– Madrinha é? Kkkkkk vai ser engraçado.

– Pode rir, ri a vontade Santana

Quinn, Santana e Brittany estavam caminhando pelo Central Park. E a loira mais baixa estava contando o que aconteceu no desastre de reencontro com Rachel e seu "gigante favorito".

– Ai o que você disse? Sim? - Brittany perguntou apreensiva.

– Não... Eu disse que ia pensar.

– Ela gosta do cara?

– Vocês precisavam ver ela, toda melosa com aquele idiota.

– Não gostei disso - disse Brittany, ela parou no meio do caminho e as outras duas se olharam confusas - você vai ter que ser a madrinha.

– O que? - Quinn se surpreendeu com a afirmação da outra loira.

– Eu tô falando sério... Pensa numa coisa. Você sendo a madrinha vai ter uma descupa pra ficar pertinho da Rachel o tempo todo, ajudando ela nos bastidores, vendo o que é que está rolando, seria a confidente dela, ai usaria esse tempo pra mostrar a ela que isso é uma tremenda loucura e que ela nem conhece esse cara direito.

A loira concluiu a sua linha de raciocinio como se tivesse descoberto a america. Quinn e Santana estavam surpreendidas por tamanha a inteligencia da garota. Santana tinha no rosto o sorriso como quem diz "essa é a minha garota".

– Eu não vou fazer isso não. Sem chance - Quinn rebateu.

– O que?

– Não

– Olha Q. Você vai ter muito mais chance de impedir esse casamento participando dele, do que em outro estado.

Quinn revirou os olhos. Por mais teimosa que fosse tinha que admitir que Brittany estava certa, ela teria mais chances se estivesse ao lado da morena o tempo todo a apoiando, e por mais que doesse ela iria estar lá pela morena.

No dia seguinte ela ficou de encontrar com Rachel para o almoço com as damas de honra. E falou pra ela que aceitava ser sua madrinha.

– Ai eu estou tão feliz que você tenha aceitado - Rachel falou feliz da vida, enquanto caminhavam para a entrada do restaurante.

– Com prazer - mentiu Quinn - eu estou disposta a fazer qualquer coisa por esse casamento.

– Eu tô tão animada - Rachel sorriu para Quinn, que devolveu o sorriso triste.

– Eu também - elas se encararam por um tempo até Rachel mudar de assunto drasticamente. Quinn achou que a morena tinha visto em seus olhos que ela não estava feliz com a ideia do casamento, mais simplesmente ignorou.

– Deixa eu te dizer quem vão ser as damas de honra... O Kurt...

– O Kurt é legal

– A Mercedes, você não conhece, mais ela é o máximo e a... Tina - falou o ultimo nome com receio na voz.

– Há não... Ela me odeia

– Você partiu o coração dela.

– E ela partiu o meu nariz

– Foi um acidente

– Ela me deu um golpe asiático no meio da cara... Eu fui super sincera com ela, disse que não era nada sério e ela concordou e pá... - apontou para o próprio nariz.

– As vezes agente fala o que o coração não sente.

– Essa é boa, você devia falar isso no altar - Rachel riu e continuou.

– Ela queria ser minha madrinha desde criança, então agora é que ela vai te odiar mesmo - lançou um ultimo olhar na direção de Quinn que tinha o rosto apavorado e gargalhou.

– Elas estão vindo.

– Então tá, já que eu sou sua madrinha prometo manter a paz - susurrou no ouvido de Rachel e viu um arrepio percorrer o corpo da morena, sorriu e enlaçou sua cintura, sentindo a morena estremecer com o contato. As três damas de honra se aproximaram e cumprimentaram elas.

– Oi?

– Hey como vai?

– Você está linda Quinn

– Obrigada Kurt... Oi Tina tudo bem com você? - a loira tentou mais foi completamente ignorada pela asiática.

Todos foram para o restaurante e começaram a trabalhar no casamento. Muitas revistas foram folheadas atrás de modelos de vestidos, penteados e maquiagem. A conversa fluia normalmente entre todas, com exceção de Quinn e Tina que não conversavam entre si, bem que a loira tentou.

– Então Quinn já conheceu o Finn? - Kurt perguntou

– Já - se limitou ao falar

– Ele é um sonho não é? - o rapaz voltou a alfineta-la

– É sim... - forçou um sorriso que não passou despercebido pelo rapaz.

– Alguém pode me passar o adoçante? - Tina pediu Quinn se esticou e estendeu pra ela, mais a asiática nem olhou em sua cara.

– Alguém que não odeie as mulheres - Rachel tomou o adoçante da mão de Quinn e o entrego a Tina - Obrigada Rachel.

A morena sorriu e pegou seu celular que estava tocando dentro de sua bolça.

– É o Finn gente

– Uoww - todas fizeram, até Quinn, forçadamente mais fez.

– Oi amor? Só um pouquinho... Com licença meninas - e saiu da mesa. Quinn sentiu o estomago revirar ao escutar a morena falar com aquele carinho todo, para alguem que não fosse ela.

– Que fofo - Disse Mercedes - Só faltam nove dias para nós irmos pra Lima, temos que mandar ver.

– Nem me fale, eu já fui MDC oito vezes - Tina falou e foi interrompida por Quinn.

– O que é MDC?

– Madrinha de casamento, você é a madrinha - Kurt explicou e Quinn fez um :o

– Então tem o chá de panela, o vestido...

– Só falta comprar o Trusô da Rachel - Quinn estava boiando naquela conversa, para falar a verdade ela nem sabia o que estava fazendo alí.

– Trusô? O que é isso?

– É a lingerie pra noite de núpcias... Como é que você quer ser a madrinha desse jeito - perguntou uma Tina muito irritada, então Quinn resolveu irrita-la mais.

– Olha ela está falando comigo.

– Tô não

– Você acabou de falar.

– Há me desculpe Quinn, eu quebrei uma regra sua?

– Pessoal vamos nos concentrar só um pouquinho pra terminar logo... Qual é o manequim de vocês? - Kurt pediu com calma.

– 38 disse Tina

– Beleza

– 42 afirmou Mercedes, Quinn que estava bebendo refrigerante cuspiu metade do liquido de volta no copo. Kurt e Tina se olharam.

– Desculpe - pediu Quinn envergonhada.

– Haa... Vem cá Mercedes, não seria melhor, mais confortável se você usasse um... 46? - perguntou um Kurt incerto.

– Não, ele vai servir... Eu tô na dieta do Dr. Shepard.

– falou Mercedes animada.

– Há já fiz - Tina concordou

– Que dieta é essa - Quinn perguntou curiosa.

– Água, resina de pêssego, pepitina de maçã, extrato de tubarão e sal temperado.

– E você come o que? - Quinn perguntou com cara de nojo.

– Olha eu vou ficar linda naquele vestido, vou conhecer um cara e vou ser feliz... Coloca ai 42.

– Tá legal - Kurt anotou o numero do vestido.

– Então, qual vai ser o tamanho da sua roupa super masculinizada Quinn - Tina mexeu com a loira.

– Não sei não... Qual vai ser o tamanho da sua cuequinha?

– Podem ter consideração, a Rachel está feliz com alguém, será que podem pensar nela? - Kurt se estressou com as duas. - agente vai se dar bem e ficar com um sorriso no rosto e fingir que está tudo perfeito.

– Foi ela quem começou

– Mentira, eu estava na minha e você que não sabe levar um fora fica desse jeito.

– Tá legal ela está vindo - alertou Mercedes, quando Rachel chegou perto da mesa, todas explodiram em risos falsos.

– Ele é um amor gente - Rachel comentou

– Haaaaa...

– Que coisa boa

– Como é que tá tudo?

– Está tudo ótimo, uma beleza - Quinn falou se contorcendo toda.

O almoço seguiu tranquilo, e elas conseguiram adiantar boa parte dos preparativos. Já quando todas estavam se despedindo, Tina se aproxima de Quinn.

– Quinn?

– Oi?

– Toma - estendeu um cartão de visitas para a loira.

– O que é isso?

– Ela faz animação de chá de panela, eu a contratei pro chá da irmã da Mercedes e a Rachel adorou.

– Obrigada Tina - Quinn disse sorrindo, mais loga parou ao ver o olhar de nojo da Tina.

– Não tô fazendo isso por você é pela Rachel

– Há tá, obrigado pela Rachel então.

– Tchau gente - Rachel se aproximou de Quinn e deu um aceno de mão para a Tina.

– E ai gostou? - entrelaçou seu braço no da loira.

– Sabe, acabou que aquele clima ruim com a Tina deu uma aliviada.

– Ummm - a morena grunhiu - eu posso te pedir um favor?

– Pode - elas estavam saindo do restaurante e indo na direção da moto da loira.

– O meu pai e minha avó Edith, vão chegar amanhã e eu tenho tanta coisa para fazer, eu queria saber se você e suas amigas não poderiam ficar o dia com o Finn?

– Passar o dia é? - virou o rosto para que a morena não visse e fez uma careta.

– É pra vocês se conhecerem melhor sabe - a morena mordeu o lábio inferior e a loira não podia dizer que não.

– Pode deixar.

Subiu na moto e a morena logo atrás, se agarrando ao corpo de Quinn como se dependesse disso para sobreviver. Ela já tinham andado tanto assim, mais só agora Quinn se deu conta do quão importante era ter Rachel ao seu lado.

No Dia seguinte

– Não acredito que você trouxe esse cara - Santana revirou os olhos apontando para o poste no meio do tatame de karatê.

– Ela me pediu com jeitinho e eu não podia negar... Além do mais vai ser divertido - Quinn arqueou as sobrancelhas de um modo sugestivo para a latina que sorriu maliciosamente.

– Então Finn... É Finn né? - a Latina perguntou assim que se aproximou do rapaz.

– Isso, Finn Hudson

– Você sabe lutar Karatê?

– Não, na verdade eu só sei jogar futebol americano.

– Ohhh, então está na hora de mudar isso, a Quinn aqui vai te ensinar uns golpes.

A latina se afastou e Quinn foi para o meio do tatame, com um sorriso maniaco para o coitado gigante. A loira já era faixa marrom e Finn estava com a branca.

– Pronto Finn?

– Pronto

– Então SEIZÁ - Quinn fez a saudação e Finn a imitou, depois se colocou em posição de ataque e partiu para o primeiro golpe.

– KERI, chute - ela chutou o rapaz no braço direito e ele não se mexeu do lugar, só sorriu para estressar a garota. Segundo golpe.

– ZUKE, soco - ela deu um soco forte nele, e mesmo assim ele continuou com o sorriso debochado, Quinn já estava se irritando piamente com ele.

– SHOTEI - golpe com a palma da mão, o rapaz finalmente deu um passo pra trás e seu sorriso estremeceu, agora foi a vez de Quinn sorrir, ele se endireitou e deu um passo na direção da loira mais essa se pôs na defensiva ainda sorrindo, ela sabia que tinha conseguido mexer com toda aquela pose de bom moço do Finn.

– UKE, defesa - seu sorriso se alargou e ela partiu para o golpe final, Santana estava agarrada na mão de Brittany, esperando por esse momento.

– TODOME-WAZA, golpe definitivo - onde um único golpe destrói o poder ofensivo do oponente. No segundo seguinte o peso morto de Finn Hudson estava esparramado no chão, uma Quinn estava ofegante pelo esforço físico e uma Latina muito entusiasmada estava abraçada a Brittany, que nem se tocou quando deu um selinho de comemoração na loira mais alta. Finn se levantou desnorteado e se aproximou de Quinn, a loira não recuou e nem piscou o olho, esperando alguma reação drástica, mais o que veio foi a mão estendida para Quinn apertar.

– Muito bom Quinn, isso foi incrível - ele falou sorrindo feito um bobão.

– Obrigado? - ela ficou passada com isso.

Depois da surra que Quinn tinha dado no gigante elas forçaram Noah Puckermen a ir fazer amizade com Finn. Puck como é conhecido, é amigo das meninas desde o ensino médio. Foi o único homem com quem Quinn e Santana ficaram e logo depois se descobriram Lésbicas. Ele é um bad boy bonzinho e faz de tudo pra ver suas garotas de bem.

As meninas apresentaram ele a Finn e disseram que ele ia guia ele até o banheiro masculino, já que elas não poderiam. Elas o instruíram a descobrir coisas sobre ele.

Assim que colocaram Finn em um taxi de volta para o hotel onde estava hospedado "Coisa que Quinn achou muito estranho, já que ele e Rachel estão tão apaixonados porque ela o pôs para dormir no hotel e não em sua casa?". Elas e Puck se encontraram em uma cafeteria. Chamaram o Finn, mais ele disse que estava quebrado depois da surra que levou da loira.

– Então? - Quinn perguntou ansiosa.

– O cara é gente boa e...

– E...

– Tem um potencia enorme, se é que me entende - Puck fez um gesto com a mão, fazendo as meninas soltarem um :o e fazerem cara de nojo depois.

– Ninguém é santo, eu conheço um detetive que faz a busca que você quiser. Ele descobre tudo, ele é o melhor.

– Ele não vai deixar barato - Quinn murmurou

– Há ele cobra caro, mais você é rica - Santana deu de ombros.

– O Finn é que não vai deixar barato - corrigiu a loira.

– Ele joga baixo, então você detona ele.

– Em que ele joga baixo Santana?

– Essa coisa toda com a Rachel... Ser um "príncipe encantado" e fazer ela se apaixonar por ele e aquele bagulhão dele...

– É ele joga baixo e eu também vou - Quinn concordou diante o argumento de Santana que sorriu e bateu palmas.

Aeroporto

Quinn estava dentro do carro esperando o casal 20 se despedir. Na verdade ela estava sendo torturada fisicamente e emocionalmente pois os dois estavam se engolindo na porta do aeroporto.

– Esse cara é um grude, solta ela, deixa ela respirar cara - ela murmurava fazendo caretas e mais caretas, até que Finn olhou para ela e acenou, nessa hora ela colocou seu melhor sorriso falso.

– Tchau Quinn.

– Adeus Finn - acenou de volta - tenha uma péssima viagem mala sem alça.

– Falou comigo? - Rachel perguntou entrando no carro sorridente, assim que o gigante entrou no aeroporto.

– Não... Quer manteiga de cacau?

– Quero sim - bateu palminhas

– Foi o que eu imaginei - contorceu a boca - então qual é a sinagoga?

– Sinagoga do centro.

As duas seguiram para a bendita sinagoga.

– Finn vai se converter ao judaísmo?

– Não, a família dele é cristã

– Sei... Então o rabino vai para lima?

– Sim, ele fez o casamento dos meus pais, porque é um grande amigo deles e não tem preconceitos e fez questão de fazer o meu.

– Que legal - Quinn murmurou. - porque o Finn não ficou para fazer isso com você?

– Porque ele tem que falar com o pai dele, o Burt sobre eu ser judia, acho que tem alguma coisa a ver com a politica.

– Burt Hummel?

– Sim

– O Governador de Ohio?

– Esse mesmo - ela sorriu para a cara de espanto da loira, que se chutava mentalmente por não saber que o tal Finn era filho de politico famoso.

– Chegamos

Elas desceram do carro, e entraram na sinagoga, onde o rabino já esperava por ela.

– Rachel que saudades - abraçou a morena e dirigiu seu olhar para Quinn - e essa deve ser a moça de sorte que vai casar com você? - Rachel corou e Quinn sorriu desconcertada.

– Não essa aqui é a Quinn, minha madrinha.

– Ohh, seja bem vinda então

– Obrigada

Os três foram até uma sala reservada. Quinn ficou de pé olhando ao redor e ouvindo o que os dois discutiam.

– Então Rachel o que você sente por ele?

– Haaa - a morena só abria e fechava a boca, sem saber o que falar, ela olhava para Quinn que estava mais interessada no quadro de Aleijadinho.

– Você tem que falar, para que eu possa elaborar melhor o que vou falar no seu casamento.

– Eu... Eu... Não sei o que dizer.

– Vamos lá Rachel, fale das qualidades do Finn mais não esqueça dos defeitos também - Quinn pela primeira vez olhou para Rachel que a olhava intensamente - Fale o que você sente quando esta perto dele? Se seu coração dispara quando ele te toca, se você estremece sentindo o toque dele - Quinn toca o braço direito da morena e sorri ao constatar que ela se arrepia e fica ofegante com seu toque.

– Eu...

– Lembra quando agente se conheceu, em uma situação um tanto quanto constrangedora? Você disse que era sincera comigo porque você era minha amiga e eu sempre fui sincera com você também e vou ser agora. - Rachel sem perceber prendeu a respiração.

– Você é a mulher mais incrível que eu já conheci na vida, a mais doce e sensível, inteligente, arrogante quando quer e linda... Não só por fora mais principalmente por dentro, acho que foi por isso que você conquistou meu coraç... - a loira se interrompeu e Rachel lhe encarava ansiosa.

– Foi por isso que você conquistou minha amizade.

A morena abaixou a cabeça, mais uma vez decepcionada. Quinn percebeu e Rachel mudou de assunto.

– Podemos falar de amor a primeira vista

– Isso é lindo, agrada o publico mais é muito clichê

– Barbra Streisand - Quinn falou de supetão, Rachel e o rabino a olharam sem entender. - seu primeiro verão em Nova Iorque, você estava namorando um cara que trabalhava na loja de discos de vinil quando você viu o de Barbra Streisand e se apaixonou por ele.

– Não acredito que você lembra disso - Rachel falou surpresa

– Eu também me lembro que você ficou mais apaixonada pelo disco do que pelo cara que trabalhava na loja, então se perguntou se um dia iria conhecer alguém que a fizesse se apaixonar como se apaixonou pelo disco.

As duas mulheres construíram uma bolha ao redor de si, ficaram se encarando com uma intensidade que era capais de detonar uma bomba atômica só pelo olhar, mais o rabino resolveu se intrometer.

– Isso é bom, isso é muito bom. Já sei o que vou dizer no seu casamento Rachel. Agora sei porque escolheu ela para ser sua madrinha - quando ele disse isso Quinn desviou o olhar, dando as costas para Rachel que continuava a olhar para ela.

Já no seu apartamento Quinn, Santana, Brittany e Puck estavam organizando as coisas para o Chá de panela de Rachel, que seria no dia seguinte. Quando tudo estava pronto, a loira não conseguiu pregar o olho a noite toda. Pensando em como tirar a Rachel do Finn. O tempo estava passando e as coisas estavam ficando mais difíceis.