Casais felizes é tudo o que vejo. Ódio é tudo o que sinto. Não se trata de inveja, sabe? Só não acredito nessas besteiras. Quero dizer, todos parecem encontrar alguma forma de estar com alguém, mas não sei o quanto disso é real. Sei que os sentimentos existem, mas não sei quando são verdadeiros. Veja bem, senti algo uma vez e só me ferrei. Tinha certeza de que era real, mas descobri da pior forma que era tudo uma brincadeira do tal do destino.

Digo a mim mesma que não preciso disso. Sei que posso ter o que preciso para viver, mas ainda sinto um vazio. Odeio sentir essa coisa. Todas as vezes que sou forçada a estar no mesmo ambiente que Sam e Emily fico angustiada. Uma parte de mim quer acreditar que eles não têm culpa, mas a outra só quer que eles desapareçam.

Estou sozinha nessa. Já não tenho nem mesmo o Jacob, o único que compartilhava uma dor próxima da minha. Mas ele encontrou sua vida. Teve um maldito imprinting com a filha dos Cullen e, agora, é o cachorrinho de estimação da família até que possa viver seu amor com a criança. (Eca!)

Minha mãe se tornou uma chata desde que assumiu um estranho romance com Charlie. Ela levou o Seth para morar com eles na casa do Charlie e, agora, meu querido irmão é o dono do ex-quarto da nossa querida Bella Sem-Sal-Swan. Por falar nela, ao que parece, está fazendo um tour pelo mundo ao lado do Edward e da filha e, claro, de Jacob.

Durante a quase-batalha que enfrentamos em meio ao gelo, fui apresentada, a contra-gosto, a tantos sangue-sugas que poderia perder meu sangue só de encará-los. Acabou que eles não eram tão insuportáveis. Na verdade, alguns foram bastante interessantes, até mesmo leais. Não dirigi a palavra a nenhum deles, exceto a certo inconveniente que insistia em parar ao meu lado e admirar meu pelo. Este era o tal prodígio dos elementos. Um grande pé-no-saco, devo dizer. Precisei fingir não vê-lo para não arrancar seus membros, mas ao que parece, isso só o fez me olhar mais. Estranho. Pior do que carrapatos. E eu odeio carrapatos.