Meu Anjo escrita por BG


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Personagens fictícios, qualquer semelhança - o que eu duvido que haja - com a realidade é mera coincidência.



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– Alô?

– Bianca? – Merda! Era Luke. Apesar de continuarem sendo amigos após o quase casamento, ela evitava ver, falar e até mesmo pensar em Westerfield.

– Oi, Luke. – Ela disse, com uma voz derrotada. Suspirou e ouviu o garoto rir do outro lado da linha. – O que houve?

– Eu tenho uma boa notícia.

– Eu ganhei um milhão de libras e agora posso ira pra Brighton sozinha? – Perguntou Bianca, ironicamente, fazendo Luke se perguntar se a confiança de que aquela seria uma boa notícia estava equivocada.

– Não; mas você iria pra lá sozinha?

– Talvez sim, talvez não.

– Meus pais me deram mais um tempo na vida de solteiro; o casamento vai ser só no próximo semestre. – Ele soltou tudo de uma vez, fazendo ela ter que parar me mexer no fio do telefone para ficar atenta a tudo que estava sendo dito. Peter estava sentado no sofá, olhando umas fotos de quando Bianca era pequena; rindo feito um bobo. – E amanhã terá uma festa aqui em casa e bem, meus pais pediram que eu te convidasse, bi. O que acha?

– Má ideia. Não sei se você sabe, mas depois que sua noiva quase me matou, a raiva que eu sinto dela aumentou um pouco. – Peter riu da ironia e de uma foto de Bianca; uma foto dela vestida de cowboy. Ela revirou os olhos quando viu e voltou sua atenção para o amigo.

– Por favor, amor. E meus pais vão estar lá, nós podemos lembra-los o quão perfeita você é e quem sabe...

– Tá bom, eu vou. Que horas vai ser? – Peter pegou uma foto dela tomando banho na banheira, com espuma no cabelo, imitando um moicano. Bianca mostrou a língua pra ele, que riu mais um pouco.

– Às oito. – Ela murmurou um “uhum” e ele sorriu. – Obrigada, bi. – E desligou.

– Foto queima filme, hein? – Ele mostrou mais uma da coleção que ela sempre escondia.

– Obrigada, anjo. Muito gentil da sua parte. – Ela pegou o álbum e a caixa dele e levou consigo para o quarto no andar de cima.

– Sabe, - ela deu um pulo de susto e ele abafou um risinho – eu nunca vi sua mãe.

– Jura? – Ela perguntou, jogando a caixa dentro do closet, que tinha um compartimento especial para as lembranças.

–Não, mentira. Só estava tentando puxar assunto pra descobrir seu telefone, pra gente sair mais tarde. – Ele piscou pra ela.

– Mas como que não? Ela está quase sempre por aqui.

– Eu dou privacidade pra ela. Então quanto sei que ela está pra vir, eu já desapareço.

– Nossa, que gentil da sua parte, Peter.

– Gentil nada, eu não tenho como controlar isso. É sempre assim; é como se sua mãe tivesse um imã, só que ao contrário.




– Bianca! Que surpresa agradável. – Que comece os jogos, quer dizer, o inferno, quer dizer, a janta. O pai de Luke estava mais despojado que normalmente, a bermuda jeans até as canelas denunciavam isso, enquanto a mãe de Luke estava com um vestido longo, com uma estampa floral e com alças finas. Não que Bianca não gostasse deles, na verdade ela gostava de Lisa, mas talvez depois de uns certos acontecimentos, sua visão sobre eles mudaram um pouco.




– É sempre ótimo ver o senhor, seu Westerfield. - Ela sorriu amarelo e buscou Luke pela casa. Ele logo apareceu ao pé da escada e veio na direção dela.

– Onde está Caroline? - Bianca perguntou quando já estava afastada o suficiente dos pais dele. Luke continuou sorrindo e pressionou seu corpo contra o da garota, a fazendo escorar na parede perto da porta onde ficava o "armário de casacos"; que naquele momento estavam todos os sobretudo que eles não necessitavam, devido a época que estavam. - Luke, tem gente vindo.

– Tudo bem, então. - Ele abriu a porta e sorriu como uma criança que acaba de comer doce antes da janta. - Vamos. - Ele a puxou pela mão e logo fechou a porta atrás dele. Não ousou afastar sua mão da dela, por isso nem ligou a luz.

Bianca deu um passo à frente e colou sua testa na dele. Suas respirações se misturavam e ela não conseguia parar de sorrir.

– Quanto drama, não? - Perguntou ele, com a voz baixa, ouvindo vozes vindas do lado de fora.

– Tudo é dramático demais. - Ela comentou, o abraçando e depositando sua cabeça na dobra do pescoço dele, passando o nariz pela gola polo dele. - Gosto do cheiro dessa camiseta. Acho que sua empregada coloca amaciante a mais nessa, porque ela sempre está mais cheirosa que as outras. Não que eu fique cheirando suas camisas, - ela se corrigiu, corando, e agradeceu mentalmente por ele não poder ver seu rosto vermelho. - é só que...

– Eu entendi, bi. Não se preocupe com explicações...

– Isso é loucura, sabe disso, não sabe?

– É só um armário; podia ser pior. Vai que da próxima só nos reste a dispensa? Se bem que nós poderíamos ficar lá por mais tempo; sei que daqui a pouco você vai reclamar de fome. - Só se pode ouvir um tapa no braço do garoto e então a maçaneta sendo girada.

– Merda! - Ela exclamou, e logo se escondeu entre os casacos. Prendeu a respiração como se fosse ajudar e esperou que o amado ser se pronunciasse.

– O que está fazendo aqui, Luke?

A Cruela Devil resolveu dar as caras.

– Procurando... procurando uma... balinha! - Ele exclamou.

– Balinha?

– As balinhas do casaco de inverno do meu pai, - ele enfiou a mão em um dos casacos, aleatoriamente - são as melhores. Mas pelo visto, acabaram! - Ele murmurou em desânimo, como se tivesse decepcionado. - Vamos sair daqui então. Minha rinite vai atacar daqui a pouquinho se continuarmos aqui.

"Claro, deixe a Bianca trancada no armário com todo essa poeira e acaro por aí; QUEM TEM RINITE SOU EU, seu tapado!" Bianca pensava, fazendo caretas para acompanhar o pensamento.


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