Olhei aquele lugar e sorri. Fazia sentido ela estar lá, sabia que ela amava tulipas, principalmente as vermelhas...

Não me lembrava perfeitamente da noite em que Elena conheceu minha família, mas gostava de tentar relembrar o momento em que o Mike deu aquelas tulipas para ela foi lindo ver a sua reação...

Entrei naquele lugar e comecei a procurar por ela.

...

Não me lembrava quando entrei aqui, mas sei que quando entrei era de manhazinha já estava escurecendo e eu estava morrendo de fome, não almoçara ate agora, talvez fosse melhor eu voltar para o hotel...

O pior é saber que talvez ela pode ter entrado aqui e eu nem a encontrei, afinal esse lugar é gigantesco...

Vi uma morena parecido com ela, corri ate ela e a virei.

–Ele... – Parei de falar quando vi que pare minha tristeza não era ela. – Desculpe pensei que fosse outra pessoa. – Eu disse triste.

Suspirei e a soltei. Caminhei lentamente ate um banco e me sentei.

Talvez fosse hora de desistir, mas eu não me sentia preparado para ir, não estava preparado para perder mais um pouco do que me resta de esperanças. Seria maravilhoso encontra-la eu podia ate imaginar a cena...

Seria perfeito ela estaria em algum lugar daqui, talvez lendo, comecei a rir me lembrando das vezes que passei pelo banheiro na época do fundamental e via ela sozinha lendo e de como ela amava livros... É ela estaria lendo um livro e estaria linda e eu iria ate ela lentamente e quando ela fosse me xingar ou pedir para que eu saísse do caminho me veria e me abraçaria e iríamos voltar, seria o lugar perfeito...

Porém sei que a vida real é mais dura e diferente do que essa realidade que eu criei na minha mente e por mais que eu quisesse eu tinha noção de que ultimamente o destino caminhava em sentido contrario as minhas vontades, mas não podia evitar de sonhar... Queria tanto ter ela comigo novamente...

Senti uma gota, abri meus olhos e olhei para cima, senti mais uma e outra em seguida.

–O parque vai fechar em 30 minutos. – Disse uma voz.

Suspirei, agora não tinha mais jeito eu tinha que ir embora.

...

Depois de muito dirigir encontrei um restaurante e rapidamente sai do carro e entrei naquele lugar divino. O lugar estava cheio, o olhei vendo onde se encontrava algum lugar vazio e bem ao fundo havia um lugar vazio, era meio ruim, mas serve. Fui ate ele, mas parei ao ver uma mulher muito parecida com o cabelo dela. Andei mais rápido ate aquela mulher e toquei em seu ombro, ela se virou e sorri ao reparar que era ela mesma.

Depois de parar milhares de mulheres estranhas, finalmente eu havia encontrado ela, porém ela estava na companhia de outro homem, ela parecia surpresa em me ver.

Ficamos nos encarando ate que o homem pigarreou. Ela balançou a cabeça.

–Damon o que está fazendo aqui? – Ela disse agora me encarando de modo indiferente.

Aquilo me machucou, sabia pelo seu jeito que ela estava atuando, mas mesmo assim foi como uma faca em meu peito. Como eu queria que ela tivesse me abraçado nesse momento e fizesse o que sonhei nesses últimos dias...

–Em Damon? – Ela disse como se estivesse irritada.

–Procurando você. – Vi ela respirando fundo.

– Eu te pedi um tempo e se eu não me engano você tinha aceitado muito bem, então por que você está fazendo isso?

Por algum motivo não consegui falar, eu estava pronto para me declarar a ela, mas a presença daquele cara não me deixava falar.

–Podemos falar em outro lugar?

–Não Damon, se quiser...

–Elena – Olhei para o cara que agora segurava a mão dela – pelo menos ouça ele. Qualquer coisa estou do lado de fora do restaurante. – por um segundo ate quis bater nele, mas como ele estava me ajudando...

–Leandro. – Ela o chamou e ele se virou.

–Faça isso por mim. – Ele disse e se foi.

Sentei na cadeira onde ele estava e vi ela cruzar os braços e fazer uma cara de poucos amigos.

–Então por que está fazendo isso?

–Gostaria de me desculpar...

–Desculpar-se pelo que? – Ela disse me interrompendo e me encarando de modo frio.

–Tem muita coisa poderia ate fazer uma lista, mas vou dizer as principais, quero me desculpar por ter ignorado você, por toda a dor que eu causei a você, sinto por não ter ficado com você nas noites em que te vi chorando, sinto muito por ter deixado você ir quando eu devia ter corrido atrás de você, perdoa-me, por favor?

Vi ela começar a chorar e a abracei e ela chorou mais.

–Tem noção de como essas palavras não podem mudar nada? O passado continuara igual não importa se eu perdoar ou não você. Ainda existira aquelas noites e dias que você me deixou sozinha. – Ela disse com certa dificuldade. Afastei-me para encara-la e limpei as lagrimas em seu rosto.

–Tenho plena noção disso, mas gostaria de ter seu perdão, ainda gostaria que me desse uma chance.

–É claro que eu te perdoo. – Não pude evitar e sorri. – Mas não posso te dar mais uma chance. Houve um tempo para nós, mas ele já se acabou, Damon.

Eram só palavras, mas o efeito que elas me causaram deve ter sido semelhante ao que uma faca em meu peito poderia causar.

–Gostaria que me deixasse Damon, acho que chegou um momento em que nossos caminhos não devem se cruzar mais. Mas quero que saiba que eu ainda te amo. – Ela se levantou, mas a segurei antes que ela fosse embora.

–Como pode dizer que me ama e ir embora? – Eu disse segurando o choro.

–Disse isso porque não quero que duvide de tal fato e estou indo embora, porque esse é o nosso fim definitivo. Você é charmoso vai encontrar alguém que mereça mais do que eu o seu amor. – Ela se soltou e foi embora.

Sentei-me na cadeira, queria ir atrás dela, mas estava claro que ela tomara a sua decisão, estava claro que não importa o que eu diga ou faça ela não mudara de ideia.

POV. NARRADOR

–Vamos embora. – Disse Elena limpando as lagrimas que surgiam em seu rosto.

–Por que o dispensou? – Ele disse.

–Já te falei para parar de fumar babaca. – Ela disse o ignorando e pegando o cigarro da mão dele e o jogando no chão.

–E já te falei que se não gosta que eu fume pare de andar comigo.

–Anda logo, babaca preciso ir embora.

–Só vou se me contar o porquê de dispensa ele.

–Não quero falar disso e se quer ficar ai não ligo. – Ela disse e foi andando e ele foi atrás dela.

–Não te entendo, você diz que ama aquele cara, mas o dispensou...

–Leandro! – Ela gritou. – Já te falei que não dá para eu ficar mais com ele. E pare de falar dele.

–Elena.

Ele segurou no ombro dela e a puxou para si e a abraçou e ela voltou a chorar.

–Desculpe não sabia que te doía fazer tal escolha. – Ela se soltou dele.

–Pare de bobagens é só que eu não quero ter mais nada com ele...

–É obvio que não está fazendo o que o seu coração quer e vai ficar o resto da noite desse jeito e já que tudo que faço é te irritar, vou fazer o que é mais sábio, vou ter deixar em paz amanhã a gente se vê Elena. – Ele disse e foi embora tomando o caminho contrario ao dela.

Ela o encarou ir embora, baixou o olhar e pegou o seu colar e o encarou o seu colar.(Cap.42)

–Queria que eu fosse a pessoa certa para ele... No fim das contas amar o outro não é o suficiente.