POV Diana.

Minhas mãos suavam. Estava nervosa não queria mentir, mas também não queria deixar o Miguel se ferrar. Ele era meu amigo e meu ex-quedinha. E por ser meu ex-quedinha tive que escolher fingir que estamos num casamento não estável. Não queria correr o risco de me apaixonar de novo por ele e não ser correspondida.

–Está pronta? – ele perguntou.

–Sim. – ele tocou a campainha e colocou seu braço ao redor do meu pescoço.

A porta se abriu. Revelando um garoto muito lindo. Ele nós olhou de cima abaixo com um grande sorriso.

–Hey Kyle! Há quanto tempo, priminho. – Kyle revirou os olhos.

–Sou maior que você Miguel. E essa é a sua esposa? Esperava uma garota feia para ter escondido da gente. – eu sorri com o elogio não explicito.

–Cala boca Kyle. Deixa a minha mulher em paz.

–Vou pensar se faço isso, mas me diga que tal apresenta-la?

–Bem amor esse é Kyle Pereira, meu primo, primo essa é Diana minha mulher.

–É um prazer conhecê-la. – ele disse esticando a mão estique para cumprimentá-lo, mas ele a pegou e deu um leve beijo. Corei na hora.

–Não sabe a diferença de uma mulher casada para uma solteira Kyle?

–Sei a diferença. Só estava sendo um cavalheiro com a sua mulher. – ele disse com um sorriso de canto de rosto.

–Vamos entrar? Estou morrendo de frio. – Menti. Sabia que aquilo iria gerar briga.

–Melhor vocês entrarem então. – disse Kyle dando espaço.

Jasper e eu entramos. Cumprimentamos seus pais e já fomos para a mesa e começamos a comer.

–Então como se conheceram?

–Bem... – nós começamos juntos.

–Conte você. – ele disse.

–Eu trabalhava como enfermeira tive que cuidar dele e por causa disso as vezes eu falava com ele, apesar que no tempo eu não queria conversar com ele.

–É verdade ela era bem evasiva no começo. – ele riu.

–Ai querido o que tinha acontecido com você? – disse a mãe dele claramente preocupada.

–Um acidente de carro perdi a memória. Ninguém sabia quem eu era. Diana tentava me ajudar a me lembrar quem eu era, demorou um tempo, mas funcionou. Acho que só demorou porque as vezes eu tentava desviar de assunto para falar sobre ela.

–ONDE ESTAVA OS SEUS DOCUMENTOS, QUERIDO? POR QUE NINGUÉM NÓS AVISOU?! – gritava a mãe dele histérica.

–Calma querida. – disse o pai dele tentando controlar sua mulher.

–Bem me roubaram. – disse ele depois que sua mãe se acalmara. – E depois de um tempo eu simplesmente recuperei a memória.

–E o que você faz Diana? – perguntou Kyle.

–Bem atualmente faço desenho animado. Muito famoso entre os adolescente. – Vi que os pais de Miguel fizeram uma careta, mas Kyle parecia interessado.

–Miguel posso falar com você? – perguntei em seu ouvido.

–Com licença. Vou mostrar o banheiro para ela.

Nós nos levantamos e fomos para dentro de um quarto o dele pelo jeito.

–Vamos discutir falsamente? – perguntou ele.

–Vamos. – eu sussurrei. Pigarreei e me esforcei para falar alto – Eu sabia que eles iam me odiar... Eu te disse que eles iam me odiar quando eu falasse o que eu fazia. – disse em tom acusatório.

–Eu não tenho culpa.

–Tem sim! Você disse que eu estava errada que eles iriam me adorar e ainda insistiu para que eu viesse! – gritei.

–Que foi vai me jogar na cara que estava certa e eu errado? Não leve a serio o que vou dizer agora. – ele sussurrou – Não tenho culpa se escolheu um trabalho ridículo!

Dei um tapa na cara dele e comecei a chorar. Possivelmente aquelas palavras eram mentiras, mas foram como vários cacos de vidro para dentro do meu coração.

–Não leve a serio o que eu disse, por favor. – ele sussurrou e me abraçou.

–Não consigo. – sussurrei. – Vou ficar um pouco aqui. Diga a eles que estou passando mal. – Disse me soltando dele e entrando no bainheiro.

(...)

–Diana sai daí, vai ficar com fome. – ouvi uma voz de um homem diferente, devia ser o Kyle.

–Saio quando ele for embora. Não vou falar com ele.

–Ele saiu. – ele disse e abri a porta, uma pequena fresta.

–Saiu a quanto tempo?

–Poucos minutos. Aqui coma. – ele esticou o prato para mim.

Abri a porta, sentei me na ponta da cama e comecei a comer.

–Desde quando começou o desentendimento entre vocês? – ele perguntou. Demorei a deixar minha boca vazia e aproveitei para pensar numa resposta.

–Pouco tempo atrás. E por que está na casa dos seus tios? – voltei a comer.

–Meus pais morreram a muito tempo atrás e fiquei sob a guarda deles.

–Meus pêsames. – eu disse.

–Tudo bem já superei a morte deles, mas por que se casou com o idiota do meu primo? – eu ri com a pergunta, por sorte não tinha nada na boca.

–Bem... – parei de pensar. – Ele se tornou um bom amigo para mim e quem melhor para passar o resto da vida do que o nosso melhor amigo?

–A Friend Zoom então não existe com você? – eu ri da pergunta dele.

–Às vezes sim.

–Desculpa se meu primo foi um idiota com você é que quando ele briga ele fala muita idiotice.

–Eu sei.

Voltei a comer e ele ligou a televisão num canal de musica. Não, nós falamos mais ate eu terminar de comer e ele me acompanhar ate a sala.

–Se quiser posso leva-la para casa.

–Não vou sozinha, preciso pensar. Diga obrigada pela comida aos seus tios e obrigada pela companhia.

–De nada se quiser, qualquer problema que você tiver com meu primo e quiser conversar pode falar comigo.

–Só uma pergunta boba como vou falar com você se nem tenho telefone? – nós caímos na risada.

–Desculpe tinha me esquecido disso, empresta-me o seu celular? – ele perguntou.

–Claro. – tirei meu celular da bolsa e entreguei para ele.

Ele me acompanhou para fora da casa e me entregou o celular. Sabia bem que Kyle tinha segundas intenções, mas ele estava sendo tão legal comigo que preferi ignorar esse fato e continuar a falar com ele.