A Diabólica Vida De Eleonora Duncan escrita por Ikuno Emiru


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Vejo que tenho leitoras novas, yaaay. ♥ Bem-vindas e espero que estejam gostando da história!
Esse capítulo ficou enorme, caramba, acho que me empolguei demais.



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            Eu estava tentando me concentrar na aula de matemática, mas era impossível, eu estava com tanto sono... minhas pálpebras pesavam a cada palavra dita pelo professor. Eu tive a impressão de ter cochilado umas três vezes, já que a cada vez que eu abria meus olhos, as frases saiam desconexas! Eu preciso pensar em algo que me mantenha acordada... Ok, vamos lá, o que me mantem acordada?  Amanhã é terça, isso significa que eu vou tirar essa maldita bota do pé, então eu vou poder jogá-la na cara do Dajan... ah não, Dajan não... ele nem está mais na escola, eu não poderia jogar nada nele... então eu jogaria na Ambre, isso, jogar bem no rosto dela!

            Meu método estava funcionando já que eu abria os olhos toda vez que a imagem daqueles dois me vinha a cabeça. Pisquei algumas vezes e esfreguei os olhos, eu não podia dormir mais.

            – Demon? – Chamei, foi quando eu me dei conta de que ele havia desaparecido desde cedo e não havia voltado ainda. Eu tentei chama-lo, mas ele não apareceu mesmo assim. Então eu sou a única coisa que vai me manter acordada! O sinal bateu, indicando o fim da aula, o que me fez acordar de vez. Me levantei e assim que todos saíram, eu me espreguicei. Pensei em ficar na sala, mas acabei me lembrando de que eu havia deixado o lanche no armário, não estava muito longe, eu só teria que abrir a porta e dar alguns passos, e lá vou eu. O corredor hoje estava vazio, que novidade! Seria bom se a escola ficasse assim todos os dias.

            Eu já estava voltando para a sala, quando vejo Ken encolhido em um canto, andei apressadamente até ele e me agachei ao seu lado. Ele segurava seus óculos em uma mão e abraçava seu joelho com a outra.

            – Ken? – Eu chamei, baixinho.

            – Nora...

            – Ken, o que aconteceu? Olha para mim. – Ele levantou o rosto de mansinho. Seus olhos estavam vermelhos, encharcados de água, eu limpei algumas lágrimas do seu rosto. – Você quer conversar?

            – S-sim. – Ele colocou os óculos no rosto. – A Ambre me humilhou e ainda roubou o meu dinheiro. Eu sou um covarde, Nora, eu não fiz nada a respeito! Só abaixei a cabeça e saí correndo para cá.

            – Ei, isso não é verdade. – Eu passei um braço por suas costas e puxei Ken para perto, ele deitou a cabeça no meu ombro. – Eu acho você muito corajoso, ok? Lembra que você me defendia quando nós éramos pequenos?

            – É, mas agora eu não posso fazer isso. Eu não posso nem ficar perto do Castiel, ele me dá arrepios e ele também é mau comigo.

            Eu fiquei ao lado de Ken, ele se acalmou e me prometeu que contaria ao Nathaniel o que Ambre havia feito com ele. Eu mudei de assunto rapidamente, tentando distrai-lo, parece que funcionou, ao final do intervalo, eu podia ver aquele mesmo Ken sorridente e alegre que eu conheço. Eu dei um beijo em seu rosto e nós fomos para a sala de aula.

            Eu achei que ele estava melhor, mas não, ele estava distante, provavelmente tendo devaneios, assim como eu tive mais cedo. Suspirei, ver Ken triste era péssimo, eu queria fazer algo para que ele se sentisse melhor. Ele sempre me deixava alegre quando eu era pequena, nós estávamos sempre juntos! Eu o cutuquei e o chamei para ir para minha casa após a aula, ele negou, alegando que havia um compromisso, dei de ombros, o que mais eu podia fazer? Eu poderia tentar novamente amanhã, isso, eu faria isso!

            Todas as aulas passaram naquele mesmo ritmo lento e agonizante, eu não me encontrei com Ken até o fim da tarde, tive algumas aulas com Íris e Melody, nós conversamos bastante sobre assuntos variados, mas nada muito importante! Eu não havia visto Castiel também, dei algumas voltas do pátio, mas eu não o encontrei mesmo assim. Marin já estava me esperando, eu entrei no carro.

            – Ei, você teve aquela sessão com o Castiel hoje? – Perguntei.

            – Não, ele ligou e disse que não poderia ir, por quê?

            – Na próxima sessão, dê um tapa na orelha dele e diga para ele não cabular mais aulas! – Falei, ligeiramente brava.

            – Mas ele não sabe que você sabe que ele é meu paciente.

            – Ah... é... você vai dar um jeito de passar a mensagem. – Falei e dei tapinhas leves no ombro de Marin.

            – É, eu vou. – Ela riu.

           

            E a tão esperada terça-feira chegou! Eu tirei a bota do pé e saí rodopiando e saltitando, mas tive que parar, pois meu tornozelo protestava com a dor. É... eu ainda levaria um tempo para me recuperar.

            – Vê se não saí pulando por aí! – Marin me alertou antes de dar partida no carro mais uma vez e ir embora. A escola estava agitada, alunos passando de um lado para o outro, esbarrando em uns, parando para conversar. Entrei no corredor apenas para passar o tempo, mas logo escuto a voz de Ken.

            – Eleonora! Eu estava te procuraaaaaando! – Ele me chamava, mas ele não parecia nada animado.

            – Oi, oi Ken! Eu acabei de chegar, como você está? – Perguntei.

            – Eu contei ao meu pai o que Ambre fez comigo e ele achou inadmissível que eu fosse destratado por mocinhas.

            – Mocinhas?

            – Você sabe que o meu pai é militar, não é? – Eu afirmei com a cabeça – Então, ele veio para cuidar de mim. Sabendo dessa história, ele disse que me colocaria em um colégio militar e eu só sairia dali quando eu fosse um homem!

            – Ah, não, Ken! – Suspirei – Não tem como...

            – Não, eu sinto muito. – Ele me interrompeu – Eu só queria te contar o que aconteceu e te entregar isso. – Ele me entregou um ursinho de pelúcia vestido em uma camisa com um coração desenhado. – Eu preciso ir agora, meu pai está me esperando! – Ele saiu correndo, eu não pude nem sequer me despedir direito!

            Eu não podia acreditar! Ken estava indo embora por um motivo tão banal... não, não era banal... vendo como o Ken andava triste ultimamente... talvez o colégio militar fizesse bem a ele, não é? Mas eu não queria que as coisas fossem assim, eu estava adorando ter a companhia de Ken de volta e agora era ele quem estava indo embora! Eu abracei o ursinho e o guardei no armário, eu não queria perder aquele presente. Assim que fechei o armário, eu escuto um latido e vejo um cachorro passar correndo.

            – Senhorita Duncan! Por que você não foi atrás do meu Totó? – A diretora vinha correndo, puxando os cabelos.

            – Eu não sabia...

            – Você vai encontra-lo, junto com seu brinquedo, coleira e guia, ou então você sofrerá as consequências!

            – Mas eu...

            – Nada de mas, é melhor que você comece logo! – Ela foi em direção a sala dos professores e entrou ali. Céus! Como eu encontraria esse cachorro? Eu entrei na sala dos representantes e Nathaniel estava lá.

            – Você por um acaso não teria visto um cachorro passar por aqui? – Perguntei.

            – Então quer dizer que o Totó fugiu de novo? – Ele estava rindo – Não é a primeira vez que acontece! Desculpe-me, Eleonora, mas eu não o vi não!

            – Não? Que pena. – Suspirei. Assim que Nathaniel se afastou, vi um objeto caído no chão, entre as mesas, me agachei, era uma coleira.

            – Isso é seu...? – A imagem de Nathaniel usando uma coleira me veio a cabeça e me fez rir. – Não precisa responder. – Eu saí da sala dos representantes e entrei na sala de aula, procurei por todos os cantos, mas nada do Totó! Voltei ao corredor e ele estava ali, parado, abanando o rabinho. Fui andando devagarinho até ele, inclinando o meu corpo.

            – Totó! Seja um bom menino e venha aqui com a Eleonora! – Ele levantou as orelhas e continuou parado, apenas olhando para mim.

            – Eu vou pegar ele para você, Nora! – Demon exclamou e espetou Totó com o seu tridente, o que fez Totó sair correndo em direção ao pátio.

            – Você só piorou! – Exclamei. Soltei um suspiro e fui correndo atrás de Totó, meu tornozelo doía, mas eu não queria enfrentar as consequências da diretora! Eu passei correndo por Castiel, pensei até em dar um oi, mas não foi preciso, ele me segurou pelo braço e eu tive que dar uns três passos para trás para que eu não caísse.

            – CASTIEL! – Berrei – SEU @#$#@% EU ESTAVA PRESTES A PEGAR TOTÓ. – Ele olhava para mim, rindo. – Vocêêêêêê, me solta!

            – Eu prefiro você brava, assim, revela muito mais da sua personalidade.

            – Você me parou só para dizer isso? – Se eu não estivesse brava, eu teria corado e ficado envergonhada.

            – Não, eu só queria que você perdesse Totó de vista. E ah, você não deveria estar correndo assim.

            – Eu vou ignorar que você disse isso e vou continuar a procurar Totó. – Fui andando em direção ao Clube de Jardinagem com a respiração pesada, o pouco que eu havia corrido havia me deixado cansada. Esfreguei meus olhos e continuei andando, mas acabei esbarrando em algo, desequilibrando e consequentemente, caindo... Abri meus olhos, não era um algo e sim um alguém. Um alguém de cabelos e olhos verdes, que agora estava embaixo de mim.

            – Desculpe, eu... eu estava distraída. – Falei enquanto saía de cima do rapaz. – Você viu um cachorro por aí?

            – Sem problemas. – Ele me ajudou a levantar. – Não, eu não vi não, mas acabei encontrando essa guia. – Ele me entregou.

            – Eu estava procurando por isso também! – Exclamei – Muito obrigada...

            – Jade. – Ele sorriu – Meu nome é Jade e o seu?  

            – Eleonora! E de novo, me perdoe pelo... pelo incidente. Eu preciso ir. – Acenei para ele e voltei ao pátio. Lá estavam aqueles dois banquinhos, olhando para mim, implorando para que eu me sentasse, eu não pude resistir e me sentei. Respirei fundo e comecei a olhar para todos os cantos, quem sabe eu não encontrava Totó? Passei o olhar em cada canto do pátio, com todo o cuidado, até que meus olhos param em Castiel, ele estava longe, mas eu podia vê-lo com quase perfeição. Ele estava ajoelhado, acariciando... Totó!! Me levantei e fui na direção. Que gentil da parte dele ter apanhado o cachorro para mim! Comecei a andar mais rápido até chegar a eles.

            – Então você apanhou Totó para mim? – Eu falei, com alívio, eu tinha um sorriso enorme no rosto. Aquilo era realmente muito gentil.

            – O quê? – Castiel disse e soltou o cachorro, que saiu correndo mais uma vez. Meu sorriso sumiu na hora, eu senti vontade de derrubar Castiel e chorar ao mesmo tempo. Tapei meu rosto com as mãos e balancei a cabeça negativamente.

            – P-por que você fez isso? E-eu achei que... Eu nunca vou conseguir pegar aquele cachorro!

            – Você só precisa chamar a atenção dele. – Castiel disse.

            – Mas ele não para quieto... – Castiel segurou meu pulso e me puxou.

            – Venha, eu tenho uns biscoitos de cachorro na bolsa.

            – Por quê?

            – Porque eles são bons e eu gosto de comê-los. – Oh, a ironia... – Eu tenho um cachorro.

            – Ah, sério? Ele se chama Totó também?

            – Não, não. – Ele riu – Ele se chama Dragon.

            – Dragon? Dá medo! – “Porque ter um demônio chamado Demon não dá, Eleonora!” Pensei.

            – Essa é a intenção. – Ele disse, rindo. Castiel entregou os biscoitos na minha mão. – Agora o resto é com você.

            – Obrigada! – Agradeci e corri para o ginásio, Totó não estava lá. Corri para o corredor, depois, entrei na sala de aula e encontrei o cachorrinho. Eu me abaixei e mostrei os biscoitos, Totó veio correndo para mim. Coloquei a coleira, a guia e entreguei Totó para a diretora. Minha aventura atrás do cão havia me custado duas aulas e a metade de outra. Eu estava indo em direção a sala de aula, mas ele senti alguém me puxar pelo braço, era Castiel.

            – O que você está fazendo?

            – A aula já já vai acabar e depois tem o intervalo, não seja boba.

            – Mas ainda tem – Olhei para o relógio – 23 minutos de aula.

            – E 23 minutos com o Castiel, o que é melhor? – Fiquei em silêncio, eu havia matado aquelas aulas por conta da diretora, não porque eu quis, mas agora...  Estávamos indo em direção a um local repleto de árvores, qualquer um poderia se esconder ali e não ser achado. Talvez essa seja a intenção de Castiel...?

            – 23 minutos com o Castiel? – Eu repeti assim que chegamos ao local – Meh, eu passo! – Ele riu. Fiquei impressionada comigo mesma, eu estava sendo capaz de brincar com Castiel sem mesmo me preocupar se ele ficaria bravo ou não. Depois do que Marin me disse, acho que eu fiquei mais tranquila em estar ao redor dele.

            – Seus dias de aluna certinha acabaram! – Ele se sentou em um pequeno tronco caído, tomei a liberdade de me sentar ao seu lado.

            – Oh não, eles acabaram há uma semana atrás, quando eu te conheci.

            – Ah, é? – Eu balancei a cabeça, tentando esconder um sorriso.

            – Era esse o lugar que você queria me levar...?

            – Não... é outro lugar. Mas eu vou adiar esse “encontro” quanto mais eu puder!

            – Mas por quê? – Não pude evitar e suspirei, torci para que ele não tivesse percebido.

            – Porque sim. – Foi tudo o que ele disse – Mas não fique decepcionada, eu posso te levar a outros lugares. – Eu olhei para ele, arregalando os olhos, e-ele percebeu? Ele passou o braço por minhas costas e me puxou para ele, senti meu rosto corar.

            – Que tipo de lugar? – Foi a primeira coisa que passou na minha cabeça, eu não queria que ficássemos em um silêncio constrangedor.

            – Você vai mesmo querer estragar a surpresa?

            – Talvez...

            Será que ele iria me contar sobre Marin e suas consultas? Se ele me contasse, ele teria que me dizer o por quê de ele ir a um psicólogo e por que ele escondeu isso de mim.

            – Me fale sobre você. – Castiel falou, me tirando do meu devaneio.

            – Ahm... O que você quer saber? – Perguntei, precisei olhar para cima para ver o seu rosto. Ele olhou para mim.

            – Sua história.

            – Hmm, ao tardar dos meus 7 anos de idade eu fui posta para adoção porque meus pais achavam que eu era louca, porque eu era e ainda sou capaz de ver e falar com um demônio do bem. Eu fiquei dos 7 aos 15 anos, sendo adotada e mandada de volta para o orfanato, porque meus pais adotivos descobriam a minha “loucura”. Até que uma moça, com seus 25 anos, me adotou. Ela acredita no Demon, a Marin, penso que se ela não fosse psicóloga – dei ênfase nessa última palavra – ela provavelmente não acreditaria como o resto dos meus pais adotivos.

            – Você é forte, baixinha. – Ele fez uma carícia na minha cabeça. – Em seu lugar, qualquer um teria entrado em desespero.

            – O Demon não permitiu que isso acontecesse, ele sempre esteve comigo e eu me sentia melhor assim. Agora me conte sobre você.

            – Eu não. – Eu me levantei na mesma hora, ele se assustou.

            – C-como assim “não”?

            – Não, ué, eu não sou obrigado a falar! – O que estava dando nele hoje? Primeiro, ele solta o Totó pra longe, agora ele me faz contar a “minha história” e se recusa a contar a dele.

            – Castiel! – Exclamei. – Mas eu falei sobre mim, eu... Isso não é justo! Eu não queria saber mesmo!

            – A vida não é justa, Eleonora. – Eu dei as costas para ele e saí andando por onde entramos. – Ei, onde você vai?

            – Vou ali falar com Nathaniel, quem sabe ele não tem uma ficha de ausência para você assinar! – Cruzei os braços e continuei andando, em menos do um minuto, Castiel já estava parado a minha frente.

            – Então a Eleonora aprendeu a arte da chantagem, não é? Eu te conto o que você quiser saber!

            Nos sentamos no mesmo tronco, Castiel, um pouco relutante, contou que ele era emancipado há dois anos, que desde então ele morava sozinho. Perguntei sobre a raça do seu cachorro, pois eu havia esquecido de fazer isso mais cedo, ele me disse que era um Pastor de Beauce e que eu veria o cachorro dele um dia. Eu contei a ele que gosto de cachorros, mas não podia ter um por conta das alergias de Marin. Eu queria ter permanecido ali no intervalo, mas eu precisava falar com Íris. Eu me levantei e Castiel se levantou junto, acontece que ele me acompanhou para fora dali, alegando que eu me perderia se eu fosse sozinha. O problema foi que demos de cara com Ambre.

            – O que vocês estavam fazendo lá? – Ela perguntou, jogando os cabelos para trás. Castiel passou o braço por minha nuca e me puxou para perto dele mais uma vez. – Você não escutou nadinha do que eu te disse antes, não foi mesmo? – Ela falou, olhando para mim. Acho que ela estava falando sobre seu aviso para que eu me afastasse de Castiel e Nathaniel...

            – O que você acha? – Ele respondeu, dando um sorriso pra lá de malicioso. Tapei minha boca com as mãos, Ambre ficou boquiaberta também. Ela não falou mais nada e saiu de perto.

            – De nada. – Castiel falou, ainda sorrindo.

            – O-obrigada, mas você não precisava ter exagerado tanto!

            – Mas eu não disse nada demais.

            – Não, mas o seu sorriso disse tudo. – Falei, envergonhada.

            – Que sorriso? Esse? – Ele deu o mesmo sorriso e me puxou mais para perto. Eleonora, para o seu próprio bem, não fique vermelha.

            – ...

            Ele começou a rir, mas a rir mesmo! Eu não entendi bem qual era a graça...

            – Você me faz dar boas risadas, Eleonora. – Ele saiu, me deixando plantada no meio do pátio, pensando no que havia acabado de acontecer. Para a minha sorte, Íris apareceu e começou a puxar papo.

            – Você viu o Ken hoje? Ele estava te procurando.

            – Sim, ele veio se despedir. Eu não esperava que as coisas ficassem assim.

            – Ele parecia bem triste. Vou sentir falta dele, ele era tão bonito!

            – Eu tenho certeza de que ele vai entrar em contato conosco! – Ela afirmou com a cabeça e nós saímos andando pelo colégio, trocando algumas ideias.

            Eu estava indo embora, quando acabo esbarrando em alguém. Era uma garota alta com longos e lindos cabelos brancos, seus olhos eram amarelados, ela não parecia nada contente.

            – Me desculpe. – Me adiantei – Eu estava distraída.

            – Ah, não se preocupe. – Ela deu um sorriso – Estou com pressa para ver meu namorado. Eu sou Rosalya e você?

            – Sou Eleonora! Eu devo estar te atrasando, não é? Até mais, Rosalya! – Ela se despediu gentilmente antes de seguirmos em direções opostas.


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