Bella And The Writers Block. escrita por ReLane_Cullen


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

N/A: Cá estou eu mais uma vez! :D A inspiração chegou, bem como um tempinho livre e consegui atualizar a fic. Andei recebendo mensagens sobre as outras fics, e eu só queria dizer que não desisti de nenhuma. O problema é que existe uma coisa chamada inspiração que tende a me abandonar nas horas mais precisas. Todos os próximos capítulos estão iniciados, o último de ADSO sendo o mais adiantado, mas eu dependo da tal inspiração para terminá-los. Enquanto isso, divirtam-se com Anthony e cia :p Ah, e desçam até o fim da página, que tem uma surpresinha.



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Capítulo 6


Suspirei aliviada quando finalmente ouvi o som da tranca da minha casa se fechando. Não, eu não tinha síndrome do pânico nem nada parecido, só estava aliviada por estar longe do Edw-, digo, da editora.

O motivo?

Tudo começou com aquela maldita reunião.

Minha mente ainda estava nublada com aquela promessa velada que Edward tinha sussurrado em meu ouvindo, quando a voz estridente de Tanya me trouxe de volta a realidade. Minha ex-editora tão prestimosamente veio nos avisar de que a reunião aconteceria dentro de poucos minutos.

Quando chegamos a sala de reunião, Tanya e Marcus já estavam presentes, juntos com outras três pessoas que eu nunca tinha visto na vida. Segundos depois, descobri que se tratavam de executivos de um determinado estúdio, interessados em comprar os direitos dos meus livros e transformá-los em um longa metragem.

Aí vocês podem estar pensando: Qual é o problema?

A primeira coisa que pensei foi na máxima: O livro é melhor que o filme.

Quer dizer, vai que os caras estragam minha história toda?

Os executivos logo trataram de retrucar o meu argumento, dizendo que eu estaria envolvida em todo o processo de criação. Da escolha dos atores até a ilha de edição, deixando bem claro que eles fariam de tudo para que eu me sentisse o mais confortável possível com a situação.

E então eles vieram com a fatídica notícia de que eu precisava tornar meu rosto conhecido.

"Tornar meu rosto conhecido" Resmunguei para a minha sala vazia. "Eu consegui emplacar dois best-sellers sem mostrar meu rosto, mas agora , pra uma droga de filme, eu tenho que me tornar conhecida?" Um filme deveria ser sobre os atores, não os autores.

"Estressada?"Anthony apareceu atrás de mim.

"Não enche o saco !" Bufei. "Não é estresse, apenas indignação com certas injustiças no mundo."

"Corrupção? Fome? Descaso com a saúde?" Ótimo! Tudo que eu precisava agora era de uma dose de sarcasmo.

"Ok, injustiças que ocorrem no meu mundo." Desabei no sofá, apenas para dar um ar mais dramático.

"Foi tão ruim assim?" Anthony sentou-se ao meu lado.

"Você não ouviu o monólogo de dois minutos atrás?"Cruzei os braços.

"Ah, aquela enxurrada de palavras?"

"Sim." Grunhi. "Ah, que droga!" Peguei uma almofada e arremessei contra a televisão. "E para completar o Edward ainda ficou do lado deles."

"Agora tá explicado." Ele comentou irônico. "Eu sempre te disse para não confiar nele."

"Ele é você!" Exclamei, embora eu já não tinha certeza se sabia mais quem era quem.

"Tecnicamente"

"Não começa com a aula de psicologia."

Anthony ia dizer alguma coisa, mas o barulho vindo do hall dizia que não estávamos mais sozinhos. Pensei em sair correndo e me esconder no meu quarto, mas eu não conseguiria chegar nem até a escada antes que Edward aparecesse na sala.

"Bella?" Ele chamou, já se aproximando da sala. "Precisava sair daquele jeito?" Ele questionou, sério.

"Talvez se você não tivesse ficado do lado deles..." Era impressão minha ou eu soava como uma garotinha de cinco anos?

"Eu estava tentando ser razoável, conciliar os dois lados."

"Conciliar os dois lados? Eles querem me colocar na mídia." Será que ele ainda não tinha entendido a seriedade da situação?

"E isso é ruim porque...." Ele gesticulou para que eu continuasse.

"Caso você não tenha percebido, eu não sou uma pessoa extrovertida. Eu não me sinto confortável com pessoas que eu não conheço."

Eu já tinha visto dezenas de entrevistas com autores em turnê pelo país e eu simplesmente não conseguia imaginar como eu poderia sentar em uma cadeira, conversar coisas pessoais na frente de uma platéia (para não mencionar os telespectadores em casa). O simples pensamento me deixava com uma sensação de invasão.

"Você pareceu bem a vontade quando nos conhecemos."

"Aquilo foi diferente." Afinal, faz uns sete anos que eu sou a fim de você.

"Como?" Ele arqueou uma sobrancelha.

"Eu conheço sua família há anos, então é como se eu te conhecesse há séculos. "

"E eu achando que você tinha sido bondosa comigo por causa do meu charme." Ele sorriu para mim. Ah, mas ele não ganharia assim tão fácil. Ele não era tão irresistível assim que bastava um sorriso e já me tinha na mão...Quer dizer...não! Eu realmente estava irritada!

"Não fuja do assunto." Falei, visivelmente desconcertada.

"Vamos ser racionais por um momento." Edward pediu."Você já pensou o quanto você ganharia, não apenas financeiramente, caso seu livro chegasse as telas de cinemas?"

"Seria ótimo ver meus personagens ali e eu sei que o retorno financeiro seria mais que agradável, mas o preço a pagar vai ser alto demais. A coisa que eu mais prezo no mundo é a minha privacidade. Eu não quero ir a farmácia e ter pessoas me parando para tirar fotos, pedindo autógrafos a cada passo que dou. " Mesmo com a minha, digamos, reclusão, ainda tinha alguns fãs que conseguiam me reconhecer e pediam para tirar fotos e autógrafos e tudo o mais. Eu não podia negar que sentir o carinho do meu público era incrível, mas eu não sei se seria tão incrível se 20 milhões de pessoas resolvessem fazer a mesma coisa.

"Você pode ser a próxima J.K. Rowling" Eu me perguntava se ele sabia o quanto eu a admirava.

"E ela consegue permanecer incógnita enquanto vai ao mercado?"

"Eu não sei. Mas te garanto que a visa dela é bem mais parada que Daniel Radcliff e companhia." Talvez ele tivesse alguma razão aqui.

"Mas..." Tentei achar algum argumento, mas nada.

"Olha, eu não vou mais falar sobre isso, mas quero que você pense no assunto. Tente olhar por todos os ângulos, ok?" Ele me pediu.

"Eu...eu...será que posso ficar sozinha?" Perguntei, sem conseguir olhar para ele.

"Claro, você sabe onde me encontrar." Assenti cabisbaixa, enquanto ele deixava a sala.

"Essa doeu até em mim." Anthony reapareceu do meu lado.

"Anthony, eu disse sozinha." Rosnei.

Um misto de sentimentos e opiniões circulavam dentro de mim.

Acho que nunca na minha vida eu tinha vivido tamanha indecisão. Sinceramente, eu não sabia que decisão tomar. Se eu recusasse a proposta, eu poderia continuar com a minha privacidade intacta, vivendo a minha vida da mesma maneira que eu tinha feito nos últimos anos.

Por outro lado, eu sabia que aquela proposta era um reconhecimento pelo meu trabalho e sucesso alcançado pelos livros, e que aquele reconhecimento só aumentaria caso meus livros virassem filme. Não podia negar que o fator financeiro também seria bem interessante. Sem contar que eu sempre sonhei com o dia que minhas obras fossem adaptadas para o TV ou o Cinema.

Arghh! Por que as coisas não podiam ser mais fáceis?

Por que para viver um dos meus sonhos eu teria que abrir mão de uma das coisas que eu mais prezava?

Depois de passar quase toda a tarde pensando em todas as possibilidades e maneiras de conseguir conciliar as duas coisas, dirigi-me ao quarto do Edward. Eu precisava me desculpar pelo meu péssimo comportamento, afinal, ele não tinha culpa pelos meus problemas.

Bati em sua porta e aguardei que ele abrisse.

"Oi." Ele me olhou desconfiado.

"Posso?" Meneei em direção ao quarto e ele me deixou passar. "Eu só queria te pedir desculpas por tudo o que eu fiz hoje."

"Tudo bem, eu já disse que estou acostumado com os ataques artísticos dos autores."

"Só que eu não sou assim."

"Está tudo bem." Ele me ofereceu um sorriso e eu senti como se aquele simples gesto fosse capaz de me relaxar.

"Quanto tempo eu tenho para resolver?"

"Uma semana." Ele suspirou. "Eles enviaram a proposta, pode ser de ajuda na sua decisão."

"O que você acha? Eu quero a sua opinião, não a do meu editor."

"Leia a proposta e depois conversamos." Ele me entregou o documento.

"Ok. Quanto ao livro..."

"Podemos deixar isso para amanhã." Ele me ofereceu um sorriso.

"Claro."

Saindo do quarto dele, fui para o meu e larguei a proposta na mesa de cabeceira. Eu precisava resolver meus conflitos internos antes de ler o que ele propunham. Resolvi descansar um pouco e quando abri os olhos, meu estômago reclamava - um indício de que a hora do jantar havia chegado.

Fui até a cozinha, na esperança de encontrar ingredientes para um jantar decente. Eu não era uma expert na cozinha, mas com um livro de receitas na mão e algumas tentativas, as coisas, geralmente, saíam certas.

"O que você está fazendo?" Anthony apareceu ao meu lado.

"Cozinhando." Ou quase isso, completei mentalmente "Se você fosse real o que você gostaria de comer?"

"Por quê?" Ele perguntou desconfiado.

"Eu queria fazer alguma coisa para o Edward, como um pedido de desculpas." Expliquei, enquanto continuava minha inspeção pelos armários da cozinha.

"E você vai cozinhar?" Ele arregalou os olhos, em espanto.

"Não me olha assim, quando eu me empenho as coisas saem boas." Bem, talvez boas não seria um adjetivo correto de se usar, tragáveis me parecia mais apropriado.

"Por que você não liga para a Alice?" Anthony só podia estar de brincadeira ao sugerir aquilo.

"E enfrentar a enxurrada de perguntas?" Se eu ligasse para Alice perguntando o quê o irmão dela gostava de comer, eu só desligaria o telefone no dia seguinte devido ao enorme interrogatório que minha amiga começaria.

"Então vai lá e pergunta a ele."

"Eu não posso fazer isso." Mordi o lábio, indecisa.

"Por que não?" Ele enrugou o cenho.

"Por que soa estranho." Só de imaginar a cena eu sentia arrepios.

"Soa estranho você perguntar ao seu hóspede o que ele gosta de comer?" Anthony cruzou os braços e me encarou. Ok, quando ele colocava assim, realmente parecia maluquice o que eu dizia. No entanto, se você levar em consideração que o hóspede é o Edward e a relação que eu tenho com ele...Vamos admitir, é estranho!

"Soa estranho porque ele pode achar que existem segundas intenções."

"Ele sabe da existência delas, mesmo sem você falar."

"Sério?" Desde quando eu fiquei tão transparente assim?

"Você não vai negar?" Anthony resmungou contrariado. Se o momento fosse outro, talvez eu desse atenção as crises de ciúme do meu personagem favorito. Porém, situações desesperadas pedem medidas desesperadas (ou seja lá como é o ditado).

"Você é o meu subconsciente, então deve estar certo." Provoquei.

"O que fizeram com você nessa reunião?" Encolhi os ombros.

"Você acha que ele está certo?"

"Sobre o filme?"

"É."

"Bella?" Edward me chamou de algum lugar na casa. "Ah, oi. Eu vou dar uma saída. Depois a gente continua aquela conversa." O cabelo arrumado e o perfume me diziam que não seria uma saída qualquer.

"Você vai jantar em casa?" Nunca na minha vida eu tinha me sentido mais 'dona de casa' do que naquele momento.

"Não sei que horas eu volto."

"Ok." Usei meu melhor sorriso. "Tchau."

"Até mais." Ele se despediu com um sorriso.

"Pode ficar mais patético que isso?" Murmurei quando ele finalmente saiu de casa. Eu estava ali quebrando minha cabeça, querendo fazer algo que ele gostasse para jantar, quando o desgraçado estava planejando uma noitada sabe-se lá com quem?

"Por que você não sai? Vai fazer alguma coisa." A sugestão do Anthony poderia ser cômica, se o momento não fosse tão depressivo.

"Eu vou fazer uma lasanha e assistir a um bom filme." E se sobrasse espaço, o bom e velho clichê do sorvete de chocolate seria usado.

"Ótimo, carboidratos e comédia romântica." Ele ironizou. "Eu disse para você fazer alguma coisa, e não virar um acumulador de calorias."

"Eu não posso ligar para as meninas." Apontei. "Elas vão saber que tem alguma coisa estranha acontecendo."

"Por que você não sai sozinha?"

"Porque é estranho." Eu já até conseguia me ver num canto de uma boate, com apenas meu copo como companhia.

"Liga pro Jacob." A cada sugestão que ele dava, eu me perguntava se quando eu o criei, eu tinha esquecido de adicionar o fator 'inteligência' à fórmula.

"Eca!" Preferia encarar uma maratona do Exorcista a ter que sair com aquele cara. "Já sei." Num estalo, a terrível ideia de Anthony me levou a uma muito mais interessante.

Filme e lasanha, vocês tão a fim? ~B

Vicky tá de plantão hoje. :( Filme e lasanha? Tem nada pior não? ~J

O que você sugere? ~B

Qualquer coisa que tenha álcool. ;) ~J

No pub de sempre? ~B

Vamos naquela boate que reinaugurou, perto daquele restaurante mexicano, que antes era grego. ~J

Ok. Te vejo em uma hora então? ~B

Ok. Vista uma coisa sexy. :D ~J

Como é que é? Deixa a Vicky ficar sabendo disso. ~B

Meu coração tem espaço para as duas. ~J

Ridículo. ~B

Eu sabia que o desespero tinha me alcançado quando eu apertei o tecla enviar ao escrever a primeira mensagem. Boates não eram sinônimo de diversão para mim, contudo qualquer coisa seria mais divertida que ficar em casa pensando no que Edward estaria fazendo. Ou com quem. Será que ele lembrava da regra de 'não- garotas' nessa casa?

Depois de 50 minutos de arrumação, olhei-me no espelho. Até que não estava tão ruim assim. O vestido era um tomara que caia, cujo o busto era todo feito de couro preto seguido de um tecido soltinho que era um mistura de vários tons de verde. O saltos eram altos, mas conseguiam me dar estabilidade. No entanto, eu precisava admitir que a melhor coisa em mim era a maquiagem - prova de que assistir a todos aqueles tutoriais no Youtube davam resultado.

Na hora marcada, James estava à minha porta e como sempre impecável com seu jeans, camiseta vermelha e uma camisa xadrez para terminar o look.

O fim de semana só seria dali uns três dias e eu pude constatar que isso não era o suficiente para as pessoas ficarem em casa e se preocuparem com seus empregos e estudos no dia seguinte.

"Por que as pessoas fazem isso?" Perguntei a James, enquanto tentava passar pela multidão que dançava.

"Fazem o quê?"

"Saem de casa para se embebedar num lugar escuro e apertado, onde você eventualmente - para não dizer a todo instante- tocará alguém em lugares que eu nem quero imaginar. " Sério, alguém poderia me explicar isso?

"Bella, se eu quisesse entender o porquê das convenções sociais eu tinha feito sociologia, antropologia ou qualquer coisa do gênero."

"Convenhamos, não tem lógica."

"Desliga esse modo observadora pelo amor de Deus." James revirou os olhos e então finalmente chegamos ao bar. Minutos depois, que mais pareceram horas, o bartender entregou nossos drinks. "Toma."

"Obrigada." Agradeci ao pegar o drink que James me entregava. Eu tinha optado por um Blue Lagoon e James me acompanhou na escolha um tanto feminina da bebida (palavras dele).

"Vicky me fez jurar que eu ficaria grudado em você o tempo todo." Ele avisou e agarrou a minha cintura com a mão desocupada.

"Ela não confia em você?" Beberiquei meu drink.

"Ela não confia no gênero feminino, com algumas exceções." Ele sorriu para mim. Sinceramente, eu não discordava da minha amiga, já que mesmo acompanhado, James chamava a atenção de muitas mulheres.

"Atitudes como essa só servem para aumentar o seu inflado ego." Impliquei. Porque minha vida era implicar com ele.

"Também aumenta outras coisas."

"Nojento." Fiz uma careta.


"Vamos dançar." Ele convidou assim que terminamos nosso terceiro drink.

James me pegou pela mão, e me levou para o meio daquela multidão de corpos que juravam estar dançando, quando mais pareciam estar praticando algum tipo de ritual de acasalamento.

Ok.

Eu podia estar exagerando.

Enfim.

Quando conseguimos achar um lugar as mãos de James foram para a minha cintura e nossos corpos se movimentavam em sincronia com todas as batidas, e algumas vezes nem tão em sincronia assim. E quer saber? Esse era o lado bom de sair com o James: sair para dançar a noite toda, me divertir e não ter qualquer momento estranho entre nós.

"Preciso ir ao banheiro." Ele gritou no meu ouvido. "Comporte-se" Ele pediu e então se embrenhou na multidão de pessoas atrás do seu necessitado alívio.

A música continuou a tocar e eu continuei a dançar, afinal não ficaria parada feito uma idiota na pista de dança. Tudo estava indo muito bem, até que senti mãos em meus quadris.

"Hey!" Protestei. Virei-me para me deparar com um cara moreno, um pouco mais alto que eu. Ele até era bonitinho, mas o abuso fez ele perder muitos pontos.

"Que foi linda?" Ele me deu um projeto de sorriso sexy e voltou a me agarrar pelos quadris.

"Com licença." Pedi, colocando as mãos do sujeito para longe de mim.

"Vamos dançar..." O idiota me agarrou de novo, e dessa vez aproximou seu corpo do meu.

"Tira as mãos de mim!" Gritei. Ele era acéfalo ou o quê?

"Ah, que isso, linda." Ele sorriu novamente. O sorriso dele me causava náuseas. "Vem cá." Ele segurou meu braço.

"Me solta!" Gritei um pouco mais alto, chamando atenção das pessoas que estavam ao meu redor.

"Você é surdo ou o quê?" Um cara de uns 2 metros de altura, que estava acompanhado, resolveu tomar minhas dores. De fato, depois daquele ato heróico, todos os homens ao redor decidiram intimidar o cara. Não é necessário dizer que depois dessa, o idiota finalmente se mandou.

"Obrigada." Agradeci aos rapazes e as moças que me socorreram. Todos me perguntavam se eu estava bem, se eu estava machucada ou coisa do gênero. Pelo número de vezes que eu disse 'Estou bem', pude perceber que o pequeno incidente chamou mais atenção do que eu tinha notado. Caminhei para fora da multidão e então, fui surpreendida por um rosto familiar.

"Bella?" Edward me olhou confuso.

"Edward?" Eu tinha certeza que minha expressão espelhava a dele.

"Você está bem? O que aconteceu?" Ele perguntou, naturalmente percebendo que eu era a causadora do pequeno tumulto.

"Apenas um engraçadinho com mãos de mais." Forcei um sorriso, embora a situação fosse séria. Quando os homens iam aprender que não significa não?

"Ele machucou você?" Edward perguntou preocupado.

"Não, está tudo bem." E realmente estava.

"Você tá aqui sozinha?" Ele perguntou, olhando ao redor.

"Não, eu..."

"Bells, eu vi o tumulto. Aconteceu alguma..." As palavras de James morreram em sua boca quando ele viu que estava acompanhada. "Oi."

"Oi. " Edward cumprimentou-o secamente.

"Foi só um cara que me agarrou." Encolhi os ombros.

"Você está bem?" Aquela já devia ser a décima vez que eu ouvia aquela pergunta.

"Sem danos, sem drama." Sorri para eles. "Você veio sozinho?" Perguntei a Edward.

"Com Jasper e uns amigos dele."

"Ah!" Pelo visto, não tinha mulher envolvida. YAY!

"Vamos lá." Ele me convidou.

"Eu não acho que isso possa ser uma boa ideia." Principalmente se um certo amigo do Jasper estivesse presente.

"Ah, vamos." James sorriu sarcasticamente para mim. É como o Alfred disse em o Cavaleiro das Trevas: 'Alguns homens só querem ver o mundo pegar fogo.' O Coringa parece um anjinho comparado ao James.

Muito contrariada, fui para uma mesa no fundo da boate, onde os garotos estavam.

"Olha só quem eu encontrei." Edward anunciou, e todos os olhares voltaram-se para nós.

"Bella, James." Jasper sorriu em nos ver. "Isso sim é uma surpresa. Cadê a Victoria?"

"Trabalhando." James respondeu. "Aí a Bella decidiu me sequestrar e se aproveitar de mim." Ele me agarrou pela cintura, como fez durante toda a noite e eu percebi que dois olhares recaíram para o local em que ele me segurava.

"Bella." Jacob veio todo sorridente e me abraçou.

"Oi, Jake." Forcei um sorriso.

"Vou até o bar." James anunciou."Querem alguma coisa?"

"Tequila!" Gritei. E o Edward me olhou sério. "O que foi?"

"Você vai ficar de ressaca e temos trabalho para amanhã cedo." Desde quando ele tinha se transformado no Zangado?

"Nós teríamos trabalhado hoje, se você não tivesse saído." Rebati. "Eu amo essa música!" Gritei quando Hips don't lie começou a tocar. Era uma música relativamente velha, mas não tinha quem ficasse parado ao som de Shakira.

"Bella." Ele disse num tom de reprovação.

"Vem." Chamei-o. Edward suspirou, mas preferiu me seguir.

Senti um arrepio percorrer o meu corpo, quando ele agarrou minha cintura, colocando minhas costas contra a muralha que era seu peito. Era tão diferente de dançar com o James. Eu sentia que podia entrar em combustão a qualquer momento.

Aquele homem sabia como mexer os quadris.

"Como se llama? Bonita, mi casa, su casa." Quem achava que o sotaque inglês do Edward era devastador, era porque nunca tinha ouvido aquele homem sussurrar/ cantar palavras em espanhol no seu ouvido.

Eu estava sendo seduzida, e eu estava gostando disso. E muito!

Edward me girou em seus braços, colocado-me de frente para ele. Um espaço ínfimo era o que existia entre nós. agora seria a hora perfeita para o meu cérebro sair do torpor em que estava e pensar numa coisa inteligente para eu dizer. Eu precisava ocupar minha boca com alguma coisa, antes que eu a ocupasse com a boca dele.

Edward, porém, tinha outros planos.

Meu cérebro estava começando a raciocinar, quando senti seus lábios esmagando os meus. Senti suas mãos me apertando, me aproximando ainda mais dele- como se ele quisesse fundir nossos corpos em um só. Gemi, quando senti sua língua invadindo minha boca. Até aquele momento, eu não fazia ideia que menta e whisky combinavam tanto.

Deviam fazer um drink disso: Whisky, menta e Edward.

Não havia combinação melhor!


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Notas finais do capítulo

SURPRESA!!!

Como vocês sabem, o Edward está ajudando a Bella a escrever a cena do pedido de casamento do livro dela, e eu gostaria que vocês fizessem o mesmo. O negócio é o seguinte, partindo da cena do pedido de casamento em Eclipse, vocês farão a versão de vocês. E pode ser do jeito que vocês quiserem: divertida, sem noção, pervertida, romântica...vocês que mandam. Mas lembrem-se que o Edward e a Bella dessa fic vão encenar a sua cena. Dependendo do número de ideias que eu receber,eu vou selecionar as melhores ou então postar todas mesmo. Quem estiver interessado, me mande a ideia ou o texto por MP, ok?


Beijos e até a próxima!



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