Meredith

– Meh, eu uso drogas... Desde que você me conhece, acho que eu uso a oito meses.

Meu mundo simplesmente caiu. Uma raiva e uma tristeza me invadiram.

Meu melhor amigo, uma pessoa que eu amava, ela usa drogas...Como assim? Não! Não é verdade, eu tava pensando em falar hoje que eu tava pensando em mais que amizade. Eu me recuso, a saber, que ele usa drogas.Como ele fez isso?

– Mas...Eu to parando.. Eu depois que te conheci, perdi a vont..

– Como você usa drogas? Você está louco?

– Olha me desculpa se eu não sou perfeito. – ele rebateu, e percebi que ele estava começando a ficar nervoso.

– Ninguém é perfeito, mas usar drogas? Qual é o sentindo? Você me enganou! Seu... – Comecei a bater nele.

– Você também! – Ele aumentou o tom de voz e tirou as minhas mãos dele.

– QUANDO EU TE ENGANEI? –perguntando, gritando com ele, nunca tinha enganado ele, eu nunca enganei ninguém.

– Quando você parecia uma pessoa especial e compressiva e que não acabaria com a nossa amizade..

– Quem é você?

Falei e sai correndo, não sabia ao certo para onde, mas acabei indo para o meu prédio. Eu não devia ter falado isso, mas eu estou com muita raiva dele, como ele fez isso?

Sentei no canto do meu quarto, abracei meus joelhos, abaixei minha cabeça, e começou a chorar e a soluçar, que menino idiota, provavelmente é um bêbado também! Mas... Ele é meu amigo... Não devia ter o abandonado, ele falou que estava parando aos poucos. Mas isso não é a questão, para eu perdoá-lo, ele terá que me explicar exatamente o que aconteceu para ele chegar ao fundo do poço.

Minha mãe me viu chorando, eu tive que inventar uma desculpa sobre TPM e umas coisas que aconteceram com as minhas amigas, ela acreditou, deu-me um calmante e mandou-me tomar banho.

Fiz exatamente isso, no banho eu me livrei de todas as preocupações, quando eu estava penteando o cabelo, eu olhei para a janela, ele estava lá escutando música, olhou para frente e deu um sorriso de leve, eu virei à cara e fechei a janela.

Eu não aguentava ficar naquele quarto, ele era sufocante, tudo era sufocante, tudo estava pesado, e parecia que a culpa era minha... Que vontade de matá-lo!

Acordei com o sol na minha cara... Segunda-feira, a pior segunda – feira, arrumei-me, fui para o banheiro lavei meu rosto, tomei banho e me vesti. Roupa comum, nada demais. Prendi o cabelo, me dirigi a cozinha. Minha mãe estava tomando café da manhã.

– Mãe... – comecei a falar – Eu tive um sonho, que o Andrew, usava drogas e eu começava a chorar bastante, e mesmo querendo continuar falando com ele, eu me sentia presa, por quê? Por que eu chorei tanto?E por que eu me prendi em não falar com ele?

– Filhinha... É simples! Ele é seu melhor amigo, ver ele desperdiçando a vida, foi demais para você, e a resistência de falar com ele, é um certo medo, não é nojo, preconceito, mas eu garanto que se fosse verdade... Isso iria acontecer, mas depois iria voltar tudo ao normal.

Nada parecia diferente por fora, só eu que mudei. Fui para a escola direto, não queria vê-lo ou conversar, só queria ficar... Sozinha.Esvaziar meus sentimentos

Na escola fiquei com a minha melhor amiga, Kate, meio doidinha, mas o que posso fazer? Amo ela! Então nem cruzei com o Andrew direito. Até agora, notei que ele botou um recadinho na minha carteira.

“Meh,

Terça da para você ir mesmo? Eu gostaria muito que você fosse

Beijo

Andrew”

Eu olhei para o lado, amassei o papel e levantei-me e joguei no lixo, queria muito continuar com ele, mesmo que sejamos só amigos, mas eu não conseguia, não agora!

Fui para casa sem falar com ninguém, lanchei e fui logo em seguida para a minha dança, a melhor parte da segunda é fazer hip-hop e depois jazz, dançar é simplesmente perfeito, só não ganha de ler.

– Vamos meninas, está na hora de dançar, como vocês sabem daqui a cinco semanas, vamos apresentar a nossa dança, para mães, pais, irmãos, primos, namorados... Enfim qualquer um pode vir, então vamos começar a ensaiar.

A professora, Maggie, colocou uma música e fez movimentos de Vogue e House, que são estilos de hip hop, ela não passou muita coisa, mas o que ela mandou a gente fazer, ficou simplesmente perfeito. Eu me sentia uma modelo, uma menina atraente dançando, a dança era o tipo de dança que atrai qualquer homem para você.

Já estava completamente cansada quando a aula de hih hop tinha acabado, mas eu ainda tenho jazz, as minhas amigas de hip hop estava iguais a mim, algumas delas também fazem jazz então estávamos conversando até a professora entrar na sala.

A aula de jazz é dolorosa, sempre foi e sempre será, quando o sofrimento denominado alongamento acabou, ela deu a tal dança de apresentação, ela era linda e lenta, eu me sentia um anjo dançando, uma verdadeira bailarina, eu simplesmente amava o fato das duas danças serem tão diferentes uma da outra. Mas por que as músicas tinham que falar sobre amor?

No fim da aula a professora, Margaret, nos lembrou:

– Lembrem de convidar alguém para assistir, alguém importante. Afinal se vocês não chamarem, que vai aparecer aqui? Haha! Tchau meninas até quarta.

Agora,quem eu chamo? Minha mãe e ... Será que eu devo chamar o Andrew?

Melhor não, afinal, depois da nossa briga, eu nunca mais vou tornar a falar com aquele... Drogado...Soa meio estranho, mas é isso que ele é, não tenho culpa, ele me enganou totalmente!