Prólogo

Do céu ao inferno

“A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre”.

(Oscar Wilde)

Eu era popular. Era.

Todos me idolatravam por me acharem bela, inteligente, gentil, solidária e mesmo assim não se considerar deste jeito. O fato é que eu sou tímida, sempre fui, mas isso mudou quando me viram dar o meu lanche para um menino que todos tinham medo. Por causa de minha coragem passaram a me convidar para todas as festas e me incluir na turma dos mais sociáveis.

O grupo era composto por Ino, Naruto, Sakura, Shino, Karin e Gaara. Mas depois desse feito eu passei a ser a líder suprema deles. A primeira passou a me emprestar as roupas de moda, maquiar-me, para que eu realmente possa me encaixar com o cargo oferecido a mim.

E tudo isso porque eu dei o lanche para o emo.

Foram nas festas, e por causa do meu status, que eu pude beijar umas pessoas. Entre elas o Gaara. Que me fez ter uma briga com Ino, uma muito feia, mas no final fizemos as pazes. E um dia resolvi ir a uma balada na inauguração e Kiba me roubou um beijo, para que em? Só sei que por não ser popular nós dávamos uns “amassos” escondido, e foi isso que decretou o meu fim.

Só sei que não eu deveria ter resistido àqueles lábios e pegada, mas ao saber que ele me proporcionou o melhor beijo eu não consegui pará-lo. Sendo que eu me derretia quando ele dizia que me amava, porém eu não sentia o mesmo. Apenas tinha vontade de escutar uns elogios de vez em quando, algo que nunca ouvi do meu pai.

E em uma sexta-feira treze eu entrei na escola com meus saltos scarpin azul, saia de couro amarelo emprestado de Ino e uma blusa larga da mesma cor do sapato. O cabelo estava solto como sempre enquanto eu os balançava incansavelmente. Muitos assobiavam “gostosa” enquanto eu passava, mas foi de uma maneira zombadora.

E então Sakura chegou até mim e mostrou o vídeo que Sasuke havia postado no site da escola – maldito emo. Uma em que eu estava sem a blusa aos beijos com o Inuzuka. Abaixo estava escrito “de santa não tem nada”. Eu esperei até o final para que mostrasse a parte em que eu dei uma tapa nele e terminei por tentar me violentar sexualmente. Mas não apareceu.

Depois disso a rosada arrancou o colar de amizade do meu pescoço, dizendo que eu não os merecia. Andou até a parede e apagou meu nome dos populares na lista, assinando com caneta permanente no local ao lado, nos dos fracassados.

Eu fui colocada como antissocial, sendo que só eu e Sasuke estávamos inscritos lá - Kiba e Shino estavam num local um pouco acima de nós, pois dão dinheiro a escola com os comandos de alguns clubes. Aquilo significou minha morte, e eu apenas fiquei parada em meio a vaias direcionada a mim. E eu tinha que aceitar. Pois estava escrito no manual da elite que se alguém do grupo ficar com um de status menor vai ser considerado o mais inferior da escola.

E tive a coragem de aceitar!

Então começou a gritaria, um movimento se acumulou no corredor. Eu que estava de joelhos levantei a cabeça, e em meio a lágrimas vi alguém ser levado e levantado para cima pelo Naruto e Gaara. E mesmo que minha visão esteja embaçada reconheceria aquele cabelo em qualquer lugar.

A pessoa responsável por me levar do céu ao inferno e vice e versa.

Sasuke Uchiha.