Após um tempo que ficamos nadando ele me levou para um passeio de jet ski fomos para o outro lado um tipo de ilha.

-Olha eu tenho uma casa aqui...

-Peraí você tem uma casa de praia e vai descansar na nossa mórbida e pequena cidade.

-É difícil acreditar, mas sim, eu faço isso.

Admito que por um segundo invejei sua vida. Ele tinha dinheiro e pelo jeito sucesso em seu negocio. Já eu ainda nem tinha chegado muito perto do estrelato...

-Venha precisamos de um banho antes de irmos comer algo.

(...)

Ele me levou para uma casa bem simples tinha dois andares. A decoração era tão básica que podíamos considerar os livros como enfeite da casa. Tomei banho numa banheira e o quarto em que eu estava tinha uma cama casal.  Damon disse que eu poderia pegar qualquer roupa que ainda estivesse lá que a mãe dele com certeza não ia sentir falta. Peguei um vestido preto tomara que caia bem folgado, mas usei o biquíni como lingerie, já que eu deixara minhas roupas no carro dele.

Quando desci para o andar de baixo eu não o encontrei, então fiquei olhando os livros. A maioria dos livros eu nunca havia ouvido falar, mas todos eram velhos.

-Elena, você prefere comer num restaurante ou quer uma comida básica feita por mim?

-Hum... Sua comida é comestível? – ele riu com minha pergunta.

-Meus amigos dizem que sim.

-Então tudo bem. Quer ajuda?

-Vamos deixar que o prato seja uma surpresa. Se quiser pode assistir televisão nos segundo quarto do corredor.

-Ok.

Deixei ele sozinho e fui ver televisão. As vezes eu olhava pela janela para ver se ele não trazia comida pronta, mas o máximo que chegou foi uma velha que claramente carregava comida que estava descongelando. A velha saiu em poucos minutos.

Como eu previa ele não tinha comida em casa, mas pelo jeito tinha uma governanta.

Voltei minha atenção para a televisão. Mas ela não prendia totalmente a minha atenção, olhei o quarto que era igual a de todo adolescente. As paredes tinham ate marca de onde já teve um pôster. Ri ao lembrar do quarto do Jake do Two and a Half Men ao qual teve um momento na serie que ele começou a ter pôsteres de mulheres sensuais como a sociedade diz, mas nada de mulher pelada.

Comecei a olhar os livros da instante daquele quarto, alguns tinham a ver em como lidar com impressas e etc, havia revistinhas...

-Você continua viciada em livros? – dei um pulo. Ouvi ele rindo. Me virei com uma cara falsa de irritada.

-Eu não era viciada, eu aprecio livros ao contrario de uma parte da sociedade.

-Ok, calma. – eu dei uma risada seca.

-Talvez um dia eu fique calma. – Cruzei os braços e vi ele me analisando. – O que foi?

-Nada é só que... – ele andava em minha direção. – Parece que você está encenando.

-Pois você está errado. – eu disse com um sorriso de irritada.

Eu não sabia como ele podia estar percebendo que eu estava encenando, mas isso só me fez querer continuar mais ainda a fazer isso.

-Mas sabe... – passei por ele e me segurei para não dar um suspiro – Acho que você não me entende, afinal você parece aquele tipo de pessoa que... – me virei para ele. – Só sabe ler gibis e revistas.

Isso era jogar meio baixo, mas algo no meu ser estava adorando fazer isso. Tentar engana-lo.

-E você parece o tipo de mulher que gosta de menos prezar os homens.

-É talvez eu seja ainda esse tipo de mulher ou vai ver o problema é você.

Era mentira afinal eu realmente gostava de ser má as vezes e principalmente com meninos. Acho que eu iria adorar entrar no mundo do BDSM.

*BDSM: O BDSM tem o intuito de trazer prazer sexual através da troca erótica de poder, que pode ou não envolver dor, submissão, tortura psicológica, cócegas e outros meios. Por padrão, a prática é provocada pelo(a) Dominador(a) e sentida pelo(a) Submisso(a).

 Mas quem eu iria ser? A dominadora ou a submissa?

-Ou talvez você seja somente uma louca. – ele disse me tirando de meus pensamentos.

Quase dei um soco nele, mas ele segurou minha mão. Como sempre algo deu errado e dessa vez eu fui impedida de acertar meu alvo.

-Eu estava certo você estava fingindo raiva. – eu o encarei, dei um passo para trás.

-Ok. Você pirou com os anos...

-Digo o mesmo sobre você. – revirei os olhos.

-Então por que veio ate aqui?

-Pensei que gostaria de comer, mas... – eu fui em direção a porta e parei lá e me apoiei.

-Se continuar parado ai não vou deixar nada para você e é bem provável que eu arranje uma carona. – sorri e desci as escadas.

Devo dizer que me surpreendi com o banquete. Imaginei minha mãe que iria cair de boca na hora. Ela amava animais marinhos e geralmente quando estava em seu estomago como camarão, peixe e lula. Lá avia camarão frito, salada de lula, – uma coisa que eu adoro muito – arroz e uma salada normal.

-O que achou? – ele perguntou próximo ao meu ouvido e acho que senti um arrepio.

-Vamos ver se a comida tem um gosto tão bom quanto a aparência.

(...)

Eu não admiti para ele, mas a comida estava ótima. Me perguntei se meu pai e minha mãe era assim. É claro tirando as partes que a gente briga, pois ela dizia que meu pai cozinhava tão bem e a fazia rir. Não sei quantas vezes eu desejei nunca me casar com um homem como meu pai, pois de príncipe ele virou um sapo, um homem que havia parado de cozinhar um tempo depois que eu nascera, um homem duro e que antes mesmo de ser idoso ele já parecia um de tanto reclamar.

Eu podia ouvir uma parte do meu cérebro dizer para não me aproximar mais dele, que ele poderia ser igual a meu pai, mas como fazer isso se eu não conseguia tirar aquele sentimento que eu sentia por ele?

-Nosso próximo encontro será daqui 3 dias será uma festa, te buscarei as 17h. – ele disse na entrada de minha casa.

-E quem disse que eu não tenho compromissos?

-Você disse que eu poderia escolher o dia do encontro.

-É, mas não ouve ganhador.

-Você roubou. – revirei os olhos tentando não rir.

-Ok, é justo. Agora tchau Damon.

-Tchau Elena.

Abri a porta e ouvi passos. Eu ri.

-Vanessa... – cantarolei após fechar a porta.

-Oi... – ouvi quase como um sussurro.

Fui para a cozinha daquele andar e encontrei Vanessa vendo televisão.

-Sabe ouvir a conversa dos outros é falta de educação.

-E não beijar um cara após o encontro também é falta de educação. – nós rimos.

-Mas bisbilhotar é mais ainda. – eu disse.

-Serio Elena qual é o seu problema? – ela perguntou seria.

-Nenhum.

-Querida você tem que ter um para não agarrar logo o Damon.

-Vanessa eu anseie muito por beijar ele, mas não vou me jogar nele, não eu não vou fazer isso tão rápido. Talvez no próximo encontro, mas ele terá que me dar algum motivo para eu fazer isso.

-Não acredito você está tendo uma mega chance de ficar com ele e a está desperdiçando. Só para bancar a difícil.

Eu me senti meio idiota quando ouvi ela falar.

-Eu não vou discutir com você. – eu disse e fui me trancar no meu quarto.