30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 11
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Notas iniciais do capítulo

Eu iria postar só no domingo, MAS, como você melhoraram relativamente a qualiade dos comentários, decidi postar hoje.
Vou viajar nesse fim de semana, e por isso não posso garantir que haverá mais um capítulo ainda antes de segunda.
Infelizmente, teve gente que continuaou "amando" "gostando" e espernado "postar mais" a fic, mas no geral, vocês se esforçaram, e aqui está a recompensa (:



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Eu estava encharcada, dos pés à cabeça. Se não fosse pela voz insistente do outro lado da linha, eu provavelmente teria passado a noite naquele terraço. Levantei-me enfim, já ao nascer do sol e desci as escadas. Foram doze horas sem fazer praticamente nada. Talvez a imortalidade fosse mesmo um porre. Desci as escadas, de volta ao interior do castelo. Poças de água se formavam por onde eu caminhava, mas não me dei ao trabalho de secá-las. Aro tinha seus bajuladores para tal tarefa. Entrei no quarto de Alec, que estava vazio. Vasculhei o guarda-roupa em busca de algo confortável e finalmente entrei no banho.

Dentro da banheira, refleti sobre a conversa que tivera mais cedo no telefone. Era a coisa certa a se fazer? Meu interlocutor dizia que sim. Depois de tudo que passara, eu realmente acreditava que era. Ainda que me custasse muito. A água quente me deixava mais relaxada, ainda que fosse puramente psicológico. Eu precisava relaxar. Um terço já havia passado. Era muito tarde pra decidir voltar outro mês. Eu tinha de manter a calma.

Sequei-me e coloquei a roupa que havia separado. Por mais que parecesse estranho eu não sentia frio nas pernas, o que provavelmente era algo relacionado à minha transformação. Olhei-me no espelho, notando que meus olhos já estavam da cor dos pertencentes aos vampiros. Não me agradava muito, mas entre vermelho e dourado... Bom, eu nunca fiquei bem de amarelo.

Voltei para o quarto, encontrando Alec sentado no sofá, me fitando. Ele deu um meio sorriso ao ver-me, esticando o corpo. Piscou os olhos lentamente, e quando os abriu, estava fitando o chão. Isso não poderia ser bom, poderia? Corri até ele numa velocidade que não imaginava que poderia alcançar. Num piscar de olhos, eu estava em seu colo e tinha o rosto de mármore entre meus dedos.

- Você está bem? – perguntei, aninhando-me em seus braços que me contornavam.

- Não tenho certeza... – um suspiro pesado fez seu peito desinflar, e enterrei meu rosto na curva de seu pescoço.

- Quer falar sobre isso? – nem esperei sua resposta – Eu sei que quer...

- Bom, tem uma garota... Uma vampira, na verdade...

- Você... Me... Trocou? – perguntei, engolindo em seco.

- Não, não seja idiota – ele revirou os olhos, deitando-se na cama improvisada e puxando-me para seu peito. – Uns trezentos anos atrás, ela pertencia à guarda. Foi criada bem antes de mim e Jane. Ela, bom, tem um dom interessante... E era a favorita de Aro, até aparecermos. – seus dedos tocaram meus cabelos – O poder dela é algo como o seu. É capaz de mostrar as coisas, mas não exige contato físico.

- Tipo Zafrina? – perguntei, apertando-o mais forte.

- Quase. A Amazona sabe mostrar paisagens. Com... Ela... É diferente. Ela mostra ações. Faz-te ver aquilo que não aconteceu. Mas o pior... – ele tomou certo fôlego – É que ela é capaz de entrar na sua mente e ver o que você mais teme.

- Nunca ouvi falar dela – encolhi-me. O que ela seria capaz de fazer? – Nunca mesmo.

- Foi porque ela não quis. Ela alterou a mente de todos, fingindo que nunca havia existido. Mas ela finalmente está de volta. Depois de trezentos anos. – Alec beijou minha testa – Foi Aro quem se lembrou dela. No momento que você o desprezou. Ela foi a única vampira no mundo que o havia confrontado.

- Mas... Ela está vindo, tipo, pra cá?

- Ela já está aqui. Demetri a encontrou. – ele se virou na cama, olhando em meus olhos – Mas você deve saber... Eu... Nós tivemos um caso. Foi meio que empurrado, sabe? Mas, ainda assim, ficamos juntos por alguns anos.

- E você vai... Voltar com ela? – confusa, tentei me afastar, mas ele me segurava com força.

- Cale a boca, Cullen. Eu te disse que sou diferente. Que nunca te deixaria.

Meus olhos se fecharam por um segundo, e eu pude sentir tudo. Sentia o cheiro de Alec, misturado ao ar úmido e ao aroma do amaciante, nas roupas lavadas. Sentia a poeira entrar por minhas narinas, assim como sentia as mão do vampiro, receosas, tocando suavemente minha pele. Senti a lufada de ar percorrendo meu corpo quando o moreno me pegou, levando-me para o exterior. Eu sabia que estávamos ao ar livre, porque de repente minhas pálpebras ficaram mais avermelhadas. Havia luz lá.

Luz. Era o sol. Abri os olhos, sabendo exatamente onde me situava. Ali, sentada na grade da varanda, com um belo jardim às minhas costas, eu via Alec brilhar. Em Forks, raramente acontecia de sair Sol, mas ainda sim, vez ou outra eu havia visto o modo como os vampiros reagiam a ele. Mas, tê-lo diante de meus olhos, naquela situação... Era deslumbrante.

Olhei para baixo, e realmente estávamos sozinhos. Virei-me de volta, ainda sorrindo, e com os dedos trêmulos comecei a desabotoar sua camisa preta. Conforme o fiz, sua pele, agora exposta, também brilhava, e percorri minhas mãos por seu peito, puxando-o finalmente pelo colarinho. Nossos lábios se tocaram mais uma vez, e do mesmo modo que havia me tirado do quarto, Alec me levara de volta.

Com a mão apoiando minhas costas, o moreno sentou-se no sofá, colocando-me em seu colo. Ele rapidamente tirou o que lhe restava da camisa, e momentos depois suas mãos subiam por dentro de meu suéter. No momento que seus lábios tocaram meu pescoço, prendi minhas unhas em suas costas nuas. Estranhei por um momento a resistência de sua pele. Seriam cicatrizes? Eu não saberia dizer. Ele me tombou para trás, entrelaçando minhas pernas com as suas, enquanto mordia e chupava meu pescoço. Era tão prazeroso que fico em dúvidas se deixei ou não com que algum som escapasse de minha boca. Suas mãos lentamente levantavam minha blusa vermelha, e ambos sabíamos na onde tudo isso daria.

Como se num momento de clareza, forcei-me a me afastar. Aquilo estava errado. Muito errado. Como se percebesse o mesmo, Alec também se afastou, dando-me espaço. Minha respiração estava acelerada, e inspirei fundo algumas vezes, sentindo o ar gélido percorrer minhas vias respiratórias. Eu ainda estava ofegante, mas não conseguia tirar o sorriso do rosto.

- Muito cedo – falei, finalmente, e o moreno acenou positivamente com a cabeça.

- Tem razão. Muito cedo. – ele pegou-me rapidamente e colocou-me contra a parede.

 Uma de suas mãos estava em minha nuca, enquanto a outra segurava meu punho contra a pintura do jardim de inverno. Mais uma vez seus lábios encontraram os meus, e coloquei minha mão livre sobre o osso de seu quadril, sentindo sua pele fresca. Não fria, apenas fresca. Duas batidas na porta fizeram com que nossas bocas se separassem.

- Odeio quando isso acontece – revirei os olhos, e ele saiu rindo.

Colocou uma camiseta – obviamente preta – de gola V e atendeu a porta. Eu continuei apoiada entre duas árvores pintadas na parede, de braços cruzados, porém. Mesmo à distância, eu conseguia reconhecer as vozes. Uma pertencia à recepcionista deles, cujo nome eu nunca me lembrava, ou não fazia questão de lembrar. A outra, à Felix. Isso era ruim. Eu odiava quando a guarda vinha dar notícias, porque estas sempre eram relacionas à exigência de minha presença diante aos mestres.

- Cullen – Alec virou-se para mim, com os dois ainda à porta – Os mestres querem uma reunião com todos nós. Inclusive você.

Estremeci. Sem dúvidas, seria algo sobre a garota que o moreno havia me falado mais cedo. Parei diante do espelho e ajeitei o cabelo que já havia secado. Coloquei minha capa vermelha – afinal, se tratava de uma reunião formal – e saí, com os três vampiros próximos a mim. Eles acreditavam que eu fugiria? Por que eu faria isso? Claro, eles não sabiam de Alec.

A porta se abriu e nós entramos. No centro do salão, havia uma garota vestida com uma roupa extremamente curta. E com curta, digo, muito curta. Ela se virou para nós, sorrindo. E aquilo me dava medo. Alec se pôs entre mim e Jane, e tinha a expressão séria. A vampira olhou para ele, e depois para mim, mas forcei-me a desviar o olhar, pensando na minha fobia por aranhas. Era melhor que ela acreditasse que esse era meu pior pesadelo.

Dito e feito. Pisquei os olhos e quando os abri novamente, aranhas estavam por toda a parte. Aranhas de todas as espécies, de todas as cores e tamanhos. Elas percorriam o salão em direção a mim, e eu sufoquei um grito. Eu sentia meus olhos se encherem de lágrimas no momento que elas começaram a subir pela minha perna, e caí de joelhos. Quando pisquei novamente, elas tinham ido embora. Levantei o olhar, vendo a vampira com a mão estendida e a segurei, levantando-me.

- Céline Monerat Delacroix. É um prazer.


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Notas finais do capítulo

Digno de reviews? O:
E sim, eu tenho aracnofobia ¬¬