1 ano depois

Pollyanna POV

Os sete anos mais maravilhosos da minha vida tinham passado, eu me formei em Hogwarts e agora tinha um longo caminho pela frente, onde eu pretendia me tornar médica no St. Mungus. O ano que se passara fora repleto de novidades excelentíssimas, como, por exemplo, o nascimento do meu afilhado James Potter e o noivado de tia Polly e Sr. Riddle.

O noivado, que já se dava há quase 8 meses, fora ótimo para tia Polly, que se tornara bem menos severa, Tom Riddle Sr. viria morar conosco depois do casamento que seria em um mês. Tom pouco se importava com a união do casal, mas eu achava fantástico e me ofereci para ajudar no que for preciso no casamento, que diferente do de Dorea e Charlus, não seria as pressas, mas sim muito emocionante e bem elaborado.

- É apenas um casamento, de trouxas Pollyanna. - insistiu Tom me seguindo por uma Rua da Londres trouxa.

- É o casamento do seu pai e da minha tia, não um simples casamento de trouxas Tom. - insisti. - Oh estou tão contente.

- Pode dizer-me para onde estás indo?

- Buscar as flores. - eu disse em tom de obvio, ele franziu a testa, era óbvio que Tom não tinha comparecido a muitos casamentos. - Oh Tom casamentos são tão bonitos, na igreja, assisti a um, fui dama de honra de uma das damas da sociedade beneficente.

- Uhm. - ele disse “muito interessado”.

- Tia Polly mandou um convite a Cecília, eu quero só ver a cara dela.

Nós compramos as flores, muitas flores brancas e amarelas para enfeitar a igreja, tia Polly tinha me mandado ir buscar.

- Eu vou te levar para comer alguma coisa. - disse Tom quando voltávamos para a casa da tia Polly.

- Não, eu estou bem. - eu disse, mas senti meu estomago roncar.

- Se continuar se esforçando para coisas estúpidas quanto um casamento e não se alimentar Pollyanna, vai ficar doente. - ele disse me puxando pelo braço, nós entramos em um restaurante.

- Adoro como se preocupa comigo. - eu sorri de leve e ele revirou os olhos, nos sentamos e eu deixei as flores de lado.

- Quero mostrar-lhe algo. - ele disse sorrindo de canto e tirando uma caixinha de um bolso na capa, Tom adquirira o costume de usar vestes bruxas mesmo na Londres trouxa, atraia muitos olhares, mas não nos importávamos. Ele abriu a caixa mostrando uma linda tiara, a mais linda tiara que eu já tinha visto em minha vida.

- Minha nossa Tom, isto é lindo, deve ser muito valioso. - eu disse me debruçando sobre a mesa para ver melhor, ele sorriu de canto.

- Deve ficar lindo em você. - ele sorriu pegando a tiara e colocando-a em meu cabelo, ele acariciou meu rosto me olhando com admiração. - Estás ainda mais bela.

- És muito lisonjeador Tom, mas onde conseguiu?

- Se eu te contar o quanto isto é valioso, não acreditaria em mim Pollyanna. - ele disse quando lhe devolvi a tiara, podia jurar ter visto um brilho avermelhado em seus olhos, não gostava de seu olhar de pura ambição.

- Por que não tenta?

- Isto é o diadema de Rowena Ravenclaw. - eu levei as duas mãos a boca.

- E onde estava? Pra que quer isto Tom? Era por isto que se aproximou de Helena em seu ultimo ano, não?

- Quantas perguntas miss, bem... Você poderia usá-la, no dia do casamento.

Eu sorri assentindo e fiz meu pedido, evitei ficar aborrecida, mas Tom não respondeu nenhuma de minhas perguntas, enfim quando terminamos de almoçar, Tom se despediu de mim com um selinho.

- Precisamos definir melhor essa amizade, não quero ficar mal falada. - eu ri e ele correspondeu afagando meu cabelo.

- Tenho que ir trabalhar, acredite eu preferia ouvir sobre casamentos trouxas estúpidos a ter de ir visitar Heptizibah Smith.

- Ela não deve ser tão ruim.

- Ela é horrível, ainda pior que Slughorn, gosta um tanto de mim, mas eu não a suporto, assim como não suporto seus bolinhos, aliás, ela parece um enorme bolo de morango coberto de glacê de tanta maquiagem.

- És tão cruel Riddle. - eu disse sem conseguir reprimir uma gostosa risada.

- Até mais tarde.

- Ainda acho um desperdício, um balconista Tom, você é mais do que isto, tirou Ótimo em todas suas N.I.E.M.s e aquela loja é asqueroza.

- Já falamos sobre isto, não te metas Pollyanna. - eu fiz uma careta.

- Já me vou então. - eu disse irritada e antes que ele tivesse tempo de dizer mais alguma coisa, já tinha aparatado para a igreja onde ajudaria a decorar com as flores.

[...]

Um mês passa tão rápido, ainda mais quando se está preocupado com as flores, levar a tia Polly para provar o vestido e pegar o terno do Sr. Riddle, já que ele deixou para a ultima hora. Faltavam algumas horas para o casamento, era até estranho ver a severa tia Polly naquele belo vestido branco, e tão ansiosa e apreensiva. Eu fiz o penteado deixando os cabelos negros ondulados, uma parte presa e outra caindo pelos ombros, ela estava tão linda.

- Como estou? - perguntou tia Polly pela milésima vez a mim e a Nancy que a ajudávamos.

- Está linda tia Polly. - eu disse batendo palmas.

- Pollyanna. - ela disse rígida. - Vá à casa dos Riddle, é bom que Tom esteja pronto e rumo à igreja, não deve haver atrasos, nenhum motivo pra fofocas.

- Está bem, está bem tia Polly. - eu disse aparatando ali mesmo e avistando a mansão dos Riddle.

O Sr. Riddle nos convidou para morar com ele na mansão em Little Hangleton, mas tia Polly recusou, alegando que não deixaria sua casa por nada, já estava acostumada com a vizinhança e a proximidade de Londres.

O jardineiro Franco Bryce me levou até dentro da casa, onde Thomas dava os últimos toques no terno do Sr. Riddle.

- Oh não estão atrasados estão? Tia Polly odeia atrasos. - eu disse exasperada quando entrei.

- Conheço bem sua tia, miss Pollyanna, não me arriscaria a atrasar um segundo. - disse Sr. Riddle divertido. - Você poderia ir procurar Tom, ele disse que ia dar uma volta e não voltou até agora.

- Sim, eu vou. - eu disse.

Eu usava o vestido longo lilás de madrinha, era cheio, portanto eu devia ter certo cuidado ao andar com ele, segurei a barra e apressei o passo à procura de Tom, deixando a mansão e indo na direção da floresta ali perto, cada vez mais dentro.

- Tom? - chamei receosa e suspirei, foi quando ouvi um grito angustiado e segui o som, escondi-me atrás de uma árvore e vi Tom de joelhos, tremendo e suando frio, em sua frente estava o diadema de Ravenclaw, seu rosto contorcido em uma expressão de dor, enquanto uma fumaça negra envolvia o diadema, então era aquilo? Deduzi, o ritual para fazer uma horcrux, ele sussurrava palavras desconhecidas, como um encantamento, palavras horríveis que não fiz a questão de ouvir.

Segurei a barra do vestido e voltei a tempo de encontrar Sr. Riddle indo para a igreja.

- Pollyanna, encontraste Tom?

- Ele não irá senhor. - Tom Riddle Sr. suspirou.

- Já que é assim, vamos então.

 A cerimônia fora linda e depois da mesma tivemos a festa, repleta de aperitivos e bebidas requintadas, tia Polly e o Sr. Riddle faziam um belo casal, os dois eram tão parecidos, digo, elegantes e simpáticos e eu estava muito feliz por eles. Já estava quase acabando a festa quando Tom entrou no salão de minha casa usando um terno negro, roupas trouxas e muito bem escolhidas para um casamento. Nós trocamos olhares significativos, mas ele se dirigiu a seu pai e minha tia.

- Desculpe, eu estava um pouco ocupado. - ele disse aos recém-casados quando eu me aproximei.

- Tudo bem filho, você parece um pouco pálido. - disse o Sr. Riddle.

- Não se preocupem comigo e meus parabéns. - ele disse frio nos dando às costas e se distanciando servindo-se de uma dose de vinho. Os olhares de tia Polly e agora meu tio Tom caíram sobre mim, eu sorri e ergui a taça querendo fugir de qualquer pergunta e saí dali o mais rápido possível indo atrás de Tom.

- Como pode? - perguntei perplexa quando o encontrei sentado sozinho bebendo outra taça de vinho, da qual eu roubei e terminei de beber, ele franziu a testa.

- Posso saber o que fiz de errado?

- Não apareceu no casamento do seu próprio pai por causa de uma... - cerrei os punhos e sussurrei. - maldita horcrux.

- Algum problema com isto Pollyanna? - ele perguntou intimidador e arqueando uma sobrancelha, eu fiquei ainda mais perplexa e um calafrio percorreu minha espinha, abri a boca para falar alguma coisa, mas nada saiu, ia dar as costas, quando ele segurou meu pulso com força me impedindo de ir, mas logo segurou minha mão com delicadeza beijando o dorso da mesma me olhando intensamente.

- Me concede esta dança miss? - perguntou com um sorriso de canto, suspirei incapaz de resistir à proposta e o acompanhei até o meio da pista onde começamos a dançar uma musica lenta, eu encostei a cabeça em seu ombro.

- Parece doer... Fazer uma horcrux. - sussurrei.

- Não é tão ruim, não depois que se faz à primeira. Queria que fizeste uma, viveríamos para sempre, juntos.

- Isto não vai acontecer.

- Ainda hei de te convencer.