Apenas Uma Noite... escrita por Lisa Mellark


Capítulo 39
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Oi meus queridos, estou retornando aos poucos depois de uma longa tempestade em minha vida, e nunca o titulo de uma estória caiu tão bem em minha vida quanto esta, em apenas uma noite perdi alguém especial, mas não quero falar sobre isso. O momento é de agradecer a todos vocês que me acompanharam no ultimo ano e agora o desfecho desta estória esta ai, espero que gostem do epilogo. Quero agradecer a Ju Hutcherson por betar a minha humilde fic e dizer que ela tem uma pequena participação neste ultimo capitulo e também agradecer a Lary Miguel pela indicação ao nome da filha de Katniss e Peeta e a todos vocês que comentaram e recomendaram minha estória. Muito obrigada de verdade e para aqueles que deixaram seus e-mail, em breve receberam o PDF não se preocupem viu. Beijos a todos e boa leitura.
P.S. Desculpem-me por não responder aos comentários, estou de volta e responderei a todos de acordo com meu tempo OK. Obrigada a todos de coração.



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– Cinco minutos senhor Mellark – avisa-me o assistente da produção.

Hoje é um dia muito especial para mim, pois estarei no programa do Caesar Flickerman, uma lenda na televisão quando se trata de programas de entrevistas. Olho-me no espelho confiro meu cabelo e dou o meu melhor sorriso e sigo em direção as coxias e sou rapidamente guiado para a lateral do cenário onde espero meu nome ser chamado.

– Bom meus queridos telespectadores hoje teremos alguém muito especial em nosso programa o queridinho da America e das jovens que aqui habitam. – disse Caesar e a platéia vai ao delírio, em sua maioria compostas por jovens que fazem parte do meu fâ clube, que loucura tudo isso. – Recebam um dos homens mais sexy do momento... Sean Mellark.

Entro no palco e sigo ate o enorme estofado que fica ao lado da mesa de Caesar, que esta em pé em frente à mesa com a mão estendida em minha direção e com um sorriso de puro nervosismo aperto sua mão e logo sento no lugar indicado por ele.

– Boa noite Sean. – disse Caesar com um sorriso. – Estou imensamente feliz em recebe outro Mellark.

– Boa noite e eu é que estou honrado em estar aqui com você. – digo.

– Ora, ora Sean quem diria que um dia eu estaria aqui entrevistando você. Para aqueles que não sabem, eu conheço esse jovem desde que era um menino e entrevistei seu pai um dia e ele estava conosco e para que todos possam saber que não minto, acho que aqui esta a prova. – disse ele e virou o rosto para uma tela a sua esquerda onde estava ele, meu pai, minha mãe e eu quando tinha apenas uns quatro ou cinco anos de idade não lembro ao certo.

Vejo meus pais beijando-se e eu nos braços de meu pai só a visão de vê-lo deixa-me em choque e que não ouço o conteúdo da entrevista e a tela fica escura novamente.

– Sean como estão os seus pais? Achei que os veria nos bastidores esta noite. – Meu pai disse que este era o meu momento e por isso ficaria em casa e assistiria a entrevista pela televisão. “Meu filho eu quero ser apenas o seu pai esta noite e ficar ao lado de sua mãe no sofá me gabando do filho incrível que tenho e que ele é o maior orgulho e agradecer a Katniss por ter me dado um filho como você”, disse ele então virou-se e seguiu para a cozinha gritando que minha mãe o estava matando de fome com essa dieta ridícula de salada e peixe.

– Ele preferiu ficar em casa hoje. – respondo.

– Mas mesmo que seu pai não tenha vindo vejo que você tem uma platéia toda especial. – disse Caesar indicando com a cabeça para a primeira fila da platéia onde estão sentados o meu tio Pearson e minha tia Johanna.

Depois de anos de terapia o meu tio conseguiu uma mobilidade satisfatória depois de um acidente que ele sofreu quando eu era ainda criança. Acidente este que tirou a vida do meu outro tio e da minha avó e que fez com que meu pai perdesse a memória.

Eu não tenho lembranças fortes daqueles dias, tudo que sei foi relatado através dos meus pais e alguns amigos e principalmente do livro que Haymitch lançou contado á história de amor dos meus pais. Livro este que veio a tornar-se filme, motivo pelo qual estou aqui.

– Estou muito feliz que eles estão aqui comigo esta noite. – digo e minha tia sorri para mim.

– Bom. Sean, agora vamos falar um pouco de sua vida profissional, que por sinal esta correndo e crescendo a olhos vistos e você merece cada conquista.

– Obrigado Caesar.

– Não agradeça é a verdade. Bem o seu mais novo filme com certeza foi um desafio, afinal fazer seu próprio pai em um filme carregado de momentos fortes e significativos para sua família não deve ter sido fácil.

– Claro que não Caesar, tive que fazer alguns sacrifícios – digo e aponto para meu cabelo que ainda está loiro, pois tive que descolorir para ficar igual ao do meu pai.

– É justamente um dos pontos que todos comentam, como é não apenas ser filho de Peeta Mellark, mas ser a copia fiel de seu pai? Você já se deu conto do quanto desconcertante é a semelhança de vocês principalmente depois que você tornou-se loiro?

– Sim, eu sei e acredite ate minha mãe ás vezes diz que chega a ser irritante, pois herdei algumas manias dele também. – digo e todos da platéia riem.

A entrevista transcorre de maneira leve e divertida relembro de como comecei a minha carreira de ator e isso traz velhas lembranças.

– Hey Peeta porque você me empresta o seu garoto para eu poder começar as gravações do meu filme, não suporto mais aqueles meninos sem expressão que mandam para os meus testes. – disse Haymitch quando eu estava com oito anos de idade e meu pai sorriu e disse para ele perguntar a mim e se eu quisesse e minha mãe concordasse poderia fazer o filme.

Quase me engasguei com o sanduíche que estava comendo na hora. Topei assim que a crise de tosse passou e depois disso não parei de fazer filmes no mínimo dois por ano desde então. Exceto na época em que Effie ficou doente, eu tinha dezesseis anos quando ela foi diagnosticada com câncer. Então falei com meus pais e mudei para a casa de Haymitch, eles não tinham filhos e praticamente eu fui á única criança entre os dois desde que eles casaram logo depois que minha irmã nasceu. Devido a todo o trabalho que um bebê causa meus pais tentaram não admitir, mas eles ficavam imensamente felizes quando Haymitch e Effie iam ate nossa casa e ajudavam comigo e a Angel (Angeline na verdade, mas eu prefiro chamá-la de Angel e todos a chamam assim também).

Effie lutou mais que uma pessoa normal conseguiria, porém á dois anos seu coração parou no quarto em que dividiu com Haymitch durante seu breve mais feliz casamento e eu sinto-me honrado por ter feito parte de suas vidas e também ter vivido com eles durante toda a luta dela contra o câncer. Assim que Haymitch percebeu que sua esposa havia nos deixados seu coração parou em um infarto fulminante enquanto segurava sua mão. E naquele dia eu perdi aqueles que eram como meus segundos pais e para grande surpresa de todos tanto Effie quanto Haymitch haviam deixado testamentos e tudo que eram deles passou a ser meu por vontade de ambos e com isso e mais o que havia ganhado em meus filmes eu me tornei um dos jovens mais ricos de minha cidade e alvo da mídia.

– Todos sabemos que Haymitch havia escrito o livro contando a história de seus pais como forma de mostrar para as outras pessoas que mesmo diante de toda diversidade se o amor que sentimos pelos que estão a nossa volta for verdadeiro tudo ficara bem no final e que todos nós temos direito a uma segunda chance em nossas vidas. Palavras do próprio Haymich, disse a esse entrevistador que vos fala quando lançou o livro, mas como foi que Finnick teve a idéia de fazer o filme? – indagou Caesar.

– Você sabe que ele foi um dos que sofreram após o acidente que vitimou minha avó e meu tio e ele queria que outras pessoas soubessem, mas também vissem no que resultou a história de amor dos meus pais e como vidas foram afetadas pelo amor de ambos. – respondo.

Muito embora tenha sido essa intenção de Finnick eu sei que havia mais por detrás de suas idéias. Ele queria que todos soubessem como mesmo depois de tudo que passaram eles conseguiram, com cicatrizes, traumas, mas conseguiram. Lembro-me da Annie em uma crise de pânico no meu aniversario de seis anos. Cato fez questão que houvesse um show pirotécnico no final da festa, porém Annie não suportou o barulho dos fogos e entrou em uma crise de pânico.

Hoje eles são quase inexistentes, tanto é que retomou sua carreira e conseguiu realizar seu sonho de ser mãe e como todos sabiam que ela faria deu o nome do meu pai para seu filho, então além de um Peeta Mellark no mundo também temos um Peeta Odair com seis anos e uma personalidade incrível.

– Sean como você lidou com pequenas coisas que você não sabia, mas depois com o lançamento do livro foi revelado a você, como o fato que sua mãe teve um namoro breve com um grande amigo seu o... Cato é esse o nome dele certo?

– Fiquei surpreso e um pouco chateado a principio, mas depois meus pais conversaram comigo e eu decidi ler o livro completo e depois de saber com detalhes com cada um e tudo ficou tranquilo entre nós novamente. – digo.

Quem dera que tivesse sido tão fácil quanto eu estou dizendo, foi bem mais dramático. Não que eu tivesse revoltado com o mundo, mas eu tinha doze anos dei-me um pouco de credito. Mas depois eu vi como Cato e Clove se amavam e que eles apesar de terem casado em Las Vegas o casamento era pra valer e logo depois que os gêmeos vieram Cato largou o restaurante e entrou como sócio no colégio da Mags para que toda a família pudessem ficar o mais próximo possível.

– Hoje sem duvidas é um dia especial, afinal você esta fazendo vinte e um anos e agora é totalmente responsável por você e suas atitudes. O que vai fazer em comemoração a essa data? – indaga Caesar com um sorriso malicioso no rosto.

– Vou ficar com a minha família, meus avós chegaram do sul para comemorar essa data comigo e estou mais do que satisfeito a passar com aqueles que me amam com a mesma intensidade com que eu os amo. – digo isto e a imagem dos meus avós vem a minha mente.

O pai do meu pai e mãe da minha mãe estão casados á dez anos, nós já estávamos desistindo de vê-los juntos, quer dizer oficialmente, pois os dois desde que me lembro sempre estiveram juntos e cada data, desde do meu aniversario de cinco anos que eles sempre chegam juntos a qualquer encontro ou reunião em família. Mas a oficialização de sua união só foi feita depois que jogamos as cinzas de minha avó e meu tio numa pequena ilha que fica na outra margem do lago existente na cidade onde eles moram e onde eu passei todos os melhores verões de minha vida.

– Sei que esse coração já esta preenchido desde que você era um garotinho, mas eu gostaria que você falasse um pouco sobre a sua namora? – pergunta Caesar com um sorriso malicioso, ele não desistirá ate que eu fale sobre ela.

– Estamos ótimos, a Ju e eu estamos muito bem, obrigado. – Sou o mais vago que posso ser, afinal se tem alguém que eu tento preservar deste mundo é minha namorada a Juliana Hutcherson. Somos amigos desde criança e quando era apenas um menino jamais imaginei que um dia estaríamos assim juntos, talvez tenha sido por isso que passamos o inicio de nossa adolescência em pé de guerra e só depois que ela passou para uma universidade no outro lado do pais de onde estávamos foi que descobri ou aceitei a realidade que não poderia ser apenas seu amigo e estamos juntos deste então e isso já fazem três anos.

Olho para a lateral em direção aos bastidores e lá esta ela atrás de uma das câmeras com um sorriso tímido, poucas vezes visto por alguém e meu coração dispara ao vê-la, pois assim que voltarmos para casa eu irei pedi-la em casamento e espero que ela seja tão insana ao ponto de me aceitar como futuro marido.

A entrevista transcorre da melhor maneira possível e assim termina despeço-me de Caesar e sigo ate minha tia Johanna e meu tio onde Ju já esta ao seu lado. Sigo para o estacionamento acompanhado de meia dúzia de seguranças, pois tem algumas fãs um pouco mais exaltadas na saída do estúdio, sou conduzido ate uma saída lateral onde já esta um carro a nossa espera com Portia dentro.

O caminho para a casa dos meus pais transcorre de maneira tranquila e quando chegamos a primeira pessoa que corre e pula em meus braços é minha irmã uma das mulheres mais importantes de minha vida, ela é igual a minha mãe a única diferença é o seu cabelo que é loiro, seu sorriso faz com que eu ganhe o dia.

Todos estão a minha espera e meu coração enche-se de alegria e contentamento ao vê-los. Minha família é meu porto seguro, lugar onde a minha bússola sempre vai indicar como meu norte. Eles me fizeram ser o homem que sou hoje, minha mãe sempre pensando o que é melhor para mim e minha irmã e meu pai sempre pronto para apagar algum fogo que eventualmente poderíamos causar em nossas vidas, mas também meu esteio e exemplo a seguir. Sinto falta daqueles que já não estão entre nós, mas sigo sabendo que esses que ainda estão comigo sempre farão qualquer coisa para que eu seja feliz.

Uma coisa Haymitch estava certo quando escolheu como titulo do seu livro “Apenas uma noite”. Quando perguntei a ele sobre o titulo ser esse ele disse: “Em Apenas uma noite uma criança pode ser gerada, em apenas uma noite você pode deparar-se com alguém que pode mudar a sua vida, em apenas uma noite você poder perder quem você mais ama e por fim em apenas uma noite a sua vida pode mudar para sempre”.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado, tenho mais uma fic Peetniss vindo por ai chama-se Paixão made in Escondido, porém preciso de alguém para fazer a capa se tiver alguém interessado em me ajudar ficarei muito grata. Sem contar que tem o meu xodó que é O Jardim das Cerejeiras, aguardem.Beijos a todos e nos encontramos por outras estórias.