O Retorno Dos Seis escrita por Mrs Pettyfer


Capítulo 30
Capítulo 28 - The new Legacie


Notas iniciais do capítulo

Heey guys!
Hoje é um dia muito especial pois a fic acaba de receber 100 reviews *----*
Isso é muito legal >< Só queria agradecer a todos por sempre acompanharem, e ao Lupi, que foi o 1º e o centésimo a comentar *u* VOCÊS SÃO DEMAIS!
Bom, mais um capítulo aí pessoal! Espero que gostem.



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O beijo é lento e duradouro. Eu afago seus cabelos curtos e depois nos separamos e sorrimos. Ela passa a mão em meu rosto e beija minha bochecha. Logo em seguida, Sarah levanta e vai até a entrada da caverna, onde está mais claro. Ela cruza os braços e os acaricia por causa do frio. Vestida de calça jeans e uma camiseta regata preta, ela avista B.K e o chama, batendo as palmas das mãos em seus joelhos. Ele corre mais ainda e pula em seu colo. Ele lambe seu rosto e ela o abraça. Sorrio e lembro o dia que encontrei Bernie. E quando Sarah o adorou no festival em Paradise.

Sarah solta Bernie e ele corre em minha direção, fazendo-me esquecer das dores. Eu o puxo para meu colo e acaricio sua cabeça.

É bom te ver, John.

É ótimo poder te ver também, amigão.

E eu sorrio mais ainda. Abraço-o mais alguns segundos e depois ele corre de volta para a mata, latindo para Cinco e para o tal de General. Eles trazem galhos grossos de árvores e ao passar por Sarah os dois sorriem. Sinto que ela também retribui o sorriso, mas não se sente feliz. Cinco e o General jogam os galhos no meio da caverna e se sentam em volta deles. Cinco esfrega as palmas das mãos e o fogo começa a surgir. Uma chama dança em sua mão direita e ele a sopra para o meio dos galhos, que incendeiam no mesmo instante.

Ei! Cinco tem o mesmo legado que eu! Que demais! Penso.

Ele me olha e sorri.

– É legal né? Sempre quis usar esse legado e nunca tive um motivo. Agora vai ser mais fácil. – Ele olha para o General, que assente. – Afinal, Sarah! – Sarah se vira e entra na caverna. Ela olha para Cinco e assente, sentando-se ao meu lado e encostando as costas na parede. – Quando vamos nos encontrar com a Garde?

– Amanhã à tarde, Cinco. Provavelmente amanhã à tarde.

– Estou nervoso... – Cinco admite.

– Não fique, cara. – Eu me intrometo na conversa. – Vai dar tudo certo. – Ele sorri, mas não parece confiante. – Sério. Eu sei que vai dar tudo certo.

Tento dar a maior força possível para Cinco. Afinal, estamos interligados. Assim como Oito e Nove, Seis e Sete. Ele é o mais próximo que posso ter como um “irmão”. Ao menos eu espero que possa ser.

Tento colocar minhas mãos geladas na fogueira incendiada, mas tudo dói. Apenas a tentativa de me mover, me faz desistir por causa da dor. Como vou ser útil com essa maldição no meu ombro?

De repente, um vento frio começa. A fogueira se apaga e nós nos assustamos. Sarah segura minha mão e sinto seu corpo estremecer. Bernie e Cinco ficam em posição de ataque enquanto o General segura uma pistola em suas mãos, apontada para a floresta. Tento acender meu lúmen, mas estou sem energia. Ouvimos o barulho de um tanque se aproximando e algumas pedras do teto da caverna caem sobre nós. Cinco e o General se afastam da saída e vão se encolhendo para a parte mais afastada da caverna, onde não dá para enxergar absolutamente nada.

Sarah me ajuda a levantar e nós caminhamos o mais rápido possível para junto dos dois, junto de B.K. Ouvimos árvores caindo e gritos de ordens. Passos fortes e frios se aproximarem. A sensação horrível que nos invade quando estamos perto de um mogadoriano começa a subir pelos pés até chegar a minha cabeça. Tento me livrar das lembranças da invasão de Lorien para me focar no que devemos fazer agora. Minha vontade é de arrancar essa adaga agora e partir para o ataque, e matar cada ser que estiver lá fora, independente do que ele seja.

Sinto meus olhos queimarem e ficarem mais negros ainda. Lembro-me do que Setrákus disse, e minha mente enfurece. Solto minha mão da de Sarah e movo-a em direção a adaga. Sinto ela me olhar, mas ignoro. Seguro o cabo da arma e hesito antes de puxá-la.

Vamos lá, John. Você consegue. Penso. Começo a remover a arma até que Sarah impede que eu faça isso. Ela se coloca na minha frente e leva sua mão até a adaga, me acalmando. Tento ler seus pensamentos, mas é impossível. Estou esgotado.

Retiro a mão da adaga e encosto na parede, repousando. Sarah se coloca novamente ao meu lado e entrelaça os dedos nos meus. Sinto mais uma vez o cheiro dos mogs. Eles estão perto.

Estou preocupada com John. Não consigo ver seu rosto, mas sei que ele está se sentindo diferente. Sua postura na hora que ele tentou retirar a adaga foi outra. Sei que seus olhos devem estar fervendo só de pensar que os monstros que destruíram seu planeta estão lá fora. Mas ele precisa se recompor antes de lutar.

Jones e Cinco ainda se preparam para atacar, mas apenas ouvimos o tanque e árvores caindo. Além de vozes ordenando para vasculharem todo o perímetro. Até que ouvimos passos na caverna. Meu coração dispara e eu prendo a respiração. Consigo ver o mog há poucos metros de nós. Ele olha as paredes e para o chão. Ele nota os galhos queimados no chão e mexe neles com seu canhão. Bernie rosna baixinho, mas John o acalma. Ele grunhe para os soldados e alguns deles entram na caverna. Um humano também entra. Todos examinam o local.

– Não devem ter ido muito longe... – O humano fala. – Ainda mais com aquele inútil no Número Quatro ferido. – O provável agente debocha. Isso deixa John irritadíssimo. Sinto-o apertando minha mão mais e mais e seu sangue circular rapidamente. – Vasculhem a caverna toda e depois voltem. Vamos encontra-los pessoal!

Os mogs batem continência e acendem uma luz vermelha em seus canhões. Eles andam em formação, devagar e olhando para todos os lados. Um deles caminha mais a frente e aponta a luz vermelha para nós. Ele se assusta e urra para os companheiros.

Perco logo a paciência e grito, apontando meu lûmen para os mogs e empurrando-os com força para fora da caverna com minha telecinesia. Eles caem e ficam atordoados.

– Vamos! Agora! – Digo e seguro a mão de Sarah, puxando-a e começando a correr. General Jones, Cinco e B.K nos seguem logo em seguida. Assim que saímos da caverna, um exército enorme de mogadorianos nos encara. Eles parecem surpresos e em transe, até que um deles pega um canhão e atira. Eu desvio o tiro com minha telecinesia e assim eles despertam.

Começamos a correr para o lado oposto da base, com um exército atrás de nós. Vários tiros passam por mim e a maior parte deles derruba árvores, atrapalhando nossa corrida. Tento não deixar a adaga em meu ombro atrapalhar muito meu desempenho, mas a cada passo sinto-a cortar um pedaço de meu corpo. Ela se movimenta de um lado pro outro. Uma dor agonizante. Mas não posso falhar. Estou a alguns metros da minha final liberdade, não posso desistir.

Sarah corre atrás de todos nós, atirando com sua pistola e de vez em quando se teletransportando para trás de um mog que se aproximou demais e matando-o com um golpe fatal. Cinco usa seu fogo para incendiar algumas partes da floresta, deixando a maioria dos mogs longe de nós e apenas trazendo os mais corajosos à caça. Bernie se transforma em uma besta com duas cabeças de uns quatro metros de altura, no mínimo. Ele uiva e logo em seguida cospe fogo, ajudando Cinco em sua tarefa.

General Jones tenta nos ajudar, mas sinto que ele está cansando, e se livrar desse monte de mogs não será nada fácil. Ouço o tanque se aproximando novamente e meu corpo se enche de pavor. Alguns SUVs pretos também aparecem e os agentes com metralhadoras em cima deles atiram em nossa direção. Vejo os tiros acertando as árvores em câmera lenta e os pedaços de madeira voarem aleatoriamente. Vejo um dos pedaços acertarem a perna de Cinco e ele gritar de dor, porém ele continua a correr. Vejo os mogs e agentes atirando com canhões e metralhadoras. Com telecinesia, Sarah joga uma SUV em cima de outra SUV, causando uma grande explosão. E de repente tudo para. A explosão, os tiros, a correria. Tudo. Posso me mover pela floresta sem que nada me impeça. Nenhum mog ou agente.

No início fico meio tonto. Vejo uma bala parada no ar ao meu lado. Eu a pego e examino-a, depois a jogando no chão. Vou andando até o tanque mogadoriano e abro a portinhola que leva para o interior do veículo. Vejo o motorista do tanque e não penso duas vezes. Pego um canhão que estava perto dele e atiro em sua cabeça. Ele explode em cinzas lentamente, como se estivesse em slow motion. Sento-me no banco do piloto e começo a dirigir o tanque. Assim que começo a andar penso em como fazer o mundo voltar a girar. É como se eu pausasse um filme e depois não soubesse como o fazer voltar a correr.

E então imagino um controle remoto em minha mente. Localizo todos os botões. O liga/desliga, os números e o play. E com minha “mão” aperto o play, fazendo tudo voltar ao normal.

Sinto uma sensação esquisita. Como se estivesse presa e de repente ter voltado a viver. Sinto-me abafada, com falta de ar, mas continuo a correr. Vejo a explosão acontecer e os mogs voarem antes de virar pó. Alguns agentes gritam enquanto sentem sua carne queimar. Procuro John a minha frente, mas não o acho. Começo a me preocupar e me teletransporto um pouco mais para frente para ver se ele não está mais adiantado. Nada. Procuro-o entre o exército. Nada também.

Surpreendentemente, o tanque que mirava para nós e atirava, começa a mirar para os próprios mogs e agentes. E sem pensar duas vezes, ele atira. Uma fileira inteira de inimigos é destroçada. Sinto o cheiro de carne humana sendo queimada de longe.

Ele vira a mira para o outro lado e atira mais uma vez, destruindo várias árvores e agentes. Ele desacelera e espera, deixando a outra parte do exército passar a sua frente. Uma ideia um tanto quanto bem inteligente. Inteligente demais para um mog revoltado. John... Penso. Seu espertinho... E sorrio comigo mesma enquanto corro.

O tanque atira em cada formação de mogs. Em menos de um minuto, estão todos dizimados.

Os outros mogs que recuaram foram queimados por Cinco e Bernie ou derrubados por General Jones. Nos aproximamos do tanque e a portinhola se abre. Jones e Cinco se assustam e ficam prontos para atacar.

– Calma gente... – Eu digo e B.K late para mim.

E John sai do tanque, sorridente, mesmo que a adaga o tenha impedido de ajudar a gente no início.

Jones e Cinco relaxam assim que veem John e todos nós sorrimos.

– Alguém aí quer uma carona? – John diz.

Cinco sobe primeiro, para poder ajudar Jones. Eu pego Bernie Kosar no colo e o entrego para Cinco, subindo logo em seguida. Nós entramos no tanque e andamos com ele até uns quinhentos metros da rodovia, escondendo-o em uma caverna na montanha. Cinco incendeia-o assim que nos escondemos atrás de uma rocha e a explosão o joga para trás.

– Nossa! – Ele exclama, se levantando e limpando a calça.

– Vamos gente, temos que sair logo daqui. – Jones aconselha.

Andamos até o Camaro preto, que, para nossa nada-surpresa, não está mais lá.

– Eu sabia! Roubaram o carro! – Eu exclamo e já fico preocupada com o que teremos que fazer.

– Relaxa Sarah... – Jones diz, confiante. Ele me pede a chave do carro e eu lhe entrego. Jones aperta um botão cinza na lateral da chave e o carro aparece diante de nós, deixando-nos boquiabertos. – Camuflagem do FBI, amigos. – Ele sorri.

– Mas então... Vamos? – Cinco sugere, agitado e ansioso.

– Vamos, seu agitadinho. – John diz e dá um tapinha em seu ombro, empurrando-o para dentro do carro.

Ele entra logo após, junto de Bernie, sentando no banco de trás. Eu penso em me juntar a eles, mas deixar Jones como motorista é meio que sacanagem, então sento no banco do passageiro.

Ele dá a partida e nós seguimos em direção a Lancaster, finalmente.


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Notas finais do capítulo

*U* FINALMENTE, A GARDE TODA JUNTA *_____*
See ya o//



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