Pollyanna escrita por Satine


Capítulo 40
Capítulo 41 - Uma visita a minha cidade natal


Notas iniciais do capítulo

Aaaaaaah minha gente, pelas minhas contas esse é o penultimo capitulo desta temporada T.T e também o mais romântico de todos, eu espero que gostem >



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Eu gosto de você

E gosto de ficar com você

Meu riso é tão feliz contigo

Meu melhor amigo é o meu amor

E a gente canta e a gente dança

E a gente não se cansa

De ser criança, a gente brinca

Na nossa velha infância

POV Pollyanna

Eu mal podia acreditar que passara tanto tempo “dormindo”. Minerva me colocava a par de tudo que eu havia perdido, o professor Dumbledore assobiava feliz em uma cadeira um pouco afastado de meu leito, Charlus e Jeremy roubavam os doces que eu havia ganhado enquanto estive em coma e Dorea estava apenas sentada ao meu lado de braços dados comigo.

- Então o nome dele é Cornélius Fudge, um babaca na verdade, mas o professor Dumbledore não aceitou o cargo de ministro novamente. - o professor assentiu e continuou a assobiar. - E... Jeremy pare de comer os doces, são de Pollyanna.

- Estan muit gossstosos. - ele disse de boca cheia me fazendo segurar o riso.

- Minnie. - disse Dorea sorrindo. - Algo me diz que Pollyanna não quer saber do ministro da magia.

Minerva revirou os olhos e suspirou sentando na cama.

- O idiota do Riddle se safou de uma boa prisão em askaban graças ao professor Dumbledore.

- Aposto que ele ficou furioso por isto. - eu disse, madame Westmacott adentrou o quarto e eu sorri ao vê-la.

- Pollyanna! - ela disse sorrindo e veio me abraçar. - Como se sente?

- Ótima na verdade.

- Que bom, minha querida.

- Ahmm... Madame Westmacott, quando eu vou poder sair?

- Em breve, talvez esta manhã mesmo, mas primeiro terei de te aplicar algumas medicações. - ela disse se aproximando com uma ciringa e um frasco de poção meio verde claro, eu fiz uma careta, mas deixei que ela aplicasse a poção em meu braço.

Eu me senti um pouco mole depois de ela aplicar o remédio, comi um chocolate e prendi o cabelo em um coque frouxo, com varias mechas do cabelo caindo no rosto, fechei os olhos tentando descansar um pouco e Minerva parara de falar para ir dar bronca em Jeremy.

- Então é verdade. - aquela voz conhecida fez meu coração dar praticamente um pulo, eu abri os olhos e encontrei Tom Riddle encostado à porta, meus amigos olhavam feio para ele e ele olhava com desdém para os meus amigos, mas eu não me importei, porque quem estava ali na minha frente naquele momento era só Tom Riddle, nada de Voldemort, nada de olhos vermelhos aterrorizantes e ódio, seus olhos azuis congelantes eram lindos, aliás, ele estava lindo, usava uma camisa negra com as mangas puxadas até o cotovelo, calças e coturno negro, o cabelo estava milimetricamente arrumado como sempre. Eu senti um frio em minha barriga e corei, eu me achei ridícula por estar agindo como uma menininha do 5º ano de Hogwarts e lamentei não ter arrumado o cabelo melhor, passado um brilho labial e estar tão pálida.

- Parece que é. - eu disse com a voz fraca.

- Eu fico feliz que tenha acordado.

- Ela não precisaria ter acordado, se você não a tivesse atacado idiota. - disse Jeremy, eu lancei um olhar suplicante a ele, mas foi Dorea quem agiu.

- Pessoal, por que a gente não vai dar uma voltinha, eu estou com fome e realmente gostaria de dar uma passada na cantina do hospital.

- Ótima ideia Dorea. - disse Minerva.

Elas saíram arrastando Charlus e Jeremy. O professor Dumbledore se levantou.

- Vejo que já é hora de eu ir também. - ele lançou um olhar significativo a Tom por cima dos oclinhos de meia lua e saiu também cantarolando.

Enfim, Tom e eu estávamos sós, todas as minhas lembranças de Hogwarts voltaram como uma avalanche me fazendo virar o rosto para a janela e evitar os olhos de Tom, eu estava um pouco irritada, aborrecida, eu tentara avisá-lo, mas foi preciso ele quase me perder para ele fazer as escolhas certas? Se é que ele decidiu mesmo fazer as escolhas certas.

- Miss... - ele disse se aproximando, sua voz falhou um pouco e ele sentou-se ao meu lado. - Eu acredito que um “me perdoe” não é o suficiente.

- Pois é... Acertou. - eu disse fria ainda sem olhar para ele.

- Eu não queria... Droga, eu nunca quis te machucar.

- Eu sei. - eu disse pela primeira vez olhando pra ele e disse com firmeza: - Eu sei Tom e não estou aborrecida com você por ter me atacado, estou aborrecida por ter sucumbido tão facilmente a esse Lorde das Trevas que existe dentro de você, aliás, estou aborrecida comigo, pois prometi a você que eu não deixaria você fazer todas as escolhas erradas, mas eu falhei. Você não é mau, Tom, mas faz de tudo pra ser.

Eu suspirei e cruzei os braços, meus olhos pareciam mais pesados por causa do remédio que recebi pouco antes de ele chegar, fechei os olhos e senti Tom acariciando meu cabelo.

- Você está certa, mas eu vou concertar isso Pollyanna, eu te prometo. - ele sussurrou e não disse mais nada, eu adormeci.

[...]

Acordei pouco tempo depois suando frio, tivera pesadelos com o ritual de fazer horcrux, com as coisas horríveis que eu fizera quando era a Lady das Trevas. Tom não estava mais ao meu lado e a madame Westmacott entrou no quarto.

- Bom dia Pollyanna, você finalmente vai poder sair. - ela disse sorridente.

Eu me sentei na cama e sorri um pouco forçada por causa do pesadelo, mas estava realmente contente de poder sair, não aguentava mais ficar presa, eu precisava viver.

- Está se sentindo bem? - ela perguntou preocupada.

- Ah claro que estou. - eu disse sorrindo. - Estou ansiosa para sair madame Westmacott.

- Você vai ficar feliz em saber que seus filhos e o Riddle - ela fez uma careta - Estão te esperando aí fora.

- Nossa não sabe o quanto estou preocupada com as crianças.

- Eu sei. - ela disse sorrindo, assinou alguns papeis e eu fiz o mesmo, logo eu pude sair.

Assim que cheguei à sala de espera encontrei Mary e Christopher que vieram correndo me abraçar.

- Ficamos preocupados mãe. - disse Mary.

- Senti tanta saudade de vocês. - eu disse enquanto saiamos do hospital.

- Nós também. - disse Christopher, Tom ia um pouco atrás. - Soubemos que você foi demais na batalha da floresta proibida mãe, deve ter acabado com um monte de comensais da morte.

Eu ri. Nós conversamos até chegar à casa da tia Polly, lá eu pude matar a saudade e tranquilizar tia Polly, tio Tom e Nancy. Tomei um banho e coloquei uma roupa despojada. Quando desci para a cozinha encontrei tia Polly e Nancy, Tom conversava com o pai na sala e as crianças estavam no jardim.

- Estão como se sente?

- Melhor impossível. - eu disse sorrindo.

- Você precisa comer. - concluiu Nancy olhando para mim, apertando minha bochecha e balançando a cabeça negativamente. - Olha como você está pálida menina, por Deus.

- Tudo bem Nancy. - disse Tom entrando na cozinha. - Não precisa ter trabalho de fazer nada, eu vou levar Pollyanna para comer.

- Eu não confio em... - começou tia Polly, mas eu lhe lancei um olhar suplicante e ela suspirou. - Está bem, você que sabe Pollyanna, mas depois não diga que eu não te avisei.

- Tá tia Polly. - eu disse, me despedi das crianças dizendo que elas ficariam com a tia Polly apenas mais um pouco, que eu voltaria logo e parti com Tom.

Nós almoçamos em um restaurante muito bom, conversamos sobre coisas diversas, mas nada importante. Assim que terminamos de almoçar, saímos do estabelecimento e Tom segurou minha mão, senti novamente aquele friozinho na barriga e mordi o lábio inferior.

- Obrigada pelo almoço Tom, você me acompanha até a casa da tia Polly?

- Não, eu quero te levar a outro lugar miss. - ele disse e nós aparatamos, eu não fazia ideia para onde ele estava me levando, mas fazer o que? Tom é um enigma e eu gosto disso.

“Aparecemos” em um vilarejo simples, feito de pedras paralelepipedas, uma estradinha estreita, uma igreja de paredes azuis claras simples com janelas no estilo gótico, eu a reconheci imediatamente e levei as duas mãos à boca completamente surpresa.

- A minha cidadezinha, de onde eu vim! - eu exclamei. - A igreja onde meu pai era o reverendo.

Eu comecei a andar completamente estupefata e hipnotizada, Tom ia atrás de mim apenas ouvindo o que eu dizia.

- Aquela é a casa de Mrs. Gray, ela e o Mr. Gray são primos do deão Carr. - eu dizia quase sem respirar. - A casa deles é tão bonita.

Ouvi Tom sorrir de leve atrás de mim e eu o esperei e segurei sua mão.

- Oh Tom, estou tão contente... Tão...

- Você não mudou nada. - ele sorriu de canto.

Foi um passeio divertido até chegar ao outro extremo do vilarejo onde ficava o cemitério. Foi quando meu sorriso murchou, Tom apertou ainda mais minha mão a fim de me dar forças, nós entramos e entre as lápides, encontrei a de meus pais.

Jennie Harrington Whittier

E

John Whittier

Minhas pernas fraquejaram e por um momento eu me ajoelhei sucumbindo às lágrimas, a verdade é que quando criança eu estava sempre jogando o jogo do contente para não sentir a perda de meus pais e meus irmãos, foi quando conheci Tom e ele se tornou alguém tão importante para mim.

- Me desculpe, eu os decepcionei. - eu disse enxugando as lágrimas. - desculpe papai por ter ficado tanto tempo sem jogar o jogo do contente, me desculpe pelas coisas horríveis que eu fiz.

Tom ficou ao meu lado e me abraçou, eu escondi o rosto em seu pescoço, era por isso que eu o amava tanto, era sempre ele que estava ao meu lado, nos momentos mais importantes da minha vida, quando meu pai morreu, quando eu descobri que era bruxa, ele foi meu primeiro amigo, meu primeiro amor, me apresentou o ódio puro e o mais intenso prazer. Eu enxuguei as lágrimas e me levantei sorrindo.

Durante toda a tarde eu visitei as damas da sociedade beneficente, agora senhoras idosas, agradeci a elas o que fizeram por mim. Ao anoitecer Tom e eu fizemos um piquenique com direito a champanhe e observar estrelas, foi uma noite perfeita.

E enfim voltamos para Londres, aparatamos em little Hangleton diante da mansão Riddle, nós entramos e o jardim estava lindo, bem vivo como há muito tempo eu não o via, repleto de rosas de cores variadas. Nós nos sentamos no banco do jardim que fica de frente para as roseiras.

- Eu sempre gostei muito desse lugar. - eu disse suspirando e olhando para Tom, reparando pela primeira vez que ele parecia nervoso, ansioso e acabei rindo. - Você está nervoso, quer me falar alguma coisa, Tom?

Ele suspirou e olhou para mim, seu rosto inexpressivo como sempre e por um momento meu coração se afligiu e se ele fosse sumir de novo e me deixar sozinha.

- Eu não faço esse tipo de coisa Pollyanna.

- Ahm o que você...

- Não, só me deixa falar. - ele me interrompeu e então eu me calei um pouco surpresa. - Eu não faço esse tipo de coisa, eu não faço piqueniques à luz da lua com direito a champanhe, eu não visito cidades natais e nem faço pedidos românticos em um jardim cheio de rosas, mas você gosta desse tipo de coisa, então eu estou fazendo por você, eu sei que eu provavelmente não te mereço, eu sou cruel, egoísta e possessivo e te quero só pra mim, então você vai casar comigo e eu nunca mais vou te machucar, eu vou te fazer feliz minha pequena, eu te amo.

Quando ele terminou de falar tudo meus olhos já estavam marejados, todos esses anos esperando para ouvir aquelas palavras e acredite valeu muito a pena. Eu sorri e algumas lágrimas insistiram em cair, eu colei nossas testas e meus braços enlaçaram seu pescoço, ainda sorrindo e chorando.

- Repete. - eu pedi.

- Tudo?

- Só a ultima parte, fala de novo, por favor.

- Eu te amo miss. - ele sorriu de canto. - Eu te amo, eu te amo, eu te amo.

Eu o abracei com força, nem acreditava no que estava acontecendo, ele se afastou um pouco tirando uma caixinha de veludo azul das vestes, ele abriu-a revelando dois anéis lindos de prata, cada um com uma inicial: T e P, ele colocou o anel com a inicial T em meu dedo anelar e colocou o anel com a inicial P em seu dedo, ele sorriu acariciando meu rosto e eu colei nossas testas, eu não podia estar mais feliz, nos beijamos apaixonadamente e eu passei a noite com ele, aquilo não podia ter sido mais perfeito, valera a pena esperar cada segundo e lutar pelo meu melhor amigo e meu amor.


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Notas finais do capítulo

então gostaram? mereço reviews? uma recomendaçãozinha pra terminar a fanfic com estilo? xD kkkkk..
espero que tenham gostado
até o próximo
bjoks