Yakan - Uma Noite Inesquecível escrita por Thalychan


Capítulo 14
Noite Inesquecível


Notas iniciais do capítulo

(Capítulo final)



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Ela entrou no chuveiro junto comigo, e naquele mesmo instante me abraçou e beijou, sentia seu corpo nu e molhado colado ao meu. Finalmente pude realizar meu sonho em ter ela em meus braços, aquilo era o que eu sempre imaginava em segredo.
Saímos do banho, voltamos para o quarto e quando olhei o relógio já era 02h30min da manhã, disse a Tomiko para deitarmos que durante a manhã seria um caminho longo para onde tínhamos que ir.
Escuto o celular despertando, estava na hora de nos aprontarmos para sair. Acordei-a e me levantei em seguida para trocar a roupa. Tomiko fez o mesmo e logo arrumamos o quarto e deixamos do jeito que estava quando chegamos na noite passada.
– Rinari-chan, Tomiko-san, venham tomar café. – Hiiro bate a porta para poder nos chamar.
Abrimos a porta e logo nós duas o agradecemos pela ajuda. Tomamos café com ele e logo saímos de sua casa, nos despedimos e prometemos que avisaríamos caso alguma coisa desse errado.
Chegamos na estação, comprei os bilhetes e nós fomos esperar o trem perto da plataforma em que ele iria parar. Sentamos em qualquer banco e começamos a conversar até a hora certa.
De repente nós escutamos alguém gritar o nome de Tomiko, quando nos viramos era sua mãe que corria em nossa direção, não teve tempo nem dela sair correndo pois sua mãe a alcançaria de tão perto que ela estava.
– Sua menina malcriada! – A mãe de Tomiko lhe deu um tapa no rosto na frente de muitas pessoas. – Como ousa fugir sua vagabunda sapatão!
– Pare tia não bati na Miko-chan. – Segurava a Tomiko nos meus braços, ela não parava de chorar.
– Foi tudo culpa sua Rinari, você estragou minha filha, estragou a vida e o futuro dela. – Dizia a mãe de Tomiko a puxando pelos cabelos de meus braços. – Vamos embora sua menina ingrata!
Não pude fazer nada apenas ver minha amada sendo humilhada e levada da pior maneira para longe de mim. As pessoas não paravam de olhar com nojo para mim, decidi ir atrás deTomiko, quando sai da estação minha mãe estava-me esperando, ela não parava de chorar e só pude ver Tomiko sendo levada a força dentro de um carro pela sua mãe. -Rinari por que você fez tudo isso? – Dizia minha mãe, chorando, sem saber o que falar.
– Mãe não fez nada de errado. – Segurava meu choro.
– Vamos embora filha chega por hoje você vai ficar em casa. – Sentenciou minha mãe.
Abaixei a cabeça e entrei no carro com minha mãe e fomos embora para casa. A cena de Tomiko apanhando não saia da minha cabeça e o pior era saber que era tudo minha culpa, tudo culpa do meu amor.
Passei a manhã toda trancada no meu quarto e não parava de mandar mensagens no celular de Tomiko, mas nada de respostas.
Quando estava anoitecendo recebi uma resposta dela me pedindo para ir até a escola o mais rápido possível.
Sai de casa silenciosamente já que minha mãe se distrai fácil com a televisão no quarto dela. Começou a passar várias coisas em minha mente sobre o que aconteceria e com todos esses pensamentos eu nem notei que havia chegado enfrente a escola e Tomiko estava ali me esperando.
– Rinari , vamos para a piscina no ginásio. – Dizia ela com nenhuma reação em seu rosto.
Concordei e a segui até o ginásio, não fazia ideia do que aconteceria dali em diante. Perto da beira da piscina ela pediu para eu esperar ali que logo ela voltava. Logo que a avistei voltando de dentro da sala de equipamentos, ela estava com uma corda em suas mãos e ainda sem nenhuma expressão no rosto.
– Rinari posso-te perguntar uma coisa? – Dizia ela se sentando perto da piscina.
– Pode o que você quiser. – Respondi indo para o lado dela.
– Você me ama a ponto de morrer por mim? – Ela me encara segurando o choro.
– Eu faria qualquer coisa por você. – A olhei no fundo dos olhos.
– Minha mãe conversou comigo, ela me disse que iríamos morar na cidade que meu pai nasceu e que também era para eu esquecer você, mas ela não entende jamais entenderia meus sentimentos e antes de sair correndo de casa eu disse a ela que só me levaria desta cidade se eu estivesse morta. – Ela começou a mexer na corda.
– Você está pensando em se matar? Tomiko pare de ser louca! – Estava assustada com a ideia dela.
– Mas eu não quero fazer isso sozinha quero que você faça junto comigo. – Ela começa a fazer carinha de coitadinha.
– Você não acha que está exagerando? – Tentava a fazer mudar de ideia.
– Não é exagero apenas quero ficar para sempre com a pessoa que eu amo. – Ela começava a amarrar a corda em minhas mãos junto com as delas para que ficasse junta.
–Tomiko não faz isso se quer que a gente se afogue? – Eu jamais falaria um não a ela nem que fosse um pedido absurdo.
– Rinari te amo, eu jamais faria algo do tipo se não fosse por você. A única pessoa que sempre enxugou minhas lágrimas esteve do meu lado, que realmente cuidou de mim e apesar de eu nunca ter-te dado uma chance sempre recusando suas confissões mesmo assim você continuou a me amar mesmo sofrendo por dentro em me ver com outra pessoa era sempre você que estava do meu lado no final de tudo e a coisa que me deixaria mais feliz nesse momento é você estar do meu lado também na hora de minha morte. – Tomiko desabafa para mim.
–... – Não sabia como responder depois de tudo que ela disse.
De repente ouvimos um barulho de alguém entrando no ginásio e gritando o nome de Tomiko, era a mãe dela, a senhora correu em nossa direção, levantei-me correndo e puxei-a para a outra saída do ginásio.
– Rinari para onde estamos indo? – Tomiko tentava falar correndo.
– Para qualquer lugar longe da sua mãe e resolvermos isso de uma vez por todas. – Disse a ela determinada.
Estávamos correndo na noite, atravessávamos várias ruas sem olhar para nenhum lado. Chegamos a uma rua movimentada e paramos em uma esquina para desamarrar nossas mãos. Seu rosto estava pálido, e eu sem fôlego.
– Rinari, o que vamos fazer? – Tomiko me abraçava.
– Vamos continuar andando e achar algum lugar para passar a noite e eu ligo para a minha mãe nos buscar no outro dia. – Dizia abraçada com ela.
Ficamos ali paradas esperando o semáforo de pedestres ficar verde, quando a mãe de Tomiko nos alcançou e não parava de gritar o nome dela. Então ela se soltou de mim e por impulso correu para rua movimentada, não consegui segura-lá, apenas escuto o barulho da batida e fiquei paralisada com a cena do carro atropelando ela. Sua mãe calou-se, a rua movimentada parou, o motorista do carro que a atropelara chamou a ambulância imediatamente depois do acidente. Sua mãe estava em choque assim como eu, não conseguia nem ao menos chorar.
A ambulância chegou no local e levou o corpo dela para o hospital, sua mãe foi junto. Liguei para minha mãe me buscar e contei o que havia acontecido, e ela concordou em me levar no hospital. Esperei alguns minutos até minha mãe chegar e sem demora já entrei no carro.
– Você está bem filha? – Dizia minha mãe preocupada comigo.
– Não sei mãe, queria que isso fosse mentira. – Comecei a olhar pela janela do carro.
Já no hospital, Fui para a sala de espera onde encontro a mãe de Tomiko.
– Senhora Asura-san, teve alguma notícia do estado de Tomiko? – Perguntei com um pouco de medo.
– Não querida, nada, me pediram para esperar que logo teriam noticia. – Falava ela segurando seu desespero.
Sentei ao seu lado junto com minha mão e de repente a senhora Asura segurou minha mão e juntas ficamos a espera do médico.
Depois de duas horas o médico chegou e pediu que mantivéssemos a calma, pois Tomiko havia falecido. Ela me abraçou e chorou muito e dizia em meu ouvido: “foi minha culpa, eu tirei a vida de minha filha.”
Minha mãe achou melhor eu não ficar ali e deixar a senhora Asura cuidar do resto. Voltei para casa, com uma tristeza que jamais poderia ser curada.
Na manhã seguinte, mamãe me acorda e pede que eu vá-me vestir para ir no velório de Tomiko, disse a ela que não queria mas ela insistiu para que eu fosse pelo menos para dizer adeus.
No velório encontro Hiiro que não parava de chorar perto do caixão, quando ele me vê, falou olhando o corpo de Tomiko: “eu disse que ela viria Tomiko-san”. Nashisi estava sentada nos primeiros bancos, também estava chorando. Cheguei perto do caixão e vi ela com um rosto tão calmo e sereno como se estivesse feliz.
Depois do velório, antes de fecharem o caixão pedi para me despedir dela. Segurei suas mãos que nunca foram frias e alisei seu rosto e disse: ”adeus meu amor quero que na próxima vida possamos ficar mais tempo juntas”, fechei meus olhos e comecei a chorar enquanto fechavam seu caixão.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do final da minha fic e abrigado a todos que leram até aqui, até a próxima fic minha >///



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