Pollyanna escrita por Satine


Capítulo 2
Capítulo 2 - uma visita inesperada




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/323738/chapter/2

Os dias que se passavam no orfanato não poderiam ser mais inusitados para Tom. Pollyanna era uma companhia muito diferente, não o aborrecia, mas estava sempre contente de tudo.

– Bom dia Tom. Faz um belo dia, não?

– Bom dia. - disse o garoto dando de ombros.

De fato Pollyanna não andava muito com os outros órfãos, estava sempre na companhia de Martha, falando, falando e falando, ela era realmente diferente. Certa vez, durante as férias, a garota brincava animada com uma bonequinha que havia encontrado.

– Me devolve, ela é minha. - reclamou uma garota da mesma idade de Pollyanna puxando a boneca.

– Desculpe, eu a encontrei jogada...

– Você a roubou. Tia Martha, tia Martha. - gritava a menina pelo orfanato.

– Eu não roubei nada! - gritou Pollyanna irritada. Tom observava a cena fingindo estar lendo um livro, sentado em seu canto no pátio do Orfanato.

– Você é uma ladra, Pollyanna. - disse a menina que segurava a boneca de pano pela perna.

Pollyanna olhou chateada para sua colega que segurava a boneca e não soube explicar como a boneca simplesmente se rasgou inteirinha na frente dela e da outra garota que olhou assustada para a garota Whittier.

– Você fez isso. - acusou a outra garota.

– Eu não fiz nada, nem toquei na boneca, mas fico contente que isso tenha acontecido, pois não vamos mais brigar.

– Sua estranha! - a outra gritou se afastando de Pollyanna.

– Mas eu não fiz nada. - disse uma Pollyanna indignada.

Tom por sua vez abaixou o livro.

– Como fez aquilo? - perguntou admirado.

– Eu não fiz.

– Fez sim Pollyanna, você é diferente, especial, como eu.

– Como você? Também pode fazer coisas que os outros garotos não podem?

– Por isso não querem ficar perto de mim.

– E agora ela vai contar a Martha. - disse Pollyanna levando a mão a testa muito preocupada. Tom sorriu maldoso.

– Não se preocupe com isto. - Martha logo chegou, a boneca despedaçada em uma mão e uma menina chorona na outra.

– O que houve aqui? Vocês dois podem me explicar?

– Eu posso Martha. - disse Tom. - Eu vi tudinho.

– O que houve Tom?

– Essa menina estava brigando com Miss Pollyanna dizendo que a boneca era dela, mas não era, então com raiva essa menina rasgou toda a boneca de Pollyanna, ela não teve culpa.

– Isso é certo Giselle? - perguntou Martha à menininha.

– Não, não Martha ele está mentindo, esses dois estranhos.

– Não os chame assim, agora vá para o seu quarto.

Tom e Pollyanna se entreolharam quando Martha se foi.

– Mentiu, você mentiu Tom.

– Era o único jeito de te livrar Miss.

– Mas... Isso não foi certo. - insistiu a garota o seguindo.

– Pollyanna, o que mais você pode fazer?

– Mexer coisas sem toca-las, fazer objetos voarem que nem passarinho, não me acha estranha?

O garoto sorriu.

– Nem um pouco. Você é especial, é uma bruxa. - a garota levou as duas mãos a boca soltando um gritinho de horror.

– Como se atreve? Diz que sou especial e logo depois me chama de bruxa?

– Não é nenhum atrevimento garota, eu também sou, somos especiais, melhores do que esses trouxas chorões e antes que diga algo, trouxa é quem não é bruxo.

A garota arregalou os olhos dando passos para trás e correu na direção do seu quarto, Tom passou a mão de leve pelo cabelo. Devo ter sido muito direto. – pensou antes de ir para seu quarto.

Durante o resto das férias Pollyanna e Tom não voltaram a se falar. Tom subia as escadas depois do almoço em direção a seu quarto quando viu pela janela uma figura conhecida adentrar o Orfanato acompanhado da Sra. Cole.

– Problemas com Tom, professor? - perguntou Sra. Cole subindo as escadas.

– Não, nenhum problema, não é sobre Tom que vim falar Sra. Cole e sim sobre a Miss Whittier.

– Miss Whittier? Ela também tem uma vaga na tal escola? - perguntou a mulher desconfiada.

– Sim, assim como Tom ela tem uma vaga nesta escola.

– Estranho.

– Pode-me falar sobre a garota, Sra. Cole?

– Miss Whittier chegou aqui há pouco tempo, veio de uma cidadezinha pequena, era filha de um reverendo, sua mãe e seus irmãos já haviam falecido há algum tempo quando perdeu também o pai, pobrezinha e como não havia orfanatos por lá, ela veio para Londres.

– É realmente uma pena.

– Gostaria de falar com ela?

– Seria ótimo Sra. Cole. Oh olá Tom. - cumprimentou o professor ao ver o garoto quando subia as escadas.

– Professor, algum problema? - perguntou Tom como se não soubesse exatamente o que estava havendo.

– Não há nada demais.

– Entendo senhor, até breve.

– Até breve Tom. - Alvo Dumbledore continuou seguindo Sra. Cole até entrar em um quartinho com algumas camas e algumas garotas conversando, a garota loira chamou a atenção de Alvo, sentada em um canto lendo um livro, era bem loira de olhos claros e tinha sardas, usava a mesma roupa simples que as outras garotas do orfanato.

– Miss Pollyanna, este senhor quer falar com você. Meninas, me acompanhem, por favor. - as outras garotas do quarto acompanharam Sra. Cole e o bruxo adentrou o quarto sentando-se na cama frente à cama onde estava a garota.

– Quem é o senhor?

– Eu sou Alvo Dumbledore, eu sou um professor.

– Professor? Professor de que? Oh como fui má, eu sou Pollyanna Whittier.

– Muito prazer Srta. Whittier, eu sou um professor para pessoas especiais como você. - a garota empalideceu.

– Então é verdade!

– O que Miss Whittier?

– O que aquele garoto disse, eu sou especial, eu sou uma bruxo, eu sou como ele e...

– Sim, e como eu. - disse Alvo sorrindo do jeito espontâneo da garota. - Imagino que o garoto que conhecer era Tom Riddle.

– Sim senhor, um garoto simpático, mas fiquei com medo, ele deve estar me achando uma boba.

– Não, não Miss Whittier, é natural que se sinta assustada e é por isso que estou aqui, pois você tem uma vaga na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

– A escola que Tom frequenta. - concluiu Pollyanna.

– Exato. A escola disponibiliza o dinheiro que precisar para comprar seus materiais, está tudo explicado nesta carta. - disse Alvo Dumbledore lhe entregando a carta que a garota timidamente aceitou abrindo-a com as mãos tremulas e lendo-a em voz baixa, ergueu os olhos novamente para o professor, dessa vez menos assustada e mais animada.

– Oh estou muito contente senhor. Imagine só se tia Polly tivesse me aceitado em sua casa, então eu não teria Tom e ficaria completamente perdida no inicio das aulas. - o professor sorriu bondoso.

– Se quiser que alguém mais experiente como eu a acompanhe Miss Pollyanna.

– Não haverá problema senhor, Tom me acompanhará, sei disso, ele é muito bondoso e pode me falar mais sobre a escola.

– Sim, sim, muito bem então eu devo ir, nos vemos na escola Pollyanna e acima de tudo, ninguém deve saber está bem?

– Sim senhor, até breve.

– Até Pollyanna.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pollyanna" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.