O Retorno Dos Seis escrita por Mrs Pettyfer


Capítulo 15
Capítulo 14 - Denver, CO


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE JESUS! ALELUIA! hauhauhauhauhauhaSim eu tive tempo de escrever! Graças ao bom God! Pra aqueles que gostam de ação, aqui vai mais um cap. recheado de intrigas e WTF? entre Sarah, John e Nove. Oito (mesmo ele estando com os outros, Oito ficará se concentrando em outra coisa...), Ella, Seis, Marina, Sam e MALCOLM (<- sim eles ainda existem) vão aparecer logo logo! Aos shippers: Podem se despedir de JonHart (John + Sarah, porém usar o Sarah fica complicaids ahuahuahuah) agora a coisa vai ficar PUNK.*Aguardem brigas entre duas certas meninas lindas u.u*Espero que enjoy xD



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Retiro a faca de meu ombro e coloco a mão em cima do ferimento. Sarah está em pé, bem a minha frente. Confiante e corajosa. O sangue escorre pela jaqueta e a mancha até o final da manga. Ela olha para Nove e Oito, que estão boquiabertos e confusos. Ela agora gosta de Nove? Penso comigo mesmo. Mas eles acabaram de se conhecer!

Tento me levantar, e estendo a mão para Sarah me ajudar, porém ela vira as costas e fica ao lado de Nove. Meu corpo se enche de raiva, minha mente me faz querer acabar com os dois agora, mas isso seria menos ajuda para a Garde. E se eu fizesse isso, Seis me mataria.

Oito me ajuda e assim que fico de pé, bato as mãos para limpar o resto de neve que as sujou. Limpo a calça e ando até Nove. Coloco as mãos em suas costas e ele geme, contraindo os músculos. Mas logo os relaxa, como se a dor estivesse indo embora.

Ele retira a camisa suja de sangue e mesmo com o vento frio soprando, ele não a coloca de volta.

– Tudo bem? –

– Tudo sim... Obrigado. – Ele diz e se senta em uma pedra, bem a frente ao “início” da montanha, localizada atrás de nós.

A clareira que estamos é grande, cerca de 30 metros de largura. Ela é quase perfeitamente redonda, tirando alguns pinheiros localizados à frente de outros. Sento-me ao seu lado, e pretendo conversar e pedir desculpas, mas ele toma à frente. Mais uma vez.

– Olha John... Precisamos conversar. –

– Eu sei. Pretendia fazer isso agora... –

– Não, não só eu e você. Nós quatro. – Ele olha para Sarah, e já sei quem ele falará a seguir. – Eu, você, Sarah e Seis. –

Eu balanço a cabeça em movimento afirmativo. E ele continua:

– Não sei o que está acontecendo comigo. Nunca tive meus sentimentos tão afetados assim, de uma forma rápida e tão forte. Achei que gostava de Seis, mas não. Sarah me conquistou no momento que a vi. –

Ele soa romântico e verdadeiro pela primeira vez. Eu sinto ciúmes disso, mas foi o que aconteceu comigo e com Seis. Como se eu me sentisse vivo outra vez. Tivesse um motivo para continuar. Forças para lutar. Um objetivo para vencer.

– Acho que sei o por que de estarmos assim... – Eu falo. Ele olha para mim com atenção, virando algumas vezes para Sarah, que está olhando para a paisagem. – Não vejo Sarah há cinco anos. E nunca me aproximei de garota nenhuma, nem mesmo Seis, por todo esse tempo. E você também não. Nós desaprendemos como amar. Como é ser amado. E quando me envolvi, nem que seja só um pouquinho, com Seis, eu relembrei como era ter e sentir essa sensação tão boa. O mesmo com Sarah e com você. Não vamos julgar ninguém por enquanto... Mas isso não significa que não ficarei com ciúme de vocês dois. – Eu o encaro sério, mas logo sorrio. É bom ter Nove como amigo, agora passando pela mesma situação que eu. Mas Sarah não aceitará facilmente o que aconteceu, como ele aceitou.

Olhamos para ela, e quando ela se vira, eu desvio o olhar. Já Nove não. Ele a chama, e antes que ela chegue, eu me levanto e vou até Oito.

Vou até Nove e sento em seu colo. Passo as mãos em seus cabelos curtos despenteados e o olho nos olhos. Olhos castanhos profundos, afundando nos meus azuis.

– Venha aqui. – Ele puxa meu queixo, e me beija lentamente. Fecho os olhos e me sinto uma idiota, mas não resisto. O fato de beijá-lo na frente de John é algo estúpido. John é meu namorado. Não conversamos sobre isso ainda, mas precisamos.

Assim que paramos de nos beijar, sorrimos. Entrelaço sua mão na minha e nos olhamos. Apenas isso. Ficamos assim por dois, talvez três minutos, até ouvirmos os cascalhos de uma estrada não muito próxima. Ele se afasta, me coloca na pedra e se levanta, olhando para o horizonte. Logo avisa:

– Pessoal, vamos nos mexer... Acho que temos companhia. –

FBI. E mais mogs. SUVs pretos se aproximam cada vez mais na estrada sinuosa que deve estar a uns cinco, ou seis quilômetros de nós, depois da floresta. Os carros param com os faróis “apontados” para a floresta, que ofuscam nossos olhos, mesmo estando tão longe. Vejo sombras passarem por entre as árvores e raízes que saem da terra.

O chão escorregadio derruba alguns homens, que eu acredito que sejam agentes, pela estatura.

Eles se aproximam rapidamente e começam a atirar. Assim que o terceiro tiro nos alcança, saímos correndo. John e Oito estão na frente, eu e Nove atrás deles. Corremos na direção contrária, que leva a mesma floresta, porém, acho eu, que leva à região mais montanhosa.

John se vira de vez em quando para jogar algum agente para longe com sua telecinesia. Eu e Nove ultrapassamos os dois, e eu quase caio quando tento pular uma raiz grande. A floresta se acaba e estamos na frente de um lago congelado.

– Temos que atravessar! Não tem jeito! – Oito grita, olhando para trás, temendo que os agentes se aproximem. – Agora! –

Começo a correr e tenho medo que o gelo se quebre, mas continuo. John vem logo atrás de mim, e Oito e Nove vem alguns minutos depois. Sinto o gelo rachando sob meus pés, mas não desisto. A costa está a uns três quilômetros de nós, e quanto mais corro mais ela se aproxima.

Sarah corre mais rápido que nós três. Ela flutua no gelo, como se estivesse patinando. Os cabelos curtos voando para trás e as mechas rosas desenhando no ar. Olho para trás para ver se os agentes nos seguem, mas eles param quando atingem a “borda” do lago. Eles continuam atirando, mas as balas atingem o chão. Nove grita para mim e assim que dou mais um passo, o chão se abre na minha frente e tudo o que vejo é preto.

A água gelada percorre meu corpo, congelando-o. Mexo os braços e as pernas freneticamente para voltar a superfície mas é inútil. Estou paralisado. Essa água deve estar congelada há uns quatro, cinco meses. Fecho os olhos e as últimas coisas que vejo são os rostos de Nove e Oito olhando para baixo.

Abro os olhos novamente e estou em Paradise, Ohio. O último treinamento que tive com Henri. O fogo consome meu corpo e eu não respiro. Movimento os objetos a minha frente sem mexer um músculo. Bernie assiste tudo deitado, com a cabeça em cima das patas da frente. O sorriso largo no rosto de Henri me trás paz. Seus cabelos grisalhos ao vento, as rugas apreensivas em seu rosto, os olhares de incentivo. Sam olhando para nós, alegre e sorrindo. Como se estivesse assistindo um filme, diante de seus olhos. Tudo isso me faz falta.

Fecho os olhos e quando os abro novamente, estou deitado na neve fofa, do lado do lago. Meus olhos demoram para se acostumar com a claridade e vejo apenas formas vermelhas ao meu redor. Nove e Oito estão tentando decidir para onde vão, enquanto Sarah estuda o lugar onde estamos.

Olho para o outro lado do lago e vejo corpos caídos ao seu redor. Todos mortos. Acredito que apenas a telecinesia de Nove bastou para detê-los. O que me intriga é que dessa vez mogs não vieram atrás de nós. Apenas agentes. Por que?

Olho para trás e vejo John acordando. Ele olha para os lados, como se não soubesse que lugar é esse. Aviso os meninos que seguem para ajuda-lo. Olho tudo de longe e escuto sua conversa.

– John, precisamos ir. Não estamos seguros aqui. – Oito diz.

– Para onde iremos? – John questiona.

– Para longe daqui. Agora vamos. Levante-se e coloque suas roupas. – Nove responde.

John olha para seu corpo, que está coberto apenas com seu casaco e olha assustado para os dois. Não consigo me conter e rio baixo.

– Só me troco se vocês me derem licença né! –

– Ok, ok estressadinho... – Oito e Nove saem de perto, me puxam e vamos para trás de uma pedra gigante. Troco olhares com Nove, porém Oito está entre nós, tentando disfarçar o clima entre nós dois.

– Pronto! – John grita, depois de dois demorados minutos.

Saímos de trás da pedra e olhamos para ele. Ele mexe a cabeça e começamos a caminhar até a rodovia, que está há um quilômetro de nós. Ao chegarmos, olhamos para os dois lados tentando decidir qual rumo tomar.

– Vamos para a direita. – Eu falo, informando todos.

– Por mim tudo bem. – Nove concorda.

– Por mim também... – Oito dá sua opinião. – E você John? –

– Vamos então. –

Começamos a correr pelo acostamento, mais afastado da rodovia. Nove me leva de “cavalinho” em suas costas e John e Oito estão à nossa frente. Estamos a quase quarenta quilômetros por hora, algo inacreditável para o ser humano.

Avistamos uma placa logo a nossa frente uns vinte minutos depois de começarmos a correr. A placa informa:

BEM VINDOS A DENVER, COLORADO.

– Acho que estamos no caminho certo, pessoal! – Oito nos avisa.

Paramos ao lado da placa, e bem ao longe avistamos as luzes da cidade se acendendo. Deve ser 19h pelos meus cálculos, sendo que já está anoitecendo. Carros e mais carros passam agora pela rodovia movimentada. Correr seria inútil, chamaria muita atenção. Vemos um caminhão pequeno se aproximando e pedimos carona. Ele para e nós quatro sentamos na carroceria. O vento bate em nossos rostos, refrescando-nos. Começa a nevar assim que chegamos à cidade.

Descemos e agradecemos o motorista, dando-lhe uma nota de cinquenta dólares. Andamos até um hotel pequeno e decidimos passar a noite ali. Não é exatamente no centro, mas não é tão afastado como eu estava acostumado a morar. Reservamos dois quartos. Um para mim e Oito e, infelizmente, um para Sarah e Nove. Minha mente corrói só de pensar que os dois estarão no mesmo quarto juntos daqui a pouco. A sorte é que são camas separadas. Obrigado, Deus, penso.

Estamos sentados na recepção, conversando, até que Oito pergunta:

– Então, o que faremos? –

– Bom, pretendo ligar para Seis, mas preciso ir ao centro comprar um celular novo. E amanhã mesmo já embarcar para Vegas. Quanto mais rápido deixarmos Denver, melhor. –

Todos assentem com a cabeça.

– Quem me acompanha? – Pergunto, levantando-me e indo em direção a porta pequena de madeira da entrada do hotel. Oito levanta a mão e responde:

– Eu! –

Eu pisco para ele.

– Alguém mais? –

Nove olha para Sarah, e depois para mim.

– Acho que não Johnny. – Ele sorri para mim.

– Ok então. –

Saio do hotel e fecho a porta. Converso com Oito até chegarmos a uma loja de eletrônicos. Pego qualquer aparelho barato e dou trezentos dólares ao vendedor. Assim que saímos, disco o número de Seis e espero.

– Alô? –

– Alô, John? –

– Sam? –

– John! Tudo bom por aí? –

– Sam! Tudo bem sim, e por aí? –

– Tudo ótimo! Sabe, Ella desenvolveu o legado de suportar temperaturas elevadas, igual você! Seis e Marina não param de treinar... –

– Wow, que legal cara! E seu pai? –

Ele suspira, e logo responde, com um ar triste.

– Ele está um pouco doente... Acho que foi o monte de drogas que deram para ele enquanto ele estava trancado em uma base mogadoriana no Canadá. Espero que ele esteja bem até amanhã, para podermos embarcar sem preocupações. –

– Claro, claro... Onde nos encontraremos? –

– No hotel Eight Ball, em Vegas. É pouco conhecido, mas fica ao lado do Casino White Wings, ok? –

– Tudo certo. Estamos em Denver, chegamos em Vegas amanhã a noite. Até mais. –

– Ok, até. –

Um sorriso se forma eu meu rosto assim que desligo. Ella desenvolvendo legados, Seis e Marina treinando. Nossa... O que me preocupa é Malcolm. Então ele esteve o tempo todo no Canadá, tão perto de nós, sendo drogado, provavelmente torturado e não pudemos fazer nada. Espero que ele fique bem.

– Que foi, hein? Um sorriso como esses não se formam assim por uma coisas bobas... Pode ir contando. – Oito cutuca minhas costelas com o cotovelo.

– Que tal comermos uma pizza, e aí eu te conto tudo, hein? –

Subimos para nosso quarto e me sento na cama. Nove se senta na outra, e ficamos nos olhando. Um de frente para o outro. Até que ele levanta, vai até mim e me levanta. Ele me abraça, me levanta e me gira no ar. Não desgrudamos o olhar nenhuma vez. Quando ele me para, eu o beijo. Um beijo suave e que se intensifica. Depois de um tempo, eu me afasto. Sento na cama e penso no que estou fazendo.

Isso não está certo, Sarah, penso. Não está nada certo.

Saio do quarto sem dizer uma palavra e vou para rua. Vejo Nove vindo atrás de mim e ele me puxa com sua telecinesia, sem ninguém ver.

– Me desculpe. Precisamos ir devagar. Que tal um passeio? – Ele encosta os lábios nos meus e me beija. Eu assinto com a cabeça e, quando acabamos de chegar na porta da cafeteria, vemos uma explosão acontecer no nosso hotel.

~~~~~~~~~~~~Sky, é você?~~~~~~~~~~~~~

Meus olhos brilham ao ver as chamas e eu me abraço a Nove. Ele coloca os braços ao meu redor e me puxa contra seu peito.

Precisamos avisar John e Oito. E sair daqui, agora.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado o/Acho que cometi uns errinhos ortográficos, então me avisem! Eu tinha uma ideia diferente para esse cap. mas acabou saindo assim. O final era um pouco mais alternativo, mas... Espero que tenham gostado de VERDADE!#homenagem#ao#Lupi#Sky#4Ever auhauhauhuahuahuahuh :DD



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