Novamente nos esquecemos que estávamos em local público. Algumas pessoas na praça nos olhavam de lado. Começamos a rir entre os beijos.

“Venha, vamos para o meu apartamento.” – Eu o puxei comigo e corremos para lá. Eu estava nervosa, extremamente nervosa. Nunca tinha feito nada mais do que beijar um garoto, o que será que aconteceria ali entre mim e Josh?

“Tem certeza disso?” – Ele parecia preocupado.

“Algum problema, Josh?” – Fiquei ainda mais nervosa. E se ele não quisesse mais nada comigo depois? Eu estaria pronta para isso?

“Comigo nenhum, mas e você?”

“Vamos parar com isso ok? Deixa rolar. Eu to bem, relaxa.” – O beijei, tentando acalma-lo, mas acho que isso só o acendeu mais ainda. Ui.

Entramos no meu apartamento entre beijos, Josh não me soltou nem para abrir e fechar a porta. Eita hormônios fogosos viu.

O pimentinha me deitou no sofá e ficou por cima de mim, nossos beijos estavam ficando cada vez mais quentes e tivemos que separar nossas bocas quando o ar fez falta, mas nem assim ele deixou sua boca longe da minha pele. Desceu beijos pelo pescoço, beijos um tanto quanto molhados. Nos separamos ou pouco para tirar um pouco da roupa, estava começando a ficar calor ali. Nossas jaquetas se encontravam em algum canto atrás do sofá, os sapatos já estavam bem longe. Josh tirou sua camiseta e eu fiquei sem ar. Que corpo era aquele!!! Ele tirou minha camiseta e eu corei.

“Não precisa ficar com vergonha, você é linda, é perfeita.” – Voltamos a nos beijar, acho que ele gostou da minha pele, pois tentava explorar cada pedacinho dela exposto. Meu pescoço, o colo... Só faltavam nossas calças e roupas íntimas para serem retiradas. Quando ele ia abrir o fecho do meu sutiã eu travei. Não sei o que me deu, mas eu travei.

“Hey, o que foi minha linda?” – Josh parecia preocupado. – “Fiz algo de errado? Eu te machuquei?” – Ele se sentou e me pegou no colo, me aninhando em seus braços. Foi melhor do que qualquer coisa que já tenhamos feito, me senti segura. Não tem como explicar.

“Eu não sei. Acho que to com medo, Josh.” – Eu me sentia a menininha de cinco anos quando o primeiro cachorrinho morreu, há doze anos atrás.

“Medo de que, Jane? Estava tudo tão bom... Olha, se eu fiz algo de errado, me perdoa, eu não queria te machucar nem te forçar a nada, acredite.”

“Eu sei, não tem problema nenhum com você, é comigo. Você tava perfeito, tudo estava perfeito, eu é que não sei o que fazer.”

“Como assim, qual é o problema?’ – Ele tava ficando desesperado.

“Eu sou virgem, Josh.” – Foi difícil abrir o jogo pra ele, mas eu precisava falar. Precisava falar que ele seria especial para mim para o resto da minha vida.

“E isso não é bom?”

“E deveria ser? Se eu não fosse, poderia acontecer qualquer coisa e tudo bem. A gente ficava essa noite, depois provavelmente você se esqueceria de mim e fim. Mas eu sou. E se depois dessa noite você desistir de mim? E se não me quiser mais? Se me trocar pela loira peituda amanhã e esquecer que eu existo? E se...” – Ele me calou com um beijo. Um beijo calmo, gentil, sem pressa nem segundas intenções. Só carinho e cuidado. Josh fazia carinho nos braços, minha barriga, suas mãos passeavam pelo meu corpo, mas sem pressa nenhuma, sem forçar nada. Só carinho. Aquilo era bom, muito bom.

Josh deixou meus lábios e olhou nos meus olhos. Ali eu via, carinho, cuidado, admiração, amizade e o mais novo de tudo: paixão.

“Não vou te forçar a fazer nada, isso tem que ser por sua livre e espontânea vontade. Ficaria honrado em ser seu primeiro, e se você deixar, o único. Eu nunca te trocaria por um par de peitos falsos, nunca te daria as costas depois de apreciar seu corpo. Ao contrário, acho que eu ficaria no seu pé pra sempre, porque cara, você é muito gata, sério.” – Eu ri com isso, e corei. Só pra não perder o costume. “Jane, desde a hora em que pus os olhos em você na sala de aula, eu senti que é com você que quero ficar. De qualquer jeito, a qualquer hora e em qualquer lugar. É com você que quero ver todos os shows possíveis da minha banda favorita, é com você que eu quero passar todas as noites possíveis ouvindo música, lendo ou fazendo amor. Porque é isso que pessoas que se gostam fazem: amor. O que você quiser, eu não me importo, desde que seja com você.”