Pokémon - The Awakening escrita por Elphaba


Capítulo 1
Há seis anos atrás...


Notas iniciais do capítulo

Porque o primeiro capítulo tem que explicar a história das duas doidas, né? XD



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- ... Você acha que o Kyle vai ficar bem? - Quase tomou um susto ao ouvir a pergunta de sua amiga, estava tão distraída observando a paisagem pela janela do trem que nem se lembrou que havia mais gente ali.


- É lógico que vai, ele já tá no navio para voltar pra Hoenn...


As duas garotas chamavam-se Jade e Claire, ambas da cidade de Pallet e amigas de infância. A primeira, uma morena de cabelos lisos e compridos, com olhos bem verdes, era uma treinadora Pokémon. Já a loira de olhos azuis, com os cabelos que iam até o ombro presos em maria-chiquinhas, era uma coordenadora. Logo nos primeiros dias de jornada, em Viridian, conheceram Kyle, um treinador de Hoenn que decidiu fazer sua primeira aventura em Kanto. Ele tinha cabelo vermelho-escuro e olhos castanhos por trás de seus óculos. Era um ano mais velho que as garotas.


Jade vestia uma blusa branca regata por baixo de um colete lilás, sempre aberto. Para completar, saia jeans, meias cinco oitavos pretas e botas pretas de cano curto com cadarço lilás. Sobre seu ombro, a alça de sua bolsa roxa. Enquanto Claire usava uma jardineira rosa por cima de uma blusa com listras brancas e rosa-choque, um cachecol vermelho amarrado de forma que parecesse um laço, meias três quartos brancas e um tênis com detalhes em rosa-choque, preto e branco. Para carregar suas coisas, dependia de sua pochete bege. Nunca deixava de usar sua boina cor-de-rosa, mesmo com as maria-chiquinhas.


- É... Mas todos nós vamos levar uma bela de uma bronca. - Claire apertava sua boina cor-de-rosa nervosamente enquanto encarava os olhos da amiga. Ela nem dava conta do que estava fazendo com o pobre acessório. - Quer dizer, é a primeira vez que voltamos pra casa depois do incidente com a Equipe Dreams... Só falamos com nossas mães pelo Pokégear, ao vivo vai ser bem pior!


A treinadora suspirou e fez de tudo para segurar o choro, lembrando-se de cada pesadelo que aquela organização criminosa os fez passar. Em poucos meses, conseguiram tornar-se piores do que a Equipe Rocket, e infelizmente o trio de amigos sempre encontrava os mesmos dois capangas: Diana e Brad. Tudo começou quando eles assassinaram o Raticate de Gary Oak - velho conhecido das garotas (apesar de ser o desafeto da morena) e rival de Kyle - na Torre Pokémon em Lavender. Tempos depois, a gota d'água foi quando assassinaram cruelmente a Butterfree da morena. Por conta do ódio ela ficou totalmente desequilibrada e comandou seu Pokémon inicial, Charizard, a queimá-los, e a dupla saiu de lá com várias queimaduras de segundo grau. Até porque, se não fosse por seus amigos, ela não teria feito o Pokémon parar. Porém, mesmo assim, jurou vingança.


Quanto à outra organização criminosa, encontravam-se sempre com três membros: Jesse, James e Meowth. Mas estes, ao contrário de Diana e Brad, não ofereciam perigo, e eles sempre apareciam após mais uma tentativa falha de capturar o Pikachu de Ash Ketchum, outro garoto de Pallet. E provavelmente, sem a ajuda desses três Jade não estaria dentro daquele trem agora, e sim dentro de uma cova, ou no hospital, num estado bem grave.


Isso tudo porque eles invadiram o "Quartel General" da Equipe Dreams. Jade, Claire, Kyle e Gary. E como o objetivo da organização era conseguir utilizar três orbs: uma vermelha, uma azul e outra amarela, (cuja finalidade os garotos nunca descobriram) tiveram a ajuda de um número bem pequeno de agentes Rocket. Quando chegaram no último andar do enorme prédio que servia de quartel general, a treinadora teve uma surpresa: a vice-líder da infame Equipe Dreams era ninguém mais e ninguém menos que sua irmã mais velha, Elizabeth White. Ou Liza, para os íntimos.


Os Rockets causaram várias pequenas explosões no prédio, o deixando em chamas. Quando o teto do último andar começou a desabar, Liza tentou fugir, entretanto os escombros caíram em cima dela, prendendo-a. Jade mandou os outros três garotos irem embora enquanto ela tentava salvar sua irmã, e após uma resistência da parte deles, a treinadora os convenceu aos berros. Ela tossia muito enquanto tirava os pedaços de concreto de cima do corpo de sua irmã, e acabou desmaiando por asfixia por conta da fumaça antes que conseguisse um bom resultado.


E é aí que ela agradece eternamente ao trio de Rockets. Também presos no último andar por estarem escondidos até aquele momento, eles pensaram apenas em pular pela janela e abrir os paraquedas que possuíam. Porém, ao verem a garota desmaiada, abriram a Poké Bola de seu Charizard e a colocaram nas costas dele. O Pokémon então a levou em segurança para o chão e eles finalmente pularam com os paraquedas.


De volta ao presente, Jade analisava as queimaduras e os cortes em seu braço direito. A Equipe Dreams era expert em ordenar que seus Pokémons atacassem os treinadores também. Ela apenas acordou quando viu a mão da coordenadora passando na frente de seus olhos. Levantou o olhar e piscou várias vezes, confusa.


- OOOOOOI! Terra chamando Jade! - Ela parecia irritada com a falta de atenção que estava recebendo. - Você ouviu alguma coisa do que eu falei?!


- Não... - A treinadora apenas observou enquanto sua amiga inflava as bochechas de raiva como um Jigglypuff. - Maaas, se for sobre o Gary, eu realmente não quero que você repita. - E girou os olhos, percebendo que Claire não parava de observar o passageiro de alguns banco à sua frente. Ela era apaixonada por aquele garoto desde que se entendia por gente, e tinha a mania assustadora de recortar qualquer foto ou matéria sobre ele em jornais e revistas e guardar dentro de uma espécie de diário.


- Aaaaah... Eu tô tão tentada em te largar aqui sozinha e ir lá sentar do lado dele! - Os olhos dela brilhavam enquanto ela se segurava para não fazer nenhum escândalo. - Ele tá tão sozinho!


A morena finalmente decidiu olhá-lo, estranhando a informação. E ele realmente estava sozinho, encarando a janela do trem. Isso a fez arquear a sobrancelha direita. Aquilo não era nada normal, ele sempre estava rodeado de tietes, incluindo a Claire.


- Vamos lá com ele! - Quando voltou a olhar para a sua amiga, os orbes azuis dela faziam o olhar mais dramático e mais piedoso que ela já conhecera. Ela apenas franziu a testa e respondeu, simples e direta:


- Nem morta.


E o olhar de piedade foi lentamente desmanchado.


- Vocês deveriam parar com essa besteira! - A loira novamente ficou irritada e cruzou seus braços, bufando. - Já tá na hora de perdoá-lo por ter quebrado o colar... Já faz quase dois anos!


- Era a única lembrança que eu tinha da minha irmã! A última vez que eu a tinha visto foi quando eu tinha quatro anos e ela dez! - E suspirou, levando a mão esquerda à testa e arrumando sua franja em seguida. - Você sabe que depois que ela saiu em jornada ela sumiu...


- SIM! E VIROU O QUÊ?! VICE-LÍDER-- - Felizmente, antes que ela pudesse continuar a gritar e ser motivo de olhares estranhos no trem, sua amiga fez o favor de tapar sua boca. - Vice-líder de uma organização criminosa que matou sua Butterfree e quase matou a gente TAMBÉM!


- Eu sei! Eu tô confusa, tá?! - Ela abaixou a cabeça e escondeu seu rosto nas mãos. - E por que esse trem não chega logo em Viridian...?


O trem em que elas estavam fazia a rota da Liga Pokémon para Viridian. De lá, cada treinador - ou espectador - fazia seu caminho para sua cidade natal. Kyle havia pego o trem mais cedo por conta do horário do navio que precisaria estar para voltar para Hoenn.


- EU NÃO SEI, TAMBÉM! - E ao notar que todos estavam olhando novamente, ela abaixou o tom da voz. - Aaaah, saco.


- Pelo menos você se recuperou bem da sua derrota no Grande Festival.


- É que eu percebi que nós somos tão jovens ainda! - Claire deu um sorriso amarelo e colocou a mão atrás da nuca, sem graça. - É normal a gente perder, né? Temos só dez anos ainda... Você e o Kyle perderam nas oitavas de final da Liga, eu perdi nas oitavas de final do Grande Festival... Não estamos tão mal assim, até. - A treinadora deu uma leve risada e finalmente tirou as mãos do rosto.


- É... Não estamos.






Chegando a um certo ponto de Pallet, as garotas despediram-se temporariamente uma da outra, indo cada uma para sua respectiva casa. Apesar do medo de Claire em encarar os pais, já que ela jurava que seu pai iria matá-la assim que ela abrisse a porta. Nem tinham como fugir, a confusão com a Equipe Dreams fora transmitida em todos os canais. Jade abriu o portãozinho do cercado de sua casa, e acariciou os pêlos do Arcanine de guarda, que ficou feliz ao vê-la. Sentiram algumas gotas pesadas de chuva começarem a cair, então entraram apressados na casa. Assim que abriu a porta, deu de cara com sua mãe sentada no sofá, folheando um álbum de fotos.


- Oi, mãe! Eu voltei! - Disse, sorrindo. Só que Anita, a morena dos olhos negros à sua frente, não esboçou nenhuma reação. Seu sorriso rapidamente sumiu. - ... Mãe?


- Por que você não foi ao enterro da sua irmã? - Ela perguntou sem nenhuma emoção na voz, fazendo sua filha arregalar os olhos.


- Mas... Não encontraram o corpo, certo? Eu pensei que fosse demorar mais para ter um... "enterro". - A mulher fechou o álbum com uma força surpreendente, fazendo um barulho alto. A garota pulou de susto.


- Isso não justifica.


- ... Mãe... - Jade aproximou-se cautelosamente. - Você tá bem?


- Não! - Ela levantou-se abruptamente e segurou a filha pelos braços. - Não porque você matou a MINHA FILHA! VOCÊ MATOU A SUA PRÓPRIA IRMÃ! - A garota arregalou seus olhos verdes. Não sabia o que fazer, o que responder, estava assustada, em choque.


- Não... Não! Não foi ass-- - Mas nem se justificar conseguiu, pois levou um tapa na face esquerda que ficou com a marca da mão de Anita.


- CALA A BOCA! - E deu-lhe outro tapa.


A chuva lá fora ficava cada vez pior.


- MÃE, CALMA, POR FAVOR! MÃE! - Ignorando completamente o que a filha lhe suplicava, ela agarrou-na pelos cabelos e a arrastou até a porta de saída. - MÃE, TÁ ME MACHUCANDO, POR FAVOR! - A treinadora gritava desesperadamente, com o rosto todo molhado de lágrimas.


- NUNCA MAIS VOLTE PARA ESSA CASA! - E a jogou na lama formada pela chuva, batendo a porta violentamente em seguida. A garota rapidamente levantou-se, imunda, e estava prestes a começar a bater desesperadamente na porta. Porém, a visão do Professor Oak parado na calçada com um guarda-chuva em mãos e com os olhos arregalados a parou no meio do caminho. Ela simplesmente ficou sem reação.


- ... Você... Ouviu tudo? - Ele concordou lentamente com a cabeça, e ela soluçou por causa do choro. O pesquisador entrou no quintal e andou até Jade, dividindo seu guarda-chuva com ela.


- Vamos sair daqui.


Enquanto se afastavam, o Arcanine observava tudo pela janela, com suas orelhas abaixadas e um olhar triste.







Gary Oak estava irritado. E isso foi o motivo pelo qual ele mal falara com seu avô desde que chegara. Ele praticamente foi direto para o seu quarto, tomou banho, e agora estava deitado na cama. Como que ele, o neto do Professor Oak, o maior pesquisador Pokémon do mundo, foi perder nas oitavas de final da Liga Indigo?! Todos seus planos de voltar para Pallet sendo o campeão da Liga foram por água abaixo, e ele não sabia como lidar com isso. Bufou e passou a mão pelos cabelos, decidindo finalmente levantar. Quando passou por sua escrivaninha, fitou o colar de ouro com uma pedra roxa que lá estava. Assim que abriu a porta, tomou um susto ao ver seu avô mostrando o banheiro para sua... Rival. E por que diabos ela estava toda machucada e suja?!


- ... Vocês anotaram a placa do caminhão? - Ele arqueou uma sobrancelha enquanto os outros dois finalmente notavam sua presença. Percebeu o velho homem o repreendendo com o olhar, mas ignorou.


- Cala a boca, Gary. - Ela nem olhou para ele, apenas entrou no banheiro e fechou a porta.


- Cadê a educação que eu te dei?! - O pesquisador perguntou, mas também não deu tempo para o neto responder. - Eu já falo com você, eu preciso ligar para a avó dela primeiro. - E desceu as escadas, sendo seguido pelo garoto. Discou alguns números no videofone e esperou. Demorou, mas finalmente a mulher de idade de cabelos loiros e olhos negros atendeu.


- Samuel? - Ela arqueou uma das sobrancelhas. Era raro que um acabasse ligando para o outro, apesar de serem amigos  de infância.


- Eu preciso falar com você, Agatha. É sobre a Anita.


- ... Anita? - A mulher apertou seus olhos, deixando suas rugas ainda mais visíveis. - O que aquela desmiolada fez agora?


Ao terminar de contar todo o ocorrido com a filha e neta do membro da Elite Quatro, ele pôde ouvir o som de sua bengala sendo batida no chão com raiva. E então uma veia da testa dela saltou, provavelmente querendo quebrar tudo usando o objeto como arma. Quando o momento de raiva passou, ela abaixou levemente a cabeça e colocou uma das mãos na testa.


- Ela pirou de vez...


- Eu sei que eu não deveria me intrometer, mas como eu conheço as duas desde bebês, eu acho que você nunca deveria ter deixado a Anita sozinha. - Samuel suspirou, lembrando-se de quando a mulher com quem conversava, largou a filha para se criar por contra própria assim que completou quinze anos, enquanto ela voltava a correr atrás de sua vida de treinadora, até finalmente conseguir entrar na Elite Quatro.


- Eu errei muito com a Anita, por isso que ela nunca me deixou ficar muito próxima das minhas netas. E isso a deixou louca também. - Ela suspirou. - Samuel... Eu preciso te pedir um favor. Eu e a Jade não temos intimidade nenhuma, seria estranho uma convivência, por mais que mínima... E você a viu crescer por conta da amizade de nossas famílias...


- Eu entendo. - Ele a cortou antes que ela pudesse tentar se explicar ainda mais. - Na verdade, eu já até imaginava. - A confissão foi seguida de um suspiro. - É lógico que ela pode ficar aqui.


Do sofá, Gary ouvia tudo atenciosamente, enquanto brincava inconscientemente com uma Poké Bola em seu tamanho portátil entre os dedos. Ouviu os mais velhos despedirem-se, e a primeira coisa que o pesquisador fez ao virar sua cadeira foi encarar o neto e cruzar os braços.


- E então? Não deve desculpas a alguém?


O garoto afundou no sofá.


- Eu nem fiz nada de demais! Só perguntei se alguém tinha anotado a placa do caminhão porque ela tava destruída! Eu não sou obrigado a adivinhar!


O avô suspirou e levantou-se, indo em direção às escadas. Parou nos primeiros degraus e olhou novamente para ele.


- Só me faça um favor. Evite brigar com ela nos próximos dias. - Ele concordou com um movimento rápido com a cabeça, e o homem de jaleco branco voltou a subir.






Os dois dias seguintes passaram-se lentamente para Jade, ela basicamente tomava conta de seus Pokémons e tentava decidir com Claire para qual continente viajariam em seguida. À tarde, enquanto cozinhava sua receita especial de ração Pokémon com sua Umbreon ao seu lado, Samuel chegou e sentou-se em uma das cadeiras, afagando a cabeça da criatura de bolso.


- E então, já decidiu para qual continente vocês vão? - A morena nem sequer olhou para trás, concentrada em não queimar a comida.


- Estávamos pensando em ir para Hoenn... Demos uma ligada pro Kyle e ele disse que vai ficar por lá, mesmo.


- O Gary vai para Johto. E aposto que isso vai acabar fazendo o Ash ir para lá também. - Ele soltou uma leve risada. Sempre achou engraçada a fixação que Ash tinha em ganhar do rival de infância.


- Mais um motivo para eu ir pra Hoenn. - Ela soltou sem querer, querendo morder sua própria língua em seguida. Não teve coragem de conferir, mas tinha quase certeza de que a cara do pesquisador não era das melhores. Assim que a ração terminou de cozinhar, ela a tirou da panela e deixou esfriando, e pela primeira vez virou em direção a ele, apoiando seus cotovelos na pia. - Quando que ele vai? - Tentou parecer amigável. Sua Umbreon começou a se esfregar em suas pernas.


- Amanhã de manhã. - Ele levantou e tirou uma Poké Bola do bolso de seu jaleco. A morena arqueou uma sobrancelha, com um ponto de interrogação claramente acima de sua cabeça. O homem apenas colocou a esfera alvirrubra em suas mãos. - Lembra da primeira batalha que você teve com o Gary?


- ... Sim. - Ela apertou o botão para que o objeto aumentasse da tamanho. - Você foi na nossa escola e disse que os dois alunos com as maiores notas poderiam fazer uma batalha com os Pokémons que você nos emprestasse... O Gary era o primeiro da turma em notas e eu a segunda.


- E o Ash gritou que era tudo marmelada. - Ambos riram. - E aí o Gary ficou com o Eevee, e você com a Minccino... Os dois tinham apenas seus ataques iniciais. E aí você e ela venceram!


- E aí eu e o Gary brigamos, ele quebrou meu colar e desde então não nos falamos.


O mais velho suspirou e coçou a parte de trás da cabeça, sem graça pelas atitudes do neto. Tentou puxar a conversa para o assunto principal, que era o Pokémon.


- Bom, eu dei o Eevee de presente ao Gary, e queria que você ficasse com a Minccino também!


Ela deve ter olhado da Poké Bola para os olhos dele, e dos olhos dele para a Poké Bola pelo menos quatro vezes. Então, arregalou os olhos e finalmente perguntou:


- Mas ela não foi um presente da professora Juniper?! Você tem certeza?!


- Bem... - Ele colocou as duas mãos atrás das costas. - Ela adora batalhar. Tenho certeza que será mais feliz com você.


- Obrigada... - Ela sorriu.








Na manhã seguinte, Jade estava sentada no sofá com Umbreon e Espeon ao seu lado, enquanto observava o professor Oak dar todas as instruções de cuidado que um avô dá a um neto. O garoto acompanhava com a cabeça os movimentos dele, já que ele ia de um lado para o outro da sala, fazendo uma reza sobre como ele não queria que o neto se intrometesse novamente no meio de uma organização criminosa.


- E isso vale pra você também, Jade! - A morena, que até então acariciava o pescoço de seu Espeon, parou imediatamente e levantou as duas mãos no ar, na altura da cabeça, em sinal de defesa.


- Sim, senhor.


- Entendeu tudo, Gary?


- Sim. Pode deixar. - Os dois abraçaram-se, e para completar, o mais velho dos Oak segurou os ombros do treinador.


- E não se esqueça do que eu te falei sobre como cuidar dos seus Pokémons, e de como tratar as pessoas. Principalmente o Ash! E sobre as batalhas que vencer... Use-as como estímulo para continuar indo bem e melhorar cada vez mais! Sem arrogância.


- Pode deixar. - Repetiu. Seu Eevee finalmente apareceu e pulou em seu ombro, ganhando um afago na cabeça. - Jade... - Ela rapidamente virou a cabeça, estranhando ouvir seu nome sair da boca dele. Ele não disse mais nada, apenas colocou um objeto nas mãos da garota e virou as costas para ir embora. Jade tomou um susto ao ver que aquilo era... seu colar. Perfeito, como se nada nunca tivesse sido quebrado.


- Eu jurava que tinha perdido... Gary...! - Ela finalmente levantara os olhos para agradecer, porém ele já havia ido embora. O professor estava parado ao lado do sofá, sorrindo. - Seu neto finalmente tá tomando vergonha na cara. - Ele riu.


- Acho que daqui pra frente as coisas vão só melhorar.


- Tomara, né.


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Notas finais do capítulo



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