“O arrependimento é ineficaz quando as reincidências são consecutivas”. ''

Marquês de Maricá

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Uma semana havia se passado desde os acontecimentos que levaram Lílian para a enfermaria, mas em Hogwarts só se falava disso.

A punição de Rosier, Mulciber e Snape não foi tão severa quanto esperada e desejada. O professor Dumbledore determinou que os três alunos ficassem de detenção todas as noites até o final do ano letivo e também seriam descontados 150 pontos da sonserina. A ampola de pontos da sonserina marcava pela primeira vez na história de Hogwarts ficou com um saldo negativo. Mas os sonserinos não pareciam se importar com isso, muito pelo contrário, pareciam mais do que satisfeitos e fizeram questão de espalhar para a escola inteira o que tinha acontecido com Lílian.

A maioria dos alunos das outras casas ficaram assustados, muitos ficaram indignados, pois Lílian tinha muitos amigos na escola. Mas os grifinórios ficaram revoltados e agora era frequente haverem brigas entre alunos de grifinória e sonserina e a ala hospitalar estava bastante frequentada.

A rivalidade entre grifinória e sonserina nunca havia sido tão grande.

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Era noite e Lílian fazia sua ronda habitual pelo castelo, mas desta vez ela não estava sozinha. Tiago não deixava mais a garota andar sozinha pelo castelo, na maioria das vezes ele a seguia se ocultando com sua capa da invisibilidade. Quando ele não podia fazê-lo um dos Marotos fazia por ele.

Lílian seguia calmamente pelos corredores desertos do castelo enquanto cantarolava uma música, pensando estar sozinha quando na verdade Tiago a seguia de perto encoberto pela capa.

Quando Lílian estava passando pelo corredor do 4º andar ela viu um vulto encostado na parede. Lílian rapidamente sacou sua varinha segurando-a firmemente e Tiago fez o mesmo. Eles se aproximaram lentamente e mesmo Lílian não tendo tentado ocultar sua presença de forma alguma o indivíduo não se mexeu.

O ambiente ficou tenso, os segundos se arrastaram e a respiração de Lílian estava rápida, o coração acelerado. Ela iluminou o rosto da pessoa e ficou surpresa ao constatar que a pessoa oculta pelas sombras era seu antigo melhor amigo, Severo Snape.

Tiago ficou furioso e quase se revelou, mas foi impedido ao ouvir a voz fria e dura de Lílian:

– Snape, o que você está fazendo fora da cama? Sabe muito bem que já passou do horário permitido para os alunos andarem pelos corredores.

– Lily, eu preciso falar com você... - Snape disse angustiado.

Mas Lílian o interrompeu.

– Não tenho nada para falar com você, e é Evans para você.

A garota virou as costas e começou a caminhar em direção à torre da grifinória.

– Lily, por favor, me escute...

– Não tenho nada para falar com você.

– Mas eu tenho. Lily...

– NÃO, me chame de Lily. - a garota disse irritada.

– Evans. Evans por favor, eu... Me desculpe, eu não queria, eu...

– Ahh você não queria? Você não queria se tornar um aprendiz de comensal da morte? Ou você não queria se envolver com as artes das trevas? Ou você não queria quase me matar? Ou você não queria lançar uma maldição, um feitiço das trevas em Tiago?

– Não, isso eu queria. Disso eu não me arrependo. Ele é orgulhoso e arrogante, ele é pior do que eu, ele mente para você Lily.

– E você também, então qual é a diferença? Em que você é melhor que ele? Você não mudou nada.

– Eu, eu... - gaguejou ele.

– Eu não quero sabe mais das suas mentiras, das suas desculpas, eu não quero mais saber de você. Agora me deixe em paz. - dizendo isso Lílian saiu correndo.

Snape até tentou ir atrás de Lílian, mas Tiago o impediu lançando-lhe uma azaração que o fazia ficar com as pernas bambas.

Lílian continuou correndo até a torre da grifinória, e a encontrou já vazia, ela se sentou no sofá em frente da lareira triste e pensativa.

Mesmo depois de tudo que tinha feito Lílian não queria que a amizade dos dois terminasse, principalmente assim. Mas afinal de contas Snape não era mais seu amigo Sev há muito tempo. Esse Snape que se parecia com o Sev apenas na aparência era um estranho para ela.

Com determinação Lílian se levantou do sofá e subiu as escadas que conduziam ao dormitório feminino. No dormitório Lílian encontrou um lindo lírio em cima do criado mudo ao lado da sua cama. Ela sabia que tinha sido Tiago, só ele lhe mandava lírios.

Ela sorriu ao contemplar a flor que exalava um perfume magnífico. Lílian então se deitou e rapidamente relaxou com o aroma tranquilizador do lírio.