-me rapidamente dela. Logo depois, Matsuda adentra a sala com uma caixa em mãos. Ela estava com seu olhar para o chão, um pouco envergonhada e sem jeito. A garota durona também tem um lado frágil.

-Cara... Quero muito saber o que tem nessa caixa! – Matsuda disse animado.

-Está sem sorte. – peguei a caixa de sua mão –Por agora somente eu e Mitsuko vamos analisa-la. – e fiz sinal para que ele saísse da sala. Ele saiu murmurando algumas palavras que julgo serem pejorativas, mas não me importei.

Abrimos a caixa com muito cuidado, e começamos a revira-la. Depois de algum tempo, Mitsuko chamou minha atenção.

-O que foi? – perguntei com certa curiosidade

-Eu encontrei um caderno negro. Pode ser que ele tenha anotado alguma informação útil para nossa investigação. – ela entregou-me o caderno. Sentamos lado a lado e começamos a ler as páginas.

Nelas, havia nomes e mais nomes da maioria dos criminosos que foram mortos recentemente.

-Ele anotou o nome de todos que matou? – fiz uma suposição óbvia.

-Sim. Este caderno é um pouco estranho... – ela abriu na primeira página –Mais estranho é essa parte aqui.

-“How to use” Instruções? Por quê um caderno viria com instruções? – falei –Dê-me para ler. – ela entregou-me o caderno. Comecei a lê-lo. –A pessoa cujo nome for escrito nesse caderno, morrerá.

-O quê...? Só pode ser alguma brincadeira interna. Isso não pode ser sério. – Mitsuko falou um pouco espantada.

-Após escrever nome e sobrenome sem especificar a “causa mortis” a vítima morrerá de ataque cardíaco.

-Essas regras... Elas.. Estão ensinando como utilizar o caderno... E assim matar pessoas? É isso mesmo? – havia medo em seu tom de voz

-É o que está escrito. Provavelmente, é algum tipo de brincadeira que o Higuchi tentou pregar em nós, pois, se ele fosse morto, como de fato foi, iria provocar uma confusão mental nos policiais, ao gerar tal polêmica de um caderno que mata pessoas. Mas...

-Mas ele estaria alimentando sua própria derrota se alguém achasse o caderno com o nome de todos os mortos. O que me leva a suposição de que o caderno é real. – ela opinou.

-Um caderno que mata pessoas Mitsuko? Não sabia que era tão supersticiosa. – debochei.

-Já que não acredita, não se importaria se eu testasse-o escrevendo seu nome. Não é? – desafiou-me

-Você não teria a audácia... – ela pegou uma caneta e foi direcionando-a ao caderno –Mitsuko! – num ato desesperado acabei por jogar-me em cima de seu corpo, e fomos ao chão. Como sempre ocorre.

-Que droga Ryuuzaki! Primeiramente, nem seu nome eu sei!

-Ah... É. Verdade. – falei lembrando desse fato. Ela começou a rir –O que foi?

-O poderoso L , o maior e mais inteligente detetive... Com medo de uma simples investigadora, com uma caneta na mão.

-Eu não tenho medo de você! Eu não senti medo! – falei alterado.

-Estava com medo sim!

-Não estava!

-Estava sim!

-Cale-se!

-Cale-me!

-Você está me provocando senhorita Mitsuko Sakurai!

-Não estou!

-Que história é essa de “cale-me”? Quer me fazer cometer uma besteira?

-Adoraria vê-lo cometer uma besteira.

...


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Notas finais do capítulo

Continua.
Desculpem-me. Se acompanham meu blog... viram que até o mesmo saiu do ar por um tempo. Não estou conseguindo mais escrever quase nada. :(( Ando para baixo. Desculpem-me.
Enfim.. comentem por favor, quero ver quem ainda continua a me acompanhar e a ter paciência. Obrigada por todo o carinho. Até.