ATENÇÃO: ESSE CAP E NARRADO NO PONTO DE VISTA DO TOMÁS OK?

Eu tinha acabado de acordar, na verdade eu nem tinha dormido direito, depois do que tinha acontecido ontem a noite. Eu ainda não acreditava que aquele mulherão era a Carla. 
Ela era perfeita, tinha um lindo rosto, um lindo corpo, e também um belo par de pernas, tudo nela era lindo. 
Eu estava com muito medo de que ela se lembrasse da noite passada, onde eu perdi um pouco do meu controle e ataquei o seu pescoço, ainda bem que não os seus lábios, porque se não eu não sei o que eu faria, afinal tudo que nos separava eram minha roupas e a fina toalha que ela usava, tão fácil de se tirar... 
Eu nem sei o que sentia por ela, eu só sei que tinha fortes sentimentos por ela.
Nunca entendi o coração, ele era tão complicado. 
Me levantei e fui pro sofá, liguei a TV e comecei a jogar videogame, se ela se lembrasse da noite passada, eu iria negar, iria dizer que foi um sonho dela. 
Meu coração apertou quando ouvi a porta do quarto dela se abrir, e agora? 
Carla: Oi. – ela falou se sentando no sofá. 
Ela estava sem os seus óculos, e estava usando um pijama, short de gatinhos e blusa de patinhos, eu segurei o meu riso. 
Eu me concentrei muito, fixei meus olhos na tela da TV, para não correr a tentação de olhar para as pernas dela. De novo.
Ela esfregou os olhos com o pulso, parecendo uma criança. 
Tomás: Oi, lind..CARLA. 
O que? Eu tava ficando louco? Eu ia chamar ela linda?
Ela colocou a mão na cabeça, e fez uma careta.
Tomás: Ressaca? 
Carla: Eu acho que sim, nunca tive uma então não sei como é. 
Tomás: Nunca bebeu demais? 
Carla: Nunca bebi. 
Ela era um anjo, tão inocente. 
Mas, será que ela se lembra de ontem? 

Tomás: E ontem a noite? 
Carla: O que tem?
Tomás: Como foi? 

Ela encostou a cabeça no sofá. 
Carla: Eu não me lembro bem. 
Tomás: Do que você se lembra? 
Carla: Me lembro de conhecer a Alice e a Roberta, de duas meninas que jogaram alguma coisa em mim, de...
Tomás: Fazer um strip-tease – eu falei baixinho. 
Carla: O que? 
Tomás: Nada não, continua. 
Ela me olhou estranho, mas continuou. 
Carla: Me lembro de tirar a minha roupa, que loucura... Ai depois a Alice e o Roberta me levaram pra algum lugar, depois começaram a se beijaram com os namorados , ai apareceu o Guto e o Beto, e depois... Eu não me lembro bem. 
Suspirei aliviado, ela não sem lembrava. 
Carla: Mas, eu acho que alguém me agarrou.
Tomás: Por que? 
Carla: Olha o meu pescoço, ela está cheio de marcas. 
Ela se sentou ao meu lado, tirou o cabelo da frente e colocou a atrás, me mostrando o seu pescoço. 
Eu apertei o controle que estava na minha mão, tentando me controlar. 
Meus lábios imploravam para eu beijar o seu pescoço de novo. 
O seu lindo pescoço, que agora tinha leves marcas roxas. 

Tomás: Não sei... Isso pode ser hematoma também. – eu falei me afastando dela. 
Eu não posso perder o controle de novo. 
Carla: Pode ser. 
Ficamos em silencio, por um tempo. 
Eu nem sabia mais o que eu tava jogando. 
Carla: Minha cabeça ta doendo muito. 
Tomás: Normal. 
Carla: Eu vou tomar um banho. 
Tomás: Tudo bem.

Depois de uns dez minutos, ela saiu, vestindo aquelas suas roupas estranhas, grandes, infelizmente eram grandes, e escondia o seu corpo inteiro.
Ela se sentou no sofá. 
Carla: Voltei. 
Tomás: Percebi... Ta melhor? 
Carla: Mais ou menos.
Tomás: Eu ouvi dizer que água ajuda. 
Carla: Boa ideia, eu beber água. 

Eu não sei dizer se foi por causa dos fios do videogame, ou se foi ela mesma nos seus próprios pés, mas ela tinha tropeçado e eu por reflexo tinha consigo pega-la antes dela cair no chão. Talvez ela ainda esteja ‘doidinha’. 
Apesar da suas roupas grandes e grossas, eu capaz fui de senti-la, minhas mãos a seguravam fortes, me dando a capacidade de sentir o seu corpo de barbie.
Carla: Pode me soltar – falou ela sorrindo. 
Foi quando eu me deu conta de que meus braços ainda estavam ao seu redor. 
Tomás: Eu sei, mas eu não quero. 

O QUE? Não acredito no que disse, acho que quem bebeu foi eu.. 

Tomás: Eu não quero te soltar, quer dizer, eu não vou te soltar até ter a certeza de que você ta bem. 
Será que ela tinha caído nessa desculpa? Para o meu bem, eu espero que sim. 
Carla: Eu to bem sim. 
Eu lutei contra os meus braços, mas eles a soltaram.
Ela foi em direção a cozinha. 

Carla não era nada, não era nada, eu repetia na minha cabeça. 
Mas, não adiantava de nada. 
Carla não era nada, não era nada além do que a garota mais linda do mundo, além da garota que estava roubando o meu coração.
Ela era um problema muito serio pra mim, eu não posso gostar dela, eu nunca me apaixono. 
Só tem uma maneira, eu não iria sentir mais nada por ela, e não deixaria ela sentir por mim.  E só tem uma maneira:  Fazer ela me odiar.
Que comece o jogo.