Quando Scorpius acordou na manhã seguinte, o sol estava escondido por nuvens escuras e ele não sentiu que isso fosse fazer o seu dia pior do que ele já estava. Custou a dormir e quando acordou, o corpo ainda estava bastante cansado, a mente lenta, mas não tinha a mínima vontade de dormir. Sentia-se estranho e resolveu que talvez um banho ajudasse.

Meia hora depois, se vestiu e olhou no espelho.

Não podia evitar de pensar que, caso conseguissem voltar aos seus respectivos corpos, nunca mais poderia ver a Weasley tão de perto.

Mas o Scamander, o maldito- Scamander -bicha, veria ela de perto. Beijaria ela, faria tudo o que tivesse direito e isso não soava nem um pouco justo. Quer dizer, ele havia lido o diário da rose, tinha descoberto os segredos mais íntimos dela e blablabla... E é com o outro que ela fica?

"Certo... O que você está pensando está realmente me assustando!", pensou Scorpius , atônito.

Resolveu que estava na hora de sair do quarto ir tomar um bom café da manhã, tentar colocar as ideias em dia e pensar em um jeito de voltarem aos seus próprios corpos e acabarem com aquela idiotice toda.

Sentou na mesa do Salão Principal e, antes que desse por si, Hugo estava sentado a sua frente, lily e James ao seu lado e ambos pareciam meio tensos.

"Rose, eu tenho que te falar uma coisa que eu fiz...", começou Hugo , parecendo meio envergonhado.

"Uma coisa muito feia", garantiu lily.

"É, horrível!", afirmou James.

"Mas eu estou arrependido", admitiu Hugo.

Naquele instante, Scorpius soube que não podia ter sido bom.

"O quê, exatamente, você f...?"

"Eu mandei uma carta pros nossos pais...", disse Hugo, batendo com a cabeça de leve na tábua da mesa "ajuda, em alguma coisa, se eu falar que to arrependido?"

"Controle-se... Controle-se... Não é tão sério assim, certo?"

Então, uma coruja velha veio voando e caiu na mesa da grifinória deixando um envelope vermelho que faiscava como um demônio, bem em frente de Scorpius.

"Acredite, Hugo , você é um cara morto!", disse lily, assim que decifrou a cara de Scorpius.

"Não, não, não... A morte é boa demais para você...", vociferou Hugo , então, o berrador explodiu.

XxXxX

Seria um péssimo dia.

Rose fez muitas coisas durante a noite, mas uma delas decididamente não foi dormir. Arrumou o quarto, mandou Angelina à merda quando ela tentou dormir com ele na noite passada, e depois disso, pediu desculpas quando viu ela chorando que nem um bezerro desmamado.

"Isso não é justo... Ela é muito boa nisso!", resmungou rose, chutando algumas pedras no caminho.

Quando finalmente se cansou de ficar observando aquelas nuvens pretas e horríveis, chegou a conclusão que estava na hora de comer alguma coisa, ou acabaria desmaiando de fome.

Quando entrou pelo portão dos corredores, viu uma coruja velha caindo na mesa e, depois, viu Scorpius trocando algumas palavras com os amigos e, após isso, viu o envelope vermelho explodir e a voz alta do seu pai Ronald Weasley berrando:

"ROSE GRANGER WEASLEY! NUNCA ACHAMOS QUE ALGUM DIA VOCÊ NOS PROPORCIONARIA TAMANHA VERGONHA! COMO OUSA SAIR COM SCORPIUS MALFOY! VOCÊ JÁ ESQUECEU DE TUDO O QUE A FAMILIA DELE FEZ, MOCINHA? ESTÁ COM ALGUM SÉRIO PROBLEMA MENTAL? PORQUE É O QUE PARECE! ESPERE ATÉ CHEGARMOS AÍ! APOSTE, VOCÊ ESTÁ ENCRENCADA! HUGO FEZ MUITO BEM EM NOS MANDAR AQUELA CARTA!"

"Meu Deus...", pesou rose, sentindo-se furiosa. "O Hugo é um hipócrita! Só pensa nele, nele, nele e, quando muito, em Quadriboll. Ah, mas eu mato esses desgraçado assim que eu voltar pro meu corpo e..."

Nesse mesmo instante, as portas do Salão Principal que davam para o jardim foram escancaradas e um grupo de pessoas ruivas (menos a sua mãe ) entraram com estardalhaço.

"Uhuhuhuhu... Ferrou!", pensou rose, mas, percebendo que a história não podia ficar pior, resolveu que ia dar um pouco de amparo para Scorpius.

Caminhou e se postou atrás de Scorpius que olhou para trás, primeiro assustado, mas depois gostou de saber que ela estava ali e que iria apoiá-lo.

"Pior que isso não fica...", sorriu rose, colocando a mão amigavelmente no ombro de Scorpius.

Os dois ficaram em silêncio de olhando - e todos da mesa observavam a cena - quando o grupo ruivo chegou, todos furiosos e prontos para matarem rose - que eles viam como Scorpius -, com exceção de uma senhora(apesar de parece não ter mais de 30), com cabelos encaracolados e castanhos que parecia desesperada para cortar aquele clima de tensão que se estabeleceu imediatamente.

"Posso saber o que diabos está acontecendo aqui?", perguntou Lupin, que chegava segurando sua caneca de café.

"Vai cuidar da sua vida!", resmungou Ronald, puto.

"É, você já atazanou a nossa vida o suficiente! Agora, some, porque os problemas são nossos!"

"Mas vocês estão na escola, portanto..."

"CALA A BOCA!", berraram os ruivos em eco e Lupin deu meia volta e saiu xingando até a vigésima geração da família.

"Nós temos que conversar, rose!", disse Ronald com a voz seca.

Após alguns minutos em silêncio Rony adicionou "E com você também, filhote de doninha!"

XxXxX

"Malfoy, venha comigo! rose, vá com a sua mãe! Primeiro, eu quero ter uma conversa de homem com homem com esse filhote de doninha", disse Rony , andando com rose em direção à sala que Minerva havia cedido.

Scorpius viu rose sendo arrastada pelo homem ruivo e respirou em seco, quando sentiu uma mão quente pegar seu pulso se virou para encarar os olhos bondosos de Hermione Weasley.

"Venha, minha querida, acho que nós devemos conversar".

Hermione e Scorpius sentaram-se na cama, ela tomou as mãos de Scorpius, o que fez com que ele fechasse os olhos, se controlando e tentando lembrar-se que ele não era mais um Malfoy, e sim uma Weasley meiga que ama os pais e blablabla...

"Rose..."

"Olha, mãe...", disse Scorpius, querendo cortar logo aquela cena "Eu gosto mesmo do Scorpius e sinto muito se vocês não conseguem aceitar isso..."

"Querida, eu não estou julgando... Tenho certeza de que, se você se apaixonou por ele, é porque ele é uma ótima pessoa..."

"Mãe..."

"E nós não vamos julgá-lo, seu irmão e seu pai estão meio bravos, mas vocês sabem como eles são com o negócio do Malfoy ter implicado tanto com o seu pai no passado, mas, querida, acredite, estou aqui para apoiá-la em qualquer que seja a sua decisão".

"Puxa, eu..."

"Obrigado...a... Mãe", disse Scorpius e se forçou a abraça a mulher a sua frente que se parecia muito com a sua mãe(Astoria).

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"Vamos ser bem honestos, nós não gostamos muito um do outro e eu não sei quais são suas intenções com a minha filha. No entanto, eu não posso trancafia-la em casa e proibi ela de te ver, ainda mais levando em conta que minha filha puxou totalmente a mãe resumindo ela é teimosa que nem uma mula e faria de tudo para ficar com você só para me contraria, e por mais que eu queira deixa ela bem longe de você , serei forçado a aceita isso que vocês chamam de namoro...", disse Rony , enquanto encarava rose sério.

"Olha, sr. Weasley..."

"Eu não me importo com o que você vai dizer, porque eu sei que pode ser verdade, mas que também pode ser mentira. Não vou obrigar minha filha a terminar com o você , filhote de doninha, mas vou deixar uma coisa bem clara: não a machuque ou as coisas ficarão muito feias por aqui. Estamos entendidos?"

"Sim, sr. Weasley", disse rose olhando para o chão.

"Ótimo, agora nós vamos falar com Minerva"

"Não vieram aqui só por causa de nós dois?..."

"Sim,e por isso que eu irei pedi para minerva ficar de olho em vocês dois ,não quero que você passe dos limites com a minha princesa", disse rony sorrindo ameaçadoramente.

Não se preocupe Sr. Weasley eu respeito a sua filha mais que tudo-disse rose com medo do olhar ameaçador do pai.

Assim espero, senão você não sairá vivo para contar a historia-disse Rony ameaçadoramente ,antes de se retira.

Rose sentiu-se aliviada.

"Não foi tão ruim assim ,ainda estou viva"

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Os Weasleys foram embora no fim da tarde, mas rose e Scorpius evitaram se falar nesse meio tempo.

Seu pai mandava olhares assustadores para rose e ela tinha medo que ele resolvesse espancá-la a qualquer instante, mas mesmo assim, quando eles foram embora, não deixou de sentir uma pontada de saudades do pai.

As seis horas, Scorpius e rose se encontraram nos jardins. Rose sentou-se ao lado de Scorpius e eles ficaram olhando para o Lago que tinha uma leve camada de gelo em sua superfície.

"Hoje foi um dia difícil...", puxou Rose.

"Uhum", concordou Scorpius .

"Veja pelo lado bom... Não pode piorar"

Scorpius deu um tapa de leve na cabeça de rose, mas podia perceber que ele estava bravo.

"Que foi?", perguntou a menina, esfregando a cabeça.

"Agora você acabou de zicar a nossa situação"

"Como assim?"

"Você disse: 'não pode ficar pior'."

Então, de repente, rose se lembrou daquelas cenas em filmes onde um personagem diz isso e, então, começa a chover.

"Sinto muito...", murmurou ela, sentindo-se um lixo.

"Tá tudo bem, eu ia dizer a mesma coisa de qualquer jeito..."

E, então, ele a abraçou.

(Fotinha da pequena lily)

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