Meredith

Acordei. Mas eu não estava no meu quarto! Então eu me lembrei da noite passada, eu tinha tido a coragem de ir lá ao quarto dele, mas acho que ele ia fazer o mesmo, mas indo para o meu quarto, acabamos nos beijando, ele levou-me para o quarto. Mas a gente não fez além de dormir.

Ele estava com a mão, na minha cintura e me puxando para perto dele, estava amando tudo aquilo, mas eu sabia que não seria assim para sempre. Afinal... Nossos pais estão em Lua de Mel... Andrew dá sinal de vida e eu me volto totalmente a ele.

Os olhos dele se abrem e eu vejo em dois segundos uma perfeição incrível! Eu poderia ficar o observando para sempre. Ele bocejou, olhou para os lados e deu um sorriso. Não consegui resistir e lhe dei um selinho. O seu sorriso aumentou.

– Como você consegue Meredith? – ele pergunta se levantando.

– Conseguir o quê? – pergunto curiosa.

– Ser tão perfeita, mesmo ter acabado de acordar?

– Eu não estou perfeita! Meu cabelo está desarrumado, estou com olheiras e provavelmente com o hálito de quem acabou de acordar! – eu falei rindo.

Dessa vez ele quem me deu um selinho.

– Você não está com mau hálito. Você não tem olheiras, e seu cabelo sempre foi e sempre será lindo.

Eu sorri um pouco, mas comecei a lembrar que daqui a um mês tudo voltaria ao normal, e o Andrew voltaria a ser um estranho que divide o corredor. Mudei de expressão e ele notou isso. Respirei fundo e tomei coragem para perguntar:

– Vai ser assim? Vamos continuar juntos e quando eles voltarem a gente finge que nada aconteceu? Assim não dá Andrew. Eu não consigo.

um pouco mais pesado do que eu gostaria então eu estava prestes a levantar e ele pediu para eu esperá-lo. Assim eu fiz.

– Meredith eu não – ele começou, mas não terminou a frase- eu não consigo te perder de novo. Iremos achar a solução!

– Como? Você não tem idéia de quanto eu chorei, você nunca nem tentou conversar comigo! Sabe, o amor é algo lindo, mas nem tudo que é lindo nos faz bem. – senti lágrimas caindo até as minhas bochechas- eu te amo. Mas tenho que saber que eu vou ter você para sempre!

Ele se levantou enxugou minhas lágrimas e suspirou um pouco. E abriu a boca, mas logo a fechou, depois ele fez uma segunda tentativa e começou a falar:

– Eu quero ter você para sempre. Não estou falando que vai ser fácil, vai ser complicado! Mas acho que conseguimos. Não será incesto, será? Não temos o mesmo sangue.

– Não seria totalmente, mas poxa nossos pais são casados!

– Mas eu comecei a namorar você primeiro! Isso é tão injusto. Eu queria poder mudar isso Meh.

Nossa conversa é interrompida por um telefonema. Madison. Andrew saiu correndo para atender e colocou para que eu conseguisse escutá-la também.

Ela começou a falar sobre como a universidade estava ótima e como ela tinha várias amigas, eu não consegui escutar por muito tempo. Eu tornei a sentir inveja. Um sentimento terrível, mas era duro ver um conhecido seu com uma vida tão boa e você com a sua horrível.

– Madison! Foi ótimo falar com você. Mas eu tenho... – minha garganta começa a se fechar- eu tenho que ir. Divirta-se espero vê-la logo. Te amo.

Saí dali o mais rápido o possível e fui para o meu quarto e me tranquei lá dentro. Sentei no chão, abracei os meus joelhos e chorei. Não me importei com mais nada. Sempre achei aquelas frases: “Hoje choro por que eu passei muito tempo sendo forte” ou “Você só sabe o meu nome não a minha história”, sempre as achei ridículas! Mas era justamente o que passava pela a minha cabeça.

Andrew notara que eu fiquei triste e se despediu rápido da Madison e ficou batendo na minha porta e perguntando se eu estava bem. Gritei para ele ir embora, que não tinha nada a ver com ele. Fazendo a mesma coisa de sempre, deixando-me levar pelo orgulho, não admitindo que estivesse eu triste e com uma vida péssima.

Olhei para o Gilette em cima da cabaceira, o mesmo que eu usei no dia anterior para depilar minhas pernas, olhei para os meus pulsos. Muitas pessoas faziam aquilo. “Não Meh! Você não vai fazer isso! Isso é coisa de louco” então parei de olhar para o Gilette.

“Mas só um corte não faz diferença, certo? Certo!” pensei comigo mesmo.

Peguei o pequeno objeto que tinha uma pequena lamina e quando eu ia passar por cima do meu pulso. Pensei duas vezes. Aquilo era loucura. Larguei na mesma velocidade que eu o agarrei.

Andrew entrou pela a janela, eu sabia que eu estava esquecendo alguma coisa! Ele olhou para mim, sorriu e passou os dedos pelo meu rosto. Enxugou todas as lágrimas. E ficou do meu lado.

Ele me chamou para lanchar algo, depois sairmos, afinal ainda era três da tarde! Tínhamos muito a fazer. E por que não ir ao cinema? Andrew fez um bom trabalho em tentar me distrair, mas nem ele conseguiu fazer isso, pois assim que cheguei, de noite, eu fui ao meu quarto e ele foi junto.

Retornei a chorar e ele me abraçou. Andrew sempre fora compreensivo, isso era uma das suas maiores qualidades. Quando eu parei de chorar eu o beijei. O beijo foi desesperado. Seus lábios eram macios e sua língua parecia que passeava delicadamente na minha boca.

Logo estávamos em pé. Contra a parede, e só parávamos para respirar e ele continuava me beijando. Beijando minha boca, bochecha e pescoço.

Depois de um tempo estávamos na cama, eu já sabia aonde aquilo podia chegar. Nunca pensei em fazer antes do casamento, mas não parece uma má idéia agora.

Antes de ele tirar a calça ele perguntou se eu realmente queria, avisando que ele não tinha pressa, mas eu só avisei que era o que mais queria e ele apagou a luz, e naquela noite fizemos os nossos corpos serem apenas um.