POV Fatinha

Já fazia mais de uma hora que eu estava na sala de espera, desde que cheguei ninguém havia me dado nenhuma noticia do Bruno, a Ju havia chegado e estava acompanhada do Gil, os enfermeiros haviam cuidado de mim também, pós aquele bandido havia me dado um tapa, mas graças a Deus não foi nada grave.

- Oi amor. Disse o Sal meio sem graça, eu havia me esquecido completamente dele, corri pra ele e o abracei e as lagrimas voltaram a descer.

- Você tá bem? Disse fazendo carinho no seu rosto, que também estava machucado.

- To sim, mas e você?

- To bem, mas ninguém ainda veio falar do Bruno. Ele não estava gostando da minha preocupação com o Bruno, mas que namorado gostaria, ainda mais que o Sal sabia que eu amava o Bruno. – Sal como você chegou aqui? Você não tinha ido pra Brasília?

- Éee..

- Parentes do Senhor Bruno Menezes. O doutor o interrompeu.

- Sou eu. A Ju se levantou e limpou as lagrimas. – Sou irmã dele, ele tá bem?

- Sim seu irmão esta fora de perigo.

- Eu posso ir ver ele?

- Claro, mas ele esta chamando insistentemente pela namorada Fatinha é você? Ele apontou pra mim.

- Sim sou. Disse sorrindo, namorada imagina eu namorada do Bruno.

- Mas não é namorada dele e sim minha. O Sal disse e me abraçou pela cintura, olhei constrangida para o doutor que apenas deu um sorriso amarelo.

- Vou ver ele e depois você entra Fatinha, tudo bem? Disse a Ju.

- Claro Ju.

Ela então seguiu o doutor e o Gil voltou a se sentar em uma das cadeiras.

- Você já sabe que ele tá legal, não precisa ver ele.

Me soltei dele indignada.

- Como não, ele me salvou, se não fosse o Bruno aqueles homens teriam. Eu não conseguia falar e abaixei a cabeça.

- Tá certo, desculpa, eu só to um pouco estressado. Ele passou a mão no meu rosto. - Fatinha eu sou louco por você é serio, eu só tenho ciumes de você com esse Bruno, vocês tiveram uma historia, eu queria ter te salvado e não ele.

- Você é um amor Sal, a única pessoa que me compreende, que não liga pro meu jeito, não me julga. Eu dei um selinho nele, e ele me abraçou novamente. – Mas você não me falou como voltou.

- Eu nem cheguei a ir, senti um pressentimento ruim, algo me dizia que você não estava bem no meio do caminho eu voltei, quando cheguei um dos caras já estava no chão e o outro já tinha atirado no Bruno fui em cima dele mais mesmo assim acabei levando a pior.

 - Fatinha, o Bruno quer te ver. Ju nos interrompeu

- Tá certo. Dei um beijo na testa do Sal e me afastei, caminhei até o quarto que o Bruno estava, bati na porta e ele mandou entrar.

- Oi. Disse fechando a porta.

- Oi. Ele sorriu.

- Você tá bem?

- To e você?

- Graças a você eu estou sim, se não fosse você eu nem sei.

- É melhor esquecer, só de imaginar eu já me irrito, vem aqui senta aqui. Ele apontou pra beirada da cama, eu acabei obedecendo e me sentei perto dele, ele estava sem camisa e com uma faixa enrolada na barriga, mas mesmo assim continuava lindo. Passei a mão nos seus cabelos e acabei voltando a chorar.

- Não chora, não tem motivo. Ele limpou as lagrimas, que insistiam em continuar caindo.

- Só de imaginar não ti ver mais já doí Bruno.

- Eu te entendo.

- Como assim?

- Fica na minha cabeça aquele cara em cima de você, querendo te fazer mal, eu queria ter matado ele.

- Mas agora tá tudo bem, obrigada por tudo Bruno, mas agora tenho que ir. Me levantei e quando ia me afastar ele me segurou pelo braço.

- Fica comigo por favor.

- Bruno a Ju tá ai.

- Por favor, dorme aqui comigo, só hoje. Como que eu iria resistir a ele pedindo assim.

- Eu fico. Eu me aproximei e deitei na cama, colocando a cabeça no seu ombro, ele então começou a acariciar meu cabelo e deu um beijo no topo da minha cabeça, levantei o rosto e ficamos nos olhando olho no olho.

 - Fatinha eu te amo.

- Que? Perguntei assustada.

- Se quiser eu repito, E-U T-E A-M-O. Ele soletrou, senti uma lagrima cair e ele limpou.

Eu não conseguia acreditar o Bruno me amava, ele então se aproximou e me beijou e eu me entreguei ao beijo, como resistir.

Fim do POV Fatinha

POV Ju

Graças a Deus o Bruno estava fora de perigo, apesar de ficar um pouco chatiada pois ele preferiu que eu fosse embora pra ficar com a Fatinha, mas tudo bem são coisas são coração, assim que a Fatinha foi para o quarto o Sal se sentou em uma cadeira parecia impaciente, irritado.

- Sal, acho que a Fatinha vai dormir aqui.

- Que? Ele se levantou indignado.

- O Bruno me falou que iria pedir pra ela ficar hoje com ele e duvido que ela se negue. Ele se levantou e saiu de lá quase me derrubando, mas pra minha sorte o Gil me segurou.

- Que cara estúpido. Ele disse irritado.

- Esquece, vamos?

- Não vai ficar com o Bruno?

- Não ele pediu que eu fosse, disse que iria ficar com a Fatinha.

- Sei então vamos.

Descemos e pra nossa sorte tinha um taxi no ponto, pegamos e em vinte minutos já estávamos na entrada do meu prédio.

- Obrigado Gil, obrigado mesmo por me levar, pela força que me deu.

- Quando precisar to aqui Ju. Ele me beijou no rosto e foi saindo, era bem capaz dele ir ainda se encontrar com a tal de Manu, eu não iria deixar.

- Gil! Eu corri até ele.

- Que foi.

- Não vai não.

- Não entendi

- Gil você gosta dessa Manu?

Ele me encarou.

- Ju, você gosta de mim? Essa é a pergunta certa.

- Não eu não gosto, eu amo, eu pensei que ainda sentia algo pelo Dinho, mas era ilusão eu precisava tentar viver o que não tínhamos vivido juntos pra notar, eu amo você. Ele ficou calado apenas me olhando. – Não vai falar nada?

- Não sei o que falar Ju, é serio, se você perguntasse isso há umas semanas atrás eu saberia a resposta, mais hoje eu não sei.

-É por causa da Manu?

- Não é por mim mesmo, eu preciso pensar Ju, é melhor você ir pra casa tá tarde, vai eu também vou.

- Sei, ou vai se encontrar com ela?

- É Ju, eu vou me encontrar com a “galera” vai pra casa. Ele deu ênfase no galera.

Eu estava querendo chorar mais segurei e fui indo em direção ao meu prédio entrei e fiquei observando o Gil, que não foi pra casa como eu imaginei, eu então resolvi seguir ele, eu ia ver onde era o tal lugar que ele encontrava essa “galera”.

Fim do POV Ju

POV Dinho

Acordei e já eram quatro horas da manha, a Lia ainda dormia, parecia um anjo, só parecia né? Peguei meu celular que estava desligado e liguei tinha três chamadas da Fatinha liguei de volta mais ninguém atendeu, resolvi mandar uma mensagem.

“Oi Linda tá tudo bem? Quando puder me liga, bjs Dinho!”

Ia voltar pra cama quando o celular da Lia começou a tocar peguei e olhei no visor era o Vitor, tinha vontade de atender, mais eu não podia fazer isso.

- Dinho! Lia me chamou, olhou pras minhas mãos e fez sinal pra eu dar o celular pra ela.

- Juro que não fiz nada ele toucou e eu só peguei, só isso.

Eu entreguei o celular e ela saiu pra sala me deixando sozinho, me deitei na cama e comecei a pensar em como eu ia fazer pra tirar ela da minha cabeça era impossível, ela então voltou e se sentou na cama.

- O que ele queria?

- Saber onde eu tava.

- E você?

- Disse que tava na Ju.

- E ele acreditou?

- Sim. Ela sorriu – Então vem cá vem. Eu puxei ela pros meus braços e a beijei.

- Eu tenho que ir.

- Por que?

- Porque combinamos uma coisa e a noite se foi Dinho.

- É sei, mas já.

- Sim já. Ela se levantou e começou a se vestir.

- Lia eu te amo!

- Eu também te amo Dinho, você vai conseguir me esquecer, a gente tem que se esquecer, o que eu fiz foi errado, eu sempre odiei traição e o que eu to fazendo agora com o Vitor, mas acabou, eu sei que você vai conhecer alguém.

- E se eu conhecer o que você vai achar?

- Vou tentar ficar feliz por você, mas pode ter certeza eu nunca vou amar ninguém igual eu te amo.

- Também não.

A gente se abraçou forte e demos um beijo demorado, nos afastamos e então ela saiu, senti uma dor parece que tinha perdido algo, me deitei na cama e acabei dormindo.

Fim do POV Dinho