Ichi escrita por Spaild


Capítulo 1
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

Vai ser assim, estou com vontade de escrever eles e vou fazer pequenos capitulos aleatórios da convivencia dos dois na nova bantai!



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Abriu a porta e o encontrou debruçado sobre um amontoado de papeis, nem a bagunça da reconstrução da Seireitei, nem mesmo sua chegada o fizera tirar os olhos do que fazia. Era estranho, afinal ele nunca fora dado a trabalho. Talvez finalmente a responsabilidade tivesse lhe caído sobre os ombros.

- Taichou?

- Oh, entre Nanao-chan... pode ficar a vontade.

Franziu um pouco sua testa. Nenhum sorriso, nenhuma declaração infundada? Se ela conhecia bem Kyourau, e ela conhecia, ele estava realmente sério e preocupado com alguma coisa. Talvez ela pudesse ajudar.

Apoiou a mão sobre o haori nacarado sentindo o calor da pele dele mesmo sob muitas camadas de tecido. Engoliu, levando seus olhos dos cachos castanhos para o papel entre os dedos de Shunsui.

- Posso ajudá-lo?

- Já terminei aqui Nanao-chan, obrigado.

Odiava sentir-se impotente perto dele e por isto, burlando todas as suas regras ela segurou-lhe o queixo, sentindo os pelos grossos de sua barba em sua mão delicada. Virou-lhe o rosto e encarou o dele. Ainda lhe doía ver aquele tapa-olho, adorava olhar em seus olhos expressivos... buscou foco.

- Algum problema?

- Estou preocupado Nanao-chan, só isto. – Sorriu, finalmente ele havia sorrido para ela, aquele sorriso que era somente seu.

- Preocupado com Unohana Taichou? – arriscou.

Nanao ouvira uma conversa sobre Unohana treinar Zaraki, achou uma insanidade. Não tinha duvida da força de Unohana Taichou, afinal ela era uma das 13. O que ela temia era a violência que aquele treino exigiria, Zaraki não era homem de poupar forças.

- Unohana Taichou ficará bem. – completou antes dele lhe dizer coisa qualquer.

- Eu sei, estou com medo do que ela pode fazer com Zaraki. – e fechou o olho. – com medo de em que ela pode se transformar.

Nanao retirou a mão do rosto do capitão, olhando-o assustada, então o que seu capitão lhe contara era verdade. Parecia estranho demais para ser real, longe demais dos sorrisos de Unohana, alheio ao carisma e paciência de Retsu.

- Anosa, Nanao-chan?

- Pois não? – recompôs-se, afinal confiava no julgamento de seu capitão.

- Vamos tomar um sakê mais tarde e...

- Negativo Taichou, o senhor tem muito o que fazer! – afastou-se dele.

Deveria saber que não precisava ter conversado com ele, porque passara o restante daquele dia falando pelos cotovelos e bebendo o sakê que fora de Yamamoto Soutaichou. Aparentava ter retomado sua personalidade preguiçosa e despreocupada, mesmo que ele olhasse para a janela as vezes e desse longos suspiros. Ela fingia não ver pois confiava nele. Se algo desse errado ele assumiria, ele daria um jeito. Fora sempre assim.


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