Marcas Da Vida escrita por Lele Black


Capítulo 2
The First


Notas iniciais do capítulo

Não recebi 6 reviews :'(
Mas percebi que é pedir demais por apenas um prólogo então resolvi postar logo.
Boa Leitura



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Ao meu lado na macia poltrona do avião, os roncos de Edward eram baixos e sonoros enquanto mamãe e papai estavam logo á nossa frente cochilando também. O meu "irmão mais velho" havia se tornado menos insuportável conforme os anos se passaram. Agora ele era uma parte essencial da minha vida. Porém, uma coisa ainda não havia mudado, apesar de que ele fosse cinco segundos mais velho que eu, fazia questão de frizar toda vez que o mais velho ali era ele, e como sempre, aquilo me dava nos nervos. Mas... ele é meu gêmeo afinal de contas, acho que devo suportar.

Abaixo de mim, nuvens branquinhas e alinhadas formavam um perfeito tapete felpudo, lembrando-me do quão longe eu estava da vida que demorei tanto para construir em New York, deixar o colégio logo quando iria se iniciar o terceiro ano do ensino médio é um tanto revoltante, já que estudo na mesma escola desde quando me mudei de Forks. Papai é médico cirurgião então é claro que ele não poderia negar um cargo tão importante como diretor do Hospital Central de New York. A proposta era irrecusável porém Ed e eu ficamos bem abalados ao ter que deixar nossos amigos e nossa família que também estava naquele pequeno lugar de chuvas constantes que atende pelo nome de Forks. Com sete anos éstávamos tendo que dizer tchau a todos e ir caminho aquela nova aventura na enorme cidade de New York. Nossa nova casa era confortável, a escola agradável e os vizinhos gentis, porém eu sentia um vazio tão grande dentro de mim que resolvi preenchercomo sempre havia feito... com a dança. Esme vivia me pegando pelos corredores de casa dançando como uma mariposa inerte com meus fones no ouvido, quando estava prestes a completar quinze anos, recebi a oportunidade de dar aulas na Academia de Dança dos E.U.A, não pude recusar é claro então aceitei o pedido de imediato. Nada mais me faltava, estava tudo perfeito apartir dali. Mas é claro que a vida teria que armar mais uma para cima de nós, papai recebeu uma nova proposta de emprego e por incrível que pareça, o hospital de Forks paga mais do que New York então... cá estamos nós em um avião com destino a Seatle.

–Pensando? - A voz aveludada de Edward soou ao meu lado ainda rouca pelo sono. Dei um sorriso fraco em sua direção e acenei positivamente. Não demorou para que ele me tomasse em seu abraço singularmente aconchegante e começasse a fazer carinho no alto de minha cabeça, arrumando meus cabelos - Ei, não fique assim. Sei o quanto você gostava daquele emprego mas... em Forks pode haver alguns também. - Ele disse tentando me reconfortar.


–Em Forks Ed?! Sério?! - Disse o trazendo de volta para a realidade e e dando conta mais uma vez de que não me apreciava em nada.

–Temos que ser confiantes afinal de contas... as coisas mudam Ness. Há exatos dez anos nós estavámos num avião como esse indo em direção a um horizonte desconhecido tendo uma conversa similar a essa de agora. Você não queria deixar Forks, queria continuar ao lado da Rose lembra? De Alice também. Vocês eram tão grudadas... esqueceu que elas ainda estão lá?! Que devem estar lhe esperando com uma boa fofoca pra por em dia? - Ele disse fazendo uma pequena careta tirando uma risada sonora mnha pela primeira vez em muitos dias.

–Não, não esqueci... só vou sentir falta das coisas que tive que deixar. A Suh, a dança...

–Você pode pensar que deixou a dança Ness mas a dança jamais sairá de dentro de você. É natural e isso não se altera. - Ele disse olhando em meus olhos com aquelas belas esmeraldas verdes que trazia em seu emoldurado rosto de anjo com seus brilhantes cabelos acobreados.

–Acho que você pode ter razão. - Falei vendo o lado óbvio de tudo aquilo. - Acho meio impossível eu parar quieta em um lugar. - Respondi por final retirando uma risada gostosa da boca de meu irmão.

–Senhores passageiros aqui quem vos fala é o piloto, logo abixo de seus pés se encontra Seatle. Peço que coloquem seus cintos para que possamos ter uma aterrisagem com mais segurança. A companhia aérea Azul espera que todos tenham tido uma boa viagem, obrigado. - Ouvimos o piloto pronunciar no alto falante e logo seguimos suas recomendações.

–Vai ficar tudo bem. - Ed disse pegando em minha mão me passando total confiaça sobre o ainda desconhecido a nós.

Logo após o pouso do avião, pegamos nossa bagagem e fomos em direção á uma concessionária para que pudéssemos alugar um carro. Papai optou pelo seu favorito é claro, uma BMW preta com bancos de couro em marfim. Vontade de devolver aposto que o Senhor Carlisle não tinha alguma já que seus olhos brilhavam e se pudesse já estaria dando pulinhos pelo estacionamento. Ed deveria estar pensando a mesma coisa já que estava segurando uma risada a algum tempo. Arrumamos a bagagem no carro e papai ligou o motor.

–Olha, vamos ter uma reuniãozinha de família aqui. - Papai disse de repente desligando o carro virando-se no banco do motorista para nos olhar. - Sei que é difícil pedir para que vocês recomecem tudo novamente, mas espero que não sintam rancor de mim - Papai disse abaixando os olhos - É difícil para mim ver cada um de vocês tendo que deixar algo importante para trás para correr atrás de meus empregos, mas faço isso pelo amor que sinto por vocês. Ele é infinito e por mais que vocês nãoa creditem de todo o coração peço que não desconfiem ou façam pouco dele, pois ele é muito puro para que não seja considerado. - Papai disse com a culpa estampada em seu rosto. Mamãe ao seu lado colocou uma mão em seu ombro, lhe lançando um olhar compreensivo. Acho que pela primeira vez em três dias, dirigi a palavra a meu pai corretamente. Jamais conseguiria vê-lo triste daquela forma. Por mais que ele estivesse satisfeito por voltar ao seu lar, ele não ficaria feliz por completo se todos nós não estivéssemos.

–Tudo bem pai, por isso que é complicado... - Falei olhando pra seus olhos idênticos aos de meu irmão - é família esqueceu? Sempre vai ter alguma coisa. - Falei sorrindo tirando uma risada sonora de todos ali.

–E você meu querido? - Mamãe perguntou ao Ed atenciosamente.

–Fala sério?! To loco pra voltar pro meu quarto! Esqueceu que deixei cento e cinquenta dólares esquecido lá?! - Ed respondeu animadamente não deixando que as risadas cessassem.

–Muito bem, então lá vamos nós. - Papai disse ligando o carro novamente. E assim fomos numa constante conversa pelo caminho passando as horas seguintes ao nosso destino num piscar de olhos.

***

A casa a minha frente não havia mudado em nada. Grandes vidros fazendo a maior parte da arquitetura, grandes e arejadas janelas em cores claras, a pequena sacada da frente, a grade porta no hall de entrada... tudo do modo como eu havia deixado.

Subi silenciosamente para meu quarto e vi que assim como na parte externa da casa, aqui dentro também estava tudo impecável. A cama de casal centralizada ao meio do grande cômodo, a escrivaninha branca próximo á porta, o closet gigante.... tudo em seu lugar. Me joguei com tudo em minha cama, querendo descançar da viagem longa e cansativa que tivemos... deixei que meus pensamentos vagassem por aí, apenas pelo prazer de desocupar meu subconsciente de tudo e não pensar em absolutamente mais nada.

–ACORDA! - Ed disse gritando e se jogando com tudo em cima de mim.

–Ai Edward seu filho da mãe! - Gritei com ele o fazendo rir como sempre. - Vai me matar sufocada! - Falei tentando tirar aquele peso todo de cima de mim. Edward era esguio mas era pesado! Acho que os anos na academia finalemente fizeram efeito. - Sai de cima de mim seu magrelo! - Falei o empurrando no chão. Mas eu não contava que ele iria me agarrar e me arrastar pro chão junto com ele. Dei um típico grito de nossas brigas e não pude deixar de rir com aquilo. Parecíamos terc inco anos de novo. Suas gragalhadas em cima de mim eram estrondosas e claro, o acompanhei. Não dava mais pra ficar brigada co meu irmão depois que fiz uns dez anos, ele era irresistivel esse safado, e ele sabia disso.

–Não sou magrelo baxinha - Ele disse se apoiando no cotovelo para me olhar de cima.

–Ah vai se ferrar Ed, não sou baixinha - Disse dando um tapinha em seus ombro livre o fazendo rir.

–Então não me chama de magrelo! Pow eu tenho um tanquinho sabia?! - Ele disse se fingindo de ofendido me fazendo rir.

–Claro, claro. - Respondi me dando por vencida.

–Mamãe falou que depois de amanhã a gente começa na Forks Hight School. - Ed disse tentando imitar a voz de Esme - Sabe, não faço a menor idéia do que esperar de lá. - Ele completou.

–Nem eu. - Disse pensativa.

–Mas não foi exatamente isso que vim falar com você. - Ele disse ficando sério.

–E sobre o que seria? - Falei curiosa para saber o motivo de sua bipolaridade.

–Você sabe que a gente virou notícia na cidade, afinal ela é um ovo. Não sei direito o que mas deve ser algo com "Os Cullens retornam para sua casa de vidro" ou algo do tipo... - Ele disse fazendo teatro me arrancando uma risada - enfim, o que quero dizer, é que um bando de urubu sem vergonha vai cair matando em cima de você e você sabe que eu não gosto nada, nada disso não sabe? - Ele disse sério. Dei um suspiro pesado e maneei a cabeça positivamente. Desde meus treze anos mais ou meos, Ed era ciumento comigo. - Digo, não quero que você deixe de arranjar um namorado ou algo do tipo, só estou dizendo para que você saiba escolher entende? Se alguém fizer você chorar, automaticamente eu vou pra cadeia por homicídio. - Ele disse inocentemente me tirando mais uma risada.

–Sei disso Ed. Mas também sei me cuidar.... não se preocupe. - Lhe respondi o aconchegando em meus braços. Ele veio de bom grado como sempre, não resistia a um abraço meu.

–Sabe, eu posso ser o mais velho mas o seu abraço vai ser sempre o mais gostoso. - Ele falou perto de meu ouvido rindo junto comigo.

–O que houve?! Cadê?! Cadê?! - Papai disse entrando desesperado no quarto com um bastão de basebol na mão pronto para o ataque com mamãe em seus calcanhares com uma frigideira na mão. Quando ele viu Ed juntamente comigo no chão, abraçados, seus músculos se relaxaram juntamente com mamãe.

–Cadê o que pai? - Perguntei tentando não rir, tapando a boca de Ed com uma de minhas mão para que ele fizesse o mesmo.

–Eu ouvi você gritar. Cadê o ladrão?! - Ele perguntou olhando ao redor.

–É uma cobra querido! - Mamãe descordou. Não pude aguentar e comecei a gargalhar junto com Ed que agora fazia o mesmo.

–Não tem ladrão nem cobra gente. Fooi eu que pulei em cima da Ness e essa escandalosa deu um berro. - Ed respondeu ás gargalhadas - Mas vamos combinar que se fosse um ladrão e a gente dependesse de vocês já tava todo mundo morto aqui né?! Faz quanto tempo que essa menina gritou? - Ed disse ironicamente. Papai e Mamãe começaram a garagalhar juntamente conosco eassim ficou um clima gostoso pelo ambiente.

–Ah, está uma bagunça essas caixas. Foi difícil achar esse bastão... - Carlisle falou ironicamente. Continuamos assim, conversando por algum tempo... enquanto eu obrservava Ed rindo, mamãe sempre tão feliz e papai se sentindo feliz como sempre, deixei que o destino levasse essa nova fase aqui em Forks. Por mais que eu amasse dançar e tivesse tido que deixar um emprego que eu amasse em New York, o mais importante eu sempre carreguei comigo, a minha família. Então o resto, que deixasse o tempo levar. Afinal como Ed havia me dito mais cedo... as coisas mudam.



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Notas finais do capítulo

Hey! O que acharam?!
Gostaria de milhares e milhares de reviews!!!!
Logo logo o nosso Caramelo aparece ;)
Bjinhos e xauxau



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