Tom e Pollyanna compraram seus materiais juntos enquanto o garoto lhe contava mil maravilhas de Hogwarts deixando-a ainda mais animada. Ela comprou a varinha, mogno, núcleo de fibra de coração de dragão e 24 cm, compraram os livros e até dois sorvetes. Mesmo que não confessasse nem a si mesmo, Tom gostava da companhia da garota.

Finalmente chegara o dia 1 de setembro, Tom riu-se da cara assustada da garota quando disse que precisaria passar entre as plataformas nove e dez.

– Estamos atrasados. - reclamou Tom, mas a garota estava maravilhada demais com a majestosa maria-fumaça no Expresso Hogwarts. - Vamos Pollyanna.

– É tudo tão lindo Tom.

– Espere para ver o castelo. - disse o garoto quando entraram no trem. Eles seguiram a procura de um compartimento quando Tom encontrou seus amigos, eles estranharam, afinal Tom estava sempre adiantado e o trem logo partiria.

– Quanto tempo Tom! - exclamou sua amiga Druella Rosier, os cabelos aloirados, um sorriso maldoso sempre estampado no rosto, essa era Druella, era legal, mas podia ser muito grosseira também. - Quem é esta?

Pollyanna aproximou-se timidamente enquanto Tom sentava-se com seus amigos.

– Abraxas Malfoy, Avery, Lestrange, Mulciber, Cygnus Black e Druella Rosier, ela é... Uma colega, Pollyanna Whittier. - disse Riddle.

– Pode entrar Miss Pollyanna. - disse Avery amavelmente, a garota sorriu ainda tímida.

– Onde vocês se conheceram? - perguntou Abraxas quando o trem começou a andar.

– No Orfanato... - começou a garota e Tom suspirou, já ia começar a faladeira. - Papai morreu e eu ia morar com minha tia Polly, mas tia Polly não me aceitou então eu fui para o Orfanato em Londres, mas fiquei contente por isso, pois conheci Tom.

– Então... Seus pais faziam o que?

– Oh papai era reverendo e mamãe não trabalhava, não tínhamos muita coisa, mas...

– Quer dizer que eles eram trouxas? - perguntou Druella de maneira rude, Tom sabia onde aquilo ia parar, mas nada fez.

– Trouxas? - perguntou a garota confusa.

– Quem não é bruxo garota. - disse Druella. - Significa que você é uma sangue ruim.

Pollyanna olhou para Tom, seu olhar pedia uma explicação, ela estava perdida, não entendia o que eles queriam falar.

– Não sabia que andava com sangues ruins Tom. - disse Black zombeteiro recebendo um olhar cortante do amigo.

– Não pode ficar aqui. - disse Druella olhando séria para a garota, Tom que observava a cena, se levantou puxando Pollyanna até o corredor.

– Você não pode ficar lá Pollyanna, encontre outro compartimento.

– Eu não entendi Tom, por que isso? Achei que íamos ficar juntos. - perguntou a garota visivelmente chateada.

– Achou errado. Vá, tenho certeza que vai encontrar outro compartimento. - disse o garoto dando as costas e voltando para dentro de seu compartimento com seus amigos.

Pollyanna estava assustada, aqueles garotos não tinham sido nada gentis, estava sozinha sem conhecer ninguém em um corredor vazio de um trem indo para um lugar desconhecido, andou arrastando seu malão sem saber para onde ir quando um garoto colocou a cabeça para fora. O garoto tinha olhos e cabelos castanhos, os cabelos eram rebeldes e tinha um rosto amigável.

– Hey, você devia sair daí, daqui a pouco a tia dos doces vai chegar e o corredor vai encher de gente.

– Não tenho para onde ir. - disse a garota com simplicidade, o garoto sorriu.

– Pode ficar com a gente, vem eu te ajudo a guardar o malão. - disse o garoto ajudando a menina. Os dois entraram no compartimento. - Eu sou Charlus Potter.

– Pollyanna Whittier.

– 1º Ano imagino?

– Sim.

– Bem, esta é Dorea Black e Minerva Mcgonnagal, nós estamos no 2º Ano e este é Jeremy Lee do 1º ano. - disse Charlus amigavelmente. - Gente essa é Pollyanna Whittier do 1º Ano.

Os outros três a cumprimentaram gentilmente, Charlus Potter colocava a cabeça para fora do compartimento de cinco em cinco minutos esperando a tia dos doces, enquanto Jeremy, Minerva, Dorea e Pollyanna conversavam animados sobre a escola.

– Sonserinos idiotas! - exclamou Minerva depois de ouvir toda a história de Pollyanna. - Não os suporto.

– Meu primo é um bobo Pollyanna, não ligue pra ele, Cygnus Black, aquele inútil. - dizia Dorea.

– Charlus e eu somos grifinórios, Polly, Dorea é sonserina e a única sonserina legal que existe, você e Jeremy ainda vão passar pela seleção das casas, qual casa vocês querem ir?

– Grifinória com certeza. - disse Jeremy sem pensar.

– Antes eu queria estar na mesma casa que Tom, mas acho que prefiro grifinória. - disse Pollyanna.

– Tom Riddle é um bajulador de professores, fingido, Pollyanna, não fique perto dele. - disse Minerva.

– Oh não Minnie! - exclamou a garota, os outros no compartimento riram, Minerva odiava ser chamada daquele jeito. - Tom é um ótimo garoto, só não gosto de seus amigos.

Logo a tia dos doces chegou e os cinco ficaram conversando e comendo doces. Ao chegar a Hogwarts, Jeremy e ela se separaram dos outros três, indo para os barquinhos junto com o guarda caças Ogg. A visão que tiveram do imponente e majestoso castelo deixou todos os pequenos do 1º ano sem palavras. A ansiedade se apoderava deles sem piedade, o medo da seleção das casas também, ainda mais com as brincadeiras de Charlus dizendo que eles teriam de derrotar um dragão para decidirem em qual casa ficaria, mas tudo ficou bem quando o professor Dumbledore lhes explicou tudo direitinho.

Como já esperado Jeremy e Pollyanna foram selecionados para a grifinória e ficaram animados de se juntar a seus amigos novamente. Ouviram o discurso do diretor, um velho franzino quase careca chamado Armando Dippet e por fim se serviram no delicioso jantar.

Estranhamente Tom não queria comer aquele dia, estava emburrado olhando para a mesa da Grifinória. Odiava a grifinória e tinha que ser justo a casa de Pollyanna, ela era sua amiga e não deles.

– Chateado por a sangue ruim não ter vindo para a sonserina? - perguntou Druella.

– Eu não ligo pra ela. - mentiu Tom. - É apenas uma garotinha irritante.