O Retorno Dos Seis escrita por Mrs Pettyfer


Capítulo 29
Capítulo 27 - There's no Space Between Us


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoal! Mais um capítulo cheio de ~romance~ pra vocês. Sorry, mas adoro romance... :(
MAIS AÇÃO NO PRÓXIMO CAPÍTULO, OK? ~sorry
Hope you like!
Mrs~~



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Estamos no meio do caminho e começo a arfar. Busco forças para continuar, mas acabo caindo em uma rocha marrom. Jones tenta me ajudar, mas ele também está cansado, então diz para descansarmos um pouco. Ele olha para seu relógio, que marca 20h.

– Precisamos chegar lá antes das 22h. Senão será mais difícil de entrar.

Eu assinto com a cabeça e peço água ao General. Ele me entrega a garrafa plástica com um pequeno gole e eu tomo um pouco. Ofereço o resto para Jones, mas ele nega e diz para eu beber tudo.

– Vamos General. Precisamos resgatar esses meninos. – Digo, estendendo minha mão para ajuda-lo a levantar. Continuamos a caminhada. Faltam uns dois ou três quilômetros, e eu tento fazer parecer que faltam menos. Vejo uma entrada para uma caverna e umas luzes brancas “mirando” para ela. Quase lá.

Tento pensar o que Seis, Sete, Oito, Nove, Ella, Sam e Malcolm provavelmente estariam fazendo. Treinando? Arrumando a mesa para o jantar? Os casais se arrumando para dormir? Seis e Nove se beijando mais uma vez? Ainda não acredito que passei por isso. Primeiro John e Seis e agora Nove e Seis. Eu sei que Nove ama Seis, mas não seria surpresa ele ter ficado comigo só para John ver como é bom beijar a menina que os outros amam. Ou amavam.

– Sarah! Abaixe-se! – General Jones cochicha. Vejo uma águia planando bem em cima de nós. Nos escondemos atrás de uma árvore e a águia começa a descer em círculos. Ela pousa em uma rocha a uns dez metros de nós. Ela vira a cabeça duas vezes para a esquerda e para a direita e depois se transformou em um cachorro. Bernie!

– Não se preocupe, General. Estamos mais salvos agora do que estávamos antes. – Digo e corro até Bernie, pegando-o no colo e afagando seu pelo macio. – Ele será útil para nós, e John ficará feliz em vê-lo. Não é mesmo Bernie?

Jones sorri para mim e eu coloco B.K no chão. Continuamos a caminhada e chegamos à base em menos de uma hora. B.K fica escondido atrás de uma árvore. Imagino que ficará esperando quando eu, John, Cinco e Jones chegarmos. Jones coloca a algema em mim e saímos em direção à luz. Ele coloca a pistola na minha cabeça e alguns mogs se aproximam. Ele segura a algema em torno de meus braços, e acena com a arma para os inimigos. Em volta da entrada há uma cerca, com um portão alto de aço e arame farpado em toda a sua área. Eles abrem o portão quando veem o General e nós passamos pela primeira onde de soldados. Na caverna há um portal onde só mogs e agentes podem passar. Ele é desativado para que eu, a prisioneira, possa passar, mas cinco segundos depois, ele é reativado.

– Senhores, trouxe essa belezinha aqui para ver se consigo tirar alguma informação do Número Quatro. Vamos ver se com seu amorzinho ele abre o bico. – Jones diz aos mogs e eles riem. – Onde o moleque está? – Ele pergunta e logo o “mog-general” diz.

– Na sala branca. Quatro e Cinco estão lá. Sabe como chegar, General?

– Não, senhor. Poderia me explicar? – Jones sugere.

– Segue pelo corredor principal, vire no corredor dois, ala D. É a única porta cinza.

– Obrigado. – Jones faz continência e nós continuamos pelo corredor.

Vários mogs passam de um lado pro outro, carregando canhões e espadas. Passamos pelo caminho indicado pelo “mog-general” e chegamos à sala branca. Meu coração está disparado e Jones consegue até ouvi-lo.

– É agora Sarah, vamos lá.

Penso na pergunta de Cinco e penso nos momentos que passei com cada uma delas. Todos inesquecíveis. E todos ótimos. Mas sei que Seis não em ama do jeito que ama Nove. Sei disso muito bem.

– Pois é, cara. Eu não sei. Realmente não sei. Seis é durona, forte, mas tem sentimentos também, e quando ela os mostra, ela é perfeita. Mas Sarah tem mostrado um lado dela que eu nunca havia visto. Ela desenvolveu legados, o que é meio estranho, e está ficando meio “Seis”, sabe? E... Ah, Sarah é maravilhosa. Seus cabelos loiros, agora curtos e com mechas rosa nas pontas, e seus olhos verdes... Eu sinceramente não sei o que fazer... – Cinco olha de longe para mim. Ele sorri e se aproxima, dando um tapinha nas minhas costas.

– Na real, John? Pelo jeito que você fala, só de olhar no seu rosto dá para perceber, na verdade, definitivamente, a S...

E a porta se abre. Um policial entra e empurra uma mulher para dentro da sala. Ela está algemada e cai de joelhos no chão, gemendo de dor. Cinco e eu olhamos para o policial que sorri ao ver que o estamos olhando. Ele joga uma pistola perto da mulher e deixa a porta entreaberta, saindo para o corredor. Seus passos firmes e frios me deixam louco. A mulher loira com mechas rosa nas pontas tenta se levantar, mas a algema a impede.

Ando até ela para ajuda-la, mas quando me aproximo, ela recua. Eu dou alguns passos para trás e ouço o click da algema.

Mas como ela se soltou?

A mulher aperta os pulsos vermelhos e olha para o chão. Sinto que ela tem certo receio de olhar para nós.

Espere aí... Loira com mechas rosa nas pontas?

– Sarah! – Eu grito e corro em sua direção. Dou-lhe um grande abraço, que é retribuído. Sinto seu perfume bem fraquinho, sinto o cabelo curto cerrando minha quase barba. Sinto um sentimento antigo e maravilhoso. Mas que acaba rápido.

– Er... John? – Cinco interrompe. – Essa é a... ?

– Prazer, Sarah. – Ela diz, estendendo a mão para Cinco. Ele a cumprimenta e sorri, piscando para mim. Eu retribuo a piscadela e os dois desfazem o aperto de mãos. – Temos que ir, John. General Jones já deve estar na sala para apagar as luzes.

– Apagar as luzes? General Jones? QUÊ?

– É! Estamos aqui para tirar vocês desse lugar horrendo. Até admiro Setrákus não ter matado os dois ainda... – Ela comenta.

– Eu também não entendo. Assim que John chegou, achei que estávamos mortos! – Cinco continua o papo.

– Aposto que ele queria atrair os outros para matar todos de uma vez, fazendo cada um ver o amigo morrer e sofrer com cada morte vista. – Eu respondo.

– Como você sabe? – Cinco pergunta.

– É só um palpite... Enfim, devemos ir. Sarah vai nos tirar daqui, não vai? – Olho para ela e sorrio. Ela retribui o sorriso e assente.

Alguns segundos depois, a luz apaga.

– Vamos. – Sarah diz. Ela entrelaça seus dedos nos meus e saímos pela porta. – Venha Cinco. – Ela cochicha.

Andamos pelo extenso corredor até chegar a uma bifurcação. Sentimos a presença de, ao menos, dez seres. Policiais, agentes ou mogs. Um dos três, ou os três juntos, passando por nós, correndo, com lanternas. Nós nos escondemos em uma sala e esperamos eles passarem.

Na bifurcação, viramos à esquerda, e corremos. Cinco está logo atrás de mim e somos guiados por Sarah. Ela carrega consigo uma pistola e mira em tudo que possa ser uma ameaça para nós.

Chegamos à outra bifurcação, desta vez bem mais ampla e com muitos mais agentes. Ou policiais. Ou mogs. Ou os três juntos. Eles correm aflitos de um lado para o outro. Ouvimos os píkens ao longe e se assustamos.

– Sarah! Tem certeza de que esse é o caminho certo? – Cinco cochicha enquanto estamos escondidos.

Ela pensa um pouco antes de responder, mas logo diz:

– Sim.

E saímos correndo. Passemos igual vento ao lado de nosso pior pesadelo. Ouvimos os canhões atirando, mas não olhamos para trás. Continuamos correndo, e Cinco desvia qualquer tipo de tiro ou espada que tenta nos alcançar.

Até que consigo ver a luz da lua no fim do túnel. Sinto o vento bater em meus cabelos curtos. Ouço a cachoeira ao longe. Vejo Bernie me esperar logo que sairmos daqui. Vejo Sarah ser acertada por um tiro de canhão e cair. Vejo Cinco se desesperar e ser acertado por um mog, que o derruba. Vejo-me sendo acertado por uma adaga no ombro.

E eu me desperto do transe. Assim que me lembro do tiro de canhão que Sarah levará, retiro a da direita e passo-a para esquerda, fazendo o mog errar. Assim como o mog que ia derrubar Cinco, que agora está morto, por Cinco, que não se apavorou e continuo focado. Mas esqueço da adaga. E ela acerta meu ombro. E atravessa-o. E eu urro de dor. E eu caio no chão. E apago.

– John! John! Acorda John! Temos que sair daqui! – Eu grito.

– Não posso deixa-lo aqui... – Cinco pensa alto. E rapidamente pega John no colo e volta a correr. Eu o sigo e atiro nos mogs, agentes e/ou policiais. Chegamos à entrada da base. Vejo a lua ao longe, coberta por algumas nuvens e B.K se transformando em uma besta de três cabeças e devorando cada mog que tentar impedir nossa fuga.

Chegamos ao portão de ferro e eu o empurro com todas as minhas forças. Consigo mover apenas alguns centímetros, mas o suficiente para Cinco, com John no colo, e eu passarmos.

Corremos o mais rápido que conseguimos. Um exército de mogs corre atrás de nós. Uso alguns de meus legados para atrapalha-los. Arranco arvores e jogo-as no caminho deles. Pego os canhões com minha telecinesia e acerto alguns deles. Mas eram muitos, mesmo com a ajuda de B.K.

De repente, ouço o barulho de um tanque se aproximando.

Só pode estar de brincadeira que eles têm um tanque, né?

Mas, ainda bem que não. O tanque atirou nos próprios mogs, matando dezenas em apenas um tiro. Eu falo para Cinco se esconder enquanto tento ver quem está no tanque e deter mais alguns mogs. Depois de o chão montanhoso estar coberto de cinzas, a portinhola do tanque se abre e vejo General Jones sair de dentro dele. Sorrio e corro até ele, abraçando-o.

– Estou feliz por estar vivo, General.

– Por favor, Sarah, me chame de Jones. – E nós dois sorrimos.

Já que os mogs não irão nos atrapalhar mais essa noite, sugiro a Jones que descansemos em algum lugar e partimos de manhã, já que John estava machucado. Ele assente, e assim que vê Cinco saindo de trás de uma árvore com John no colo, Jones tenta socorrer Quatro. Mas a adaga perfurou o osso, então seria impossível ajuda-lo. Ele pega John e deixa Cinco aliviado, pois ele correra muito com um peso enorme nos braços.

Andamos um pouco até achar uma caverna pequena, perto de uma cachoeira. Assim que entramos, ouço os latidos de Bernie e vejo-o chegar. Ele se aproxima e eu afago sua cabeça. Jones e Cinco decidem ir buscar madeira para acender uma fogueira e levam B.K junto, dando certa privacidade entre mim e John. Ele está deitado no chão frio e apoia sua cabeça em meu colo.

Vejo a adaga que atravessa seu ombro. O sangue que se espelha pelo seu braço e suas costas. Lentamente, tento rasgar uma parte de sua camisa para parar o sangramento. Quando amarro o tecido em seu ombro direito, ele geme. E depois abre os olhos, piscando-os repentinamente.

E finalmente desperto. Não me lembro de nada. Além da dor e da droga de adaga em meu ombro. Mas, sinceramente, não ligo para isso. Não ligo para os mogs que matamos. Os que deixamos de matar. Ou os que mataremos. Isso não importa. Não agora.

Olho diretamente para Sarah e sorrio, tentando tocar seu rosto, mas assim que me mexo, a adaga rasga um pouco da carne de meu corpo.

– Shh... – Sarah tenta me acalmar. – Está tudo bem... Você vai ficar bem. Eu sei que vai. – Ela passa as mãos em meus cabelos e beija minha testa. E é ai que consigo ver um pequeno corte em sua testa. Tento tocá-lo, mas mais uma vez, a maldita adaga me impede. – Ah, isso não é nada... Foi só um arranhão. – Eu sorrio e peço para ela se aproximar. Toco o arranhão e sinto o ferimento se fechar. Ele cicatriza por completo, deixando-o mais que perfeita, novamente.

Ela está inquieta, mas tenta me acalmar mesmo assim. Eu puxo sua mão que está acariciando meus cabelos e coloco-a em meu peito. Ela sente meu coração, batendo cada vez mais rápido. Enquanto nós nos olhamos, tento passar um sentimento de confiança. Seja o que for, ela pode me contar...

– John, eu preciso te contar uma coisa. – Ela finalmente diz.

Eu assinto com a cabeça, estando preparado para qualquer “bomba”.

– Seis e Nove se beijaram. E acredito que não foi só uma vez. – Sinto uma outra adaga ser enfiada em meu coração. – E eu os vi juntos. Não aguentei ser traída mais uma vez, e não aguentei vê-la fazendo isso com você. Precisava te encontrar e te dizer isso... – Sarah começa a chorar, mas não sei o porquê.

– Está tudo bem, Sarah. Tudo bem.

– Não John, não está! Eu senti uma facada no peito quando os vi juntos, porque foi isso o que você sentiu quando eu te trai com Nove e Nathan, e eu vi que isso não é justo com as pessoas. Precisava te ver. Precisava pedir desculpas. – E suas lágrimas escorriam pelo seu rosto.

– Sarah, olhe pra mim. – Ela se vira e eu enxugo suas lágrimas. – Vamos esquecer tudo isso por um instante, tudo bem? – Ela assente. Tento me levantar e consigo, com ajuda de Sarah. Me apoio na parede fria e continuo. – Eu te amo. E sempre vou te amar. Seis pode até ser importante, mas não como você é para mim. E não deveria tê-la deixado, nunca. Me perdoe por tudo de injusto que já lhe disse ou lhe fiz. Mas agora eu não quero que você chore. Eu quero que você... – E o espaço entre nós acaba. E nossos lábios finalmente se tocam.


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Notas finais do capítulo

Awwwwwwwn *u* EU AMO ESSE CASAL! haha
espero que tenham gostado! Não esqueçam os reviews *u*
byyyyyye ~



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