Regina narrando:

Saí da casa de Mary Margaret e fui em direção à Granny's e, assim que entrei, todos se viraram para seus próprios pratos. Suspirei. Sentei-me no balcão e disse para Granny:

- Me dá o de sempre, para viagem (...) por favor. - Granny se surpreendeu por eu ter dito 'por favor' e logo trouxe o pedido.

- $8,00, Regina. - Estendi uma nota de dez.

- Fica com o troco. - Me levantei, peguei a sacola que estava em cima do balcão e sorri. - Obrigada. - Assim que saí da lanchonete, começou a chover muito. "Droga". Pensei comigo mesma: "Justo agora." Cobri minha cabeça com a manga do casaco e depois desisti. Abri o sanduíche e o mordi, estava quente, ao contrário da chuva que batia em minha pele.

Tirei o casaco e o joguei no lixo, fiz o mesmo com o embrulho do sanduíche. Meu cabelo colava em meu resto, assim como a minha roupa que colava em meu corpo. Tirei os sapatos e os deixei para trás, sentei-me no banco mais perto que avistei e a chuva continuava caindo com força, impedindo a minha visão. Pensei no dia, como um todo e, percebi que nem eram quatro horas ainda.

Me levantei e coloquei as mãos nos bolsos da saia e fui andando, quando cheguei na entrada de casa, olhei para o quintal e vi a árvore que Emma cortou quando brigamos. A árvore morrera depois disso, a única coisa que sobrara era o tronco apodrecido da planta. Andei até o quintal e sentei encostada na árvore. 

Apoiei a cabeça em meus joelhos e deixei a água da chuva lavar tudo de ruim que tinha em meu corpo naquele momento. Ok, isso de ficar sofrendo era coisa da antiga Regina. Me levantei, entrei e coloquei roupas secas. 

Desci as escadas correndo e fui direto para a cozinha. Peguei um facão e uma colher de jardinagem, procurei em todas as gavetas sementes de maçã, até finalmente achar. Quando o mesmo ocorreu, coloquei na bolsa de jardinagem que estava no meu ombro. Fiz um rabo de cavalo e peguei uma maçã. 

Fui para o jardim e com o facão, arranquei o que restava da árvore, a joguei de lado e com a colher, abri um buraco na terra e coloquei as sementes de maçã, tapei o buraco com a mesma terra e deixei que a chuva cuidasse do trabalho de regar. Quebrei a minha promessa para Henry e fiz a árvore crescer um pouquinho, apenas alguns centímetros. A pequena planta estava resistente comparada a grande quantidade de chuva. Sentei-me e percebi que estava toda molhada novamente. Peguei a maçã que estava levando e a esfreguei com a manga da blusa, estava linda, brilhando. Dei uma grande mordida na maçã e a mastiguei até o final. 

Com força puxei o tronco morto até a frente da casa para que os lixeiros levassem e, junto com o tronco, deixei o resto da maçã por ali. 

Fui para dentro de casa e tomei um bom banho, desci novamente e preparei um frango assado recheado de legumes (era uma das comidas preferidas de Emma), fiz um arroz branco e salada de batatas, desci até o porão onde guardava os meus vinhos e peguei um que Emma dizia ser o seu favorito. Pus a mesa, e o vinho num baldo com gelo. Subi novamente as escadas e peguei a sacola que tinha o presente que daria à Emma. Seria uma nova jaqueta de couro, já que agora ela tinha apenas a preta (a vermelha rasgou quando ela lutava contra Cora), comprei uma nova jaqueta vermelha, ela iria adorar. 

Coloquei a sacola no pé da escada e procurei algumas velas, posicionei-as no lugar certo e as acendi, apaguei as luzes lá em cima, na cozinha e na sala de jantar. Fui para a sala de estar e, como já estava arrumada, desliguei a luz e deitei-me no sofá, liguei a televisão, e, em poucos minutos, adormeci no sofá.