Tenho estado um pouco fora do ar desde que deixei a casa de Emily. Confio nela, apesar de tudo, mas não posso esquecer o quanto a proximidade me deixa vulnerável. Sei o que sinto. Não quero Sam há muito tempo, mas ainda odeio me pegar lembrando dele. De seu beijo e de como eu era diferente com ele. Eu era uma garota feliz, posso dizer. Tinha sonhos. Esperava me casar com ele, um dia. Emily seria a madrinha, ao lado de Jacob. Mas quando tudo deu errado e aquela maldita coisa de lobo se intrometeu entre nós, tudo o que me restou foi ódio. Um fogo que subia em meu peito quando o via, mas não com aquele arrepio gostoso de quando se gosta de alguém, mas sim aquela vontade de matar.

Sinto algo diferente agora. O ódio ainda está aqui, mas não sei se o alvo ainda é o Sam. Se eu o vir agora, sei que vou querer matá-lo, mas será uma vontade de eliminá-lo rapidamente, mas sem sofrimento. Já a Emily, está completamente perdoada. Estou me segurando para não dar uma de best-friend-forever e ligar para ela agora mesmo e contar que uma ponta dupla acaba de aparecer em meus cabelos. Estranho, não?

Estou quase bem demais até que alguém bate à minha porta. É a alcatéia. Sam e seus capangas vieram por mim. Emily, sua linguaruda!