Pollyanna escrita por Satine


Capítulo 22
Capítulo 22 - uma surpreendente noticia


Notas iniciais do capítulo

oláá minha gente, trago mais um capitulo fresquinho pra vocês, capitulo um pouco triste, mas eu espero que gostem :)



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Tom deixou Londres e foi para sabe-se lá onde, deixou antes de partir um anel que sempre me acompanhava, o anel que pertencera a seu tio e que era também uma horcrux, quatro assassinatos a sangue frio, Heptzibah Smith, de quem roubou aquele medalhão, Cecília e Megan Kopelson e Thomas Riddle, cuja causa da morte foi falsamente acusada de morte natural, por já ser um senhor idoso. A mansão Riddle fora decididamente abandonada por Sr. Tom Riddle, que agora tinha tantas tragédias na família que preferia esquecer a casa, um erro em minha opinião, Mary não iria gostar de ter sua casa abandonada.

– Por que não vende a casa querido? Passe para frente, esquecemos todas as tragédias, aliás, Pollyanna, para onde disse que Tom ia viajar mesmo? - perguntou tia Polly no café da manhã.

– Não Polly. - disse Sr. Riddle. - aconteceram coisas terríveis naquela casa, mas ainda acho que minha mãe não gostaria que fosse vendida.

Muito menos abandonada. - eu pensei, mas fiquei quieta.

– Não sei tia Polly. - eu respondi me levantando e deixando o profeta diário na mesa, tia Polly pegou o jornal virando-o de todos os lados com uma careta confusa que fez até o Sr. Riddle alegrar-se um pouco.

– O que houve tia Polly? - eu perguntei risonha.

– Essas imagens se mexendo, isso é tão... Impressionante. - eu sorri de leve.

– Eu já vou, até mais tarde tia Polly, tio Tom. - eu disse beijando a bochecha dos dois e aparatando.

Desapareci de minha casa em Londres e apareci no St. Mungus onde eu fazia meu curso para me tornar curandeira. Eu era como uma interna, observava as curandeiras mais velhas e experientes, aprendia muito e ajudava com as coisas mais simples. Aquele dia, porém, as coisas pareciam um pouco turbulentas.

– O que houve aqui hoje Sra. Westmacott? - perguntei a minha superior, madame Westmacott preparava um kit de primeiros socorros às pressas.

– Me acompanhe Pollyanna, alguns antigos seguidores de Grindelwald decidiram atacar, há muitos aurores feridos no local, por Merlin, já faz um ano e alguns meses que Alvo Dumbledore derrotou Grindelwald e esses bruxos desajuizados continuam a fazer alvoroço! - exclamou madame Westmacott antes de pegar em meu braço e aparatarmos.

A batalha entre aurores e seguidores de Grindelwald ainda não tinha acabado, nós precisamos desviar de alguns feitiços, eu coloquei meu jaleco branco e prendi o cabelo num coque alto para não me incomodar. O fato de estarmos na Londres bruxa, sem a presença de qualquer trouxa que pudesse nos preocupar, tornava os bruxos das trevas e aurores muito mais ferozes na batalha, tornando tudo um caos.

– Cuidado Pollyanna, não seja atingida por feitiço nenhum. - avisou madame Westmacott quando desviei de uma maldição da morte.

– Sim senhora. - eu tentava acompanhar seus passos rápidos.

– E também não revide, você é uma curandeira, não uma auror. - avisou quando eu tentei pegar minha varinha no bolso do jaleco.

– Sim senhora.

– Venha, me ajude com este. - nós nos ajoelhamos perto de um auror desacordado, outras duplas de curandeiras estavam no campo de batalha à procura de outros feridos. - Consegue curá-lo? Lembra-se do feitiço?

Eu assenti pegando minha varinha, o auror desacordado fora claramente afetado por uma magia das trevas, sua cabeça sangrava, mas o sangue saia quase preto, o feitiço para feridas causadas por magia das trevas era complexo, portanto tentei me concentrar ao máximo. Demorei alguns minutos até conseguir que uma luz azulada saísse de minha varinha e curasse a testa do auror que acordou um pouco atordoado.

– Vai ficar tudo bem senhor. - eu o tranquilizei, mas quem não estava nada bem era eu. O excesso de esforço me deixara fraca, tonta, suando frio e tremula.

– Esta bem Doutora Whittier? - perguntou madame Westmacott, teimosa eu assenti. - Meus parabéns Pollyanna, conseguiu curá-lo perfeitamente, vamos nos separar, há muitos feridos, mas tome cuidado querida.

Eu assenti me afastando um pouco cambaleante, carregando um kit de primeiros socorros em uma mão, à varinha em outra, alguns fios de meu coque começavam a soltar e colavam em meu rosto.

Avada Kedavr...– arregalei os olhos ao ver o feitiço vir em minha direção, dessa vez não haveria Tom para me salvar, Tom, como eu sentia falta dele, sabe aquele momento em que toda a sua vida passa na frente de seus olhos e apenas três pessoas apareciam em sua mente, Tom e meus pais, eu havia perdido os três, fechei os olhos com força esperando a maldição me atingir em cheio, mas ela nunca chegou a me atingir e o bruxo que lançara o feitiço, fora arremessado para longe, eu virei imediatamente curiosa para saber quem fora meu salvador e encontrei um auror escorado na parede, sem uma perna. Eu me encaminhei mancando até ele.

– Minha nossa! - exclamei ao ver o estrago de sua perna. - Eu irei te ajudar senhor, como é o seu nome?

– Alastor, Alastor Moody. - ele disse ainda escorado na parede, mas sem demonstrar muita dor.

– Obrigada. - eu sussurrei. - Você me salvou.

– Bom, você vai me salvar agora não é? - ele disse referindo-se a sua perna, eu fiz o que pude, mas repor uma perna assim, não era fácil, não era possível.

– Senhor, você precisará de uma prótese, não posso fazer isto aqui, terá de me acompanhar ao hospital. - eu disse com um pouco de dificuldade, sentia-me enjoada com tantos feitiços, sangue e tragédias.

– Você não me parece muito bem menina. - ele disse preocupado.

– Não, eu estou bem, estou bem, eu vou cuidar do senhor, eu vou... - eu disse, mas não consegui completar a frase, senti minhas pernas fraquejarem e me apoiei à parede, pouco tempo depois perdi o sentido, tudo escureceu.

[...]

Pisquei os olhos algumas vezes, um pouco confusa, eu olhei para os lados, a claridade incomodava meus olhos, por um momento eu achei que estivesse na ala hospitalar de Hogwarts, então me lembrei de tudo, as curandeiras no campo de batalha dos aurores contra seguidores de Grindelwald, eu provavelmente estava no St. Mungus como paciente por me esforçar demais ou fora atingida por um feitiço.

– Como está se sentindo? - perguntou uma preocupada tia Polly.

– Bem. - eu sussurrei. - Eu só... Eu só me esforcei demais tia Polly, eu estou bem.

– Oh Pollyanna, me deixou tão preocupada. - disse tia Polly me abraçando com força, tio Tom estava no pé da cama e parecia um pouco pálido.

Dorea e Charlus estranhamente também estavam ali e me olhavam preocupados.

– Eles me chamaram primeiro, então eu chamei sua tia. - disse Dorea sentando-se do outro lado da cama.

– Oh eu não queria preocupá-los. - eu disse me sentando na cama e avistei madame Westmacott se aproximando.

– Pollyanna, como se sente? - perguntou minha superior aproximando-se da cama.

– Bem madame Westmacott, bem que a senhora disse para eu não me esforçar demais, desculpe-me, eu não queria te trazer problemas.

– Não há problema querida, mas você deve descansar, ainda mais agora.

– Mas... Mas eu não vou poder voltar ao trabalho? Digo, eu só me esforcei um pouco demais, dê-me uma vitamina e eu posso voltar ao trabalho, gosto do que faço. - eu disse animada em voltar a trabalhar, gostava do que fazia, curar as pessoas.

– Tem noção do quanto tempo dormiu Pollyanna? - perguntou madame Westmacott. - está desacordada há horas, a batalha já acabou.

– Há algo errado comigo? - perguntei preocupada.

– Errado? Bem, isso eu não sei, eu diria que na verdade está muito certo, uma benção querida, você está grávida.

Por um momento todas as palavras fugiram da minha boca e da minha mente, meus olhos se cruzaram com o olhar severo de tia Polly, com os olhos preocupados de tio Tom e os olhares ansiosos de Charlus e Dorea.

– Pollyanna? Você está bem? - perguntou Dorea. - Minerva já está vindo e...

– Isso é brincadeira não é? - perguntei interrompendo Dorea. - Uma brincadeira de muito mau gosto, oh tia Polly, não dá pra ficar contente com isto, não é engraçado.

– Não é brincadeira nenhuma Pollyanna. - disse tia Polly de modo severo como sempre.

– Agora me diga, por que não nos contou? - perguntou Dorea.

Eu não respondi, estava atônita demais para responder qualquer pergunta.

– É do Tom não é? - sussurrou o Sr. Riddle de modo sensível, mas eu não queria responder pergunta nenhuma.

– Aquele idiota. - disse uma exasperada Minerva entrando em meu quarto no St. Mungus. - É bom que assuma a criança, não é nada bonito ser mãe solteira. Como você está Polly?

– Talvez... Fosse melhor todos vocês deixarem a garota pensar um pouco. - disse uma voz grossa vindo da porta, aquele homem, o auror, estava encostado nela, os braços cruzados e as feições rudes sempre fechadas um pouco assustador, mas eu não sabia como agradecê-lo naquele momento.

– Você quer isto Pollyanna? - perguntou Sr. Riddle e eu assenti. - Vamos então, vamos deixá-la sozinha.

Todos sairam do quarto e o auror seria o ultimo a sair quando eu o chamei.

– Fique, por favor, só você... Fique. - eu pedi e ele ficou, até mesmo madame Westmacott saiu. - Obrigada, eu não sei como te agradecer.

– Não há o que agradecer, nunca vi tanta gente fazendo tanto alvoroço em um hospital, mas... Meus parabéns, pelo seu filho.

– Parabéns? - foi quando as lágrimas começaram a cair e eu comecei a enxugá-las desesperadamente. - Parabéns? Eu estou grávida, eu acabei de completar 18 anos e acabei de começar meu curso para curandeira e eu devia ficar contente de ter uma criança, mas não estou contente, não consigo ficar contente.

Eu acho que assustei o pobre auror, ele se aproximou mancando.

– E o pai?

– Está viajando, a procura de poder, arte das trevas. - eu dizia entre soluços. - Eu estou perdida, não estou?

Ele esboçou um sorriso, coisa que parecia raro para ele.

– Pelo menos você ainda tem uma perna. - ele disse me mostrando a prótese, é ele fez eu me sentir melhor, eu sorri chorosa. - Quer que eu te faça companhia um pouco miss...?

– Seria ótimo. - eu disse começando a me sentir melhor. - mas não me chame de miss, Pollyanna Whittier.

Alastor Moody.

Ele me fez companhia pelo resto da tarde, disse-me que era auror e se formara há algum tempo, era um pouco mais velho do que eu, mas não muito, ele tinha 28 e eu 18, exatos 10 anos de diferença. Ele contou-me sobre como é ser um auror e o quanto ele não suportava bruxos das trevas e eu lhe contei um pouco sobre Tom.

– Ele me parece um grande filho da puta. - ele disse me fazendo rir.

– Oh não, Tom é boa pessoa e ele é um gênio, seria ótimo se usasse sua esperteza para o bem, mas eu devo esquecê-lo.

– E por quê?

– Porque Tom odeia pessoas como eu, nascidos trouxas e odiará saber que eu vou ter um filho dele, com o meu sangue impuro, como ele diria, eu tenho que proteger esta criança.

– Está mesmo disposta a isso? - perguntou Alastor e eu assenti. - Ótimo, quando sair daí nós começaremos suas aulas de legilimencia.

– Ahn? - perguntei confusa.

– E oclumencia, também te darei um pouco de defesa contra as artes das trevas, você não me parece que foi o tipo de aluna aplicada em Hogwarts.

– Você vai ajudar-me a me tornar mais forte? Para proteger meu filho?

– Sim, ajudarei.

– Oh Alastor, tu é um anjo que Deus me enviou. - eu disse contente o abraçando.

– Ora menina não é para tanto, mas deverá se esforçar.

– Com certeza me esforçarei. - eu disse animada.

– Quer que eu chame seus amigos agora?

– Faz mais este favor para mim?

– Nos falamos mais tarde então.

E assim ele saiu e minha família e amigos entraram, expliquei tudo a eles, mas nem tudo parecia perdido desde o momento que Alastor entrou em minha vida, eu certamente tinha muito a agradecê-lo.


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Notas finais do capítulo

então gostaram? mereço reviews? haha viram a fotinhu do Moody? bom como eu o imagino jovem e menos louco neh xD
gentee se não abrir a foto do Alastor, aqui tá o link >>>
http://www.depplovers.com.br/blog/wp-content/uploads/2012/01/hq8.jpg

espero que tenham gostado
até o próximo cap
bjin