Kurt se questionava o que havia acontecido com ele, quando aceitou a ajuda de Santana e de Quinn. Ficando rebelde, pintando os cabelos. Kurt estava até fumando para deixar a voz mais rouca. Kurt não se sentia o mesmo Kurt de antes, mas ele admitia que adorou ver a cara de Blaine quando viu ele totalmente mudado e cantando para o moreno. Kurt agora era respeitado. Não recebia mais slushies, não ouvia nada ofensivo vindo dos jogadores, até o compravam com Puckerman.

Kurt se encontrava debaixo das arquibancadas com Quinn e Santana. Isso era pra manter a reputação dos "Avengers". Mas não seria igual os Vingadores da Marvel, era que Santana tinha pensado que essa gangue seria como uma vingança para Kurt, de todos que havia atormentado o menino.

– Sant... -Kurt encarava o chão e tinha um cigarro entre os dedos.

– Sim? - A latina parou de mexer em seu celular e olhou para o amigo.

– Não é melhor parar com essa faxada de uma vez só? - Kurt olhou para ela meio inseguro do que receberia como resposta.

– Não, começamos e agora vamos terminar. Sem contar que Blaine está amando essa sua má atitude. Você viu como ele ficou animadinho na apresentação. - Ela pegou um cigarro dentro da bolsa.

– Mas-

– Nada de "mas", Hummel - Quinn interrompeu a conversa. - Ouça Santana, ela está certa.

– Uh? - Santana virou um pouco a cabeça, se garantindo. Ela já acendia o cigarro.

– Ok, mas eu ainda acho-

– É por aqui... - Os três viraram para a direção onde ouviram um pequena voz irritante.

De onde o som vinha, apareceram: Rachel e... Blaine.

– O que a moças desejam? - Perguntou Santana jogando fora o cigarro.

– Quero falar com meu namorado. - O baixinho tentou responder a Santana com autoridade, mas Blaine falhou na tentativa.

Como Santana havia ensaiado Kurt e Quinn caso esse tipo de coisa acontecesse, ele olharam para os lado como se estivessem procurando alguém.

– Se ele estava aqui, já foi, Anderson. - Kurt disse soltando fumaça do cigarro pela boca.

– Kurt, eu não acredito que está fumando. - Blaine olhava com raiva para Kurt, que apenas respondeu tragando mais uma vez o cigarro e soltando a fumaça. - De qualquer forma, pare de graça. Vim falar com você e você sabe muito bem disso. - Blaine cruzou os braços, novamente tentando ser autoritário. Tentando...

– Achei que fosse com seu namorado... - Disse Quinn recebendo a atenção do moreno e a risada dos amigos.

– Fale, Hobbit 2. - Disse Santana, saindo de cima do ferro da arquibancada.

– Kurt, a partir de hoje, estou estudando no McKinley! - Blaine voltando para Kurt.

– É o que? - Pensava o castanho – Legal! Meus parabéns! E? - Kurt se fingia de desinteressado, mas estava morrendo de curiosidade.

– Legal? Só isso? - O moreno pareceu nervoso.

– Eu também disse "Meus parabéns". Bateu com a cabeça garoto? - Kurt mexia na unha. Depois jogou o cigarro perto do pé de Blaine, que deu um pulinho se afastando. Kurt soltou uma gargalhada gostosa com a cena.

– Kurt!– Blaine gritou.

– Fala, garoto. Vai ficar ai o dia inteiro ou falar o que precisa? - Kurt também tinha levantando e ficado de frente para Blaine com os braços cruzado. Blaine engoliu seco e deu uns passos para trás.

– Tem como me tratar um pouco melhor? - Blaine disse um pouco sem graça.

Kurt deu uma risada virando a cabeça pra cima e depois desceu para olhar para Blaine.

– Desculpe, senhorita. - Kurt retrucou dando um sorriso torto e com uma sobrancelha levantada.

– Diga o que você quer do Kurt, gnomo de jardim. – Disse Quinn. Blaine cerrou os olhos dela por cima dos ombros de Kurt.

– "Boas-Vindas, Querido", "Que bom, vamos passar mais tempo juntos." Coisa assim...? - Blaine disse como se fosse óbvio.

Kurt virou apenas a parte de cima do corpo e olhou para as amigas. Todos os três se encararam, assim como Blaine e Rachel. Assim que Kurt voltou a ficar de frente para Blaine, os três caíram na gargalhada.

– O que foi? - Blaine estava irritado.

– "Bem-vindo, querido". Ai meu Deus, com quem estamos lidando? Alice? - Quinn disse fazendo Blaine ficar mais vermelho. Kurt não parava de rir.

– Nada Dunga. Ou seria o Soneca? Talvez o Mestre. - Disse Santana também rindo.

– Oi, meu amorzinho. - Kurt parou de rir e descruzou os braços.

– Oi, amor. - Blaine disse sorrindo e colocando as mãos na cintura de Kurt.

– Seja bem-vindo, vejo que entendeu bem o que eu disse. - Kurt disse passando a mão na bochecha do moreno.

– Obrigado. - Blaine já estava indo abraçar Kurt.

– Espero ser eu a dar seu primeiro slushie. Vamos meninas, isso aqui já ficou muito meloso. - Kurt se afastou antes que acontecesse o abraço, pegou a bolsa e quando saiu de baixo da arquibancada, deu um empurrão no ombro de Blaine. Kurt pegava outro cigarro no bolso.

– Kurt, não quero você fumando. Isso faz mal! - Blaine correu um pouco até Kurt e puxou o cigarro por cima do ombro do mais alto.

– Sim... Papai. - Kurt pegou outro cigarro e colocou na boca. Santana acendeu pra mim.

– Ótima influencia, Santana. - Blaine disse indo atrás do três, tentando receber alguma atenção.

– Me poupe, Atchim. - Disse a latina.

Os amigos andaram mais rápido, até que não eram mais seguidos por Blaine e Rachel. Quando entraram na escola, procuraram uma sala vazia, já que a ultima aula não havia acabado.

– Isso não foi demais? - Kurt jogou o cigarro fora e começou a andar pela sala.

– Não...? - Quinn dizia enquanto se sentava em uma mesa e tirava a bolsa do ombro.

– E se ele se cansar desse jogo? - Kurt parecia tenso.

Kurt parou de andar quando sentiu duas mãos em seus ombros e foi brutalmente girado.

– Acorde mocinha, você é um Hummel e um atual Avenger. Blaine está tendo o que merece, ele nem pensa em parar de te reconquistar. - Santana um tapa na cara de Kurt. - Entendeu?

– Acho que sim. - O castanho respondeu um pouco espantado com o tapa. Santana deu outro tapa.

– Você entendeu? - Perguntou no garoto.

– Entendi! Entendi. Agora chega de me bater. - Kurt disse se soltando e colocando a mão na bochecha.

– Se as meninas já terminaram... Temos Glee hoje. - Disse Quinn.

– Ok. - Os dois responderam a loira.

Os três pegaram suas bolsas e colocaram seus óculos escuros. Então bateu o sinal e logo todos os alunos já estavam fora da sala. Quando Kurt, Quinn e Santana formaram uma fila, todos abriram passagem e ficaram encarando os três adolescentes. Quando chegaram na sala do coral, todos estavam lá, menos o professor. Blaine se encontrava na sala, junto de Rachel e Finn. O moreno tentava olhar para Kurt, mas abaixava o rosto. Kurt era muito autoritário apenas com simples óculos. Provavelmente Blaine iria fazer o teste para entrar para o coral, que com certeza Mrs. Schue não seria louco de negar.

– Hey, Hobbit 2! Tome cuidado com esses dois. Eles podem dizer que gostam de você, mas são os primeiros a invetar mentiras. Palavra de amigo. Na verdade, praticamente todos aqui. - Kurt disse apontando para o namorado e indo se sentar no fundo da sala. Santana e Quinn riram e os ficaram em silêncio e constrangidos. - E nem pense abrir essa boca, Rachel! - Kurt soltou para morena a que estava quase protestando.

– Ei! Olha como fala com ela. - Disse Finn se levantando.

– Qual é? Vai me bater? Me poupe dos seus atos heroicos, girafa de salto alto. - Kurt disse se sentando depois que Finn havia sentando. Santana soltou uma megagargalhada, quase um grito.

– Vamos parar de briga e vamos ensaiar. - Disse Mrs. Schue entrando na sala.

– Eu vou primeiro. - Kurt disse se levantando.

– Kurt tem algo que eu quero te dizer. - Disse o professor interrompendo o garoto.

– Que foi? Rachel te subornou? - Kurt disse cruzando os braços.

– Não... Na verdade você fará um dueto... - Respondeu o professor.

– Mas o que?! Não. Não. E, não. Eu não vou cantar com a Hobbit 1. - Kurt está quase avançando no pescoço do professor.

– Mas não séria com ela...

– Farei com Quinn! - Kurt disse.

– Também não é com Quinn. - Disse o mais velho, desafiando a valentia de Kurt.

– Então com quem diabos eu vou cantar? - Disse o castanho jogando meus braços pro alto.

– Blaine... - Ele fechou os olhos. A sala ficou em silêncio por cinco segundo, até que Kurt explodiu:

– O que? Não mesmo! Como ele eu não canto. Canto com a nojenta da Rachel ou com o ridículo do meu irmão, mas com ele não! E principalmente se sua mente diabólica está pensando em um dueto.– Kurt gritava mais alto que a Sue no megafone. - Quanto ele te pagou? E-eu cubro a oferta e canto sozinho. - Kurt já estava indo pegar o celular para ligar pro pai.

– Para! Isso aqui não é sobre dinheiro, é sobre cantar bem. E sim, como vocês cantaram muito bem "Candles" quero repetir a dose. Qual o problema disso? - Questionou o professor.

– Todos. - Kurt colocou uma mão na cintura e a outra na frente dos olhos. O castanhos soltou um suspiro fundo.

– E qual séria a música? - Perguntou a asiática.

– Bom, estive pensando e como Kurt está com um tom de voz mais forte e cantou muito bem Demi Lovato-

– Por Jesus, não- - Kurt levantou brutalmente a cabeça e apontou o dedo para o professor.

– Give Your Heart a Break. - Disse ele sorrindo.

Kurt andou e se jogou em cima do piano.

– Me matem, por favor. - Kurt tinha o rosto virando e olhos fechado em cima do piano.

– Vamos amor. Vai ser legal. - Disse Blaine ficando em pé.

– Vamos amor, vai ser legal. - Kurt imitou a voz de Blaine em umt om de voz enjoado. - Cala essa maldita boca, Blaine.

– Vai logo, Kurt! Pare de birra, parece uma criança. - Soltou Finn.

Kurt ferveu por dentro. Ele ainda em cima do piano, formou fechou o punho.

– E é agora que a vaca vai pro brejo... - Disse Mercedes. Mrs. Schue e Blaine até se afastaram de Kurt.

Kurt abriu os olhos encarando Finn diretamente, saiu de cima do piano e andou até Finn.

– Por favor, não me mata. - Disse o grandão se protegendo com os braços. Kurt pegou na orelha de Finn, levantando o irmão. – Ai! Ai! Minha orelha, minha orelha!– Finn tentava tirar a mão de Kurt.

– Me respeita seu vareta. Sou mais velho que você. Não sou Puck que você acha que pode tratar de qualquer jeito-

– Ei! - Gritou o moicano.

– Sou seu irmão, seu imbecil! Você trata a nariguda melhor do que a mim. Aquela história de Furt... - Kurt soltou uma risada. - Foi puro fingimento-

– Foi sincero! - Finn ainda tentava tirar a mão. O garoto apertava forte os olhos por conta da dor.

– Cala boca que eu não terminei! Sincero? E porque você não veio me perguntar quando você viu aquilo? - A orelha dele estava ficando vermelha, então o castanho soltou, mas ele não soltou, ele jogou a cabeça de Finn pra longe. - Hãn? Não, foi dar uma de herói para Blaine e até hoje não me pediu desculpas. Admita Finn, você me odeia. - Kurt cuspiu as palavras na cara do irmão.

– Não Kurt, você é meu ir-

Kurt deu tapa forte na cara de Finn. Todos ficaram em choque, principalmente Finn que segurou o rosto com os olhos arregalados.

– Não termina. Você provou o suficiente e eu, iludido, achei que você me apoiava. - Os olhos de Kurt já começavam a marejar. - Blaine tem razão. Eu sou um idiota, porque eu ainda gosto de você Finn, ainda te considero um irmão, mas quer saber? Esquece. Me esquece, garoto! - Kurt sussurrou as últimas palavras. Kurt foi para seu lugar e ficou olhando para suas mãos em seu colo. Ele prometeu ali mesmo, que nunca mais choraria por Finn.

Finn ficou um bom tempo olhando para o irmão e depois foi se sentar. Finn também permaneceu de cabeça baixa.

–...Ok... Vamos ensaiar. - Disse Mr. Schue.

– Por mim tudo bem. E você Kurt, está pronto? - Perguntou Blaine.

Kurt respirou fundo, limpou as lágrimas e levantou a cabeça encarando todos. Finn se atreveu a virar um pouco a cabeça.

– Eu nasci pronto. - Kurt saiu do seu lugar e pegou a letra na mão do professor. Finn voltou olhar para as mãos e apertava os olhos. Ele se arrependia de todas as merdas que havia causado ao irmão.

Eles ensaiaram as músicas por um bom tempo, arrumando algumas partes. Blaine mais olhava pra Kurt, do que para a letra. Finn ficou na mesma posição e sem falar nada até o fim do ensaio.

– Bom, por hoje é só. - Disse Mr. Schue. - Como sempre, essa semana será somente ensaio musical, próxima semana é a dança e na ultima é a performance inteira. - Disse ele olhando o calendário. - Até amanhã.

Kurt e as meninas já tinham suas coisas preparadas e se dirigiam pra fora da sala, quando Kurt ouviu alguém chama-lo.

– Kurt! Kurt! - Blaine corria para alcançar o namorado.

Kurt falou alguma para Santana e Quinn que saíram. O castanho se virou, assim como revirou o olhos.

– Sim? - Tentou parecer educado. Kurt não queria pegar muito pesado, pelo menos não com Blaine

– O que vai fazer agora? A gente podia ir tomar um café ou suco... O que você acha? - Perguntou o mais baixo totalmente esperançoso.

– Vou sair com as meninas agora. Quem sabe depois? - Kurt respondeu colocando os óculos e indo embora.

– Espera!– Blaine segurou o braço de Kurt, que virou. Blaine tentou dar um beijo em Kurt, que conseguiu novamente virar o rosto.

– Posso saber porque sentiu liberdade de me beijar? - Kurt disse bravo e com uma sobrancelha levantada.

– Porque eu sinto saudade do gosto. Sinto saudade de você. - Blaine parecia meio cabisbaixo.

Kurt olhou para ele e deu risada.

– Pobre Blaine... Abaixa a bola, fofo. Ainda não te perdoei e se tentar me beijar mais uma vez... - Kurt chegou ameaçadoramente perto do moreno, encarando ele no fundo dos olhos. - Corto seu pênis fora.

Blaine ficou um pouco vermelho e depois perguntou.

– E o nosso café? - Elaine perguntou segurando a mão de Kurt.

Kurt olhou por cima do ombro e viu que Santana havia chegado. Kurt passou o braço por de trás das costas e pegou. Quando Blaine tentou olhar, recebeu um copo enorme de slushie de morango no rosto.

– Mas que merda é essa Kurt? - A sensação era nova e terrível para Blaine. Ele só conseguia respirar pela boca. Kurt e as meninas caíram na risada.

– Eu disse que queria ser o primeiro. Não tem café, nem suco, mas te dei uma raspadinha que também serve. - Blaine tirava boa parte do gelo do rosto. - E veja pelo lado bom: ainda escolhi o sabor que você diz que tem em meus beijos. Está vendo? Me importo com você.

Kurt colocou os óculos, mandou um beijo para Blaine e saiu. Blaine estava totalmente molhado e incrédulo com o que tinha acabado de acontecer.