Bella And The Writers Block. escrita por ReLane_Cullen


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

N/A: Oláaaaa, pessoas! Tantas coisas para contar! *_* Então preparem-se para uma NA gigantesca

1- Eu sei que praticamente ninguém aqui sabe (já que a política do Nyah me impede de postar um capítulo apenas de aviso), mas nos últimos 7 meses eu enfrentei um sério problema de saúde na minha família. Descobriram que minha sobrinha de 3 anos tinha câncer e foi um grande choque pra mim e para a minha família. Graças a Deus, em janeiro ela se operou e está tudo bem :D E esse foi o principal motivo do meu afastamento de fics em geral. Mas agora, tá tudo bem!

2- Se é para surtar, vamos surtar direito! Seguindo seus Passos, também conhecida como a continuação de ADSO, está saindo do forno mais rápido que vocês imaginam ;) E com ela vem o cap novo de EC *_*.

3- Gente, eu criei um blog, apenas para postar coisas das minhas fics. Não postarei as fics lá, mas sempre vou postar coisas relacionadas as fanfics e a escrita em geral. O link é rennylc . tumblr . com (retirem os espaços)

Ufa, acho que acabei!



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Capítulo 7

Fluxo sanguíneo - também conhecido como curso do sangue no corpo tanto de animais quanto de seres humanos, levando até as células: oxigênio, aminoácidos e outras coisinhas essenciais para a vida, que você só lembrará o nome até o seu próximo teste de Biologia.

De qualquer maneira, o parágrafo acima serviu para provar que o tal fluxo sanguíneo não é inofensivo e é mais que vital para a vida humana. Pelo menos para o restante das pessoas que habitam o planeta Terra, o que claramente não era o meu caso (mais uma prova de que eu devia ser de um outro planeta). Sério, não tinha nada de inofensivo no pequeno show de Heavy-Trash-Qualquer-Coisa-Metal que ele desempenhava nas minhas têmporas. Para completar o espetáculo, o Astro-Rei cuidava da iluminação.

A quantidade de álcool que consumi depois que esse cara chegou, poderia me fazer membro honorário do A.A. Certo, há uma pequena possibilidade de que eu esteja exagerando, mas isso não diminui o fato de que minha cabeça doía. E que uma parte da culpa era dele.

O som ensurdecedor de Love Me Do atingiu os meus ouvidos. Amaldiçoei o dia em que Ringo, George, Paul e John se encontraram. Mas logo depois perdi perdão por tamanha blasfêmia.

Help!

É eu precisava de socorro. E de um banho.

E café.

Talvez não nessa ordem exata.

ALGUÉM, FAÇA ESSE SOM PARAR!

Grunhi ao sentir minha cabeça latejar ainda mais ao me sentar na cama. Agora eu só precisava me lembrar de como se andava. Acho que era algo como um pé depois o outro. Ou isso seria valsa?

Estreitei os olhos tentando me lembrar de como eu tinha ido parar ali. Minhas lembranças estavam um pouco bagunçadas e por isso não poderiam ser dignas de qualquer confiança. No entanto, aparentemente, num gesto de total insanidade,eu tinha pedido a James se eu poderia dormir na casa dele.

E tudo isso por causa do outro.

É, esse mesmo.

Aquele que não deve ser mencionado.

Correção: Aquele que eu não quero mencionar.

De qualquer forma me pus de pé e andei até o andar inferior num estilo zumbi, que mais parecia ter saído de um vídeo clipe dos anos 80. Chegando mais perto da cozinha, descobri que, aparentemente, os Beatles tinham ganho mais um integrante, já que o James cantava freneticamente todas as canções.

"Bom dia!" Ele exclamou sorridente. Aposto que nem o Pharell Williams era tão feliz assim pela manhã. Arrastei-me até a cadeira mais próxima.

"Será que você podia abaixar esse som?" Grunhi e deixei minha cabeça encostar na bancada. Era tão bom. Tão geladinha.

"Ovos com bacon?" James colocou um prato na minha frente e um enjoo logo apareceu.

"Só quero café." Reclamei. Eu tinha certeza que a gordura do bacon seria péssima para o meu fígado em seu avançado estado de decomposição.

"Você precisa comer." Ele falou sério.

"Jura, mamãe?" Uma coisa sobre mim: Meu humor era péssimo quando eu estava de ressaca.

"Mamãe?" Ele fez uma careta e olhou para dentro das calças. "Coma pelo menos os ovos." Bufei. Pensei em fazer uma piadinha com os ovos, mas preferi ficar quieta. Aquela era uma batalha que eu tinha certeza que perderia.

"Como você pode estar tão bem?" Coloquei uma garfada na boca e minhas papilas gustativas logo reclamaram. Mas o problema era o meu organismo, não os ovos.

"Anos de prática." Ele respondeu petulante, colocando uma caneca de café na minha frente. No instante em que aquele líquido amargo e quentinho entrou no meu corpo, todo o mundo fez sentido novamente.

"Que horas Vicky chega?" Perguntei, sentindo minhas funções corporais se restabelecerem lentamente. O café estava para mim, como o sol amarelo estava para o Superman.

"Hoje ela vai para a casa da mãe." Ele respondeu, mordendo uma fatia de bacon. "Pelo menos uma vez na semana ela faz isso."

Ficamos alguns minutos em silêncio, enquanto desfrutávamos da comida (ou tentava, no meu caso), quando James me fitou por um longo momento. Eu convivia com ele já por quase 22 anos, tempo suficiente para decifrar os seus olhares. E eu sabia exatamente o que aquele significava.

"Por que você não foi para casa?" Ele disparou. Cogitei inventar uma história mirabolante que justificasse minha estadia ali, mas aquele era o James. O meu amigo mais antigo e o cara que foi meu primeiro beijo, entre outras coisas.

"O Edward me beijou." Optei pela verdade.

"Wow!" Ele me encarou estupefato. "Agora entendi o porquê você se grudou em mim daquela maneira"

"Pois é..." Sorri nervosa. "Situações desesperadas exigem ações ainda mais desesperadas."

"Você sabe que tudo isso foi em vão, afinal você precisa voltar para casa, né?" Ele arqueou uma sobrancelha na minha direção.

"Eu estava pensando em morar aqui com você e a Vicky, e se não desse certo, sempre há um lugarzinho embaixo da ponte." Sorri sarcástica.

"Deixa de ser idiota." Sempre um gentleman!

Depois do café da manhã, eu senti uma necessidade extrema de tomar um banho. Acho que só após umas xícaras de café que eu pude notar o lamentável estado no qual me encontrava. Tentei encontrar alguma roupa da Vicky que entrasse em mim, mas ela era dois números menor que o meu, e seu sutiã dois números acima. Acabei com uma calça do James e uma blusa que dizia "Blonde Guys do it better" ( Loiros fazem melhor). Revirei os olhos quando ele me entregou a blusa. Eu entendi o porquê dele me dar justamente aquela blusa. O pior te tudo? Eu estava sendo completamente conivente com aquela ideia.

Trinta minutos depois, eu estava me sentindo nova e fresca, com direito a cheirinho de lavanda (obra da Vicky, eu tinha certeza). Agora sim, eu estava pronta para ir em direção a minha (triste) realidade,. Eu não fazia ideia do que me esperava em casa e nem queria pensar sobre isso.

James estacionou o carro em frente a minha casa e saiu do carro para me acompanhar. Ele me seguiu e parou no hall de entrada.

"Entregue sã e salva " Ele falou demasiadamente alto

"Obrigada" Sorri.

"Podemos repetir na próxima semana?" Ele piscou para mim e eu revirei os olhos. Alguém precisava alertá-lo de que ele estava na profissão errada.

"Tchau, Jay"

"Tchau" Ele beijou meu rosto e saiu em seguida

Quando cheguei a sala de estar, um Edward muito irritado me fulminou com os olhos. Ele andava de um lado para o outro da sala. Tive que conter um sorriso ao ver aquela cena

"Preciso elogiar seu ótimo senso de responsabilidade." Ele disparou logo em seguida.

"Bom dia pra você também."

"Eu não vou perguntar onde você estava e nem o que estava fazendo, porque eu tenho uma pequena ideia de como você passou a noite. Mas nós tínhamos uma reunião "

"Não vi nada na minha agenda" Usei a minha melhor expressão de inocência fingida. "E quem é você para falar alguma coisa?"

"Eu não tinha combinado nada com você ontem." Ele se defendeu. Abri a boca para respondê-lo, mas fechei logo em seguida. Ele tinha razão, mas eu não ia admitir.

"Essa discussão não vai levar a nada. Preciso dormir." Dormir sempre era a saída. Desde corações partidos a situações que você queira evitar.

"Dormiu pouco na noite anterior?"

Decidi ignorar a provocação e fui direto para minha cama. Existia um motivo para eu não sair de casa a noite com tanta frequência. Eu precisava de mais tempo para recarregar que a maioria das pessoas. Desliguei o telefone e fechei os olhos desejando toda inércia e dormência me atingir

"Onde você esteve a noite toda?" Anthony rugiu no meu ouvido.

Ótimo!

"Anthony, eu quero dormir. Por isso eu estava de olhos fechados, caso você não saiba." Grunhi. Personagemcídio não era crime, e nem uma palavra válida, o que a classificava como uma ação completamente aceitável.

"Você não respondeu a minha pergunta" Ele insistiu.

"Eu dormi no apartamento do James" Prendi a respiração prevendo as reclamações que se seguiriam.

"Você fez o quê?! Você tá maluca? O que você foi fazer com aquele verme?" E a minha drama queen nunca falhava.

"Eu não tenho que te dar satisfações"

"Claro que tem" Ele exigiu "Você mata o cara no livro e depois dica saindo com ele na vida real. Você enlouqueceu?"

"Enlouqueci quando criei você." Respirei fundo. De todos os meus personagens, aquele era o que mais roubava meu sono. "Eu quero dormir."

"Você não tem um livro para escrever?"

"O livro pode esperar algumas horas."

"E o contrato?"

"Você não vai me deixar dormir, vai?"

"Não." Ele sorriu.

Bufei frustrada e joguei as cobertas de lado, ao mesmo tempo em que meu "amiguinho imaginário" desaparecia. Hora de enfrentar a realidade. Mais uma vez.

/

Edward estava sentado no sofá da sala. Ele olhava fixamente o computador na sua frente, e seus pensamentos pareciam estar a milhares de quilômetros dali. Algo entre Nárnia e Mordor, eu ousava dizer.

"Pronto, vamos acabar logo com isso." Anunciei ao entrar na sala.

"Eu estou ocupado no momento" Ele respondeu sem olhar para mim.

"Tão ocupado que..." Suspirei "Será que não podemos ter uma trégua?"

"Só se você tirar essa blusa" Ele disparou.

"Como é que é?!" Arregalei meus olhos. Eu não esperava que ele fosse assim tão direto.

"Ela é ridícula." Ele me olhou com desdém. E só então eu lembrei qual blusa eu estava usando.

"Só porque você não é loiro." Fiz uma careta.

"E nem você. O que torna essa blusa desnecessária."

"Será que podemos por favor resolver o que falta no livro?" Mudei de assunto. Forçar uma briguinha seria infantil e extremamente desnecessário.

'"Está bem" Edward levantou e foi até o meu escritório. Embora ele não tivesse feito nenhum sinal para que eu o seguisse, fiz assim mesmo (Até porque aquela era a minha casa). Ele retirou algumas folhas de papéis de uma gaveta e me entregou parte delas.

"O que é isso?" Levantei uma sobrancelha.

"Suas falas" Ele respondeu como se fosse a coisa mais simples do mundo.

"Minhas o quê?"

"Esse é um método bastante eficaz para muitos autores." Eu o encarava desconfiada, enquanto ele explicava sua ideia. "Encenar o diálogo pode te ajudar a ver o que tem de errado."

Encarei aquelas palavras que tinham sido escritas por mim e nunca fiquei tão apavorada na minha vida. Edward fez um sinal de que começaria a fazer a leitura e senti meus batimentos ficando instáveis ao reconhecer que cena era aquela.

"Nós veremos isso " Edward começou a ler o texto e levei alguns minutos para me localizar. Assim como o texto pedia, ele sorriu complacentemente. " Eu suponho que você não queira o seu anel agora?"

Olhei para a próxima linha:

Eu tive que engolir antes de poder falar.

E eu não tive nenhum problema com essa parte. Pois, eu realmente tive que tragar a saliva e respirar profundamente, antes que conseguisse pronunciar qualquer coisa.

"Você supôs corretamente."

Assim como Anthony deveria rir da Bella nesse momento, Edward fez comigo. Mas aquilo não tinha sido irritante. A risada dele era barulhenta, rica, gostosa.

"Está bem. Eu vou colocá-lo no seu dedo em breve."

Olhei de novo para o papel. Minhas falas pareciam intermináveis

"Você fala como se já tivesse um."

" Eu tenho " Edward sorriu." Pronto pra ser forçado em você ao menor sinal de fraqueza."

"Você é inacreditável." Ri nervosa.

"Sem ofensas, mas isso tá chato." Edward reclamou. Eu permaneci calada, mas internamente concordava com ele e ficava aliviada por saber que aquele suplício tinha chegado ao fim. "Vamos para uma parte mais interessante." Ele voltou os olhos para os papéis e folheou as páginas. "Encontrei. Página 3." Ele avisou triunfante. "Nessa parte, eu já te dei o anel. " Ele fez uma careta ao ouvir suas palavras "Digo, o Anthony já deu o anel para a Bella. "

"Certo."

"Precisamos de um anel" Ele meneou a cabeça em direção as minhas mãos. Retirei um dos anéis que usava, o que eu usava no meu dedo indicador, e coloquei-o em sua mão. "Agora coloque-o no dedo anelar."

" Serve perfeitamente" Edward retomou a leitura "Isso é bom, me poupa de uma viagem até o joalheiro."

Fitei a folha, procurando minha próxima fala.

Eu podia ouvir alguma emoção forte queimando por baixo do tom casual dele, e eu olhei pra cima pra ver o rosto dele. Estava nos olhos dele também, apesar da cuidadosa indiferença da expressão dele.

" Você gostou dele, não gostou?" As palavras saíram entrecortadas, já que meu coração tamborilava no meu peito. Eu tinha plena consciência de qual cena vinha a seguir.

"Claro." Edward usou seu tom mais causal. "Ele fica muito bem em você."

Edward caminhou lentamente, parando a exatos dois passos de onde eu estava.

"Você se importa se eu fizer uma coisa?" Ele murmurou suavemente.

" O que você quiser." Respondi, sem nem encarar o papel em minhas mãos.

Edward estava, agora, a milímetros de mim. Seus olhos verdes fixos nos meus. Acho que eu nunca tinha realmente notado as tonalidades de verde que seus olhos possuíam. Eles eram de um tom mais escuro na borda e bem mais claros no centro da íris.

Ele encostou seus lábios nos meus e afastou um pouco a cabeça, me dando a chance de escolher se era aquilo o que eu realmente queria. Mal sabia ele que essa decisão tinha sido tomada anos atrás. Mordi meu lábio e o agarrei pela gola da blusa. Edward soltou uma risada, que eu fiz questão de sufocar com o meu beijo.

Ele lambeu meu lábio inferior e eu entreabri minha boca para que nossas línguas se encontrassem, no mesmo instante em que ele me envolvia em seus braços não deixando nenhum espaço entre nossos corpos. Talvez as coisas estivessem indo rápido demais. Talvez isso fosse estragar nossa amizade, ou qualquer nome que se dê ao arranjo que existia entre nós. Mas a verdade era que nada daquilo importava enquanto meus dedos, finalmente, se emaranhavam nos cabelos dele.

"Acho que estamos saindo do roteiro." Ele sussurrou no meu pescoço.

"Oh!" Resfoleguei ao sentir sua boca sobre minha pulsação. "Dane-se" Edward riu de encontro ao meu pescoço, mandando um arrepio pela minha coluna. Tudo o que eu estava sentindo naquele momento, se eu parasse para analisar, eu estaria em uma grande encrenca.

Minha blusa foi parar no chão e não demorou nada para que a dele tivesse o mesmo destino. Ter mais centímetros de pele dele encostados na minha, com quase nenhuma barreira, era demais para a minha sanidade. Não queria nem imaginar como seria quando todas as roupas estivessem fora do caminho.

Eu não queria imaginar, pois já tinha feito isso em demasiado. Agora era a vez de ver e sentir. Ou pelo menos deveria ser.

O som da campainha ecoou pela casa, o que significava que alguém conhecido adentraria na minha casa a qualquer momento. Eu realmente precisava rever meu conceito de amigos e privacidade. Edward soltou um palavrão e me soltou. Catei minha blusa do chão, tentei ajeitar o cabelo enquanto corria e vestia a camiseta.

"Rose!" Exclamei ao ver minha amiga já na sala de estar.

"Hey." Ela sorriu e me olhou dos pés a cabeça. "Você está ofegante."

"Corri para te atender. Eu sou asmática." Não era exatamente uma mentira, mas..

"Eu estou com uma folguinha no trabalho e a Alice está surtando devido a seus instáveis níveis hormonais." Quando Rose começava com um pequenos discurso explicativo, só uma coisa vinha a seguir. "Resumindo: vamos almoçar."

"Sim senhora." Respondi com meu melhor sorriso.

"Que camiseta é essa?" E só naquela hora me lembrei que ainda estava usando aquela camiseta idiota.

"É do James." Respondi e ela me encarou como se eu tivesse ume segunda cabeça. "É uma longa história."

"Oi, Rose." Edward apareceu na sala. As calças estavam ok, mas eu não podia dizer o mesmo do cabelo nem da blusa.

"Oi, cunhadinho." Rosalie o olhou do mesmo jeito que tinha feito comigo. "Meu Deus, a cada dia que passa seu cabelo fica mais desarrumado. "

"Deve ser a umidade no ar." Ele sorriu sem graça.

"Claro." Ela sorriu para ele para em seguida arquear uma sobrancelha na minha direção. Aquele era o olhar 'Eu sei o que vocês fizeram no verão passado' da Rose "Te espero lá fora."

Rose saiu pela porta e com ela toda a habilidade que eu e Edward possuíamos em falar. Sério. Como duas pessoas podiam quase 'mandar ver' em um cômodo e bancar os virgens tímidos em outro?

"Eu..." Apontei para a porta, sem conseguir formar uma frase coerente.

"Você tem que ir..." Ele completou tão desconfortável quanto eu.

"É." Assenti e sorri brevemente para ele.

"Acho melhor você..." Edward apontou para a minha blusa.

"Claro." Assenti e subi as escadas na velocidade da luz.

/

"Nós três reunidas, isso é tão lindo!" Alice exclamou, espremendo-nos em um abraço. "O que vamos comer?" Ela perguntou animada, enquanto olhava para todas as opções disponíveis na praça de alimentação.

"Algo light, por favor." Rose pediu.

"Não, o seu irmão se transformou num verdadeiro nazista alimentar. Eu preciso de gordura. Muita." Alice protestou. "Bella?"

"O que vocês decidirem á ótimo pra mim." Encolhi os ombros.

"Eu estou grávida, eu decido." Ela deu um tapa na mesa que mais parecia um juiz martelando ao final de uma sentença. "Burger King!"

"Como vai o livro?" Alice perguntou, antes de dar uma mordida em seu hambúrguer.

"Indo. Ainda tem alguns pontos a serem resolvidos." Senti meu rosto corar só de imaginar um dos pontos que eu ainda tinha para decidir.

"Falando nisso, eu amei aquela parte que você me mandou. Achei muito legal a trama que você criou para o passado da Rose. "

"E qual foi?" Alice perguntou, curiosa.

"Nada disso. Vai ter que esperar como todo mundo."

"Mas ela já sabe." Ela apontou com um beicinho.

"Eu queria uma opinião pessoal dela." Expliquei. "Mas eu queria a opinião de vocês em outro assunto."

"Sim." Rose acenou para que eu continuasse.

"O que vocês achariam se vocês pudessem se ver no cinema? Tecnicamente." Eu sabia que contar isso para elas era expor-me ao frenesi maluco que só elas podiam alcançar. Mas aquelas eram as minhas melhores amigas. Duas, das pouquíssimas pessoas no mundo, que sabiam distinguir meus sentimentos e como agir em cada caso.

"Como assim?" Alice arqueou uma sobrancelha;

"Um estúdio quer adaptar meus livros para o cinema" Mordi o lábio apreensiva.

"Ah meu Deus! Isso é incrível." Alice comemorou com um sorriso tão genuíno que fez meu coração ficar mais leve.

"Estupendo!" O sorriso de Rose não deixava nada a desejar ao de Alice.

"Você acha que eles conseguem a Natalie Portman para me interpretar? Porque nós temos uma estrutura bem parecida." Alice começou seu pequeno devaneio.

"Se a Megan Fox topar ficar loira, eu quero que ela me interprete."

"Calminha aí. Eu ainda estou estudando a possibilidade"

"Não tem o que pensar." Alice foi direta. "A não ser no montante de dinheiro que você vai ganhar."

"O problema é que eles querem que eu faça uma turnê do meu próximo livro, para tornar meu rosto mais conhecido. " Mordi o lábio. Alice me fitou por um momento e suspirou.

"Isso é mau."

"Ah, Bella!" Rose gemeu em protesto. "Eu sei o que você pensa sobre o assunto, mas você não acha que seus fãs merecem colocar um rosto no nome?"

"A Rose tem razão." Alice me olhou incerta. "As poucas pessoas que te reconheceram foi devido ao seu nome, o que é incomum, já que o seu nome é comum."

"Bella, seus fãs querem saber o seu rosto, mas eles também querem conhecer você. Querem saber um pouco mais sobre a mulher por trás da história." Eu sabia que Rose estava certa, mas é que era tão difícil. Quer dizer, se não bastasse toda a questão da perda de privacidade, ainda havia a possibilidade de eles me acharem uma idiota e me odiarem eternamente.

"Mas isso vai expor vocês também." No momento em que eu me revelasse para o mundo, várias pessoas ligariam Alice e Rose aos personagens homônimos nos livros.

"A um nível irrelevante." Rose argumentou. "Nós não somos a Alice e Rose do seu livro. Nós temos pouco em comum."

"Tirando o fator bitch da Rose e meu jeitinho elétrico."

"Eu tenho medo de não conseguir ir ao mercado como uma pessoa normal." Confessei.

"Se a Jennifer Lawrence consegue ir ao supermercado sem ser pisoteada, amassada e atacada por uma multidão de fãs, você também pode." Alice ofereceu um sorriso.

"Talvez vocês tenham razão." Arrisquei.

O caminho de volta para casa foi recheado de mirabolantes ideias para o elenco bem como para possíveis mudanças que a história podia sofrer em na futura adaptação. Comecei a relaxar, enquanto entrava na brincadeira e imaginava que atores eu gostaria para o meu casal de protagonistas. Seria como brincar de bonecas quando eu era pequena, só que muito mais divertido.

Quando as meninas me deixaram na porta de casa estranhei ao ver um carro nada familiar parada a minha porta. Será que o Edward tinha chamado alguém? Será que eram os produtores? Ou será que era alguém da editora? Qualquer um menos a Tanya, por favor.

Enquanto eu proferia essa silenciosa prece, abri a porta de casa e andei até a sala. E naquele instante preferi que a própria Tanya, os produtores e Jake estivessem todos juntos naquela sala.

Qualquer um deles teria sido uma opção melhor a realidade que se desenrolava diante dos meus olhos:

Edward estava sentado em uma das poltronas com um olhar desesperado, enquanto minha mãe (sim, vocês leram certo) estava no sofá com um olhar entediado. Meu pai estava de pé, com um olhar ameaçador como daqueles policias em cenas de interrogatório.

"Mãe? Pai? O que fazem aqui? " Perguntei surpresa.

"Acho que você nos deve uma explicação." Meu pai me fuzilou com o olhar.

Ferrou...


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