Hostility escrita por wade


Capítulo 6
Vivendo a vida dentro de um sonho


Notas iniciais do capítulo

cooooooisinhas liiiiiindas *-----------*
capítulo grandão p vocês
espero que gostem!!! boa leitura u_u



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E o beijo que eu esperava não aconteceu. Foi apenas um selinho, o que me deixou chateada. Provavelmente, Nathaniel não queria me beijar, mas no fundo eu queria que ele só estivesse surpreso demais para qualquer reação.

Soltei-me do seu abraço e me afastei.

– Hum, Nathaniel, é... – ele continuou meio parado, olhando para mim sem demonstrar sentimento algum. – Eu tenho que entrar...

Ele pareceu sair do seu “transe” e segurou minha mão, me puxando para mais perto.

– Espera... – ele sussurrou e logo seus braços envolveram minha cintura e seus lábios encontraram os meus.

Nathaniel havia me correspondido. E muito bem, posso dizer. Mas algo me incomodava... Apesar de muito bom, aquilo parecia... Errado.

Nos separamos pela falta e ar e ele sorriu. Sorri meio abobada, de volta e ele me deu um selinho casto.

– Acho melhor você entrar, Allie. Eu te ligo depois, okay?

– Tá bom. Boa noite. – ele me beijou novamente.

– Boa noite.

Entrei em casa e fui tomar um banho. O dia havia sido longo e eu estava cansada e com sono, mas ainda sim, vi um filme antes de ir dormir.

Quando estava indo para o quarto, lembrei de Castiel e que ele me ligaria de manhã. Procurei meu celular e o encontrei dentro da sacola do meu vestido com três novas mensagens.

Kentin, 19h13min

“Por favor, não fique triste comigo. Sabe que eu só quero o melhor para você.”

Nathaniel, 22h32min

“Durma bem, Allie. Qualquer pesadelo é só me ligar, rs. Beijos.”

Castiel, 23h17min

“Hey princesa, como sei que você é meio lerda... Lagos, amanhã, okay?

Não respondi nenhuma delas, estava com preguiça e com sono, mas consegui sorrir quando li a de Castiel. Deitei na cama e fiquei pensando nos olhos cinzentos até pegar no sono, o que não demorou.

~

A cabana já havia sido engolida pelo fogo, mas eu havia conseguido sair dela. Agora estava na ponta do penhasco, rodeada por chamas que pareciam me seguir. Felizmente eu não estava sozinha. Jason estava comigo.

– Você precisa pular, Wade! – ele estava louco? O penhasco devia ter uns 100 metros de altura.

– Não posso! É alto demais, e eu não sei voar, okay?

– Então deveria acordar!

– O que?

– Acorda, Alison!

~

– Acorda garota! – senti alguém me segurando pelos braços e abri os olhos, assustada. E para minha surpresa, – e quase ataque cardíaco - Castiel estava bem na minha frente, meio sentado, meio deitado na minha cama.

– Pensei que tinha morrido. – ele continuou me olhando e eu me sentei.

– Hum, o que você tá fazendo aqui?

– Eu vim te buscar ué. Eu te liguei, ma você não atendeu... Então eu vim aqui... E você é idiota o suficiente de deixar a porta aberta!

Ainda meio grogue por causa do sono olhei pra janela e o céu ainda estava escuro, com estrelas.

– Pensei que íamos de manhã, não de madrugada. – ele sorriu, debochado.

– Bem... Tenho que dar um tempo para a princesa se arrumar.

Só então pensei em como estava e Castiel pareceu ler meus pensamentos quando eu levei as mãos até meu cabelo, tentando ver se estava muito assustador.

– Não se preocupe. Você tá bonitinha assim. – sorri, meio sem graça. – Mas... Hum, seu cabelo já esteve mais arrumado. – o olhei irritada e ele começou a rir. Taquei um travesseiro nele que só riu mais ainda.

– Okay, a princesa precisa se arrumar. Com licença.

Deixei Castiel no meu quarto, ainda com sua crise risos e fui para o banheiro. Tentei despertar debaixo do chuveiro, ainda estava com muito sono. Terminei o banho, me enrolei na toalha e droga! Preciso de roupas.

Respirei fundo e saí do banheiro, rezando para que não encontrasse Castiel. O que, é claro, não deu certo. Deparei com Castiel saindo do meu quarto. Ele sorriu ironicamente e abriu a boca para fala qualquer coisa, mas eu o impedi.

– Te proíbo de falar qualquer coisa, Castiel! – ele levantou as mãos, como rendição.

Continuei andando e quando entrei no quarto, ele assobiou. Olhei para ele fazendo minha melhor cara de eu-vou-te-matar e tentando esconder a vergonha.

– Hey! Eu não disse nada!

– Idiota!

Fechei a porta do quarto e fui logo pegar uma roupa, antes que morresse de frio. Coloquei uma calça jeans, botas, uma blusa de frio, e uma jaqueta de couro preta. Amarrei meu cabelo e fui procurar Castiel. O encontrei na cozinha, com minha mochila em cima da mesa.

– Tá fazendo o que?

– Preparando nosso café da manhã.

– Ah! E aí, assaltou minha geladeira. – ele assentiu e nós dois rimos.

– Está pronta? – assenti. – Puxa! Você levou 19 minutos e está sem maquiagem nenhuma! Geralmente as garotas com quem eu saio são mais demoradas, sabe?

– Talvez eu não seja como a maioria das garotas. – eu disse com uma falsa indiferença, já que pensar em Castiel com outras garotas me deixou meio irritada.

– Certamente que não. Vamos, então?

– São 05h13min... Tem certeza que vai me levar para os lagos?

– Quanto mais cedo melhor, você vai gostar okay? A propósito, bela jaqueta! – sorri.

Ele pegou minha mochila e saímos de casa.

– É para trancar a porta, entendeu? Imagina se alguém entrasse aqui e...

– Okay, Castiel! Quer que eu chame um táxi?

– Não. Eu vim de carro. E eu ainda não terminei, sabe? Você devia colar um papel na porta...

– Você já acabou sim! Agora, vamos.

Entramos no carro do Castiel, uma BMW preta - se eu não estou enganada – e ele deu partida. Durante os próximos 40 minutos, conversamos e ficamos ouvindo música. Castiel se surpreendeu ao me ouvir cantar Misfits e Iron Maiden.

– Você realmente não é como a maioria das garotas. – sorri convencida. – E até que você não canta tão mal.

Por fim, ele estacionou o carro perto de uma árvore grande. Havíamos saído totalmente da cidade, e agora estávamos adentrando uma quase floresta. Castiel pegou sua mochila e eu peguei a minha.

– É uma caminhada rápida, uns 10 minutos no máximo. – assenti e ele segurou minha mão. Agradeci por ele estar olhando para frente e não ver minhas bochechas vermelhas.

Chegamos à uma clareira e percebi que o céu já estava mais claro, já estava quase amanhecendo.

– Aqui temos uma vista melhor, venha.

Castiel me levou até uma ponte que estava sob um lago incrivelmente lindo. Havia pedras cinzentas que rodeavam a beira do lago, mas eu não conseguia ver até onde ele ia. A água de um azul marinho exuberante estava parada, calma e eu pensei que poderia até andar em cima dela. Era a coisa mias linda que eu já tinha visto.

Havia ainda outros lagos menores, mas todos eram hipnóticos. Exalavam uma beleza natural.

– Hey, chegamos na hora certa. – Castiel largou a mochilas na ponte de pedra também e me ajudou a sentar na borda.

– E-eu tenho medo de altura... Acho melhor ficar no meio, você não acha? – perguntei.

– Claro que não. Senta aqui que eu te seguro.

Ele me sentou e eu fiquei olhando para o horizonte; Castiel se sentou ao meu lado e enlaçou minha cintura.

– Agora você não cai. E, hum, tábuas boiam, okay? – Demorei a entender o que aquilo significava, e quando entendi, tentei bater em Castiel, mas não deu muito certo, porque eu perdi o equilíbrio e o medo falou mais alto. O abracei e ele continuou rindo.

– Olha Allie. Agora.

Levantei a cabeça, mas não desgrudei de Castiel. Prendi a respiração, já que a visão me deixou sem palavras. O sol estava nascendo, dando ao céu uma coloração laranja e rosa, que refletiam na água e a faziam parecer algo sobrenatural.

– Isso é incrível. – sussurrei e Castiel concordou.

Ficamos lá, olhando o sol nascer, abraçados. Era uma cena quase... Romântica. E, sinceramente, nunca esperava algo assim de Castiel.

Ele me ajudou a descer da borda da ponte e fomos comer. Estávamos com muita fome.

– Então... Você vem sempre aqui? – perguntei.

– Todos os sábados. Mas geralmente eu venho sozinho. Você é a segunda pessoa que eu trago aqui.

– E quem foi a primeira?

– Lysandre. – ele sorriu.

Depois disso, me senti meio que especial para Castiel. Tirando o melhor amigo, eu era a única pessoa que ele levou até ali.

– Que tal um mergulho? – ele perguntou.

– O que?

– Um mergulho, ué. – ele disse enquanto se levantava e arrancava o casaco.

– Você é maluco? Tipo... A água deve estar muito fria e vamos acabar morrendo de hipotermia.

– Anda, Allie... Ou você está com medo? – Castiel acabou encontrando meu ponto fraco.

– Você já fez isso antes? – perguntei tirando minha jaqueta.

– Não. – ele riu.

Castiel tirou o tênis, a calça e a camiseta. Alison, não fica olhando para Castiel e pensando em como Deus havia sido generoso com ele. Ele acabou percebendo que eu estava com vergonha.

– Pode olhar Allie. Eu já te vi só de toalha mesmo... – Não fica vermelha, entendeu?!

– Não enche Castiel. – tirei minha bota, minha calça e minha blusa.

O vento gélido que passou em seguida me fez pensar que ser orgulhosa era realmente um defeito.

– Preparada? – ele perguntou, me guiando para a beirada da ponte. Assenti, com frio demais para responder. – Você tá nervosa? Ou tá tremendo de frio mesmo?

– Acho que os dois. – sussurrei.

– Você precisa relaxar. – ele se aproximou e me abraçou. Achei incrível como ele estava quente e logo me reconfortou.

Nos separamos e voltamos para o parapeito da ponte. Respirei fundo e antes que a razão voltasse, eu pulei. Acho que perdi a consciência por um tempo, já que quando dei por mim, a água gelada não me deixava respirar.

A água estava tão gelada que parecia queimar; e o desespero não me permitia sair do lugar. Comecei a afundar e quando eu mal conseguia ver a luz, mãos firmes seguraram minha cintura e me levaram à tona.

– Allie, fala comigo. – abri os olhos que ardiam por causa da água gelada e encontrei Castiel me sacudindo pelos ombros.

– Comigo. – sussurrei.

– Engraçadinha. – ele sorriu. – Você tá bem?

– Muito bem. – eu disse e era verdade. Eu nem queria saber o que teria acontecido se Castiel não estivesse ali, mas a sensação da água gélida contra seu corpo era algo quase... Bom.

– Melhor sairmos da água. – ele falou e percebi que seus lábios estavam roxos, por causa do frio.

– Okay.

Castiel saiu e me ajudou a sair também, eu estava tremendo. Tentei respirar fundo, mas meus pulmões pareciam queimar, o que não me trouxe boas recordações.

Castiel abriu sua mochila, tirou de lá uma toalha e me entregou.

– S-só tem u-uma? – perguntei e ele assentiu.

– Não se preocupe comigo, okay? – ele tirou uma calça e uma blusa da mochila também. – Aqui, veste isso.

Tentei não molhar muito a toalha, e depois a entreguei para Castiel. Vesti a roupa que estava com um cheiro muito bom. O cheiro dele.

– Posso saber por que tem uma toalha e um par de roupas na sua mochila? – perguntei enquanto ele se vestia.

– Hum, melhor ainda, posso te mostrar. – calcei minha bota e me senti estranha. Tive que dobrar a calça umas cinco vezes, e a blusa era quase um vestido.

Ficamos mais um pouco na ponte, o vento frio quase secou meu cabelo por completo. Logo depois voltamos para o carro e Castiel disse que iria me levar a um lugar. Mais 30 minutos de carro e paramos em frente uma casa no meio do nada. Era uma casa pequena, mas exalava conforto.

– Essa é a casa dos meus avós, mas eles estão viajando. Então pensei em ficar aqui hoje.

Entramos na casa e Castiel me mostrou o banheiro; ele arrumou algumas toalhas e um par de roupas – uma camiseta que servia como um vestido para mim e uma bermuda – tomei um banho e logo depois foi a vez dele. Enquanto eu esperava Castiel sair do banho, deitei na cama só para descansar um pouco. Mas o sono acabou me pegando.

~

Acordei com a claridade que entrava pela janela, era impressão minha ou estava mais quente? Abri os olhos com relutância e encontrei Castiel, mais uma vez, na minha frente, só que agora ele estava dormindo. Acho que ele nunca esteve tão lindo. Os cabelos vermelhos e rebeldes estavam espalhados pelo travesseiro, e a sua expressão era tão serena que era algo contraditório. Um lado de Castiel que eu não conhecia.

Só então reparei que seus braços seguravam minha cintura. Sorri com isso e passei os dedos de leve no rosto dele, que acabou acordando.

– Oi. – sorri.

– Oi. – ele sorriu também. Sorriu mesmo.

– Tá com fome? – perguntei e ele assentiu. – Vou fazer alguma coisa para a gente comer então.

– Que tal aquele brigadeiro daquele dia?

– Você ainda acha que fui eu quem fez? Foi o Lys. – eu ri.

– Não sei como.

Levantei e fui para a cozinha, demorei certo tempo para descobrir onde ficavam os mantimentos, mas logo encontrei e fui fazer brigadeiro. Castiel apareceu na cozinha e ficamos conversando. Meu celular começou a tocar e como minhas mãos estavam cheias de leite condensado, pedi para Castiel atender.

– Oi?... O que você quer com ela?... Ela tá ocupada, não pode falar agora. Pode deixar. – ele desligou.

– Quem era? – perguntei mesmo sabendo a resposta. Para Castiel falar desse jeito só podia ser uma pessoa.

– Nathaniel. – não falei nada e continuei fazendo o doce. – O que ele queria com você?

– Não sei. Foi você quem atendeu.

Castiel saiu da cozinha e resolvi que era melhor deixá-lo sozinho, até porque eu não entendi o que o deixou assim. Terminei de fazer o brigadeiro e coloquei em um prato com uma colher e fui procurar o ruivo. O encontrei deitado de bruços na cama.

– Não vai comer?

– Não.

– Okay. Eu como sozinha. – ele levantou e ficou me encarando. – Que foi? Queria que eu insistisse?

– Geralmente é assim. – dei de ombros e lhe estendi o prato. Como estávamos com uma preguiça mórbida, comemos com uma colher só mesmo.

Quando peguei meu celular e vi quatro chamadas perdida do meu pai resolvemos ir embora; não sem antes deixar a casa em ordem.

~

– Então... Até segunda, Cast.

– Até. – me aproximei para dar um beijo no seu rosto, mas ele acabou se virando e por um segundo nossos lábios se colaram; o suficiente para um choque percorrer meu corpo. Castiel se afastou como se eu tivesse uma doença contagiosa.

– Então... Vai morar no meu carro agora?

– Hum, é desculpa. – eu ri, mas pareceu forçado demais. – Tchau.

Assim que sai do carro, ele acelerou. Me surpreendi ao levar os dedos ao lábios, que ainda pareciam sentir aquele toque.

~

– Pai! – eu o abracei. – Que saudade!

– Alison, como você tá, filha?

– Bem, mas como você entrou aqui?

– Sua tia me deu a chave. E eu trouxe algumas coisas também. Seu piano, por exemplo.

– Puxa pai, obrigada. Então... Sobre o deleg...

– Alison, querida! Não ganho um abraço também?

– Lívia. Hum, oi. – ela me abraçou, mas eu não retribuí.

– Como você demorou! Então o tal de Castiel que você estava é seu namorado?

– O-o que? Como você sabe que eu estava com ele?

– Querida, os seguranças do seu pai são os melhores! Agora temos apenas quatro horas para a festa começar, temos que nos arrumar!

Lívia me puxou pelo braço e meu pai apenas assentiu, ou seja, eu tinha que ir me produzir como uma princesa.

– Com licença, pap... – então tive uma ideia genial. - Pai? Posso levar um acompanhante?

– Ah, filha... Seria melhor se...

– Poxa, pai. Então eu vou ficar sozinha? Até porque eu não conheço ninguém aqui.

– Isso é verdade. Tudo bem, Alison, pode levar um acompanhante.

Peguei meu celular e pensei em meus amigos, mas por um motivo estranho, não precisei pensar sobre o assunto. Já sabia quem escolher. O número chamou uma, duas, três, quatro, cinco vezes, já estava quase desistindo quando ele atendeu.

– Alison?

– Lysandre, quer fazer uma coisa chata comigo?


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Notas finais do capítulo

entããão.... o que acharam? pfvrrr deixem comentários!!!
preciso deles ♥



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