A Diabólica Vida De Eleonora Duncan escrita por Ikuno Emiru


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas ♥
Eu estou CHEIA de ideias pra essa fanfic de novo! Ah, é tão bom escrever de novo. ♥
Eu tinha outros planos pra esse capítulo, mas acabei mudando tudo e adiantando esses planos.
E ah, estou pensando em adicionar toques sobrenaturais a fanfic, como... poderes! Mas não são todos os personagens que terão, só alguns... ou talvez um só. O que vocês acham? Deixem sugestões nos comentários e boa leitura :P



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>>Leiam as notas, por favor! <

 

            Eu estava um pouco preocupada, não, muito preocupada. Acabei passando o resto das aulas de ontem na enfermaria com Castiel... eu simplesmente não tive coragem de voltar as aulas ao saber o que ele havia passado por mim e com certeza os professores haviam sentido a minha falta. Será que Nathaniel me daria uma ficha para Marin assinar? Abri meu armário e dei uma conferida nos meus horários, aproveitei e dei uma boa olhada na foto de Castiel que eu havia deixado ali... é verdade que eu queria coloca-la em minha cômoda, mas eu me sentia querida ao ver aquele sorriso toda vez em que abro meu armário, mesmo que ele nunca tenha sorrido assim para mim.

            O sorriso de Castiel me lembrou do dia em que ele me contou sobre ser um paciente de Marin, mas ele nunca me disse o porquê. Eu achei que ele me contaria cedo, cedo, já que nós estávamos bem próximos. Porém, Castiel tem ficado cada vez mais estranho depois que Dake apareceu. Eu não entendo o que todos tem contra ele... Até Marin! Ela nunca me disse nada, mas eu percebi só pelo seus olhares sempre que Dake vem me buscar em casa para sairmos (o que já faz quase um mês!). Será que eu vou ter que provar para eles que o Dake é um garoto comum? Não... não acho que isso é preciso.

            – Eleonora! – Senti uma mão tocar meu ombro – Por quanto tempo você vai ficar parada aí? – Quando olhei para trás, era Nathaniel que estava falando comigo, abri um sorriso. Nathaniel tem estado tão ocupado com os trabalhos da escola que tem ficado difícil falar com ele, mas ele não parecia se importar em estar cheio de trabalho, já que ele estava sempre sorridente.

            – Ah! Oi, Nathaniel. – Dei um sorriso maior ainda – Quanto tempo!

            – O que você está segurando? – Eu olhei para a minha mão e num movimento rápido eu escondi a foto contra meu peito. Droga, demorei muito tempo, acho que ele deve ter visto. Ele deu um sorriso sem graça e mudou de assunto rapidamente. – Ahm, nós recebemos uma carta da escola de Ken dizendo que ele irá se transferir pra cá novamente, mas que iria demorar mais alguns meses.

            – Sério!? – Eu exclamei com excitação – Puxa, eu espero que ele esteja bem. – Eu estava muito bem animada, mas a figura de Ambre apareceu e se aproximava cada vez mais. Joguei a foto de Castiel dentro do armário e o fechei com rapidez. – Eu me lembrei que preciso fazer algo, tchau! – Acenei rapidamente para Nathaniel e corri para a minha sala.

A sala estava vazia, quer dizer, não havia ninguém além de mim. Sentei no meu lugar de costume e rezei para que Ambre não viesse tirar satisfações comigo.

            – Ih, Nora, hoje não é seu dia de sorte. – Demon falou com uma voz desanimada, eu olhei para porta e visualizei o semblante nervoso de Ambre. Ela veio andando até a mim, batendo os pés no chão.

            – Parece que só advertir não vai adiantar, não é mesmo? – Eu virei o rosto e encarei minhas mãos. Ela pegou meu queixo e virou meu rosto para ela novamente, ela levantou sua outra mão e eu fechei meus olhos, sabia exatamente o que ia acontecer, então eu senti uma dor seguida de uma ardência em meu rosto: Ambre havia me dado um tapa no rosto e eu havia permitido isso. Eu não tenho bons reflexos, com certeza não teria conseguido me desviar do tapa mesmo se eu tivesse tentado, eu teria dado uma resposta a altura, mas eu estava me sentindo humilhada demais para isso. Confesso que senti uma vontade forte de chorar, mas não na frente dela. Eu continuei a encarar o seu rosto, tentei ficar inexpressiva até que ela fosse embora. Eu encarei o quadro verde na minha frente... será que todos os irmãos são assim? Super-protetores? Ou super-ciumentos? Mas por que ela levava algo assim tão a sério? Foi quando escutei uns passos que me tiraram do meu transe, olhei para a porta e Melody estava entrando.

            – Oi, Eleonora! – Ela me saudou alegremente, eu esfreguei meus olhos e forcei o sorriso mais convincente que pude.

            – Oi, Melody! – Ela colocou seu material na primeira cadeira de minha fileira e depois voltou para o meu lado.

            – Você parece desanimada, o que aconteceu? – Ela me olhou com preocupação, pensei em abrir outro sorriso falso, mas ela já havia percebido.

            – É só que Ambre quer me impedir de falar com Nathaniel e Castiel. Íris me disse que ela é apaixonada por Castiel e por ser irmã de Nathaniel, ela simplesmente não quer me deixar falar com ele. – Torci meus lábios.

            – Não é por isso, boba. – Melody abriu um sorriso confortante – Desde que você chegou, os meninos de Sweet Amoris não param de comentar sobre você e como você é bonita e etc. Ela está com inveja, talvez... já que nenhum rapaz quer olhar para ela. Ela é sim apaixonada por Castiel, Íris está certa, mas ela não quer que você fale com Nathaniel porque ele é o único que vai defender ela e vai prestar atenção nela mais do que outra garota. – Essa última frase Melody disse com uma certa tristeza.

            – Isso é mentira, não é mesmo? – Perguntei, ela deu um sorriso sem graça.

            – É... eu tentei. Só a parte do Castiel e do Nathaniel é verdade.

            – Você gosta mesmo do Nathaniel, não é mesmo? – Ela parecia surpresa com a minha pergunta repentina.

            – Sim, mas é apenas um amor não correspondido.

            Seus olhos estavam tristes! Ah, não, ela tentou me animar e eu a deixei desanimada.

            – Não desista agora, Melody! – Eu a encorajei – Você é uma garota brilhante e está sempre ao lado dele. Você já pensou em parar de tentar agradá-lo e ser você mesma? – Seus olhos tristes agora estavam brilhando de alegria.

            – Obrigada, Eleonora! – Ela apertou minha mão e correu para o seu lugar com um sorriso no rosto.

            Já estavam todos na sala, inclusive, a aula já tinha começado, quando Castiel entrou na sala. O professor de matemática nem se importou, na verdade, nenhum professor se importava mais com os atrasos e abusos de Castiel. Ele se sentou na cadeira ao meu lado.

            – Você está melhor? – Sussurrei. Ele balançou a cabeça positivamente, mas logo olhou para o meu rosto. Ele se aproximou mais e mais e segurou o meu rosto.

            – Quem fez isso com você? – Castiel perguntou, sério.

            – Ninguém, eu... eu estava vindo para a escola e bati meu rosto num poste. – Castiel parou para pensar um pouco e deu um sorriso.

            – É, isso é bem a sua cara mesmo. – Eu não acredito, eu estava mentindo tanto ultimamente...

            – Com licença, professor. – A diretora entrou na sala de aula – Preciso falar com os alunos Castiel e Eleonora. O senhor poderia nos dar um minuto?

            – É claro. – O professor lançou um olhar para nós dois. Eu me levantei e comecei a andar, mas percebi que Castiel não havia se movido, eu voltei e o puxei pelo braço para que me acompanhasse, ele resmungou um pouco, foi aí que percebi que ele não estava completamente curado. Olhei para trás mais uma vez, Demon estava me dando tchauzinho, Angelique tinha uma cara confusa e imitou o gesto feito por Den. A diretora não falou nada, apenas fez um sinal para que eu e Castiel seguíssemos ela até sua sala. Chegando lá, ela apontou para as duas cadeiras em frente a sua mesa, lado a lado, então nós nos sentamos.

            – Encontrei os senhores ontem a procura da enfermaria. O senhor Castiel não me parecia em boas condições para precisar da ajuda da senhorita Duncan para andar, mas acredito que os machucados dele fossem facilmente tratados e isso permitiria o retorno da senhorita Duncan para suas atividades. – Eu ia abrir a boca para falar, mas Castiel se adiantou.

            – Eu pedi para que ela ficasse comigo, já que a enfermeira não estava ali. Foi erro meu, pois eu caí no sono e só acordei de novo quando eu estava devidamente tratado. Eu pedi que Eleonora permanecesse comigo até o fim das aulas, já que ela é minha namorada... – ele entrelaçou seus dedos nos meus e levantou nossas mãos, mostrando-as para a diretora, eu não sabia o que fazer! – mas eu te afirmo que não fizemos nada que a escola não gostaria! – Senti uma vontade enorme de gritar e dizer que era mentira, mas Castiel chutou meu pé de leve.

            – “Não fizemos nada que a escola não gostaria” isso vindo de sua boca, senhor Castiel, não me inspira muita confiança.

            – Diretora. – Eu falei com uma voz baixa – Eu... eu queria retribuir pelo dia em que eu machuquei meu tornozelo e Castiel ficou ao meu lado, além de ter me acompanhado até o hospital com minha mãe. Foi muito gentil da parte dele e eu acredito que a senhora faria o mesmo por alguém especial e importante para você. – Castiel não havia soltado a minha mão, apenas havia escondido da diretora. Ele apertou minha mão de leve quando falei as ultimas palavras, entendi aquilo como um agradecimento.

            – Eu entendo o seu ponto de vista. – A diretora enfrentou dificuldades em encontrar o que dizer. – Mas mesmo assim sua responsável terá que assinar a sua folha de ausência, que você a pegará com Nathaniel ao fim das aulas. Estão dispensados, retornem para suas aulas. – Eu dei um sorriso para a diretora e a agradeci. Castiel soltou a minha mão e nós levantamos e nos retiramos da sala. Assim que fechei a porta, Castiel me puxou com dificuldade para a escadaria.

            – Castiel! Eu não posso receber outra folha de ausência! – Ele fez com que eu me sentasse na escada e se sentou ao meu lado, mas para a minha surpresa, ele jogou sua cabeça em meu ombro, extremamente ofegante. – Bobo! – Exclamei com raiva – Você não está melhor coisa nenhuma. – Eu abracei o seu corpo e u mantive perto de mim por alguns minutos. – Eu preciso te levar para a enfermaria de novo.

            Eu o deixei lá mais uma vez, eu o ajudei a se deitar na maca. Castiel parecia febril, ele segurou minha mão com força, como se estivesse pedindo para que eu não fosse embora.

            – Você teve tempo para fazer piadas, mas não teve tempo de dizer que ainda estava mal? – Eu acariciei sua mão com meu polegar, mas me desvencilhei dela, Castiel me olhou com um certo desespero. – Eu não vou embora...

            Fui até a enfermeira.

            – Olha... você sabe que viemos aqui ontem, você sabe como ele estava ontem e hoje ele parece pior ainda. O Castiel é emancipado e mora sozinho, por isso, se ele for dispensado da escola hoje, ele ficará sozinho em casa e sua condição pode piorar e... – eu estava começando a ficar seriamente preocupada. – Minha mãe é a psicóloga de Castiel, você pode confirmar isso tudo com a diretora. Eu te peço para que você nos libere hoje para que minha mãe o leve para um hospital, por favor! – Ela olhou para Castiel e depois para mim. A enfermeira balançou a cabeça positivamente e pegou o telefone, fazendo uma pequena ligação para a diretora. Eu voltei para o lado de Castiel enquanto elas conversavam.

            – Sua responsável está vindo para cá, os senhores estão liberados das atividades de hoje. 


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