My Red Cherry escrita por Miahh


Capítulo 1
Um dia incomum


Notas iniciais do capítulo

Tomara que gostem *-*



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Os dias incomuns surgem sem serem avisados. São dias comuns, iguais aos outros, porém há um diferencial, um sentimento que vai se permeando dentre algumas pessoas e transforma aquele dia em um dia diferente.

Era uma tarde quente – como todas as outras – em Sacramento, capital da Califórnia. Lisbon e seus agentes estavam reunidos em uma mesa, tentando resolver um crime que parecia brincar com as mentes pensantes dos agentes. Era um crime sem fim, que não continha testemunhas ou muitas provas. Apenas jovens mulheres mortas da mesma forma – a facadas – e seus corpos ainda quentes, eram jogados na beira do mesmo rio.

Os crimes pararam quando a policia interviu, ficando a postos em vários pontos do rio. Contudo, outro corpo foi achado, de uma vitima ainda mais jovem que as demais. Era a gota d’água para a policia, que passou o caso para a CBI. Todos torciam que Jane pudesse ser a luz para esse caso, o caso mais difícil que a policia já pegou.

Jane se sentia estranho. A sensação que aquele dia era um dia “estranho”, tomava conta de si. Seria um pressentimento? Bom, ele discordava. Não era assim que as coisas funcionavam, não com ele. Não existia tal pressentimento. Era um dia comum. Era o que ele pensava.

–Nós não temos provas que seja um homem – Lisbon respondeu ao Rigsby, que afirmava com toda a certeza que um ser do sexo masculino era responsável pelas mortes. Era algo obvio, porém eles não poderiam levar isso muito a sério. Eles trabalhavam com possibilidades diversas, isso incluía que talvez o assassino fosse na verdade, uma assassina.

–Uma mulher não faria isso – Rigsby rebateu – Não com essa crueldade.

–Uma mulher muito louca, faria. – Grace comentou, folheando as fotos do crime. Ela estava tensa. Sexualmente tensa. Desde que o seu relacionamento com o Rigsby foi descoberto e anunciado aos quatro ventos, Grace e Rigsby precisaram fingir que nada havia entre eles e a ruiva, atingida pela carência, quase suplicava aos deuses para que Rigsby e ela reatassem. Nada impossível, mas ela ainda não queria perder o emprego.

–Precisamos de mais reforço policial naquela área. Talvez um toque de recolher fosse bom também. Assim as jovens não seriam pegas com tanta facilidade.

–Meh, não tenha tanta certeza – Jane proclamou, com os lábios ainda quentes por causa do chá que acabará de terminar – Essas garotas vêm do mesmo lugar.

–Como assim? – Lisbon perguntou.

–Não leu o relatório que foi passado para nós?

–Não. Não ainda.

Patrick sorriu, apontando para a Grace.

–Faça as honras.

–Bom... – Van Pelt começou – As garotas são todas de um centro de proteção a testemunhas que fica perto do rio, no subúrbio de Sacramento.

–Centro de proteção? – Rigsby arqueou as sobrancelhas – O que é isso?

–É um lugar onde mulheres ficam protegidas do resto da sociedade, pois sabem de algo ou alguém que poderia acarretar em mortes. – Rigsby ainda parecia confuso, mesmo após a explicação da ex-namorada.

–Pessoas que correm perigo de vida ficam em lugares como esse – Cho respondeu, sem se surpreender com a falta de conhecimento do amigo.

–Então deveríamos ir lá – Teresa disse – Com certeza a pessoa que está a matar essas garotas, é alguém que trabalha lá.

–Mas só mulheres trabalham lá – Grace respondeu – Não creio que uma mulher possa estar fazendo isso.

–Então você concorda comigo, Van Pelt? – Rigsby sorriu de ponta a ponta.

–Não. Quer dizer, em partes.

–O Rigsby estava certo – Jane respondeu, levantando-se e arrumando o colete – É um homem que executa os assassinatos. Porém, Lisbon também está certa. Uma mulher que trabalha lá, provavelmente uma amante dele, o dá acesso a essas garotas.

–Então nós deveríamos ir logo para lá – Teresa disse, também se levantando – E vocês três, quero que investiguem todos os funcionários daquele lugar. Quero detalhes.

–Sim chefe – responderam em uníssono.

E aquela sensação que não era um dia comum, eclodiu dentro do peito do consultor. Entretanto, não era um sentimento ruim. Era algo bom, como se algo de bom estivesse prestes a acontecer.


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