O que uma pessoa faz quando está triste, magoado e com dor de cotovelo?

ENCHE A CARA

E era exatamente isso que Quinn estava fazendo. Russel Fabray estava ao seu lado, eles estavam na casa do senhor, que aparentava estar do mesmo jeito que Quinn. Os dois totalmente largados no sofá do escritório do homem.

– Eu nunca me senti assim na minha vida... Tão perdida.

– Quinn fala pra mim, porque você concordou em ser a madrinha?

– Pra ficar com ela, pra fazer ela feliz e descobrir um jeito de tirar ela dele - tomou um grande gole de seu whisky - mais acho que errei, talvez ele seja melhor do que eu... Ele é rico, famoso e tem um pênis.

– Ninguém é perfeito, se bem que falta pouco para esse whisky ser perfeito. - Quinn deu uma gargalhada chorosa e seu pai ficou sem entender.

– Foi presente do Finn, ele que fez.

– Que bom - falou o homem rindo da situação. Logo depois os dois ficaram em silencio. Mais a loira logo quebrou.

– Eu não posso ir, eu não posso ver a Rachel se casar com esse cara. Ela vai se mudar pra Lima... Eu já perdi essa.

– Conversa - o homem murmurou

– Quem ama liberta sempre.

– Dita por um covarde, e utilizado por todos os covardes.

O silencio se fez mais uma vez presente. Russel podia ser um homem frio e insensível, mais ali era o papel de pai que ele estava fazendo, então resolveu incorporar tal personagem.

– Olha eu só amei de verdade uma vez na minha vida. Ela era a mulher mais maravilhosa do mundo, minha melhor amiga, mas eu era jovem e idiota e estraguei tudo... Da minha grande lista de erros esse foi o maior.

– Quem era ela? - perguntou interessada.

– Sua mãe. E quando eu finalmente entendi o quanto fui burro, eu decidi lutar por ela, mais já era tarde demais, ela não me aceitou. E ela estava certa, era tarde de mais... - o homem tomou mais um gole de sua bebida e olhou para a filha que estava pensando no que o pai havia lhe dito. – A propósito, eu vou me divorciar de novo.

Quinn ergueu os olhos e abraçou o homem.

– Há pai...

– Vai atrás da mulher que você ama filha - ele sorriu para ela.

– Eu vou, essa vai ser a ultima tentativa. se não der certo é porque o destino dela é o Finn.

– Aconteça o que acontecer eu sempre vou estar do seu lado minha filha.

– Obrigada pai.

A conversa com o pai renovou as forças de Quinn, ela estava decidida a fazer a ultima e mais importante tentativa de ficar com Rachel. Ela ia contar a verdade para a morena e pedir ela em casamento. Faltava pouco mais de três dias para que a cerimônia em Lima acontecesse e Quinn estava no aeroporto prestes a embarcar no avião, junta com Kurt, Mercedes e Tina. Santana, Brittany e Puck foram deixar ela no portão de embarque.

– E os vestidos? - perguntou ansiosa.

– Vão entregar amanhã - Britt falou.

– Quinn? - Santana chamou.

– Fala? - ela encarou a latina que esboçou um sorriso fazendo a loira sorrir de volta.

– Arrebenta comadre.

– Tá - se abraçaram.

– Capricha no casamento - Puck falou e Santana completou.

– E rouba a noiva.

– Obrigada pessoal.

A viagem foi tranquila, quatro horas de voo e já estavam em Ohio, onde já havia duas Land Rover esperando elas.

– Parece um conto de fadas - Tina comentou e Kurt e Mercedes concordaram - acho que ele é mais rico que você Quinn.

– A Rachel tem sorte de mais - Kurt falou

Quinn com cara de nojo e tédio entrou no carro, sentando no banco do passageiro. Mais duas horas de carro e lá estava. A mansão Hudson.

– Essa é a casa de verão? - Mercedes perguntou ao motorista.

– Sim, ela é a menor. Eles também têm a de Inverno, a de outono...

– Eu sei as estações. Obrigado - Quinn o cortou, já estava ficando com raiva daquele blá blá blá todo.

Os carros pararam na garagem externa da casa e uma Rachel saltitante saiu de dentro da enorme casa.

– Oi!!!

– Oi - ela cumprimentou todas, deixando por ultimo Quinn, que agradeceu mentalmente, por poder dar um abraço mais demorado e poder sentir o cheiro maravilhoso que saia dos cabelos castanhos.

– Eu estava com saudades

– Eu também.

– Como foi a viagem?

– Hamm... Foi boa, tirando o exibicionismo - encarou o motorista que abaixou a cabeça envergonhado.

– Vamos entrar, quero te apresentar a todo mundo.

– Vamos lá.

A casa era linda tanto por fora quanto por dentro. Os moveis eram de uma elegância magnífica. Muito bem conservados. O salão principal tinha umas pessoas os esperando.

– Quinn, esses são os pais do Finn, Carole e Burt Hummel.

– Muito prazer Quinn, a Rachel tem falado muito de você.

– Espero que bem.

– Muito simpática sua amiga Rachel.

– Quinn, ela me falou que seu pai é uma grande médico de Nova Iorque.

– Ele é muito bom sim, não tem como negar.

– Ela está sendo modesta, o Russel é o melhor cardiologista que existe no pais. Ele se casou recentemente.

– Na verdade ele está se divorciando - Quinn interrompeu a morena, que a olhou preocupada.

– Ohh!

Ficaram conversando mais um pouco, até que Quinn aproveitou que as damas engataram uma conversa com os Hummel. Ela precisava respirar um pouco.

– E ai? O que acha? - Rachel se aproxima sorrateiramente da loira que estava olhando para fora da janela.

– Eles acham que eu sou gay.

– O que?

– Dá pra a gente ficar um pouco sozinhas? Por o assunto em dia? - ela pediu com um bico e Rachel rio concordando.

– Vamos - a morena pegou em sua mão a puxando, mais foram barradas pela imensa figura de Finn Hudson que tampou sua saída.

– Quinn quer ver seu quarto?

– Adoraria - sem muito que dizer ela concordou.

– Venha comigo - a loira se soltou da mão de Rachel e seguiu Finn até o segundo andar da casa. O quarto era bem decorado e tinha uma suíte.

– Espero que goste.

– Obrigada.

Ele se retirou a deixando sozinha. Ela se jogou na enorme cama de casal e sem se dar conta dormiu.

Quando acordou ela podia ouvir um burburinho no quarto ao lado do seu. Se levantou e foi para onde vinha as vozes. A porta estava entre aberta então ela entro e se deparou com as damas de honra e Rachel experimentando o penteado para o casamento. Que parecia mais um ninho de passarinho. Os olhos da noiva se encontraram com os de Quinn.

– Quinn?

– Oi?

– O que você acha? - perguntou incerta.

– Tá lindo – Kurt falou piscando o olho para Quinn que entendeu a que a morena se referia.

– Há do cabelo?

– Essa faixa vai com o vestido - Carole apareceu na porta carregando uma faixa do partido político de seu marido - é uma tradição.

– Vai é? - Rachel achou que o casamento iria virar um comício e não uma cerimônia de casamento.

– Vai sim.

– Talvez se nós não colocássemos essa faixa o vestido aparace... - Kurt tentou tirar a faixa que já estava depositada sobre o vestido branco, que Quinn estava encarando com vontade de vomitar.

– Não, não, não - Carole colocou a faixa de volta sobre o vestido - A faixa vai sim.

– Esse cabelo dela está parecendo um ninho de passarinho - sussurrou Quinn.

– Quinn você é a madrinha, você precisa dar apoio... Elogiar ela.

– Gente calma... - ela se virou para Rachel que estava concentrada em seu penteado. - Rachel seu cabelo está... Incrível - mentiu.

– Sério?

– É!!!

– Bom pessoal, de noite vai ter o jantar formal, então se apressem para ficarem lindas. - Carole falou rindo e batendo palminhas.

– Jantar formal é? - Quinn questionou

– O Burt vai apresentar Rachel ao conselho do partido dele.

– Haaa - olhou de relance para a morena que olhava para a aliança em sua mão tristemente. Mais como todas as outras mulheres estavam no local, ela resolveu não fazer nada ali.

Já ná hora do jantar, um verdadeiro banquete foi servido. Rachel estava sentada ao lado de Finn, eles estavam de frente para os pais dele e todo o conselho do partido do Hummel. Rachel estava alegre, e Quinn notou isso, "será que ela estava fazendo a coisa certa?"

– Então Rachel, gostou do jantar? - Carole perguntou

– Delicioso - a morena mentiu, Quinn a conhecia muito bem pra saber a verdade.

– Foi o Finn que matou - a mulher falou e Rachel parou de mastigar, seja lá o que for que está em sua boca. - ele é um atirador maravilhoso.

– Pare mamãe, assim me deixa envergonhado - Finn pediu, mais ele não parecia estar envergonhado, e sim convencido. Nos olhos de Quinn claro.

– Acho que agora é uma boa hora para passar o filme.

– Que filme - Rachel perguntou a futura sogra.

– Do Finn matando o servo. Eu filmei - mostrou o seu celular a Rachel, onde Finn estava com uma espingarda e BANG!!! Ela soltou um gritinho e fechou os olhos. - foi bem no meio dos olhos... - falou orgulhosa do filho - na verdade tudo que estamos comendo esta noite foi o Finn que matou.

– Ao Finn - Burt estendeu um brinde ao filho e todos o seguram, menos uma certa baixinha e a loira que a observava de longe.

– Foi em sua homenagem Rachel - Finn falou beijando seus lábios.

– Você é tão atencioso - ela falou dando um sorriso falso, e olhando de relance para Quinn que a encarava.

Na hora da sobremesa, os empregados trouxeram torta para todos. O de Rachel era de limão e o de Finn de chocolate.

– Não acredito... Como conseguiu? Eu amo chocolate - ela estendeu seu garfo e tentou tirar um pedaço da torta de chocolate de Finn, mais o rapaz a impediu de continuar, segurando suas mão.

– Não... Não faça isso. Se quiser um pouco, eu lhe dou um pouco - ele tirou um misero pedaço de sua torta de chocolate e colocou no prato da morena. Rachel ficou passada com a situação. Quando ela e Quinn comiam tortas diferentes ela sempre roubava a torta de Quinn e vice versa, mais com Finn as coisas estavam se mostrando diferentes.

Ela olhou mais uma vez na direção de Quinn e esta comia sua torta de chocolate quando pegou o olhar de Rachel sobre si, ela ofereceu um sorriso lindo e estendeu seu prato, para Rachel, como se oferecesse um pedaço, a morena sorriu de volta e agradeceu com a cabeça. As coisas iam mudar, e ela não estava gostando dessas mudanças.

O jantar tinha terminado e todos se encontravam no grande salão de festas, Quinn estava tomando um copo de água quando viu sua morena ao lado de um político qualquer. Ela parecia a ponto de dar um chute bem no meio das pernas do homem, por isso Quinn se aproximou para socorrer a sua amada.

– Foi um jantar maravilhoso e os partidos liberais...

– Com licença - interrompeu o discurso do homem - a sua mulher está te procurando.

– Há muito obrigado - ele agradeceu e foi atrás da mulher que Quinn nem sabia que existia.

– Essa desculpa foi muito boa - Rachel agradeceu a loira.

– Saúde! - um brinde foi feito só para as duas. Quinn olhou ao redor do salão e percebeu mais de vinte cabeças de servos, veados e outros animais que ela não soube identificar, pendurados nas paredes do lugar.

– Um passarinho me contou que o próprio Finn arrancou a cabeça dessas pobres criaturas.

– Quinn! - Rachel a repreendeu

– Ex- passarinho, porque depois que ele contou, ele recebeu um tiro do Finn. - a morena não aguentou e começou a rir, a risada preferida de Quinn. Então viu que era a hora para contar.

– Serio mesmo agora. Será que dá pra gente conversar em particular? É muito importante - falou séria e a morena parou de rir.

– Tá

– Vamos?

Porém, como o mundo é cruel e Finn é um Idiota com I maiúsculo. Surge o próprio tocando bateria de uma forma impecável. "Bateria? Sério? O que mais esse cara faz" Quinn se perguntou. Rachel ficou sem reação, parecia que a Quinn tinha um assunto muito sério para falar com ela, mais estava se tornando impossível.

– Ele toca desde os três anos - Burt falou se aproximando da morena - pratica toda noite.

– Toda noite?

– Toda noite - Rachel deu um sorriso forçado e ficou se perguntando se aguentaria ficar escutando essa bateria ensurdecedora todas as noites.

No dia seguinte

– É rápido e indolor você só tem que fechar os olhos e fazer. - Quinn ligou desesperada pra Santana, atrás dos conselhos da amiga.

– Só que eu ainda não achei a hora certa.

– Que história é essa de hora certa? Qualquer hora é hora certa, é só chegar e dizer "Eu te amo e case comigo".

– Tá - Santana sentiu insegurança na voz da loira.

– Qual é? Você tá ai pra que? Tem que arriscar, tem que ganhar o jogo e trazer ela pra casa e pelo amor de Deus para de fazer ligação interestadual que eu também tô pagando. - a Latina rosnou.

– Tudo bem, Obrigada San.

– Você consegue Quinn - a latina falou sorrindo, mesmo sem admitir.

Quinn pegou a sua força e foi atrás da morena, era agora ou nunca. Respirou fundo quando chegou na porta do quarto de Rachel e bateu três vezes. Uma morena linda e sorridente, com um vestido vermelho e sapatilha apareceu na porta.

– Oi - Quinn estava sem palavras para tamanha a beleza de Rachel.

– Oi - Sorriu lindamente.

– Eu pensei da gente dar uma caminhada e escrever seus votos.

– Boa ideia, vou precisar de ajuda.

– Tudo bem - Rachel entrou de volta no quarto e pegou o seu casaco de frio.

A duas saíram da mansão e foram andando até um campo com um lindo rio, estava perto do por do sol, e isso contribui-o para o nervosismo de Quinn. Rachel não parava de falar sobre os votos, ela ainda não tinha conseguido escrever, e a loira não conseguia falar por causa dos monólogos dela.

– Você pensa o no que? - a morena pergunta sobre os votos.

– Eu penso em muita coisa...

– Eu passei a semana toda pensando nisso e acho que só estão piorando.

– Olha Rache...

– Primeiro eu fui mais romântica, depois eu pensei "Ai meu deus e se o Finn não for" ai eu tentei ser engraçada, mais não deu certo, ai eu voltei pro mais básico, mais ai tudo ficou muito chato e... - a morena não parava de falar e Quinn estava nervosa de mais para ficar esperando o sermão dela acabar, o casamento já seria no dia seguinte e ela ainda não tinha falado com Rachel, então resolveu ser direta.

– Eu sou louca por você - ela praticamente gritou, só assim chamando a atenção da morena - Eu só consigo pensar em você e quero passar o resto da minha vida ao seu lado.

– Sério? - a morena perguntou com desdém assim que a loira terminou.

– Sério!

– É tão genérico

– Genérico?

– É, totalmente, parece que alguém deveria dizer e não o que você realmente sente. - Quinn estava atordoada, mais viu que Rachel estava certa. Por isso ela se aproximou da morena parando na sua frente e pegou as duas mãos dela com as suas.

– Tá legal escuta só... - sussurrou e olhou no fundo dos olhos dela. – Ninguém nesse mundo me faz rir como você... Você é minha melhor amiga e eu só quero ficar com você pelo resto da minha vida.

Tudo que ela disse foi o mais puro sussurro que Rachel já escutara ná vida. Os olhos de Quinn diziam claramente o que ela tinha acabado de falar. Mais a morena ficou em estado de choque. Quinn se aproximou da morena, na intenção de beija-la, mas mais uma vez o destino foi cruel com as duas, porque logo atrás de Quinn vinham as três damas de honra de Rachel, batucando em panelas e arrastando a noiva pela mão. Rachel estava sem palavras, ela estava pensando nas palavras de Quinn, e em tudo que ela tinha vivido com a loira nos últimos dias. Os olhares, os toques, os abraços mais demorados mais principalmente a dor e a sinceridade que ela via nos olhos da loira.

– O quê que é isso gente? - Quinn perguntou irritada.

– É a despedida dela.

– O quê?

Sem dar a oportunidade de Quinn continuar a falar, as três já estavam a uma distância enorme. Rachel se virou para olhar a loira e a viu com a cabeça baixa. Isso doeu nela.

– Ai, Ai... - Quinn remoeu, conversar com Rachel estava sendo mais difícil do que falar com a Joan Jett. Sem muito o que fazer ela segui-o os quatro.

Em frente a mansão havia dois carros as esperando. E logo em seguida partiram para um bar conhecido de Lima. A cidade tinha uma tradição, as noivas teriam que andar com um penico cheio de Arroz, e arrecadar dinheiro em troca de seus beijos, e todo o dinheiro seriam dados para a caridade. Com Rachel não foi diferente, ela saiu andando pelo bar com o penico na mão, beijando todo mundo que colocasse dinheiro no penico. Ela beijou magros, gordos, brancos, negros, ruivos... Todo mundo que se pode imaginar. As suas madrinhas já estavam muito bêbadas e não falavam mais coisa com coisa. De longe ela viu a cabeleira loira de Quinn perto do bar, então resolveu se aproximar dela.

– Oiii

– Oi beijoqueira.

– Nem me fale...

– Eu só tenho esse trocadinho aqui –

A loira colocou umas moedas no penico que Rachel segurava nas mãos, com um sorriso lindo e gentil Quinn se aproximou de Rachel bem de vagar, a morena prendeu a respiração com a proximidade então Quinn juntou seus lábios em um selinho. Ainda com os olhos abertos as duas não desviavam o olhar, Quinn se separou um pouco e a olhou melhor, mais logo em seguida ela tomou a boca de Rachel com a sua em um beijo cheio de paixão e amor acumulados. A morena aos poucos foi fechando os olhos e amolecendo nos braços de Quinn, que rodeou sua cintura com as mãos a puxando mais pra perto. Rachel sentiu a língua de Quinn em seus lábios e não resistiu por muito tempo, deixando assim ela entrar por completa em sua boca molhada. O penico que estava em suas mãos cai no chão derrubando todas as moedas e grãos de arroz que nele estavam. Rachel se agarrou em Quinn como se sua vida dependesse daquele beijo e aprofundou ainda mais. Um beijo com amor e carinho, mas com uma pitada de luxuria. As mãos de Rachel estavam no emaranhado de cabelos loiros, enquanto as de Quinn percorriam as costas macias de Rachel por baixo de seu casaco de frio. Aos poucos elas foram se afastando e com um ultimo selinho Quinn falou sorrindo.

– Elas estão vindo - ela se abaixou para apanhar as moedas e o arroz e colocar de volta no penico. Rachel fez o mesmo, a olhando de vez em quando, ela estava perplexa com o que tinha acabado de acontecer. Sua cabeça estava uma confusão só. - elas estão vindo ai.

– Oiiii - um Kurt animado apareceu logo atrás delas junto com um Mercedes tonta e Tina muito bêbada com um copo de whisky na mão. Eles arrastaram a noiva de lá e Quinn estava pulando de alegria dentro de si. Ela nunca experimentou uma boca tão gostosa quanto a de Rachel e Deus... Ela queria provar de novo e de novo até não aguentar mais, e se dependesse dela isso jamais aconteceria.

Na volta para a mansão foi feita em silencio, Mercedes estava dormindo, Kurt mexendo em seu celular e Tina bebendo mais whisky. Rachel estava sóbria mais não tinha coragem de olhar para a loira. Já Quinn não tirava os olhos e nem o sorriso bobo de Rachel. Quando chegaram, cada uma foi para seus quartos, tomaram um banho e não dormiram. Já passava da duas da manha e nada do sono chegar. Quinn estava feliz de mais e Rachel confusa de mais. Por isso, sem conseguir mais se conter foi para o Quarto de Quinn. E a loira foi em direção a sua porta quando a mesma recebeu três batidas. Ela abriu e...

– Eu não tô mais aguentando!

– O que é isso?

– Vamos ficar juntas de novo? Pelos velhos tempos - do outro lado da porta estava Tina com um roupão.

– Não... Não tira isso não... - foi em vão Quinn tentar falar, porque ela tirou o Roupão deixando cair no chão. Ela estava apenas de calcinha e sutiã. Quinn colocou as mão na cabeça a balançando negativamente. Tina era uma asiática baixinha mais tinha um corpo magnífico. Só que agora o único corpo baixinho que ela queria ver era o de Rachel.

– Eu preciso me redimir com você - a voz dela estava arrastada, demonstrando a embriagues

– Oh Deus! - Tina foi a empurrando em direção a cama - não precisa fazer isso não...

– DEITA AI - ordenou a jogando na cama. Ela podia ser baixinha mais tinha uma força irrefutável.

– Não Tina, sai de cima de mim.

– Eu tô numa fase muito confusa da minha vida... - ela estava falando alto agora, Quinn não duvidava nada que a qualquer momento alguém acordasse.

– Fica quieta... Para...

– Para você!

– Me solta Tina, fala baixo...

– Eu quero transar loucamente com você - e como ela já tinha imaginado, alguém acordou e foi que ela menos queria que acordasse naquele momento. RACHEL BERRY Estava parada de frente a porta aberta de seu quarto, e os olhos dela estavam marejados.

– Rach... Rachel espera - a morena saiu correndo e Quinn jogou Tina no chão, essa de tão bêbada não sentiu nada e começou a rir pedindo pra Quinn trazer mais whisky. A loira correu atrás de Rachel o mais rápido que pode mais quando chegou perto a porta do quarto da morena bateu bem no seu nariz e ela ouviu ser trancado, ela bateu mais a morena não abril.

– Rachel é a Quinn, deixa eu entrar - ela pediu sussurrando.

– Vai embora daqui Quinn.

– Não, não, não, deixa eu explicar, não é o que você tá pensando.

– Isso não importa - ela podia escutar os fungados de Rachel através da porta, a morena estava chorando.

– Importa sim.

– Vai embora Quinn - pediu mais uma vez, com a voz quebrada, elas estavam conversando através da porta e por sussurros.

– Eu vou... Mas só se me disser porque você foi lá no meu quarto?... – ela perguntou e a morena ficou calada.

– Rachel! Porque você foi lá no meu quarto? - perguntou mais uma vez e dessa vez a resposta veio em forma de cortar o coração, o choro dela aumentara.

– Pra falar sobre aquele beijo. – a loira encostou sua cabeça na porta e suspirou.

– Ha Rachel... Por favor não... Não casa com ele...

– Esses anos todos Quinn...

– Não casa com ele...

– Esse tempo todo e você faz isso agora?

– Eu sei...

– Como você pode fazer isso?

– Me perdoa, me perdoa... Deixa eu entrar...

– Não! Eu não vou deixar – Rachel sabia que se deixasse a loira iria convencer ela. Mais ela estava firme em sua decisão e não iria voltar atrás.

– Deixa - pediu mais uma vez.

– Você só está fazendo isso porque tá com medo de me perder... - ela respirou fundo e limpou as lagrimas– eu preciso de alguém com que eu possa contar, não importa o que aconteça alguém que me ame de verdade, alguém em quem eu confie... - então ela deu sua sentença– eu vou me casar com o Finn amanhã Quinn.

A loira que já estava derramando uma cascata pelos olhos também deu a sua.

– Eu não posso ser sua madrinha... Eu não posso desistir de você Rachel.

Dizendo isso a loira foi embora da porta de Rachel. Naquela noite nenhuma das duas conseguiu dormir, as lágrimas não deixavam. Quinn arrumou sua mala tomou um banho para tirar o inchaço de seu rosto devido às lágrimas e esperou o dia amanhecer. Já Rachel foi para o quarto do seu pai pedir colo, e chorar a noite toda.

Na manhã seguinte Quinn estava com as malas dentro do carro, pronta para ir embora sem olhar pra trás, ela tinha feito o possível e o impossível para ficar com a morena, passou por cima de seu orgulho, mais no final, nada deu certo e o casamento iria acontecer.

Rachel assistia ela entrar no carro e ele dar partida, indo em direção a saída de lima e de sua vida. Seu coração estava quebrado, triturado e fatiado. Mas ela acha que fez a escolha certa.

– Eu sinto muito Rachel, lamento que você e Quinn tenham brigado.

– Sou a melhor amiga dela, ela está com medo de me perder... Ela vai superar

– Vai – Finn concordou.