POV Lia

– Hein Lia aonde você tava?

Eu estava em choque, agora teria que contar tudo pro Vitor, a Ju me olhava estatica, havia percebido que falou demais.

– Amiga, vou indo depois a gente se fala, vou ali falar com o Gil. Eu assenti com a cabeça e ela se foi, olhei pro Vitor que estava me olhando com raiva e ele já sabia onde eu estava só esperava a confirmação.

– Não vou mentir mais pra você Vitor, eu tava com o Dinho.

– Não acredito Lia, você dormiu com ele?

Abaixei a cabeça estava morrendo de vergonha de encarar aqueles olhos azuis, eu nunca havia feito nada com o Vitor, não havia passado dos beijos quentes.

– Dormi sim Vitor, eu e o Dinho ficamos juntos.

Ele se virou e ficou encarando o nada, estava decepcionado, magoado.

– Vitor, me desculpa. Coloquei a mão no seu ombro, ele se esquivou e eu retirei a mão. – Vitor eu sei..

– Você sabe o que hein? Você não sabe de nada garota, não to conseguindo nem olhar na sua cara, porque você fez isso? Ele começou a chorar, senti as lagrimas caindo também.

– Por que eu amo ele Vitor, eu amo aquele idiota, mas eu gosto tanto de você, mais é diferente, com você tudo é tão certo, mas com ele é errado, eu tentei me afastar dele mais tudo conspirava pra nos unir novamente.

– Entendi Lia, não adianta eu lutar por algo que não tem jeito, você ama ele e ele te ama, mas pra que me usar caramba Lia, terminava comigo e pronto.

– Eu sei que eu errei Vitor, a única coisa que posso fazer é pedir desculpas.

– Hum sei, eu não posso me resolver com você, mas com ele eu posso. Ele então saiu e me deixou lá, olhei o portão se fechando e fui atrás do Vitor tinha que impedir ele de encontrar o Dinho.

Fim do POV Lia

POV Ju

Entrei no colégio e fui atrás do Gil, estava preocupada com a Lia, eu tinha falado demais, mais a tarde ela me explicava o que tinha acontecido, avistei o Gil perto da cantina e fui ate ele.

– Oi.

– Oi. Ele respondeu seco.

– Tudo bem?

– Tudo sim Ju e você?

– To ótima e o Bruno caso queira saber também está ótimo, vai sair no fim de semana do hospital.

– Que bom estou feliz por vocês, vou indo não quero chegar atrasado pra aula.

– Perai Gil. Segurei no seu braço.

– O que Ju, o que você quer falar?

– Sobre eu entrar na sua turma, você sabe o que eu vou ter que fazer?

– Não eu não sei, mais isso é ridículo Ju, você não serve pra isso.

– Quem disse que não, acha que não sou boa o suficiente pra andar na sua turminha?

– Não é isso Ju, você é uma menina delicada, não serve pra isso, a gente fica a toa, pichando, bebendo fazendo racha, você não serve pra isso.

– Sei, Gil eu ia entrar nessa turminha pra ficar perto de você, mais agora vou te mostrar que sou tão boa quanto a sua Manuzinha. Disse irritada e sai deixando ele lá com cara de bobo. O Gil pensava igualzinho a Manuela, mais eu ia provar pra eles que eu não sou uma menininha boba, que só pensa em roupas e maquiagens, eu sou mais que isso e vou provar pra eles.

Fim do POV Ju.

POV Bruno

Acordei e senti uma dor leve na barriga, a medica disse que seria normal eu sentir uma dor logo pela manha, pois a anestesia ia ter passado, olhei ao redor do quarto e não vi a Fatinha, droga ela devia ter ido embora, me sentei na cama e fiquei lembrando da noite passada do nosso beijo, eu amava aquela doida e ela também me amava, agora o problema seria o tal de Sal, peguei meu celular que estava na cama e disquei o numero da Fatinha, depois de alguns toque ela atendeu.

Ligação On

– Oi Fatinha.

– Bruno, tudo bem?

– Agora ta, porque você foi embora?

– Ah Bruno tinha que trabalhar e também tinha o Sal.

– Sei, mais vai vir me ver mais tarde?

– Se você quiser eu vou.

– To louco pra ver você.

– Sei, Bruno a gente precisa conversa sobre ontem.

– O que tem pra conversar, eu te amo Fatinha, e você não me ama mais?

– Claro que amo Bruno mais..

– Mais tem o Sal.

– Não, não tem Sal, eu terminei com ele hoje cedo, mais a gente tem que ver se é isso mesmo Bruno.

– Não tem que ver nada se você não ta com aquele cara, você ta livre eu to livre.

– Bruno, mais tarde eu passo ai e vamos conversar tudo bem?

– Eu te espero, porque se você não vier quando eu sair daqui vou até o Hostel.

– Eu vou sim, beiju,

– Beijo. Ela então desligou o telefone, coloquei ele na mesa novamente, alguém então bateu na porta, mandei entrar, pra minha surpresa era o Sal.

– O que você ta fazendo aqui?

– Vim falar com você.

– Isso eu percebi, mais eu não to afim de falar com você.

– Mais eu to, cara você é muito cara de pau, conseguiu roubar minha namorada.

– Eu cara de pau sei, eu não roubei nada, a Fatinha nunca foi sua, ela nunca te amou, o amor dela sempre foi meu, então não roubei nada.

– Vou ti falar uma coisa, isso não acabou, só acaba quando eu quiser e eu não quero acabar, eu gosto dela.

– Deixa de ser safado, eu sei que você não presta, sei que tem alguma coisa haver com o roubo no Hostel, eu sei que você não tava indo pra Brasília coisa nenhuma, você mentiu.

Ele parecia ter ficado assustado, mais logo voltou a postura de antes.

– Você é louco.

– To louco, eu não vou deixar você fazer mau pra Fatinha, e também vou descobrir o que você tem haver com esse roubo.

– Só te falo uma coisa fica esperto, você não me conhece, quando eu quero uma coisa eu não desisto tão fácil assim.

Ele então saiu do quarto, esse cara realmente era perigoso, eu ia ter que dar um jeito de manter ele afastado da Fatinha e descobrir o que ele tinha haver com o roubo e talvez com o tiro que eu tinha levado, porque agora eu tenho certeza que ele que tinha atirado em mim.

Fim do POV Bruno

POV Dinho

Me virei e lá estava ela, como sempre com o sorriso cínico nos lábios, mais já não usava mais os dreands, seu cabelo era castanho na altura dos ombros, com as pontas levemente onduladas.

– Valentina

– Hola tudo bien?

– Tudo sim Valentina, o que você tá fazendo aqui?

– Vim ver usted.

– Já viu agora pode ir. Disse já me afastando.

– Perai. Ela segurou meu braço. – No vam a darme um abrazo?

– Não Valentina, meu você só ferrou com a minha vida, se você não tivesse aparecido eu estaria com a Lia até hoje, some daqui, vai viver a sua vida que eu vivo a minha.

– Ques iso corazón, venga a ver usted y usted me trata desta forma, uo estaba magullada. Ela disse irônica.

– Ainda to te tratando bem, vaza vai. Me virei novamente, mais desta vez alguém me deu um empurrão forte e eu cai no chão, olhei e era o Vitor ele estava furioso, com certeza a Lia contou pra ele, ela então ficou no meio de nos dois e eu me levantei.

– Tá louco cara.

– Não você tá louco, eu só vim aqui acertar nossas contas.

– Quién es este carino? Val perguntou, Lia até então não tinha notado sua presença, ela se virou pra mim incrédula e perguntou.

– ADRIANO o que essa piranha tá fazendo aqui?

Eu olhei pra Val que continuava com aquele sorriso debochado no rosto, olhei pra Lia e a tive a certeza que a situação ia ficar feia agora.

Fim do POV Dinho