30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 12
eleven


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO! Colocarei o banner depois. Era isso ou vocês esperariam mais um dia pelo capítulo u_u
Já conferiram o trailer?: http://www.youtube.com/watch?v=n6OnR02g0xk
Próximo capítulo só no fim de semana, ou ainda, semana que vem. Não me matem.



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- Eu estou ridícula - resmunguei ao colocar meu vestido. Parecia curto, mas quando terminei de vesti-lo, tive a certeza de que era muito curto. - É minúsculo!

- Você está realmente mais sexy do que deveria, Nessie - Alec fez biquinho, enquanto dava o nó em sua gravata prateada. Seu smoking estava sobre a poltrona, e o vampiro terminava de se arrumar. - Mas eu gosto assim. Saber que eles vão te querer, mas não vão poder tocar... - um sorriso formou-se em seus lábios carnudos, e eu o beijei.

Surpreso, ele levou algum tempo até relaxar, pegando-me pelas coxas e sentando-me no piano. Meus cabelos estavam soltos, e afastei-me por um momento, para prendê-los atrás das orelhas. Coloquei minhas mãos em seu colarinho, fitando seus olhos vinho. Que cor teriam, quando ainda não havia se transformado?

- Eu não quero ir num baile de boas vindas a uma garota que me assusta. - E que já teve um caso com meu namorado, acrescentei mentalmente. - Não mesmo.

- Vai ser rápido - ele me garantiu, mordendo meu pescoço levemente, fazendo com que meu corpo tremesse e os batimentos cardíacos acelerassem. - Tão rápido que quando notar, estaremos de volta, e ficarei totalmente à sua disposição. - ele sorriu maliciosamente, fazendo-me rir.

- Bom mesmo - arqueei a sobrancelha - Porque não quero ficar a toa.

Seus lábios tocaram os meus, trêmulos devido à risada de escapava deles. Era um beijo suave, delicado. Alec sempre soubera me tratar conforme eu necessitava. E agora, tudo que eu queria era passar o resto da noite assim. Suas mãos desceram para minhas coxas no momento que minha boca cedeu passagem para sua língua. Meus fracos batimentos cardíacos aceleraram, e eu senti meu corpo aquecer. Alec ficava mais frio à medida que o tempo passava, mas isso não parecia atrapalhar. O moreno se afastou então, deixando-me ofegante sobre o piano.

- Desculpe-me - ele me encarou. Tinha os olhos escuros. - Eu...

- Quanto tempo faz que não se alimenta? - interrompi-o.

- Quatro dias. - ele respondeu, passando as mãos na garganta.

- Foi por isso que se afastou - um silêncio tomou conta de suas expressões - Tome o meu, Alec. - aproximei-me do vampiro numa velocidade inimaginável. Ele debruçou-se sobre mim, beijando meu pescoço.

- Nunca - respondeu, secamente. - Nunca, Nessie.

- Eu não pedi - revirei os olhos - Mas se quiser, eu te imploro. - apertei seu rosto contra meu pescoço - Por favor.

Sua mão se fechou em minha cintura, colando-me a ele. A outra, em minha nuca, enroscava os dedos nos fios soltos de meu cabelo. Eu senti mais uma vez meus batimentos acelerarem. Minhas mãos, em seus ombros, sentiram seu corpo enrijecer. Respirei profundamente, tentando manter-me sem ofegar. Senti seus dentes romperem a pele de meu pescoço, e um gemido fraco escapou por meus lábios. Não doía, porém. De certo modo eu sabia que se devia ao fato de já ter veneno escorrendo em minhas veias. Senti o sangue deixar meu corpo, e entrelacei meus dedos em seu cabelo escuro.

A porta se abriu, e, antes que eu fosse capaz de fazer qualquer coisa, Alec projetou sua névoa no intruso, afastando-se de mim, repentinamente. Assustei-me e tentei reconhecer o vampiro que entrara sem bater. Céline. Porque eu não estava surpresa? Numa fração de segundos, o moreno já vestia seu smoking. Seus lábios se aproximaram de meu pescoço e sua língua roçou minha pele. A feridas começaram a cicatrizar, e me movi rapidamente para o espelho, terminando de me arrumar. A névoa branca se dissipou, e a ruiva, atordoada, tardou a recuperar os sentidos.

- Deveria bater antes de entrar - o moreno resmungou, sentado na poltrona.

- Queria te fazer uma surpresa - ela sorriu, e só então pareceu notar minha presença - Oh... Não sabia que estava de babá.

- Saberia se não tivesse se passado por inexistente. - ele se pôs de pé - Afinal, o que quer, Delacroix?

- Céline. Até Nina, pra você, querido. - ela passou os dedos pelo vestido, sorrindo tristemente. - Nós precisamos conversar.

- Eu tenho que ficar de olho em Renesmee. - Alec pronunciou-se, já em frente a vampira.

- Por favor. - a ruiva encostou-se ao beiral da porta.

- Eu ficar bem, Volturi - minha voz soou rouca.

- Mandarei Jane tomar conta de você. - ele saiu pela porta, mas pude ouvi-lo no corredor - Te vejo na festa, Cullen.

- O que é isso no seu pescoço? - Jane assustou-me ao surgir do nada, usando um vestido vermelho incrível. Quase borrei o batom que passava. - Não me diga que... Ah, eu não acredito. - havia de surpresa em seu costumeiro tom indiferente.

- Não tem nada no meu pescoço - resmunguei, soltando o cabelo por cima da marca rosada - Está vendo coisas.

- Definitivamente estou. - ela cruzou as pernas, observando-me do outro lado da sala - Você confia demais nele, Cullen. Mas ele continua sendo um Volturi.

- O que ele teve com ela, de verdade? - mudei o rumo da converta, sem ter a certeza que receberia uma resposta.

- Ele a amou mais que tudo. Mais até que a mim. Quando fomos transformados, eu passava muito tempo com Aro. E ele se sentia, de certo modo, excluído. Ela o amparou, pois sabia que o pior medo dele se realizava: perder-me. Sempre fomos só nós dois, sabe? - a loira deu de ombros - Eles se tornaram muito amigos. Muito mesmo. E ele se apaixonou. Certo dia, eu os vi juntos na arena de treinamento. O jeito que eles se olhavam... Bem, nunca achei que, um dia, alguém me olharia assim... De certo modo, senti inveja. Mas então, Céline se foi. Ela havia alterado as memórias de todos. Para alguns, ela havia sido morta. Para outros, nem sequer existira. Mas ela não mexeu nas minhas. Ela queria que eu visse o quanto meu irmão fora feliz. E como ele nunca mais seria. Eu a odeio. Mas ela o fazia feliz. Tudo que me restou foi aceitar.

- Você acha que ele ainda sente algo por ela? - engoli em seco.

- Não vejo motivos para o tal, mas também não vejo motivos para não.

- Em outras palavras, não sabe. - encarei o chão - Ele me disse que não...

- Sem querer ser pessimista, mas talvez nem ele saiba.

Chata. Festas de boas-vindas de vampiros eram sempre assim? O Morsi di Vita estava lotado pela guarda e seus fãs adolescentes. Jane havia encontrado Demetri, então eu praticamente estava abandonada. Olhei ao meu redor sem ver Alec. Fui até o balcão onde o gerente se encontrava. Ele estava em todos os lugares ao mesmo tempo, isso era assustador. Peguei um cardápio ao meu lado, mas o italiano confundiu totalmente meu cérebro.

- Precisa de ajuda? – ele sorriu pra mim, e parecia mais repleto de brilhos que última noite que estive aqui.

- Na última noite que eu estive aqui, você serviu algo pra Alec que eu não lembro ao certo o que era...

- Oh, sim! Alexander é um fã do especial. Até demos o nome da bebida em homenagem a ele – ele sorriu, batendo palminhas. Nada contra gays, mas aquilo era muito até para mim.

Corri os olhos no cardápio, procurando pelo que ele havia falado. Depois de alguns segundos, tentando me concentrar em meio à multidão, encontrei um nome. Tecalec. Isso, sem dúvidas, era uma maneira ridícula de misturar Alec à Tequila. Olhei novamente para o gerente, que me serviu a bebida sem que ao menos eu tivesse realmente pedido. Peguei-a.

- Obrigada – sorri, levantando-me – Por acaso sabe onde posso encontra-lo?

- Se não estiver na área V.I.P., está nos jardins ao fundo – ele piscou e desapareceu.

Subi as escadas, mas tudo o que eu encontrei foram os mestres e meia dúzia de guardas, dentre eles, Renata e Santiago. Caius levantou-se e veio até mim, trazendo consigo uma expressão de incredulidade. Sem dúvidas, era devido à taça que eu tinha em mãos. “Vai mesmo beber isso?”, seus lábios se curvaram num sorriso enquanto ele se aproximava.

- Isso é muito bom. – dei de ombros, e ele riu.

- A minha se chama Cawhisky. Deveria experimentar qualquer dia. – ele passou os dedos pelos cabelos, encostando-se ao corrimão do topo da escada. – Já conhece os jardins?

- Não. Eu estava indo lá agora, pra falar a verdade. – tomei um gole da bebida, e tive de me controlar pra não virar toda a taça de uma vez.

- Posso lhe acompanhar, donzela? – ele riu de seu próprio arcadismo e ofereceu-me o braço.

- Mas é claro, meu bom senhor. – ri também, e descemos às escadas, indo na direção oposta à multidão.

O jardim era lindo. Tinha flores de todas as cores imagináveis, cobertas de orvalho e pálidas ao luar. O céu estrelado era refletido na serena fonte que vez ou outra jorrava da mais pura e cristalina água. Um vento frio fez-me arrepiar, e Caius passou o braço ao redor de meus ombros. Não que realmente fosse me aquecer, mas parecia confortável.

Um gemido chamou minha atenção. Caius parecia tão confuso quanto eu. Ao longe, nas sombras de uma árvore, dois vampiros – e digo isso melas marcas de unhas que eram visíveis na madeira – se beijavam ferozmente. A primeira logo reconheci pelo cabelo ruivo. O segundo era quem eu mais temia que fosse.

Alec.


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Notas finais do capítulo

Digno de reviews/recomedações?
P.S.: não preciso nem falar sobre o "posta mais" "adorei" "gostei" "amei" e "continua", né?