Here Without You escrita por lawlie


Capítulo 33
Crossroads.




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Encruzilhadas.

 

Kakashi tinha aula na manhã seguinte, mas o garoto sequer se importava com o que ouviria na escola. Era inútil ir para lá e saber que aquele era um lugar no qual ele não pertencia. O garoto dos cabelos acinzentados escuta o despertador tocar e simplesmente o deixa zunir na sua cabeça. Ele sabia que precisava continuar sua vida mesmo sabendo que fugiria com Takari dentro de alguns meses. Suspirou profundamente enquanto olhava o teto branco de seu quarto desarrumado. Tudo acontecera tão de repente...

 

Sentado na cama, ele folheia o caderno onde havia as músicas que ele escrevera. Alguma hora ele precisava acordar para a realidade. Queria ele que não fosse agora.

 

Kakashi se levanta e começa a se arrumar. Pega sua mochila e desce para tomar café. Para sua surpresa, seu pai ainda estava lá.

 

- Bom dia. – cumprimenta.

 

- Hn. – responde o garoto se sentando à mesa.

 

- Está bem? – pergunta Sakumo.

 

- Sim. – diz baixo enquanto pega a tigela de cereais. Ele hesita em por o leite ao lembrar-se de uma de suas primeiras conversas com Takari, na qual ela dizia ser alérgica à bebida.  Ele sorri nostálgico.

 

- Não vai colocar o leite? – pergunta seu pai.

 

- Vou. – diz ele ainda sorrindo.

 

- Por que está rindo?

 

- É irônico, mas esquece...

 

Sakumo pega o jornal e começa a ler, enquanto bebe um copo de suco de laranja.

 

- No fim de semana haverá um jogo de hóquei. Você quer ir? – perguntou o pai. Kakashi olhou-o assustado. – Eu tirei o fim de semana de folga. Pensei que você gostaria de ir, afinal, há muito tempo não fazemos nada juntos.

 

- Sim. – Kakashi sorriu pelo pai estar se importando com ele. – Obrigado pai.

 

- Tenho que ir agora. – disse Sakumo um tanto sem graça. – Vê se não se atrasa.

 

- Você também.

 

Depois que seu pai saíra, Kakashi ainda demorara mais um pouco até decidir-se ir para a escola. Iria chegar mais uma vez atrasado, mas não se importava muito. Ele pegou suas luvas e seu casaco e saiu de casa.

 

Um frio cortante bateu em seu rosto. Um céu cinzento pairava acima de sua cabeça. Por incrível que se pareça, ele gostava desse tempo de inverno. Era frio e triste, mas lá no fundo existia algo que aquecia seu coração.

 

Enquanto andava, uma garoa fina começou a cair. Ele colocou o capuz.

 

- Não demora nevar. – falou para si mesmo.

 

Middletown com neve era mais cinzenta que o comum. A cidade pedia a cor e ficava morta apenas esperando para reviver na primavera. Mas Kakashi gostava mesmo assim. Não demorou muito e ele chegou na escola.

 

Teve de ouvir mais reclamações sobre atraso, até que foi para a sala de aula. Demorou para a hora do intervalo chegar.

 

- E aí, cara. – cumprimentou Genma. – Como você está?

 

- Bem. – respondeu Kakashi.

 

- Tem alguma novidade? – perguntou Hayate.

 

- Sobre?

 

- A banda, Kakashi! O que mais seria?

 

- Não. – respondeu. Kakashi sentiu algo ruim irromper em seu peito. Seria culpa? Ele não queria nem ver a hora que ele contaria para os amigos que tinha decidido abandonar tudo para fugir com Takari. Seria uma grande decepção. Ele não podia nem ao menos imaginar a reação deles.

 

- Hey, Kashi, você tá nos ouvindo? – perguntou Genma.

 

- Claro, - respondeu distraído. – a prova foi muito difícil mesmo...

 

- Que prova, Kakashi? Você está muito distraído hoje... – disse Hayate.

 

- Nós falávamos que o Asuma disse que tinha algo importante para falar com a gente. Ele te disse algo?

 

- Não.

 

- Ele disse que era sobre a banda. – falou Genma. – Mas eu não consegui arrancar o que era. Ele disse que depois da aula passaria aqui. Tinha que ser cara a cara.

 

- Será que aquele filho da mãe está pensando em largar a banda? – perguntou Hayate.

 

- Eu perguntei a ele e ele disse que não.

 

Kakashi novamente ficara quieto. Seus amigos realmente ficariam chateados com ele, mas o garoto manteve a calma mais uma vez. Respirou e tentou ser o Kakashi de antes.

 

- Ele deve estar com uma grande idéia para uma música. – disse.

 

- Eu espero. – falou Hayate.

 

- Kakashi. – chamou Genma meio sem jeito e hesitante em perguntar.

 

- Pode falar.

 

- Você está bem mesmo? Você está diferente. Parece até que estamos falando com um andróide.

 

- Genma, não. – censurou Hayate.

 

- Eu vou ter que perguntar. – ele fez uma pausa. – Está tudo bem entre vocês? Quer dizer, você resolveu sua situação com ela?

 

- Humhum. – afirmou Kakashi.

 

- E...

 

- Ela foi para Nova York ser pianista da Filarmônica.

 

- Sério? – assustou-se Hayate. – Ela é pianista? Incrível... Quer dizer. Sinto muito, Kakashi.

 

- Sim. Ela é pianista e muito boa. Eu nunca vi séries de acordes tão difíceis na minha vida.

 

- Kakashi, vocês se separaram? – perguntou Genma.

 

- Não se preocupe, Genma. Ela vai voltar pra mim. Tenho fé nisso.

 

- Você confia tanto... mas o que vocês vão fazer?

 

- Tudo tem seu tempo, Genma. Tudo... – Kakashi se calou. Os dois garotos também.

 

- Vamos para a sala. – disse Hayate depois de um bom tempo.

 

-x-

 

A aula terminara sem nada surpreendente e os três garotos se reuniram para esperar por Asuma. Encontraram-no na mesma árvore que costumava estar, fumando. Olhava descrente o horizonte, ou menor, Kurenai, que o encarava ao longe enquanto entrava no carro dos pais. Depois que ela partira Asuma voltou a encarar os amigos.

 

- Vocês não se falam mais? – perguntou Genma.

 

- Tentei ligar para ela, mas foi a mãe que atendeu. Foi grossa comigo e me chamou de vagabundo. – ele sorria.

 

- E a Kurenai, o que achou?

 

- Sei lá. – falou indiferente.

 

- Mas você a ama? – perguntou Hayate.

 

- Sei lá. – respondeu novamente.

 

- Duas perguntas e nenhuma resposta. Ou você a ama ou você a vê como uma garota de uma única noite. – falou Genma.

 

- Eu não vim falar dela hoje. – respondeu Asuma. – Eu tenho duas notícias para dar. Uma é boa e a outra é ruim. Qual vocês querem primeiro?

 

- Você vai sair da banda? – perguntou Hayate apavorado.

 

- Não. Quantas vezes eu vou falar que eu não vou sair da banda?! – disse indignado. Kakashi abaixou o olhar.

 

- Então a ruim não deve ser tão ruim. – falou Hayate. – Manda a boa.

 

- Ok. Eu mandei um demo nosso para uma gravadora.

 

- Disso a gente já sabia. – falou Genma desapontado.

 

- E eu recebi a resposta.

 

- Quer ver que foi rejeitado? – falou Hayate.

 

- Vocês querem calar a boca e deixar eu contar?! – resmungou Asuma inconformado. – Eles me telefonaram dizendo que somos uma banda muito promissora. Acharam que a gente toca bem e eles amaram a voz do Kakashi.

 

- Não brinca?!!! – gritou Hayate de felicidade. – Eles gostaram da gente!!!!!

 

- Espera que tem mais. – falou Asuma. – Vocês já ouviram falar de Ron Donavan?

 

- Ron Donavan? Ron Donavan?! O RON DONAVAN?! – gritava Genma.

 

- É. – respondeu Asuma.

 

- O empresário que levou todas aquelas bandas atuais para o topo, como os Death Anger e Boring Bones? – perguntou Kakashi assustado.

 

- O próprio. – Asuma sorriu. – Está interessado na nossa banda.

 

- CAARAAA!!! EU VOU MORRER!! RON DONAVAN? – Hayate continuava sem entender.

 

- A nossa banda... vai ficar... famosa! – falou Genma ainda não acreditando.

 

- Ainda não, Genma. Aí vem a notícia ruim.

 

- Pode vir qualquer coisa que eu to no céu hoje! – disse Hayate.

 

- Número um: vamos ter que mudar o nome da banda.

 

- O que há de errado com o nome? – perguntou Genma.

 

- Segundo ele, tudo. Eles não gostaram de Dark Ninja. – falou Asuma. – Acharam pobre e infantil.

 

- É... por esse lado, é sim. – falou Kakashi.

 

- Número dois: eles precisam de uma música inédita nossa urgentemente. E quando eu falo urgente eu falo que é para ontem. Será que você vê problema em gravar sua música Kakashi? Eu tenho que te perguntar antes se você aceita, porque você fez a música pra sua garota, não foi?

 

- Sem problemas. – disse Kakashi.

 

- Só que temos o número três. – falou Asuma. – Eles querem que a banda mude seu estilo.

 

- Mudar o estilo? – perguntou Genma inconformado. – Então eles não gostaram em nada da gente...

 

- Eles querem que nós criemos um estilo próprio nosso. Segundo eles nós ainda estamos com cara de banda de garagem e de colégio. Porque todas as bandas que eles promoveram tem um estilo próprio. A Boring Bones por exemplo tem aquela vocalista loucona que é revoltada e faz a banda parecer punk. O Death Anger já é mais depressivo e o Frozen tem um som mais romântico. Eles disseram que a gente não tem personalidade ainda.

 

- E como a gente faz isso? – perguntou Genma.

 

- Eu não sei. Eles disseram que nós temos potencial que precisa ainda ser lapidado. Mas no fundo eles querem que a gente seja um estilo de banda que dê dinheiro. Mas para isso nós precisamos agradar a um público. Não adianta ser uma banda de colégio sendo que o mercado já está saturado delas. Nós temos que descobrir primeiro o que as pessoas querem ouvir. Vocês têm alguma idéia? Kakashi?

 

- Eu tenho que pensar Asuma. – disse ele suspirando. E na verdade, ele tinha que pensar e muito.

 

Kakashi ficara todo animado ao saber que a banda poderia dar certo. No fundo ele não tinha esperanças que eles conseguiriam fazer shows e turnês pelo país, mas depois da notícia de Asuma, isso se tornou possível de acontecer.

 

Sua cabeça estava um turbilhão. Um empresário gostara de sua música e isso já era um grande salto. Talvez eles conseguiriam tornar isso real. Viajar por aí com a banda, tocar guitarra e cantar fora tudo que Kakashi sempre desejara por toda vida. Mas e agora, o que fazer? O garoto estava confuso. Aquilo era seu sonho prestes a ser realizado. E ele não sabia o que fazer.

 

Kakashi iria deixar a banda daqui a dois meses e iria fugir com Takari. Mas agora seria muito decepcionante ele abandonar os amigos justamente na hora em que  sonho de todos estava tornando verdade. Seria egoísmo.

 

Ele colocara os dedos nos cabelos, sem saber o que fazer. Suspirou. Pensava em Takari, pensava na banda. Era uma encruzilhada e ele precisava escolher o caminho certo para seguir em frente com sua vida.

 

Só de ver a reação de Hayate, ele já sentia culpa. Ele não podia abandonar os amigos. Seria a maior traição de toda sua vida.

 

“Por que essa banda de rock deu certo?” pensava ele.

 

- O que foi Kakashi? Você parece angustiado. – perguntou Asuma.

 

- Não é nada. Eu só preciso ir... tenho que falar com uma pessoa... – disse o garoto saindo correndo dali.

 

- Ele parece perdido. – falou Asuma.

 

- Eu não sei o que tá passando na cabeça do Kakashi, Asuma. Eu tenho medo do que ele possa fazer. Ele anda mudado. – falou Genma.

 

- Aquela garota acabou com ele. – falou Asuma. – Eu nunca vi ninguém tão angustiado assim.

 

- Todos nós avisamos a ele. Mas ele insiste que está tudo bem.

 

- Onde está a garota dele? – perguntou o Sarutobi.

 

- Nova York. Na Filarmônica tocando piano.

 

- Ela chutou ele?

 

- Eu não sei. Ele não disse.

 

- Eu só espero que ele não largue tudo e vá atrás dela. Não depois de termos recebido tantas oportunidade.

 

- Eu também, Asuma. Eu também. – falou Genma colocando as mãos no bolso e saindo da escola acompanhado pelos dois amigos.

 

-x-

 

Kakashi apenas corria sem ao menos prestar atenção na direção que tomava. Inventava mais uma mentira qualquer para seus amigos para fugir ao invés de dar-lhes respostas. O garoto de cabelos acinzentados estava confuso a respeito do que fazer. Talvez ele precisasse mesmo conversar com alguém, mas não tinha ninguém em que pudesse confiar.

 

Não podia falar com seu pai, já que ele nem sabia das pretensões do filho. E se sabia, talvez não levasse a sério que Kakashi seria capaz de fugir com Takari. O garoto não sabia o que era pior para o pai, ele seguir com sua banda, ou ele fugir com uma garota. Definitivamente, ele não contava com o pai para lhe dar conselhos a respeito disso, já que o sonho de Sakumo sempre foi ver o filho advogado.

 

Kakashi parou. Se deu conta que estava nas mesas que fora durante alguns dias conversar com Takari. Sentou-se no banco frio e ali permaneceu, afundado em pensamentos e dúvidas. De repente, uma voz chama pelo seu nome.

 

- Kakashi. – o garoto olha.

 

- Minato-sensei. – cumprimenta sem ânimo.

 

- Você vai congelar aí. – diz o professor. – Algo aconteceu?

 

- Tem sempre algo acontecendo, não é? – falou Kakashi olhando para o professor que acabara de sentar-se a seu lado.

 

- Você sabe que pode sempre contar comigo, não sabe?

 

- Sei sim. – disse Kakashi. – Obrigado, sensei.

 

- O que vem te incomodando? Você parece tenso.

 

Kakashi sorri. Ali estava uma pessoa com quem conversar e em quem ele podia confiar. Dessa maneira, ele decide contar suas aflições a Minato.

 

- Estou com problemas, Minato-sensei.

 

- Algo que eu possa fazer por você?

 

- Creio que não. Estou no meio de uma encruzilhada e eu não sei qual é o melhor caminho a seguir.

 

- Eu não posso te dizer qual é o melhor caminho, mas posso te aconselhar a pegar a estrada mais segura. – falou Minato. – Por que você não me conta o que foi dessa vez? Aliás, você tem notícias da Takari?

 

- Tenho sim. Ela foi para Nova York. Está na Filarmônica.

 

- Fico aliviado. Pensei que algo pior tinha acontecido, porque ela sumiu da escola mais uma vez.

 

- Foi por pouco. Se eu não tivesse chegado a tempo, a Takari já estaria morta.

 

- Você gosta mesmo dessa garota, não é?

 

- Daria minha vida por ela. – falou Kakashi. Fez-se silêncio. – Minato-sensei. – tornou a chamar Kakashi. – O que você escolheria se pedissem para você decidir entre o amor da sua vida e uma proposta irrecusável de emprego?

 

- Não tem como eu aceitar o emprego e levar o amor da minha vida junto? – perguntou sorrindo.

 

- Eu não sei... – Kakashi novamente fez uma pausa. – Eu prometi a ela que iria tirá-la do sofrimento. Prometi a Takari que fugiria com ela para bem longe.

 

- Isso é loucura Kakashi. – disse Minato sério. – Você tem noção das conseqüências que isso pode te trazer?

 

Na verdade, Kakashi não tinha pensado nisso. Apenas ficava imaginado sua vida com Takari em algum outro lugar. E ele se recusava a admitir as conseqüências.

 

- Kakashi, preste bem atenção no que eu vou te falar. Se você fugir com a Takari, você pode ser acusado de seqüestro. Você pode parar na prisão por causa disso, principalmente se ela ainda for menor de idade.

 

- Eles não vão nos achar.

 

- Não seja estúpido, Kakashi. Eles vão te achar. Com todo dinheiro que Uchiha Fugaku tem você acha que ele não será capaz de rastrear vocês dois?

 

Kakashi calara-se. Realmente isso era provável de acontecer.

 

- Eu não me importo, Minato-sensei. O que está me afligindo mais é que a banda recebeu uma proposta irrecusável.

 

- Mas você não pretendia fugir com a Takari?

 

- Eu não sei mais o que fazer. Eu sempre sonhei com o sucesso da banda e eu sempre achei impossível. Mas depois de uma proposta como aquela eu vi meu sonho de passar a vida inteira cantando virar realidade. Eu pude ver nos olhos dos meus amigos a felicidade que eles estavam. E eu sei que se eu sair da banda para fugir com a Takari eles jamais me perdoariam. Eu estaria sendo egoísta demais ao estragar o sonho dos três.

 

- Isso é verdade. – falou Minato. – Pense primeiro. Como você gostaria que seu futuro fosse?

 

- Eu queria fazer vários shows, tocar guitarra, cantar... Conhecer o mundo...

 

- E você se vê fazendo isso com a Takari?

 

- Eu não sei.

 

Kakashi sabia sim na verdade. Ele estaria em turnê com a banda. Em todo momento que ele pensara em seus shows e turnês, Takari nunca estava inserida neles. Apenas ele, Asuma, Genma e Hayate. O garoto estava dividido e se sentia um lixo por perceber que por um lapso de tempo, abandonaria Takari por uma mísera fama. Kakashi balançou a cabeça e tentou colocar a garota como prioridade em sua vida mais uma vez.

 

- E como você imagina sua vida se você escolher a Takari? – perguntou Minato mais uma vez.

 

Kakashi não respondeu de imediato. Ficara atordoado. Ele estava pensando mais uma vez em si mesmo. Queria ele não sentir novamente essa sensação que o transformava em um homem mesquinho e sórdido. Queria ele não ter pensado em trocar Takari pela banda. Ele sabia que ela jamais faria o mesmo. Ele tinha certeza que Takari escolheria ele em qualquer circunstância.

 

Ele fizera o que o professor pedira. Imaginara Takari em sua vida. Eles iriam se casar. Mas Kakashi não via graça alguma no casamento. Eles teriam uma casa de cerca branca como milhares de outras pessoas têm. Ele trabalharia em um escritório e ela o esperaria para o jantar. Talvez tivessem filhos. Isso assustava Kakashi às vezes. Principalmente ao saber que a música em sua vida se limitaria às noites em que ele pegaria sua guitarra para tocar algo para a família.

 

O garoto fora posto e xeque. E nessa hora, suas faces foram-lhe reveladas.

 

- Eu sou um monstro. – disse Kakashi abaixando o olhar.

 

- Não. Você não é, Kakashi. Você só está tentando descobrir o que será melhor para você.

 

- Minato-sensei, você trocaria sua esposa e seu filho por um grande sonho profissional?

 

- Não, Kakashi. Eu não trocaria nunca.

 

- Me sinto envergonhado em dizer que eu pensei em abandonar a Takari pela banda. E me sinto da mesma forma ao decepcionar meus amigos por causa de uma garota.

 

- Kakashi, você primeiro terá que descobrir o que você ama mais. A Takari ou a guitarra. Depois disso, você estará pronto para decidir que caminho seguir. E jamais sinta-se culpado por uma escolha que você fizer. Lembre-se: qualquer uma delas que você escolher, você terá que se esforçar para transformá-la na razão de sua vida.

 

Kakashi olhou firme para o professor e sorriu.

 

- Obrigado, sensei. Obrigado.

 

- Kakashi, não se esqueça de pensar nas conseqüências de seus atos.

 

- Eu não me esquecerei.

 

Kakashi despediu-se do professor e fora embora. Ele ainda permanecia confuso. Mas teria mais dois meses para decidir o caminho da sua vida.

 


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