Livro 3: Terra escrita por Dama do Fogo
Notas iniciais do capítulo
Passando rapidinho hoje, não posso ficar!!!
Mas mesmo assim, deixo esse capítulo....
Espero que gostem....
PS.: Não poderei responder os capítulos agora, porque estou de saída... respondo quando eu voltar!!!!
Cinco dias depois:
– Mamãe? – acordou Zuli aflita, havia tido um pesadelo no meio da madrugada.
– Eu estou aqui, meu amor. – falou ela e a abraçou.
– Eu tive um pesadelo, com um monstro horrível de olhos vermelhos e presas enormes. – falou a menina e encarou a mãe.
– Qualquer monstro que se atreva a se aproximar do meu anjinho, eu faço sair correndo, ninguém leva o meu bebê de mim. – falando isso Mayumi dá um beijinho na testa de Zuli. – Agora volte a dormir, eu protejo você.
– O papai vai embora, não é? – falou ela e ficou seria. – ele conversou comigo ontem.
– Ele tem que ir, meu amor, seu pai é um homem importante onde ele mora, não pode abandonar tudo lá e ficar aqui.
– Mas precisamos dele.
– Eu sei. – Mayumi respirou fundo. – Você não sabe, mas o papai tem outra esposa e outra filha e elas precisam dele.
– Eu tenho uma irmã?
– Tão linda e esperta quanto você. – a mulher sorriu.
– Eu quero conhecê-la.
– Um dia vai. Mamãe não prometeu que você ia conhecer seu pai e eu não lhe apresentei ele? Aguarde que logo, logo você vai conhecer a sua irmãzinha.
– Eu quero. – falou ela e sorriu. – Mamãe?
– Diga meu amor. – Mayumi havia deitado de lado e abraçado a filha.
– Boa noite. – falou ela e beijou a bochecha da mulher.
– Boa noite meu anjinho.
...
Havia se passado cerca de meia hora desde que Zuli acordara e Mayumi ainda continuava acordada, o sono havia ido embora. Ela se esgueirou pela cama, com medo de acordar a menina e se levantou. Enrolou-se em uma manta, calçou os pés e desceu pelas escadas. Iria tomar um pouco de leite quente e tentar dormir novamente.
Ela chegou na cozinha e buscou uma panela, colocou um pouco de leite dentro e começou a procurar as rochas de faíscas para ascender o fogo, mas não encontrou. Ela procurava abaixada no balcão até que uma labareda pequena passou por cima de sua cabeça e atingiu os pedaços de madeira. Ela olhou para trás e Zuko estava encostado na porta. Depois da festa, Zuko pediu a Toph permissão para passar a noite com a filha e com Mayumi e a mulher havia concedido. E assim ele ficou pelos cinco dias seguintes.
– Obrigada. – falou ela e sorriu.
– Não há de que. – respondeu ele e se aproximou. – Leite quente?
– É, Zuli teve um pesadelo e quem acabou ficando sem dormir fui eu. – ela começou a mexer na panela. – quer um pouco?
– Aceito. - Zuko puxou uma cadeira da mesa e se sentou. – Nem sei mais quantas vezes perdi o sono graças aos pesadelos de Honora. Estou com saudades dela.
– Quando você volta? – Mayumi havia colocado o leite em dois copos e entregou um ao Zuko e outro para ela. Sentou de frente para ele.
– Em dois dias. – falou ele e deu um gole no copo. Mayumi balançou a cabeça e ficou pensativa. – O que você tem?
– Nada, só estou pensando no que a tia Wu disse.
– Ainda com essa história? Como você pode acreditar no que ela disse? Está na cara que ela inventou aquilo tudo.
– Com que intuito Zuko? De nos assustar? Porque ela nem cobra pelas consultas.
– Você se surpreenderia com o tipo de povo que tenho que lidar, todos iguais a essa charlatã.
– Eu acredito nela e quer saber, estou realmente disposta a voltar lá quando amanhecer.
– Para que? Para ela lhe contar outra história ridícula igual a essa?
– Eu sinto, bem lá no fundo, que tudo o que ela falou é verdade. Não sei como dizer, mas eu realmente senti uma ligação entre eu e a Nanna. Aposto que você também sentiu com relação ao Keino.
– Certo, só porque eu também senti, não quer dizer que seja. Ela tem um ótimo poder de persuasão, com aquela voz melosa e aquele falso sorriso.
– Não fale assim dos outros. – Mayumi deu o ultimo gole no leite e depois bocejou. – Acho melhor eu ir dormir, o sono voltou. – Ela lavou os copos e a panela. – E amanhã, definitivamente eu vou ver a tia Wu.
...
Mayumi chegou a porta da casa e bateu. Meng saiu sorridente e assim que viu a mulher, empalideceu.
– Olá Meng, acho que se lembra de mim.
– Claro, como eu esqueceria? – falou ela cumprimentou-a.
– Eu vim falar com a tia Wu, ela está? – Mayumi havia entrado já na casa, graças a Meng que lhe permitiu.
– Está sim. – ela apontou um lugar para se sentar. – Está atendendo uma moça, mas já vai lhe ver.
– Meng, deixa eu te fazer uma pergunta: Como você soube quem eu era?
– Quando você trabalha mais de vinte anos para alguém como a tia Wu, você acaba se tornado sensitiva. Dessa forma eu soube que você era um dos amantes, bastou eu ligar as coisas para perceber que o Zuko era o outro.
– Você acredita mesmo nessa história? – Mayumi perguntava receosa.
– Claro que sim. – respondeu ela e passou um copo de chá para a mulher. – Desde quando eu era menina a tia Wu me contava essa história, era uma das minhas preferidas, exceto é claro pelo final dela.
– É, eu sei, a morte não é? – falou Mayumi e ficou séria.
– É! Eu sinto muito. – Assim que Meng se calou a senhora saiu acompanhando a jovem.
– Não se preocupe, ele vai voltar são e salvo. – falou ela e assim que viu Mayumi, seu semblante caiu.
– Bom dia, tia Wu. – falou ela e fez uma reverencia.
– Bom dia, minha jovem. Venha, entre, por favor. – ela amostrou uma porta para Mayumi e ela entrou. – o que posso fazer por você?
– Eu gostaria de saber mais sobre a lenda e sobre todas essas vidas passadas. Não consegui compreender algumas coisas.
– Claro, ficarei feliz em ajudar. – falou ela e se sentou de frente para a fogueira. Mayumi sentou ao lado dela.
– Tia Wu, eu não entendi aquela história de que nós nascemos um ciclo atrás do avatar.
– Você não, ele. – falou a mulher e encarou Mayumi. – O homem sempre tem sua descendência procedente do ultimo avatar. Aposto com você que o avatar anterior ao Aang estava na família desse jovem.
– Sim, era o bisavô dele. – respondeu Mayumi.
– Exatamente, ele era um dominador de fogo e por isso ele nasceu sendo um dominador de fogo. Quando o próximo avatar, da água, nascer e o Zuko morrer, ele automaticamente vai encarnar nos nômades do ar, descendendo de Aang.
– Claro, já que ele é o último.
– Exato! E você sempre será o oposto dele. Quando ele encarnar em um dominador do ar, você virá dominando a terra e será assim para todos os outros.
– Tia Wu, existiu alguma de nossas vidas em que não fomos apaixonados um pelo outro e que por isso sobrevivemos?
– Não. – respondeu a mulher. – Em todas as vidas vocês se amaram, mas existiu uma em particular que o amor não era entre homem e mulher, era um amor de irmãos. Vocês nasceram irmãos há uns sete ciclos atrás.
– Irmãos?
– Sim. – respondeu ela. – gêmeos. O amor de vocês sempre foi notado por ser extremamente grande.
– E o que aconteceu?
– Certo dia, sua mãe naquele ciclo, pediu que você fosse pegar água no poço próximo a sua casa e quando chegou, escorregou e caiu. Morrendo logo em seguida. – ela pegou na mão de Mayumi. – Ele sentiu quando você morreu e depois dali, adoeceu e partiu algumas semanas depois de você.
– Então sempre morremos.
– Exatamente. – Tia Wu respirou profundamente. - Sinto muito que seja assim.
– Sempre sou eu a morrer primeiro?
– Não, ouve várias vezes que ele foi primeiro. O caso mais famoso é de Oma e Shu.
– Oma e Shu, eu conheço a lenda.
– Então, Shu morreu primeiro que Oma, no caso, ele morreu primeiro que você.
– Agora entendo porque sempre gostei daquela história, era a minha história.
– Geralmente todas os romances que acabaram em tragédia durante todo esse tempo, foram vocês que protagonizaram. Salvo algumas exceções.
– Espera, Oma e Shu dominavam a terra e a senhora disse que sempre seriamos opostos. – falou Mayumi.
– Exatamente. – ela olhou para a mulher. – Oma e Shu foram a reencarnação antecedente a de vocês. Não podiam quebrar o ciclo por causa do avatar que havia desaparecido, então, ele voltou a encarnar em um dominador de terra e você o acompanhou.
– Então foi como uma anomalia. – falou Mayumi.
– Sim, exatamente.
– E isso pode acontecer de novo?
– Eu não sei te responder querida, a única coisa que sei é como todas as vidas vão acabar.
– É, eu também sei. – ela ficou triste. - Não há nada que eu possa fazer para mudar isso?
– Não. – Mayumi se levantou e seguiu na direção da porta.
– Obrigada por me esclarecer mais sobre isso, tia Wu.
– De nada menina e quer um conselho? – Mayumi balançou a cabeça. – Evite problemas hoje e se possível, pegue sua filha e saia o mais rápido da cidade.
– Por quê?
– Eu vi coisas terríveis acontecendo com vocês hoje. – Mayumi encarou a mulher seriamente. – E outra coisa, fique longe de facas e coisas cortantes.
– A senhora me viu morrer, não foi? Eu vou morrer por causa de uma faca?
– Sim. – respondeu ela triste.
– Eu vou fazer como me disse, tia Wu. – Mayumi abraçou a senhora. – Eu espero que a senhora esteja errada. – A mulher seguiu pelas ruas de Ba Sing Se em direção a casa de Toph e a idosa continuou observando-a, até que ela desapareceu.
– Eu nunca erro, menina.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Beijinhos!!!