PDV. Bella

— Você tem cinco minutos antes que eu acabe com essa sua carinha linda! – Falei enquanto o fulminava com o olhar.

— A Culpa é toda sua! – Disse enquanto passava a mão no cabelo nervosamente.

— Minha? Você só pode estar delirando! – Afirmei voltando a andar.

— É claro que você é culpada. Um quatro e zero? – Perguntou ele vindo atrás de mim. — Você zombou dos Deuses dos dados! – Falou me fazendo para de andar outra vez.

— Oh Deus me de um pouco de paciência, pois estou sem! – Falei olhando para cima e erguendo os braços dramaticamente. — “Deuses dos dados”? Está se ouvindo Edward? – Perguntei o encarando.  

— Acabo de ouvir que oito mil em fichas escaparam de mim. – Falou ele pegando em meu braço e me empurrando elevador adentro.

— Edward, você tem que me deixar ir. – Gritei assim que as portas do elevador se fecharam.

— Não tenho que fazer nada, a não ser recuperar o meu dinheiro. E é o que farei assim que encontrar o maldito quarto! – Falou enquanto saia em direção a um imenso corredor me levando junto.

— Que quarto Edward? – Perguntei sem entender nada.

— Esse quarto! – Disse parando em frente a uma porta e a abrindo. — Pode entrar senhora! - Falou enquanto fazia uma reverencia ridícula.

— Uau! Este lugar é ótimo! – Falei enquanto olhava o lugar admirada.

— Que bom que gostou, foi você que pagou por ele! – Disse como se não fosse nada enquanto fechava a porta a trancando em seguida.

— Eu? – Perguntei chocada.

— Sim Belinha, peguei o seu cartão. Sei que é vergonhoso o que fiz, mas me sinto melhor agora que sabe. – Debochou enquanto colocava sua mochila no chão.

— Roubou meu cartão de credito? – Perguntei incrédula.

— Na verdade, isso é o que você sempre faz. – Disse com ar de ofendido. —Eu só peguei emprestado e diz que eu roubei. Sempre deixa as coisas desproporcionais. – Se jogou na cama que tinha ali.

— Você tem que parar com essa porcaria de “sempre”. – Falei sentando do lado oposto ao dele. – Namoramos por três anos, estivemos sete anos casados e são 120 meses juntos. Essa é a primeira vez que digo “sempre”. Certo? Você se enganou campeão! Você nem sabe o que é “sempre”. – Disse o vendo levantar e ir em direção à mochila. — E quando foi que reservou esse quarto? – Perguntei rispidamente.

— Bella, você é muito chata! – Falou se aproximando e pegando o meu braço esquerdo. — E respondendo a sua pergunta, você não é muito atenta, fiz a reserva quando não estava olhando. – Disse ele me algemando.

— O chato da historia aqui é você! E o que você está fazendo? Aonde vai? – Perguntei quando ele foi em direção à porta. — Edward Cullen. Não ouse me deixar assim! – Gritei o vendo destrancar a porta e sair. — Edward! – Gritei novamente pegando um jarro perto da cama e atirando na porta que estava prestes a fechar.

— Terá que pagar por isso! – Disse colocando só a cabeça na porta.

— Quer saber? Vai se lascar seu cretino! – Gritei tentando tirar as algemas sem sucesso.

— Olha a boca amor. E a proposito peguei seu cartão emprestado outra vez. – Saiu fechando a porta e ainda a ouvi sendo trancada.

— Cretino desgraço, filho da p***, gayzinho, #$%¨&&**!@%#&#&&¨$#@¨...

4 Horas depois...

— Não acredito que aquele infeliz fez isso. – Resmunguei sem conseguir dormir. — Pelo amor de Deus já são quatro da manhã! Quanto tempo mais ele vai demorar? – Perguntei a mim mesma enquanto olhava o relógio na parede do quarto.

— Inferno! – Escutei alguém gritar do lado de fora. — Essa merda é desnecessária! – A pessoa falou um pouco embolada. — Essa merda de chave não quer abrir a porta. – É só o imbecil do Edward e ele estava bêbado ainda por cima.

— Típico, sai sem dizer aonde vai e volta horas depois e só pra completar o pacote caindo de bêbado! – Resmunguei indignada.

— Abre porcaria. – Falou bravo dando alguns murros na porta. — Você não gosta de mim dona porta? – Perguntou à bendita rodando a maçaneta. — Finalmente sua linda. Agora você fica ai enquanto vou dormir. – Disse a abrindo e fechando em seguida sem trancar. — Foi mal Bella, acho que estourei o limite do seu cartão. – Gritou um pouco enquanto se sentava na cama. — Opa, ela tá dormindo. Shiu Edward fica quieto. – Falou feito retardado quando me viu de olhos fechados achando que eu estava dormindo. Só fingia na verdade, não queria falar com ele, tinha um plano em mente e iria esperar o Mané dormir para coloca-lo em pratica.

Meia hora depois!  

Rooook. Rooook. (Faz de conta que são roncos).

— P*** merda, como eu consegui dormir um dia com esse som horrível? – Murmurei um pouco assustada pelo ronco que Edward produzia. — Certo. Vamos lá Bella, você vai conseguir. – Disse a mim mesma olhando o objeto que me livraria desse imbecil. O Mané do Edward tinha deixado a chave da algema e a sua arma no criado mudo, eu só tinha que passar por cima dele e pegar a chave e me soltar, a arma seria para ameaça-lo caso ele acordasse. Com muito cuidado me virei ficando de quatro na cama, só que a algema fez um pouquinho de barulho então olhei pro panaca pra ver se ele tinha acordado, mas nem chegou perto. Como ele estava quieto comecei a empurrar a algema ate o final da grade e me estiquei tentando pegar a chave só que quase cai em cima do infeliz, o que fez com que se mexesse um pouco. Paralisei esperando que ele acordasse, mais a sorte estava ao meu lado e Edgayzinho continuou dormindo. Droga assim não vai dar certo! Ainda estou muito longe! Vamos lá Bella, pense em algo. — Já sei! – Gritei quando tive uma ideia depois de pensar um pouco, mais coloquei minha mão livre na boca logo em seguida com medo dele ter acordado. Como ele não deu sinal de que iria acordar, continuei com meu plano, passei a minha perna direita por seu corpo fazendo com que eu ficasse sentada em cima dele, então me apoiei na grande e me estiquei até a chave pronta para pega-la.

— O que está fazendo? – Escutei sua voz roca de sono e paralisei. E agora? O que vou fazer? Estou ferrada!