Um Encontro Inesquecível escrita por Ketlenps


Capítulo 5
Capítulo 5 - Adam e Bob


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei! Desculpem-me!
O capítulo não tá lá assim tão legal, mas mesmo assim espero que gostem, ele é só a introdução para o próximo.
E digo! O próximo capítulo vai ser fogo! kkkk
Gente, tem personagem novo na parada, o Adam, ele é criação minha, do mesmo jetio que a estória que eu conto sobre o bar, o Caçador de 1689, tudo isso, eu inventei.
Aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/325215/chapter/5

Camille's POV

Patinação no gelo. Há um bom tempo eu não faço isto, mas sempre gostei. È divertido, até mesmo para mim. Agora já não estava aquele clima pesado entre mim e Sebastian, quando ele começou a dizer que era um demônio. Eu não vou mentir, mas até senti um pouco de pena dele. Imagino a revolta que ele tenha dentro de si.

– Você sabe patinar, não é? - Perguntei á Sebastian no momento em que ele entrou atrás de mim, no rinque de patinação.

Ele me olhou indiferente.

– Não é só porque eu detesto os mundanos e seu mundo, que eu não sei dar umas voltas de patins. - Ele disse, e passou do meu lado andando normalmente.

È eu fiquei impressionada.

As pessoas realmente gostavam de me encarar. Pareciam que nunca haviam visto uma pessoa patinar de vestido e sem roupa de frio - é, eles nunca haviam visto mesmo. Eu podia ouvir algumas murmurando com outras que eu era uma doida, ou problemática, querendo mostrar não sei o que para eles. Mundanos invejosos isso sim.

– Eu acho que perdi a manha na patinação. - Eu falei, me equilibrando naqueles sapatos, nada sapatos. Entendeu né?

Sebastian olhou para mim semicerrando os olhos escuros e arqueando a sobrancelha.

– Não disse que sabia patinar?

– Não, eu perguntei se você sabia patinar.

Sebastian balançou a cabeça negativamente.

– Mas foi a mesma coisa que você insinuar dizendo "eu sei patinar e você não".

Eu o encarei, ele sorria trapaceiro. Aquele sorriso sexy, porém ao mesmo tempo estúpido. Sebastian podia ser o que fosse, podia ser um demônio filho de Lúcifer, podia ser psicopata matador, podia ser um revoltado, podia ser o E.T de varjinha, podia ser qualquer coisa. Mas ele estava sendo legal comigo. Legal entre aspas, ele estava conseguindo me agüentar, e eu estava conseguindo o agüentar. Eu estava curtindo a companhia dele.

Eu senti meu ombro batendo em alguma coisa, fiquei irritada seja lá com quem ou o que fosse, quando levantei a cabeça pronta para falar uns bons palavrões. Eu mudei de ideia. A pessoa a minha frente era nada menos que Adam. Ele sorria grande, os olhos castanhos arregalados de surpresa, os cabelos escuros desta vez não estavam nos ombros, e sim curtos.

– Adam, a quanto tempo! - Eu sorri e o abracei sendo retribuida por outro abraço caloroso.

Adam era um vampiro, um vampiro ex-namorado meu. A última vez que havíamos nos visto fora nos anos 80. Nós namoramos nos anos 60, e posso dizer que o nosso namoro fora cheio de aventuras. Foi uma boa á época em que passamos juntos, porém Adam não era mais o mesmo. Quando eu havia o visto nos anos 80 na Califórnia, ele não curtia mais mulheres. Acho que você já deve ter entendio, Adam virou gay, mas para falar a verdade acho que ele sempre fora bissexual. Não importou, ficamos mais amigos ainda.

Ele me abraçou forte, logo depois me soltou sorridente como sempre.

– Camille, mulher, á quantos anos não nos vemos? - Ele perguntou.

– À última vez foi em 1982 num bar na Califórnia chamado 'Fogo Ardente'. - Eu dei risada ao me lembrar daquele bar onde integrantes do Submundo iam. Um velho buteco de mais de cem anos de existência.

– Faz muito tempo mesmo. - Ele olhou-me de cima á baixo com a sobrancelha erguida, me analisando. - Cammie, você continua maravilhosa! - Ele pegou minha mão e me rodou. Adam olhou para Sebastian que nos encarava. - Amigo, você tem sorte de ter uma namorada com um corpinho desse só para você. È sortudo de estar com a Camille.

Sebastian balançou a cabeça.

– Nós não...

– Cammie, você namorando um Caçador de Sombras? - Adam levou a mão a boca, chocado. - Qual foi a última vez que pegou um Caçador?

Eu gargalhei alto pela cara de Sebastian.

– Eu e ele - Apontei para Sebastian. -, não somos namorados. E a última vez que fiquei com um Caçador, fora em 1689.

– Pelo jeito Caçadores de Sombras não são tanto o seu tipo. - Sebastian disse, desviando o olhar.

Eu e Adam nos olhamos, e nada dissessemos, apenas trocamos olhares duvidosos.

– Sebastian, eu me chamo Adam. - Ele se apresentou, apertando a mão dele. - È um prazer.

– Igualmente. - Sebastian sorriu falsamente. - Mas o meu nome é Jonathan. Jonathan Morgenstern.

Adam ficou boquiaberto.

– Você é o filho de Valentim Morgenstern? - Sebastian assentiu, orgulhoso. - Aquele idiota que pensou que até o anjo o iria ajudar a matar Deus e o mundo? Jamais imaginaria que o filho dele estaria com uma integrante do Submundo. Ao qual seu pai os odiavam...

– Eu e Camille não somos namorados! - Sebastian disse raivoso aumentando o tom de voz, nos surpreendendo. - Não somos absolutamente nada! Entendeu? Nada! E nunca seremos.

Ele virou as costas e saiu patinando de volta para fora do rinque.

Adam fez uma careta e balançou a cabeça. Naquele instante eu percebi o que irritava Sebastian. Não me importei com as palavras que ele disse, em momentos de raiva dizemos qualquer coisa para os outros. Foi então que eu tive uma ideia. Virei-me eufórica para Adam.

– Querido, amigo; doce e ingenuo Adam; lindo, mara...

– O que você quer? - Ele realmente me conhecia.

– Você ainda tem o Bob? - Eu sorri largamente, lembrando-me do carro que eu e Adam nos divertimos á beça nos anos 60 e quando nos encontramos nos anos 80 também.

– Claro que tenho! - Respondeu. - Vou com ele para todo lugar. Ele está estacionado do outro lado da rua neste instante...

– Me empresta? - Fiz cara de cachorro abandonado.

Adam me encarou pensativamente.

– Vai! - Eu insisti.

– Mas tome cuidado com o meu Bob, está bem? - Ele pediu, assenti.

Adam entregou-me as chaves do carro e eu o abracei forte.

– Juro que trago seu Bob inteiro. - Eu murmurei em seu ouvido. - Eu só quero me divertir um pouco mais com Sebastian.

– Aproveite. - Adam disse, terminando com o abraço. - Quando voltar o deixe estacionado no mesmo lugar!

Ele gritou por último quando eu já estava longe. Patinei correndo, me desequilibrando, mas eu precisava ir atrás de Sebastian. Depois de sair do rinque e entregar de volta os patins, saí Central Park á fora atrás dele. Eu estava ao mesmo tempo irritada com Sebastian e preocupada por ele ter ido embora. Pois não era isso que eu queria; não agora.

– Sebastian! - O chamei olhando para os lados, agora que estava na rua á sua procura.

– Não precisa gritar. - Eu ouvi sua voz, calma, serena, e tenho certeza de que ele estava sorrindo. Olhei para todo lugar a sua procura, porém não o achei. - Esqueceu que eu sou diferente de todos os Caçadores de Sombras e posso ouvir tudo muito bem?

– Seu idiota. - Eu sorri involuntariamente, mesmo assim estava raivosa. - Cadê você?

– Aqui.

Sua voz foi sussurrada em meu ouvido atrás de mim. Como eu posso não tê-lo sentindo se aproximando?

Virei-me para trás lentamente. Ele sorria no canto dos lábios, as mãos dentro da jaqueta, e os olhos atentos á mim. Em um ato de raiva, dei um soco em seu braço.

– Pensei que tinha ido embora, seu psicopata.

– E você se preocupou com isto. - Ele continuava á sorrir, provavelmente gabando-se por conseguir me fazer querer que ele não fosse embora e ficasse. - Eu estou realmente surpreso.

– Tá, tá, legal. - Disse desviando do seu olhar. - Mas porque então saiu do Central Park?

Sesbatian bufou.

– Aquele seu amigo Adam. - Ele disse. - Não gosto quando as pessoas ficam dizendo, quando sabem quem sou, falando que meu pai foi era um louco, dizendo o quanto retardado ele foi. Os outros podem não dizer na minha cara, mas sei que em seus pensamentos dizem a mesma coisa de mim. - Sebastian respirou profundamente. - Parece que eu teria de conviver o resto da minha vida com os outros sempre ficando chocados, por eu estar fazendo algo diferente ao invés de planejar a morte de todo mundo, ou por estar com uma pessoa diferente. - Olhei para ele. - Como você.

– Òtimo. - Eu realmente não queria mais nenhum papo que desse num clima pesado.-Quer sair um pouco dessa muvuca de Nova York?

– E para onde iriamos? Para a casa do papa léguas?

Revirei os olhos.

– Pelo amor de Deus Sebastian, você é louco para ir na casa desse papa léguas.

Atravessei á rua sendo seguida por ele.

– Algum problema eu querer ir na casa do papa léguas? - Sebastian questionou, enquanto eu olhava para a rua á procura do Bob.

– Não, Sebastian, nenhum problema.

Haviam bastante carros estacionados naquela rua, a maioria deles estava com neve acumulada. Agora seria dificil identificar o velho Bob.

– Camille o que está procurando olhando os carros? - Sebastian indagou.

– O Bob.

– Que Bob?

– È o nome do carro de Adam. - Eu sorri. - Trás boas lembranças á mim e tenho certeza que á ele também.

Sebastian ficou um instante quieto.

– Adam é o meu ex-namorado. - Eu disse, tirando com as mãos a neve da placa de um carro. Bufei ao ver que não era o Bob. Levantei novamente e continuei á procurar.

– Adam já namorou você? - Sebastian estava chocado. - Ele não pareia que gostava de seios e...

– Sebastian! - Eu o encarei, ele levantou os braços.

– Mas não parecia mesmo.

– Quando eu namorei ele, Adam não era gay. - Voltei a procurar por Bob. - Ele apenas virou isso anos depois.

Este carro com certeza era o Bob, eu podia ver, mesmo sob a neve, sua tintura vermelha. Agachei sobre ele e passei a mão na placa só para me certificar de que era mesmo o velho e bom Bob.

– Achei ele. - Eu ri levemente, ao ver os números da placa, mas também uma pequena frase em cima dos mesmos.

– Como sabe? - Sebastian olhou para a placa, com as sobrancelha franzida, logo depois revirou os olhos. - 'Recalque te bixa bate e volta'. Nossa, que lindo.

– Eu sei.

Com a chave dele abri a porta, fazendo neve cair dela. O Bob era um Mustang vermelho. Dentro dele tudo estava do mesmo jeito. O alcochoamento de couro preto, o velho rádio onde eu e Adam costumavamos ouvir The Beatles. Velhos e bons tempos.

Adentrei o lado do motorista e Sebastian o do passageiro. Cheiro de perfume de lavanda inudava o Bob. Bem típico de Adam. Sorri, apertando o volante e ajeitando-me no acento.

– Camille você sabe dirigir, não é? - Sebastian preocupou-se.

Liguei o Bob, sendo retribuida pelo familir som do motor. Usei o para-brisa para tirar a neve do vidro, e depois manobrei o Bob o tirando de onde estava estacionado.

– Camille, você não me respondeu. - Sebastian precia aflito. - Você sabe MESMO dirigir não?

– È claro. - Respondi passando a mão no voltante. - Não é Bob?

Sem mais devanieos, arranquei com o carro, apertando forte no acelerador. Ignorando os protestos de Sabestian.

– Acho melhor você colocar o cinto amor!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sei que o final ficou tosco, mas prometo,dessa vez é sério, que o próximo capítulo vai tá melhor e quente! kkk Sim, se você pensou em hot.
Vou dar até um spoiler do próximo capítulo:
"- Eu havia esquecido o quão másculo é um corpo de um Caçador de Sombras. - Ela falou. - Meu Deus Jonathan, você é muito gostoso!"
Eaí?
Vou tentar não demorar para postar o próximo, espero que tenham gostado deste, e comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Encontro Inesquecível" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.