School Of Rock III escrita por Snapelicious


Capítulo 10
An Existential Question


Notas iniciais do capítulo

Devo me desculpar pela demora que teve o capítulo anterior. Mas minha vida está realmente muito corrida (e deprimente), e a última coisa que eu tenho vontade de fazer é escrever. Pra vocês verem, eu fiquei semanas em baixo das cobertas, lendo fanfics Drarry pelo celular, e só saia para ir á aula.
Mas, falando sério, eu sou tão péssima escritora assim a ponto de meus leitores desaparecerem sem mais nem menos? Sei que a história tá uma bosta. Mas, tipo, eu tento. Tento mesmo. Então, para que essas demoras sejam menos frequentes, e para que a história seja mais, digamos, aceitável, vocês poderiam deixar review?
Eu realmente não sei se todos estão gostando. Recebi alguns reviews maravilhosos (MIL BEIJOS PARA QUEM MANDOU), mas, na minha mente de adolescente depressiva, todos os outros leitores odiaram.
Então é isso. Espero que haja um pouco de colaboração da parte de vocês.
E também espero que alguém tenha lido isso. É.



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Maggie Black

Bati a porta do carro com força e segui com passos firmes até a porta de casa. Ouvi meu pai suspirar atrás de mim, mas não dei bola. Segui até a cozinha, e pescando uma latinha de Coca da geladeira, sentei no balcão. Logo meu pai se juntou a mim.

-Vai me dar uma surra? - perguntei.

-Eu nunca bati em você, sabe disso – disse ele, calmamente, procurando algo na geladeira. Tal pai, tal filha.

-Tem uma vez pra tudo – falei, bebericando o refrigerante. Papai pegou uma lata de energético e se encostou na pia à minha frente. Ficamos nos encarando em silêncio.

Nossos olhos são idênticos.

-Duas semanas de suspensão – disse ele, por fim. – Sem chance de recuperar as provas desse meio-tempo.

-Não é tão ruim... - murmurei, encolhendo os ombros.

-Por pouco os pais do Fulaninho Deniels não nos processaram – continuou papai, sério.

-Ele que começou! - gritei – Ele chamou meu cabelo de vômito de vaca!

-Não há provas que ele fez isso, Maggie – disse ele – Só um bilhete, que não coincide com a caligrafia do garoto.

-Ah, e você agora está defendendo ele, é? - gritei, descendo do balcão e seguindo para a sala – Porque eu sou a adolescente revoltada, não posso ser levada a sério!

-Você tem 14 anos, Maggie, isso não é considerado adolescência – disse papai, me seguindo, parecendo calmo demais para meu agrado.

-Claro que é! - gritei, me voltando para ele no primeiro degrau da escada – EU PESQUISEI NO GOOGLE!

Por um segundo, pareceu que ele queria rir da minha cara.

-Eu não estou defendendo aquele mané, Maggie – disse meu pai – Só quero a verdade.

-EU ESTOU DIZENDO A VERDADE! - berrei, sem saber ao certo porque estava tão exaltada. Subi as escadas correndo – VOCÊ NUNCA ACREDITA EM MIM!

-Você é maluca.

-ENTÃO ME VENDE E COMPRA UM COELHO PRA PÔR NO MEU LUGAR!

Antes de bater a porta do meu quarto, ainda pude ouvir papai, da sala:

-Isso não é de um filme?

Rony Weasley

Harry Potter tomava seu milkshake com tanta fúria que chegava a me assustar.

-Você tá bem? - perguntei, e ele não respondeu. Apenas continuou a observar as pessoas passeando pelo centro de Hogsmead – Vem cá, a gente não ia criar uma banda de rock?

Harry se desgrudou do seu canudo e me olhou, afobado.

-Tá vendo essas pessoas? - perguntou, apontando para os passantes. Assenti – Sabe do que elas precisam?

-Do seu décimo terceiro?

-De uma razão para viver – disse Harry, me ignorando – E vamos dar essa razão a elas.

-Você vai pagar milkshake pra todo mundo?

-Vamos fazer música. E inspirar essas pessoas a continuarem lutando e acreditarem que existe um futuro melhor... Ou algo assim.

Harry voltou ao seu milkshake de morango.

-Elas parecem bem felizes para mim – comentei – Esse não é um pensamento meio convencido?

-Nope – respondeu ele – É esperançoso.

-Me diga uma coisa – falei – Porque estamos tomando sorvete no centro ao invés de estarmos planejando nossa ascensão à indústria musical?

-Eu tô pensando – disse Harry, pensativo. Ele olhou para mim – Acho que depois dessa caminhada e desse milkshake meu cérebro caiu na real e percebeu que isso é loucura.

-Fala sério, Harry! - exclamei – Não vai desistir agora, tá? Para de babaquice.

-Sério – resmungou ele, desanimando como um balão que murcha.

-Olha, eu não caminhei sete quadras até o centro para ver você desistir, ok? - falei, ficando de frente para ele e cutucando seu ombro – Sua música é fantástica, e se você tem tanta vontade de fazer as pessoas felizes, pra quê desistir?

-Ele tá certo – disse o garçom da loja de sorvete.

-Se você tem um sonho, corra atrás dele. Se não alguém toma seu lugar.

Harry mordeu o lábio.

-Precisamos de um guitarrista – disse ele – E de um baterista.

Sorri.

-Esse é o Harry que eu conheço.

E dando uma de Harry Potter, saí da loja em passos largos, dizendo:

-Vem, Harry! Vamos mudar o mundo.

Ginny Weasley

Pisquei confusa.

-Eles foram vistos em Madagascar, carregando sacos manchados de algo vermelho – dizia Luna Lovegood, com uma voz tão calma que chegava a dar sono – Acreditam que eram cérebros dos macacos da região, que usaram para fazer experiências na Nave-Mãe.

Como eu começara a conversar com essa garota, isso eu não tinha a mínima ideia. Só sabia que estava no meio de um dos corredores de Hogwarts, com uma loira completamente pirada em minha frente, falando sobre alienígenas.

-Acredito que não é mais uma farsa criada para assustar a população, ou para fazer propaganda de um video-game, como aconteceu no Japão. Se fosse isso eu não teria ouvido...

-Ginny!

Graças a Deus.

-O que está fazendo aqui? - perguntou Dean, se aproximando – Te procurei por toda parte.

Ele percebeu com quem eu estava, e parou, confuso.

-Ãhn, eu estava tendo uma construtiva conversa com Luna sobre desmaquilantes e... Naves-Mães – balbuciei, e me voltei para a garota – Tenho que ir agora. Continuamos nossa conversa mais tarde.

-Ok, tchau – disse ela simplesmente, e dando um giro gracioso, se afastou. Sacudi a cabeça, confusa. Eu e Dean seguimos até a saída, de mãos dadas.

-Por que você estava falando com ela? - perguntou ele, quando chegamos ao gramado.

-Sei lá – falei – Uma hora eu estava guardando meu uniforme no armário, e na outra estava conversando sobre cérebros de macacos com uma garota com quem eu nunca falara na vida. Acho que ela me parou no corredor, mas não tenho...

-Ginny, precisamos conversar.

Ele parou abruptamente na metade do gramado, e soltou minha mão. Se Dean Thomas me interrompe, assim, do nada, deve ser coisa séria.

-O que foi? - perguntei – Tá tudo bem?

-Não, não tá tudo bem – disse ele – Você anda muito estranha ultimamente.

-Estranha? - perguntei, rindo – Eu não estou estranha. Eu estou como eu sempre estive.

-Não, você mudou – continuou ele – Primeiro começou com... isso – ele olhou significativamente para minha camiseta, preta e com os dizeres “Green Day” na frente – Depois você mal fala com seus amigos...

-Você tá assim por causa de uma camiseta? - perguntei, sorrindo – Nem é minha, o Harry que me emprestou...

Percebi que tinha falado merda depois que vi sua expressão exaltada.

-Harry Potter anda te emprestando roupas? - perguntou ele, de sobrancelhas erguidas – E depois diz que não mudou. Sério, Ginny, o que está acontecendo?

Dean me observava com uma expressão levemente preocupada. Agora que ele falava, percebi que ele tinha uma porcentagem de razão. A Ginny de duas semanas atrás nunca usaria nada como camisetas de banda, ainda mais aquela surrada e emprestada, de um garoto que ela nem ao menos sabia que existia. Agora ela andava pra lá e pra cá com esse garoto esquisito, ouvia bandas de rock e não retornava ás ligações do próprio namorado.

-Eu... - comecei, e engoli em seco – Você vai terminar comigo?

-Não – ele balançou a cabeça – Eu só quero saber porque você mudou tanto. Você não é a mesma garota de duas semanas atrás. Aquela era minha namorada.

-Essa sou eu, agora – falei, tentando manter a voz firme e confiante – Uma garota que gosta de escutar música boa e que não se importa com o que os outros pensam.

-Não sei o que essa música fez com você – disse Dean – Mas você mudou, Ginny. Pensa um pouco, ok? Porque essa não é a garota de quem eu gosto.

Ele deu ás costas para mim e se foi.

-Droga – resmunguei.

Se Dean realmente gostasse de mim, ele me aceitaria como eu sou. Não é? Mas eu também não estava sendo muito justa com ele. Mudando assim, de uma hora para a outra, porque, admito, eu mudei. E por mais que eu só tenha trocado roupas de líderes de torcida por camisetas de bandas, minha personalidade continuava a mesma. Só um pouco mais objetiva devido ás músicas que eu ouvia ultimamente.

Suspirei e sentei no chão, começando a pensar seriamente se me aproximar de Harry Potter fora mesmo uma boa ideia.

Ted Lupin

-Não me diga que estão pensando em dominar Las Vegas de novo. Porque o pessoal de lá já conhece vocês.

-Isso é passado, Ted – disse Rony, revirando os olhos – Éramos pequenos.

-Isso foi há três meses – falei, mas ele me ignorou.

-Fala pra ele, Harry.

Harry, sentado de pernas cruzadas em meu tapete, tomava seu milkshake como se fosse uma criança abandonada. Quando se ouviu o barulho do canudo sugando o ar, ele pareceu triste.

-Cabô – disse, olhando para Rony, e passou a morder o canudo.

-Ah, não. Não me diga que ele tomou gasolina de novo – falei, em um falso tom de preocupação.

Harry resmungou.

-Foi só uma vez – murmurou ele, pelo canto da boca – Eu achei que fosse refrigerante.

-Que seja – falei – Podem me dar o motivo de terem invadido meu quarto?

-Seu tapete é macio – sussurrou Harry, deitando de cara no chão e suspirando. Olhei para ele, e depois para Rony.

-Sério, o que você deu para ele?

Rony coçou a cabeça.

-Hoje Harry veio com uma ideia muito estranha – disse ele. Ouviu-se o garoto suspirar novamente, com a cara no tapete – Ele me mostrou a música que ele gravou e disse que queria fazer música.

Meu queixo caiu.

-Ahn tá – falei, rindo – Harry Potter querendo fazer música?

-Bem melhor do que a época que Harry Potter queria ser o Homem-Aranha – resmungou ele, sem levantar a cabeça.

-Estamos pensando em criar uma banda de rock – disse Rony – E queremos você nela.

Olhei para ele.

-Não ria – pediu Rony. Mordi o interior da minha boca.

-Não estou rindo – falei, mas logo depois explodi em risadas. E parei quando vi que ninguém me acompanhava.

-Pera, você tá falando sério? - perguntei, agora pasmo.

-Seríssimo – disse Harry. Diz o cara que tá com a cara enfiada no tapete felpudo do primo.

-E vocês me querem nela?

-Você é um excelente baixista – disse Rony – E que eu me lembre, você já teve uma banda de rock.

-Na quarta série – falei, cruzando os braços – E era com meus amigos imaginários.

-Precisamos de você, Ted – disse Harry, sentando – Rony na guitarra, eu na bateria e você no baixo e nos vocais.

-Ah, além de tocar baixo com um bando de pirralhos, vocês ainda querem que eu cante?

-Você cantou no musical da primeira série – disse Harry.

-Era um musical. Eu era a pedra. Pedras não cantam – resmunguei.

-James canta – comentou Rony.

-Ok, saiam do meu quarto – falei, me levantado e abrindo a porta.

-Mas...

-Minha resposta é não. Por favor, saiam.

-Você nem ao menos pensou! - exclamou Harry.

-Hm, deixa eu ver – fingi pensar – Não. Se eu quisesse tocar com um bando de pirralhos, eu ia pro maternal. Saiam.

Harry se ergueu do chão, e os dois saíram do meu quarto emburrados. Harry se voltou para mim.

-A Hannah Montana morre no final.

A porta bateu na cara dele ao mesmo tempo que soltei um grito de frustração.


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Notas finais do capítulo

~cof cof~ reviews ~cof cof~