Enjoy the Silence escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 31
Segundo livro. Capítulo II - Força característica


Notas iniciais do capítulo

Depois de sair do fundo do poço (onde eu escutei Fresno o dia TODO) e lutar contra o word, vim postar!! ♥ e aqui estou eu. O capítulo é curtinho e tal. Acaba mais rápido, vocês se desesperam mais rápido. Beijos ♥



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— Você está começando a me assustar seriamente aparecendo em todos os lugares aonde eu vou. — Falei, virando-me para frente e escondendo minhas mãos dentro do casaco.

O garçom, diante a minha breve distração, já estava falando com outra pessoa. Culpei William por isso. Desde que eu cheguei aqui, nessa espelunca, já fazia dez minutos inteiros que eu estava tentando pedir alguma coisa. Era óbvio que ele não estava conseguindo dar conta da demanda de clientes — uma decadência e displicência com o lugar.

— Você não vai conseguir a atenção dele se não gritar. Educados não tem chances aqui.

— Isso é sério? — Não o olhei, o rosto dele era muito sarcástico para a impaciência que eu sentia no momento. Ele soltou uma risadinha.

— Temo dizer que sim, minha cara.

Revirei meus olhos, recolhi a minha bolsa e pulei do banco alto, dando-lhe as costas. Eu esperava que fosse o suficiente para me livrar dele, dar-lhe as costas e só o ver na universidade, mas que garota tola eu era. William não era bem o tipo de cara que quando estava interessado em alguma coisa, desistia facilmente ou deixava simplesmente dar as costas e ir embora. Como eu fiz.

— Ei, Bella! — Ele me chamou, puxando-me pelo pulso.

Puxei meu pulso de suas mãos, o olhando com uma carranca tomando conta da minha expressão na medida em que percebia o sorriso que nunca saia de seu rosto.

— Bella? — Meu tom de voz era claramente incrédulo e repressor. — Quem te deu essa liberdade?

— Eu estou me dando à liberdade. Isabella é um nome muito longo. — Ele não se deixou abalar. — Vamos fazer uma troca, tudo bem? Eu te chamo de Bella e você me chama de Will. Está bom para você?

— Estaria — Eu lhe sorri ironicamente. — se eu quisesse te chamar de algum apelido. William está ótimo para mim, obrigada pelo… interesse.

— Você é sempre tão rabugenta assim? — Mas, ao contrário de sua pergunta, ele não parecia desconfortável.

— Só com as pessoas que eu quero.

Ele revirou os olhos.

Suspirei pesadamente, abaixando meus olhos. Tentei afastar a ranzinza para longe de mim ao notar que eu precisava dele para saber onde ficava um café decente e compromissado com o conforto dos clientes. Eu havia me desacostumado com a interação humana masculina ao passar a maioria do meu tempo com Edward e meus pais… Não que isso justificasse muita coisa.

Eu tinha mesmo de parar de ser tão chata. E se até eu estava reconhecendo aquilo, era porque a situação havia passado da criticidade.

— Tudo bem, me desculpe. — Minha voz foi baixa, envergonhada.

Eu nunca fui mesmo uma pessoa de orgulho pequeno. Todos sabiam disso.

— Ainda posso te chamar de Bella?

— Todo mundo me chama assim. — Murmurei, dando de ombros.

— Pode me chamar de Will.

— Prefiro William.

Ele bufou, desviou os olhos e sorriu com escárnio.

Meu orgulho decidiu por mim que eu andaria dois quarteirões e encontraria sem ajuda de ninguém um Café que tivesse um aspecto razoável. Eu só iria pegar o chocolate quente e voltar para casa, talvez dormir, assistir a algum filme, ler um dos inúmeros livros que eu havia comprado para me afastar do tédio enquanto as aulas não começavam. Talvez eu somente andasse por aí para aprender onde ficavam as coisas. Faria qualquer coisa para me distrair da vontade que eu tinha de ligar para Edward.

Ele estava trabalhando, eu me forçava a lembrar. Nem quando eu estava em Los Angeles, eu ligava em seu horário de trabalho. Eu não iria incomodá-lo, não queria ser inconveniente. Deveria me lembrar de que ele agora tinha várias coisas para fazer, coisas mais importantes do que me ligar.

— Para onde você está indo? — William perguntou, seguindo-me quando eu saí da espelunca e abri a sombrinha por causa do fino chuvisco que caia.

Ótimo. Chuva. Tinha como ficar mais desagradável?

— Hm… achar algum lugar decente para tomar chocolate quente. Eu preciso me esquentar.

— Com chocolate quente? — Apesar de estar com os olhos fixos ao caminho que eu tomava, pude perceber bem o seu tom incrédulo. — Tome vodca e em alguns segundos vai estar quente como quer.

— Obrigada. — Disse secamente. — Eu não bebo esse tipo de coisa.

— Claro. — Dessa vez, eu o vi revirar os olhos com tédio. — Você tem mesmo cara daquelas garotas certinhas que nunca beberam ou se deixaram ficar bêbadas.

— Bom, não é uma coisa de que eu me envergonhe.

— Não estou dizendo que é. — Defendeu-se.

Não, imagina — pensei sarcasticamente. Gastar saliva com William falando-lhe que ele estava mentindo não valia a pena. Hoje não era um dia no qual meu humor estava um dos melhores, por isso apenas enfiei minha mão livre dentro de meu casaco e o olhei de lado, percebendo que a chuva não o incomodava e que ele andava de cabeça baixa, as mãos também dentro do casaco escuro que ele usava. Se eu estivesse com um pouco mais de bom humor, teria oferecido a minha sombrinha para compartilhar. Como não estava, não o fiz.

Ele tampouco se importou. Andar na chuva parecia algo que ele costumava fazer todos os dias.

— Para onde estamos indo? — Ele balançou o rosto para tirar a água de seu cabelo ondulado.

— Eu estou tentando achar algum lugar onde venda chocolate quente, e você… bom, você está me seguindo.

William sorriu.

— Eu sei de um decente nos seus termos que não fica muito longe daqui. — Ele entrou na minha frente para entrar em um dos becos que cortavam para a rua transversal que eu sequer me arriscaria a me aventurar em dias normais.

Revirei meus olhos com impaciência e finalmente o segui, fechando a sobrinha quando meu braço se cansou de segurar por todo o caminho. Não me importava se meu cabelo ia ficar úmido e eu espirraria como uma louca depois, o meu braço doía tanto que todas essas coisas me pareciam supérfluas demais. Segurar uma sombrinha era outra coisa que eu teria de me acostumar.

Ele diminuiu o passo até que eu estivesse caminhando ao seu lado, olhando na maioria das vezes para o chão. Cair por causa do beco escorregadio e ficar dolorida não estavam bem nos meus planos para o final de semana.

— Pronto. — William parou de frente a uma franquia da Starbucks e encostou-se ao vidro casualmente.

— Você não vai entrar?

— Não estou a fim de tomar café ou qualquer outra coisa que essa loja oferece.

Ergui as sobrancelhas e dei de ombros.

— Tudo bem então. — Empurrei a porta de vidro com uma mão espalmada.

—… Mas se você quiser que eu fique eu fico.

— Tanto faz. — Murmurei.

William falou que não beberia nada, mas não foi bem assim que aconteceu. Depois de me fazer comprar um chocolate quente com bastante creme e consistente como eu gostava, comprou o mesmo para ele e depois outro que foi bebericando enquanto me acompanhava pelo breve tour pela cidade. Descobri que ele não era tão insuportável como parecia, ele poderia ser legal quando queria. O sarcasmo fazia parte dele e era uma coisa que se tornava engraçada depois de um tempo.

— Ei, William, você sabe como se liga um aquecedor?

Ele sorriu maliciosamente.

— Está me convidando para ir à sua casa, Isabella? — Uma pergunta comum, porém com um tom de voz que eu podia muito bem deduzir as besteiras que ele estava insinuando.

— Não! — Tratei de exclamar, ultrajada ao mesmo em que ria. — Eu apenas não sei como ligar o aquecedor. Estou quase congelando toda noite.

— O que eu ganho em troca?

— A consciência limpa de ajudar uma pessoa necessitada. — Lancei-lhe um sorriso esperançoso.

Avaliando o meu rosto por alguns segundos, ele, por fim, bufou e revirou os olhos murmurando algo que eu entendi como “Vamos logo com isso” mal-humorado.

Eu dormi muito melhor naquela noite sem precisar de todos os casacos que eu usaria caso não tivesse William para descobrir que a tomada não estava conectada. Não duvidava nada que ele estava começando a duvidar da minha capacidade mental, principalmente quando me olhou com as sobrancelhas erguidas. A desculpa genial que eu arranjei foi que a estante estava na frente da tomada, por isso que eu não havia a visto.

A incredulidade de William ainda o fez caçoar mais um pouco de mim antes de ir embora dizendo que sua mãe estava o ligando. Em represália, murmurei que ele era o garotinho da mamãe mesmo com de-ze-no-ve anos. Não funcionou muito, ele morava sozinho e foi com orgulho que ele me informou que havia saído de casa aos dezessete anos quando sua mãe se casou de novo. Eu queria perguntar mais coisas, afastar a solidão que de repente ameaçava invadir a casa mais uma vez, no entanto não o fiz.

Eu poderia ficar bem sozinha, foi o que meu orgulho disse assim que abri a porta para deixar William sair.

Um pouco mais tarde, peguei meu celular e tentei ligar para Edward. Isso mesmo, tentei. Estava desligado e ao perceber, tentei reprimir a onda de tristeza e desapontamento que me invadiu assim que tentei ligar pela segunda vez, pensando ser algum problema na rede ou qualquer coisa do tipo. Algo que justificasse, que me fizesse sentir melhor.

Engolindo em seco, desisti. Eu não tentaria mais por aquele dia, decidi que se ele quisesse mesmo falar comigo, ele ligaria. Era o certo, não é? A vontade, a saudade mais propriamente dita, o faria lembrar que tinha alguém em outro continente que sentia falta dele e que estava esperando com ansiedade a sua ligação. Algum pedaço, resto, de seu tempo.

Tentei não me importar quando ele não se lembrou de nada disso. Edward não ligou.

Para afastar a tristeza, liguei para Renée, falei com Carlisle que queria saber como era tudo por aqui, como eu estava — um ponto que eu tive de mentir dizendo-lhe que estava tudo otimamente bem —, se estava me adaptando bem ao sotaque. Até me animou um pouco dizendo que já podia perceber a diferença quando eu falava. E depois, por último e mais demorado, para Alice que estava como sempre. Saltitante, cheia de vida, sem lugar para tristeza.

Tive inveja dela naquele momento. Queria que a minha vida fosse tão fácil quando a dela estava sendo, com seu namorado todo para ela, com sua faculdade em Los Angeles, seu humor brilhante. E então lembrei que minha vida seria fácil se eu tivesse feito escolhas fáceis no passado. Se.

Eu fui dormir logo após Alice dizer que precisava desligar porque Jasper havia acabado de chegar do trabalho e ela iria recebê-lo. Alice estava mais feliz que nunca ao murmurar o quanto realmente tinha acertado ao escolhê-lo como namorado. Ele era perfeito, ela suspirava, não tinha ninguém melhor que ele. Eu queria dizê-la que, sim, havia alguém melhor que ele e a tal pessoa era seu irmão, porém me calei e concordei com ela. Edward era perfeito, mas Tanya dificultava as coisas.

Eu até tentei me distrair um pouco lendo um livro. Falhando. Minha mente não conseguia se concentrar nas palavras e eu não saí da primeira linha, lendo-a várias vezes para tentar entender o que a frase significava. Nada. Meus pensamentos acabavam voltando para Edward e seu celular desligado. Para mim, aquela era uma forma de me ignorar. Ele sabia que eu ligaria… para quê então ele desligara seu celular? Estavam na cara suas intenções.

Impedi-me de derramar uma lágrima sequer. Eu não choraria, assumiria a força que eu costumava ter antes de ele entrar em minha vida virá-la, sem muita cerimônia, de cabeça para baixo. Não que eu estivesse o culpando, a culpa era inteiramente minha. Eu que havia me permitido chegar a isso. Erros que eu nunca mais cometeria.

Talvez eu estivesse sendo um pouco precipitada demais, um pouco dramática demais. Eu não conseguia enxergar um modo de não ser. A insegurança era algo que sempre gritava dentro de minha mente o quanto eu poderia ser insignificante para Edward.

Eu quase não me surpreendi quando, no outro dia, bem cedo da manhã meu celular tocou e era ele. Claro que o meu primeiro sentimento foi de felicidade extrema, animada com a possibilidade de ele ter se lembrado de mim, reservado um pouco de seu tempo. E olha em que ponto eu havia chegado. Praticamente mendigando por atenção… patético.

— Edward. — Eu suspirei, aliviada.

— Bella. — Ele disse. Seu tom era diferente do que eu estava acostumada a escutar, era pesaroso e cansado. — Ocorreram alguns problemas com Tanya… — ele logo começou a me informar. — Ela quase teve outro aborto espontâneo de novo e eu…

— Você não vai poder vir. — Completei, sentindo minha garganta se fechar.

— Sim, eu… sinto muito. O doutor disse que ela precisa de apoio, disse que era importante a minha permanência com ela até que ela conseguisse ter o bebê. Bella, se eu pudesse, eu juro que iria agora mesmo até onde você está. Você sabe que eu sinto sua falta, não sabe? Isso não é o que eu estava planejando.

— Eu sei. — Minha voz falhou. — Olhe só, eu… eu… — O meu gaguejar foi o que entregou a minha mentira. Não que Edward tivesse se importado com isso. — Eu tenho que desligar agora… estou na universidade e a coordenadora está me chamando para outra entrevista. Depois eu te ligo.

A verdade era que eu não conseguiria chorar baixo o bastante para que ele não escutasse, minha voz me entregaria, os meus fungados e soluços também.

— Tudo bem. — Ele suspirou. — Eu te ligo mais tarde, sim?

— Sim. — Murmurei falhamente. — Eu amo você.

Por incrível que pareça — ou talvez nem tanto assim — aquela foi a última vez que nos falamos naquele mês. E no que se passou também…

POV EDWARD.

Tanya ergueu a mão magricela e pálida demais para me parecer no mínimo saudável e tocou o seu ventre coberto pela roupa de hospital. Ventre o qual, por algum milagre, ainda carregava um filho meu. Com muito esforço, mas ainda assim carregava. Engoli em seco quando ela abriu os olhos claros e deles saíram lágrimas que Tanya raramente se deixava chorar.

— Edward? — Ela sussurrou, tentando estender a mão para mim.

Sua mão trêmula foi impedida pelos vários fios de monitoramento e para ajudá-la, aproximei-me da cama e envolvi a mão que ela me estendia com as minhas, aquecendo-as da frieza que com certeza não era normal. Abaixando-me e levantando minimamente, levei meus lábios até sua mão, beijando-a brevemente. Embora não fosse minha intenção, minha reação só a incentivou a chorar mais, estendendo a mão livre para limpar o rosto que já estava molhado.

— Não chore.

— É tão… — Sua voz era rouca mesmo depois de ela ter pigarreado, tentando soar mais clara. Sem nenhum progresso. — Eu me sinto tão impotente sabendo que nosso bebê pode morrer a qualquer momento por minha culpa, Edward. Eu sinto tanto por isso, por não ser capaz de… de ser como qualquer mulher comum e ter um filho.

Ela pressionou os lábios e soltou sua mão das minhas para se apoiar e conseguir ficar sentada na cama que eu imaginava ser desconfortável. Tanya puxou seu cabelo ruivo para o ombro direito e passou as mãos pelo rosto de novo. Sua atenção se prendeu em seus pulsos que estavam com fios que a ligavam a máquina que tinha ao lado de sua cama. Inspirando profundamente, ela fechou os olhos por alguns segundos.

Quando os abriu, não tinha mais nenhum sinal de que estivera chorando. Seu autocontrole era impressionante.

— O que o médico lhe falou?

— Foi só um susto. Um susto grave, mas ainda sim somente um susto.

— Como ele está? — Tocando em sua barriga, ela indicou que estava se referindo ao bebê.

— Bem. — Um sorriso brotou em meus lábios. — É uma menina, sabia? Eu sei que você disse que não queria saber até nascer, mas talvez seja importante para decorar o quarto e comprar as roupas.

Ela sorriu levemente, surpreendendo-me ao não ficar com raiva como eu receava que ficaria por ter quebrado a surpresa que ela dizia querer saber. Esperava que seu bom-humor durasse mais, para sempre, se possível.

— Uma menina. — Ponderou, não diminuindo o sorriso. — Qual nome nós daremos?

— Por que não pensamos nisso quando chegarmos ao apartamento? — Sentei-me de novo na poltrona, me cansando de ficar em pé. — Já podemos ir, faz algumas horas que você já recebeu a alta.

— Nós podemos passar em alguma loja? Ver algumas decorações de quarto, talvez? — Seu tom era esperançoso, não imperativo ou insistente. Era mais como se ela estivesse pedindo permissão.

— Você precisa descansar, podemos ir amanhã.

Tanya não rebateu, apenas sorriu mais uma vez e assentiu.

Mesmo não sendo um trajeto muito longo, Tanya adormeceu e só acordou quando eu estacionei o carro no estacionamento do prédio em que morávamos. Ajudei-a no caminho escuro até o elevador vazio e sem muita hesitação, prendeu uma mão em minha camisa, apoiando-se nela para andar, puxando-a quando tropeçava.

— Que tal Beatrice? — Tanya indagou entrando na sala após ter tomado banho.

Ela vestia uma causa de moletom e uma regata branca que destacava a sua barriga já protuberante de 6 meses.

— Longo demais.

Sentando-se no sofá ao meu lado, ela jogou suas pernas na mesa de centro, cruzando-as. Em dias normais, Tanya sequer sairia do quarto do quarto para pegar alguma coisa para comer. Naquele dia, porém, ela foi até a geladeira e pegou o pote do pavê o qual ainda continuava intocado junto com duas colheres e sentou-se junto de mim no sofá que era grande o bastante para que ela fosse para a outra ponta — algo que normalmente ela faria. Não que eu estivesse reclamando, de jeito algum.

— Que tal Luna? — Perguntei-lhe aceitando a colher que ela me estendeu.

— Luna está ótimo.

— Sério?

— Você não acha? — Ela se virou para avaliar o meu cenho franzido. — Eu acho que é uma escolha perfeita. Luna.

Tanya apoiou os joelhos no sofá e ficou de frente para mim, pegando meu rosto em suas mãos enquanto deixava um sorriso assaltar os seus lábios que agora estavam próximos e com uma aparência mais saudável do que estava há alguns dias atrás. Foi reflexo afastar-me, lembrando-me imediatamente da garota a qual eu tinha telefonado três dias atrás e até agora não tinha arranjado tempo para fazê-lo de novo.

Bella, por sua vez, também nem tentara me ligar.

— É tão repulsivo assim para você me beijar? — Voltei minha atenção para Tanya que tinha os olhos baixos e constrangidos.

Suas mãos deslizaram até os meus ombros, desmotivadas.

— Tanya…

— É, Edward? — Ela insistiu.

Eu não tive tempo para resposta e poderia tê-la afastado quando percebi a sua intenção de me beijar. Não o fiz — nem muito menos sabia quais eram os motivos pelos quais eu deixei que ela avançasse, me abraçasse e colasse seus lábios nos meus como costumávamos fazer antes.

— Eu estou esperando uma filha sua, Edward. — Tanya sussurrou sem afastar seus lábios dos meus. Sentou-se em meu colo e deslizou a boca por meu queixo, sorrindo brevemente. — Conheço você. Sei que você quer.

Agarrando um punhado de meu cabelo, ela voltou seu rosto para o meu, beijando-me de novo.

Daquela vez, eu a correspondi.


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Notas finais do capítulo

Seguinte: 1. Se vcs quiserem que eu pare, é só n comentar.
2. Não me odeiem por esse final. Lembrem-se de que a vida deles não é um conto de fadas, essas coisas acontecem o tempo todo.
3. Quem trai, é traída.
4. Esse bom momento entre Tanya e Edward não vai durar pra sempre. E, caso vocês queiram saber, eles não transaram.
5. A Bella não vai sofrer pra sempre, vai? As pessoas tem que parar de ver uma garota como alguém que espera a boa vontade da pessoa amada, ela não é assim. A Bella nunca se submeteu a ninguém e não vai ser assim com o Edward.
6. Se vcs comentarem rapidamente, posto o próximo capítulo até o dia do meu aniversário (20/10).
Beijoss, pessoas! ♥ obrigada a todas as meninas que comentaram! De vdd.



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