Dos Dois Lados escrita por Lari Haner


Capítulo 23
Nunca Confie Nas Almas


Notas iniciais do capítulo

Oooii galerinhaa
Então eu ia postar o capitulo ontem, mas fiquei curtindo o carnaval (lendo livro e assistindo anime) uashushaua e ai não deu :/
Mas hoje deeeu vivaa
asuhasuhsau
Até lá em baixo :3



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Eu já tinha uma noção de quem era, mas não sabia o que queria, meu tio me encarava como se quisesse alguma explicação, mas ele não iria conseguir isso, combinei comigo mesma que meu tio nunca iria saber sobre as almas, não queria mais um para se preocupar comigo ou vice versa. Ele foi o primeiro a agir, deu meia volta de meu quarto e foi em direção ao andar de baixo, o segui.

Ao chegar no andar de baixo todas minhas duvidas foram excluídas, fiquei imóvel olhando para a pessoa que estava apoiada na mesinha de centro.

-Saudades- perguntou Loren, ai já era abuso, o que ele quer?! Passar o resto de sua vida, quer dizer o resto de minha vida ao meu lado?! Eu não respondi só dirigi o olhar ao meu tio esperando que o cavalheiro entendesse, ele assentiu.

-Eu só vim dar um recadinho, que infelizmente não deu pra dar lá em cima- disse o cavalheiro.

-Não tem nada- disse meu tio fechando a porta- Vamos- me chamou

-Eu vou ficar pra tomar uma água, já subo- disse avançando um degrau para baixo, indo em direção ao sofá. Loren prosseguiu:

-Onde eu estava... ahn... ah sim! O recado!- disse ele sinistramente- Bem, eu sou um homem muito bom, por isso vou deixar você se redimir com Tyler Owen, só não conte de indícios da conversa, de nada, nada- ele deu ênfase- do que ocorreu, para ninguém e aproveite- ele me encarou- Em quanto pode- e assim desapareceu.

“Aproveite, em quanto pode” ah sim agora tenho um psicopata mandando na minha vida, eu até que poderia entrar em um senso rebelde e contar tudo a Ty, mas convenhamos isso seria praticamente suicídio, eu teria que seguir as regras daquele cavalheiro a risca, ou podia acabar morta.

Subi para o meu quarto e tranquei a porta, eu realmente precisava de um banho para relaxar. Depois do banho já estava mais calma, deitei-me na cama e fui ler um livro, é realmente difícil entender a historia do livro quando seus pensamentos estão em outro lugar, o que estava acontecendo no meu caso. Quanto mais eu tentava afastar o meu pensamento, mais forte ele vinha, aquele cavalheiro, Loren pode ser mais perigoso do que pode se imaginar, ele não tem algum motivo pra atacar igual àquela senhora teve, eu fiz o que ela pediu, e nunca mais ela aparecera pra mim, mas, aquele cavalheiro, ele não quer algo para parar de me “visitar”, o único motivo que ainda me deixa viva é o tal acordo, que eu sei que pode, ou melhor vai acabar com a minha vida, sério, aquele homem ele só me quer ver sofrer, e se quer tem motivo, então provavelmente, o acordo que ele vai fazer, vai ser muito, muito, muito ruim, mas eu não sei o que pode ser, e é isso o que mais me incomoda.

Ouvi alguém batendo na porta de meu quarto então levantei e abri. Era meu tio, ele veio me perguntar se eu estou bem e eu disse que sim, então ele me perguntou:

-Yla, por que você estava gritando agora pouco?- ele perguntou, eu não sabia o que dizer.

-Ah- Percorri os meus olhos pelo quarto tentando tirar ao menos uma ideia do que dizer- Eu briguei com um amigo- disse por fim esperando que ele acreditasse.

-Mas quando eu entrei não tinha ninguém aqui- ele fez uma cara de ainda mais desconfiança.

-Eu estava falando pelo telefone- disse

-Ah- ele pareceu acreditar- Era aquele Tyler?

-Não, não era tio- sorri

-Boa noite querida- ele me deu um beijo na testa.

-Boa noite Tio- respondi. Depois desse longo dia, guardei meu livro e consegui dormir, tive um pesadelo no meio da noite, eu caia de um morro, e fui empurrada pelo cavalheiro, seja onde for, eu nunca estive lá, e eu não sei o que aconteceu depois, pois levantei em um susto e acordei, alívio, era tudo o que eu consegui sentir naquele momento, mas pra mim foi estranho, eu quase nunca tinha sonhos ou pesadelos, quer dizer, eu quase nunca lembrava deles, e era muita raridade eu acordar no meio da noite por causa de um pesadelo, seja o que for, eu acho que deve ser por causa daquele cavalheiro maldito, que me deixou com muito medo dele, pensei mais uma vez “foi tudo apenas um pesadelo, não foi real”  respirei fundo e voltei a dormir.

Acordei com o sol batendo em minha cara, isso era horrível, fui o mais rápido possível para fechar a cortina e cessar o sol, eu iria voltar a dormir, se não fosse pelo relógio, eram 11h da manhã, eu geralmente acordava no máximo até 10h. Olhei-me no espelho, cruzes, eu acho que já podia fazer cosplay de zumbi, pois realmente eu estava horrenda. Arrumei-me, e após alguns minutos já estava melhor, quer dizer, o possível que eu consegui fazer com a minha cara, fazer o que, a beleza não veio em grande quantia pra mim. Eu já tinha planejado o que faria, iria a casa de Ty pedir desculpas formalmente, se fosse ele que visse almas e falasse grosseiramente comigo do mesmo jeito que falei, eu ficaria com uma raiva imensa. Desci para tomar café da manhã, geralmente tomava leite e só, quando desci para a cozinha tive uma surpresa, meu tio havia acordado antes que eu e é sério, era raridade isso,  o apocalipse esta próximo só pode!

-Tio?! Por que acordou tão cedo- o meu “tão cedo” poderia ser facilmente traduzido em “antes de mim”.

-Ah Kayla, sua tia Clarie- eu ouvi direito ou ele se referiu a Clarie como minha tia, ok, deixei passar.- Abby esta no hospital, ela passou mal de noite, e não sabem o motivo, eu vou lhe visitar depois do almoço, você quer vir junto?- ele perguntou

Assenti com a cabeça, estava pensativa, talvez eu saiba bem o motivo de Abby ter passado mal, ou talvez não seja nada haver com que eu estou pensando.

-Que horas você vai almoçar tio?- perguntei pegando o leite na geladeira e colocando em um copo, a maioria das pessoas acha leite puro um horror, eu gosto.

-Por volta de 12:30- respondeu ele olhando no relógio.- E vou ao hospital a 13:30.- ele se adiantou respondendo a outra pergunta que eu faria.

Uma hora para almoçar?! Bem pra mim é muito, mas, se ele disse ok, assim será, eram 11 horas quando olhei no relógio pela ultima vez provavelmente já se passara uns 15 minutos, eu tinha que me arrumar falar com Ty, tudo isso a tempo de almoçar com meu tio.

Não podia perder tempo, logo que eu terminei meu copo de leite, subi para escovar os dentes... Quando estava pronta para me arrumar, desci, e fui para casa de Ty, a pé como de costume. Desde quando o meu caso de ver almas ficou mais grave, o simples fato de “caminhar ao ar livre” era um horror para mim, havia almas andando para toda parte, imagine-se no colégio, agora coloque uma sala de mais ou menos 40 alunos dentro de um campo de basquete, era assim que eu via as almas, era uma quantidade maneirada de pessoas (mortas) andando de um lado para o outro, sem ter qualquer tipo de atitudes com as outras, parecia que elas não enxergavam ninguém e, argh, era horrível, coloquei meu fone de ouvido e comecei a ouvir música, pelo mens era um jeito de desviar atenção das almas.

Eu cheguei a casa de Ty e o carro de Mayla não estava, bati na porta e demorou um minuto, eu estranhei, mais confusão! Mas então (para meu alívio) Ty atendeu a porta com um sorriso, cabelos bagunçados, e supostamente com seu pijama, uma blusa e um calção, normal.

-Oi Ty- sorri e o abraçei

-Oi Yla- a voz dele estava sonolenta.

-Você acordou agora?!- estranhei, Ty acordava cedo, e já era quase meio dia...

-É as pessoas costumam dormir até tarde quando estão de férias, só você não é normal- ele zombou, mas depois se deu contas das palavras “só você não é normal”... tinha muito mais significado ai do que ele realmente quis dizer- Quer dizer, só você que acorda cedo nas férias, não entenda pelo outro sentido- ele se redimiu

-Tudo bem- respirei fundo e fui direto ao assunto- Ty, me desculpa, eu, eu não queria ter sido grossa com você ontem sabe, é que muita coisa aconteceu, eu disse tudo por impulso, foi pressão...

-Ei- ele me interrompeu- Aconteceu uma coisa, você não quer ou não pode me contar, tudo bem Yla, eu te entendo, alias, você também duvidou que eu estivesse escondendo algo, mas mesmo assim não esta brava comigo- Ele disse.

Eu até me senti mal, eu estava achando Ty estranho desde que nos partimos para aquele viajem, até “briguei” com ele e fiquei pressionando ele, mas mesmo assim, quando eu estou escondendo uma coisa dele, ele me desculpa na hora.

-Obrigada- o abracei.

-Mesmo assim não vai me contar o que houve não é?!- ele riu ainda me abraçado, fiz um sinal com a cabeça negativamente.

-E você não vai me contar o que você não pode me contar- eu realmente disse isso?! Que coisa ridícula, obviamente Ty riu.

-Se eu não posso te contar, obviamente não irei te contar, mas se você confia em...

-Tudo bem, estamos quites.- sorri. E assim ty foi se aproximando...

Devo admitir, aquele foi o melhor beijo da minha vida, e ia continuar se não fosse por uma pessoa.

-Isso também foi um acidente?!- A sr. Owen estava parada com as sacolas de compras na nossa frente, nos separamos rápido, momento constrangedor on. Eu e Ty ficamos sem palavras no máximo que saiu foi “ahn” “é” “hum”...

-Tudo bem, eu super apoio o namoro de vocês- Então ela entrou em casa. Olhei em meu celular vinte para meio dia, eu precisava voltar. Despedi-me de Ty, e voltei, eu fiquei com um alto estima melhor após saber que ele havia me perdoado, quando cheguei em casa meu tio já estava almoçando, que consideração! Sentei-me e almocei com ele.

-Clarie disse alho mais sobre Abby?- perguntei

-Não, ela disse que Abby passou mal a noite, quando Clarie foi em seu quarto, Abby estava gritando coisas do tipo “sai daqui” e estava com um corte na testa.- me informou.

Minhas suspeitas ainda vinham se fortalecendo bem mais, eu estava com quase certeza que era uma alma.

Uma e meia e já estávamos prontos a caminho do hospital, o mesmo em que Ty ficou, eu não gostava de hospitais, muito menos daquele. Ao chegar no quarto onde Abby estava internada pedi licença a Clarie e meu tio para que pudesse falar a sós.

-Oi By- disse a ela que retribuiu com um sorriso- Foi uma alma não foi?

Ela esticou a mão e me aproximou dela.

-Foi, uma alma que eu já conhecia, sabe?

Assenti com a cabeça, que eu saiba a alma tinha parado de visitar By, mas nada impede que ela voltasse. Se fosse a alma em que eu estava pensando, a que já tentou matar By.

-Você esta seguindo a nossa promessa?- a perguntei, há um tempo fiz uma promessa com Abby, que ela não podia chamar nenhuma alma.

-Sim, mas eu não sei o que aconteceu, porque foi minha amiga que me atacou.

Meu coração acelerou, By estava evitando qualquer contato com almas possível para não atrair aquela alma que estava tentando mata-la e estava conseguindo, mas no final das contas quem fez isso foi a “amiga” alma dela?

-O que ela te disse exatamente? E porque você a atraiu?- perguntei

-Eu sonhei sem querer com ela, e ela disse que eu tinha parado de falar com ela, e ela não queria isso.

Então eu entrei mais em choque, aparentemente a alma amiga de By era da mesma idade que ela, como podia ser materializada? Perguntei o mesmo para Abby.

-Ela não é, eu tentei correr e bati a cabeça- ela riu, menos mal. Segurei sua mão, conversamos sobre outra coisa, eu quase contei sobre o cavalheiro, mas então lembrei que ele me intimou a não contar para ninguém. Meu tio e Clarie entraram no quarto e após uns vinte minutos voltei para casa. Arrumei meu material para as aulas afunal minhas aulas começariam depois de amanha, fiquei matando tempo de tarde lendo livro, as 18h meu tio foi visitar Clarie que já estava com Abby em sua casa. E novamente eu estava sozinha. Desci para fazer algo para comer, santo miojo!

A campainha tocou, meu tio? Poderia ser, mas eu lembro que ele levou as chaves. Tyler? Talvez, como eu não tinha olho magico, abri a porta, “nossa isso é muito perigoso” no nosso bairro não era, na verdade na cidade em que eu moro tem pouca violência.

-Boa noite, decidi ser formal hoje.- ele disse, fechei a porta por reflexo, mas ele a travessou.- Já decidi nosso lindo acordo- ele sorriu

Eu estava muito espantada e a cada passo dele eu dava um para trás.

-Q-qual é o acordo?- gaguejei

-Sabe o filho de Mayla Owen?

Assenti, com cada vez mais certeza que aquele acordo ia me trazer muito, muito sofrimento.


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Notas finais do capítulo

Eu devo concordar esse capitulo ficou, muito, muito, ruim, um dos piores que eu já escrevi, mas prometo recompensar no próximo. É que eu fiquei sem criatividade e tals...
Mesmo assim mereço reviews?!
Já sabemos que o acordo tem haver com Ty, vish '-'
Espero vocês nas reviews ok?
xoxo