O encapuzado pegou um flecha e empunhou-a com o arco, apontando para Luna. A mulher deu um grito de raiva e então foi para cima do indivíduo. Ele arremessou a flecha, mas a mesma foi partida ao meio por Luna que continuava a ir em direção a ele.

Ao ataca-lo, o jovem se desviou mas seu capuz foi arrancado. Helena com suas poucas forças que tinha olhou para a pessoa misteriosa e ao olhar o capuz ser tirado ela viu que era Gunter. Ela ficou feliz mas ao mesmo tempo preocupada, pois ele tinha sido ferido gravemente. O rapaz viu Helena ali no chão e então sua expressão mudou rapidamente para uma mais séria. Gunter largou seu arco no chão e puxou uma espada embainhada na cintura.

Luna voltou ao seu semblante indiferente o que fez com que Gunter estranhasse, mas isso não impediu com que ele avançasse para cima dela. Os dois começaram a lutar cruzando suas espadas. Nenhum deles conseguia acertar o outro. Gunter mantinha a expressão séria enquanto Luna mantinha a sua indiferença, até que ela acertou um chute na costela do rapaz que ajoelhou no chão dando um pequeno urro de dor. Luna esboçou um pequeno sorriso e então o atacou usando a sua espada, mas foi detida com um rápido reflexo do rapaz com a sua espada.

Gunter se levantou com o corpo um pouco tremulo. Em uma mão ele segurava a espada e com a outra ele a colocava sobre o ferimento da costela. Luna o atacou novamente. Gunter de defendia como podia, porém logo era atingido no rosto pela espada e em seguida por socos. Gunter caía ajoelhado novamente, mas ele se apoiou com sua espada. “Sangue de novo” pensou Gunter ao sentir seu sangue escorrer pela face.

O rapaz olhou para mulher que parecia que iria lhe dar o golpe final. Quando ela fez um simples movimento, Gunter pegou a última flecha que tinha, se defendeu do golpe de Luna com a espada e com a flecha ele a cravou no peito da mulher. Luna deu um urro de dor e então olhou para o rapaz que esboçou um sorriso.

Luna arrancou a flecha e então ficou paralisada. Gunter estranhou aquilo e começou a notar algo estranho acontecendo com Luna. Suas feições, sua aparência parecia estar envelhecendo. A mulher respirou fundo e então atacou Gunter novamente, mas seu ataque estava mais lento. Gunter se defendeu e então esboçou um sorriso.

– Entendi. Você é a Lua, então você muda de fase. Creio que nesta fase que estava, muito bela você estava na fase da Lua Cheia, e agora que você esta envelhecendo você está entrando na fase da Lua Minguante... Estou certo ?

– Você além de ser belo, é inteligente meu rapaz. - respondeu Luna.

– Obrigado pelo belo – sorriu ele logo sendo surpreendido por um ataque de Luna.

Gunter se abaixou do golpe e deu um passo para trás. Por mais que ela envelhecesse, os ataques dela continuavam perigosos. Luna conseguiu acertar um outro golpe na costela de Gunter que caiu no chão. Luna sorriu e segurou firmemente sua espada.

– Você é muito bonito, mas já me irritou muito. - disse ela com um tom sereno.

Luna levantou sua espada e rapidamente cravou-a nas costas de Gunter. O rapaz sentiu aquilo e então esboçou um pequeno sorriso. “Quem diria, ser morto pela Lua. Helena... Me desculpe. Nossa, que estranho, esse cheiro de morte está me confortando. Deve ser porque estou sentindo o fervor de meu sangue. Que loucura...” Pensava Gunter consigo mesmo fechando os olhos caindo em seu sono profundo.

A mulher tirou a sua espada das costas do rapaz e a sacudiu tirando o excesso de sangue. Ao se virar para Helena ela foi surpreendida com um golpe no estomago vindo da garota. Luna se espantou e olhou para Helena que estava com os olhos cheios de lágrimas.

– Eu devia t-te matar aqui e agora... Mas você é a lua, precisam de você ! - exclamava ela em meio a soluços. - Eu apenas coloquei um pouco de uma poção que o Foll me deu nesta adaga, isso te deixará desacordada por um tempo...

Helena tirou a adaga do estomago de Luna e foi chorando em direção a Gunter.

– Gunter ! Me responde ! Acorda ! Acorda, por favor ! - gritava Helena segurando o rapaz.

Os mesmos gritos eram repetido naquele salão grande e vazio. Os gritos da garota ecoavam transmitindo dor e sofrimento por todo o local. Ela chorava como nunca antes na sua vida.